Observatório Alviverde

29/12/2015

GOSTEI QUE O PALMEIRAS TENHA RENOVADO O CONTRATO DE LUAN!

 LUAN
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Idade: 27 anos
115 jogos pelo Verdão, 23 gols.
Campeão das Copas do Brasil de 2012 e 2015.
Jogadores com os quais Luan terá de disputar um lugar no Palmeiras:
Gabriel Jesus, Dudu, Rafael Marques, Lucas Barrios e Cristaldo, mais Mouche e Kelvin que podem estar de saída.
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O Palmeiras, como queria Marcelo Oliveira, renovou, finalmente, o contrato do atacante Luan até o final de 2017.

Luan houvera sido reintegrado ao elenco em setembro e tinha vínculo até a metade de 2016.

Marcelo Oliveira recomendou a renovação, considerando que Luan houvera jogado (e muito bem) sob o seu comando, há dois anos, no time do Cruzeiro tendo se constituído em peça importante na conquista do bi-campeonato brasileiro.

Aliás, se querem saber mesmo a minha opinião, Luan é um jogador do qual o Palmeiras não deveria ter aberto mão tão facilmente.

Embora não seja um craque, é um bom profissional daqueles a que chamamos de operário, sempre disposto, aplicado e util, que veste a camisa do clube com dignidade, respeita a torcida e quase não se contunde.

Aproveitando o ensejo, quero dizer que já passou da hora de a torcida palmeirense parar de implicar com determinados jogadores, até porque muitos torcedores alviverdes são portadores de um gravíssimo problema: na maior parte das vezes julgam os efeitos e não as causas dos problemas. Luan é uma vítima, ou, vá lá, uma consequência disso!

Exemplifico:

O maior problema daquele limitadíssimo time de 2012  a um só tempo campeão da Copa do Brasil e rebaixado à segunda divisão no Brasileirão, era Marcos Assunção, justamente o capitão de Felipão e meio que como um dono do time.

Isso, porém,  a torcida do Palmeiras sempre fez questão absoluta de omitir, muito mais preocupada em desqualificar os jogadores mais humildes daquele elenco, coincidentemente aqueles que mais deram de si pela conquista do título nacional.

Assunção, é indiscutível, era um jogador de classe, ótimo marcador, excelente passador, bom arrematador de média e longa distância e emérito batedor de córneres e faltas, conquanto já coroa e sem condições físicas de aguentar fisicamente o repuxo decorrente de um jogo inteiro, muito pior que o Zé Roberto destes dias.

Ele também não era, como alguns líderes da Mancha (por questões de picuinha e de interesses particulares) queriam que fosse, como muitos imaginavam e como o próprio Assunção se achava, um armador da classe e da eficiência de Valdívia.

Tanto isto é verdade que o veterano jogador, do ponto de vista físico, sempre deixava a desejar toda a vez que o chileno não jogava pois se via obrigado a pensar mais, a criar mais e, principalmente, correr mais.

Para que não se faça tantas voltas nessa análise tudo se resumia ao fato de Assunção, não ter fôlego para aguentar satisfatoriamente os 90 minutos e, na maior parte dos jogos, parava, literalmente, em campo e comprometia o trabalho coletivo da equipe.

Entretanto a torcida, em vez de enxergar o que acontecia, preferia crucificar os atletas trabalhadores que eram obrigador a correr em dobro em face das limitações de Assunção, como Marcio Araújo, Thiago Heleno, Juninho, João Vitor, Mazinho, (este, até, com algum talento) e, principalmente, o atacante Luan que ficaram para a história como os vilões do rebaixamento.

Valdívia e Luan foram dois atletas, como tantos outros, que o inconsequente Scolari sugou até a última gota de sangue, suor e estamina, exigindo e impondo que, fora de suas reais características, marcassem sem parar e desumanamente, corressem, incessantemente, o tempo todo.

Valdívia, que houvera acabado com o Coxa na partida semifinal, perseguido pelos adversários e, principalmente pelos árbitros, foi suspenso e não pôde atuar na final.

Sua ausência dificultou ao máximo aquela decisão para o Palmeiras que, à última hora, ficou sem seu armador e principal jogador.

Paralelamente, o Palmeiras contratou o desconhecido centroavante pernambucano Betinho para o lugar do omisso, desinteressado e descompromissado turista da bola Hernán Barcos, que, incrivelmente, muitos palmeirenses até hoje reivindicam sua contratação e o consideram a oitava maravilha do futebol. 

Esse tal Barcos foi um dos maiores culpados pelo rebaixamento palmeirense em 2012, por absoluto desprezo e desinteresse em vestir a camisa do Palmeiras.

Se houver um único grama de vergonha e apreço da torcida e da diretoria ao nosso glorioso passado e às nossas tradições, Barcos terá de ser proibido de entrar nas dependências do clube e quanto a ele voltar a ser um atleta do Palmeiras tem de ser ad aeternum, isto é, para sempre, uma perspectiva inteiramente impossível.

Naquele jogo contra o Coxa, Luan, um dos heróis da conquista, foi a campo no sacrifício e fora de suas melhores condições.

Mas a história e os deuses do futebol premiaram luta, o estoicismo, a integridade e a aplicação desse atleta que ficou como o símbolo maior da garra palmeirense naquela conquista, jogando o final da partida contundido e mancando porque a equipe já houvera feito as três substituições possíveis.

Tal atitude, num primeiro momento, foi reconhecida pela torcida como um feito de garra do jogador, fato, porém, logo esquecido em função do rebaixamento da equipe. 

A implicância e a crucificação subsequente de Luan revela o quão atrasados são alguns palmeirenses e quanto prevalece a falta de tolerância, tanto e quanto a ilogicidade da análise de torcedores que preferem Assunção e Hernán Barcos a ele, em outra das corriqueiras escolhas dos Barrabás desta vida.

Estou plenamente satisfeito com a volta de Luan, ainda que, simplesmente, para a composição de elenco, ciente e consciente de que, a partir de agora, ele poderá render muito mais em campo, livre da camisa-de-força exclusivamente defensiva com que lhe vestiu o incorrigível retranqueiro Scolari.

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