Observatório Alviverde

21/01/2016

ESTÁ ABERTA A TEMPORADA 2016 PARA O PALMEIRAS!

  
Copa Antel:

Ontem: Nacional 3 x 1 Peñarol.

NACIONAL DO URUGUAI DECIDE O TORNEIO SÁBADO COM O PALMEIRAS! 

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Respeito todos os pontos de vista dos que escrevem neste espaço, mesmo aqueles diametralmente opostos aos meus.

Começo dizendo isto porque sou convicto de que a minha opinião sobre o Palmeiras x Libertad de ontem irá colidir com a de tantos palmeirenses. É normal que ocorra!

E colidirá não apenas em face da performance palmeirense na Copa Antel, mas, principalmente, em relação às projeções relacionadas ao futuro da equipe para 2.016.

Antecipando o meu ponto de vista faço questão de afirmar que acredito firmemente no time e na perspectiva de uma grande campanha este ano em todas as competições das quais o Palmeiras participar.  

Como início de conversa quero dizer que na primeira apresentação do Palmeiras em 2.016 tudo transcorreu em consonância com a minha antevisão, embora um pouco aquém de minhas expectativas.

O rendimento da equipe ontem contra os paraguaios, mormente no primeiro tempo, esteve pífio o que, num primeiro momento, muito me decepcionou.  Particularmente, eu esperava o time mais motivado, mais ousado e muito mais vibrante. Não rolou!

O sistema de jogo adotado por Oliveira, o mesmo de 2015, colocando inicialmente em campo os mesmos jogadores menos Edu Dracena, foi estéril e decepcionante.  

Ainda que fosse uma estreia, um início de temporada, o time rendeu, ao menos no primeiro tempo, muito abaixo do esperado, abusando de jogar mal. 

Para que aqueles que não assistiram ao jogo possam ter ideia,  o Palmeiras, decorridos os 46 minutos da etapa inicial, conseguiu chutar exclusivamente uma única bola contra o gol do Libertad. 

Alecsandro, na única coisa que conseguiu realizar em 61 minutos de participação (46 no primeiro tempo e 15 no segundo), cara a cara com o goleiro chutou ao gol e conseguiu errar o alvo. Ainda assim, mesmo que a bola entrasse o gol não valeria porque a arbitragem já havia marcado impedimento.

Então, em um jogo extremamente pobre durante todo o 1º tempo, o Palmeiras, mesmo predominando territorialmente, foi um time pífio e nada mostrou de positivo, de novo ou de novidade.

Assistindo ao jogo ao lado de meu irmão tive lapsos de sono e lutei para não dormir. 

Num determinado momento diante de tanta indigência técnica, não me contive e  disse-lhe que time algum neste mundo consegue se armar ou construir uma equipe regular e que imponha respeito sem a presença de um armador, de um jogador cerebral como o Palmeiras abdicou de ter na temporada passada e, lamentavelmente, continua tentando.

A não ser que emirja (o verbo no subjuntivo é este mesmo) ou se revele no próprio elenco ou entre os novos contratados um jogador dessa característica. É difícil, mas pode ocorrer!

O Palmeiras à primeira vista não dispõe desse jogador no elenco, o que pode tornar a temporada atual tão sacrificante quanto a do ano passado...

A não ser que Marcelo Oliveira conceba uma nova tática ou uma maneira diferente de jogar com os jogadores que tem em mãos.

Há, falando sério e com toda a  franqueza para que ninguém se iluda, um ledo engano em relação a 2015, quando o título da Copa do Brasil "apagou" todas as limitações e deficiências do elenco . 

O título paulista, por exemplo, não veio em face da necessidade desse armador a que aludo, tanto e quanto a campanha mediana no Brasileiro, está provado, decorreu pelo mesmo motivo.

Para aqueles que argumentam que o Palmeiras venceu a Copa do Brasil, peço-lhes que não se esqueçam, nunca, que o Palmeiras só chegou lá em face de quatro fatores: 
1) a transferência das datas que ensejou-lhe recuperar os contundidos, recuperar-se  psicologicamente, mobilizar-se, rearmar-se e reajustar as suas linhas.
2) a motivação extraordinária que tomou conta do elenco em face do jogo sujo da maior parte da mídia que ridicularizou e menosprezou a equipe, reduzindo-a à condição de um timeco qualquer tipo "subnitrato do pó de merda".
3) a superação individual de cada jogador que adveio, é óbvio, de tudo isso.
4) o apoio massivo da torcida palmeirense que acreditou e apoiou o time até o fim.

Apesar da conquista, quem não sabe que faltou um meia de ligação categorizado como elemento facilitador de uma conquista conseguida a altíssimo preço com sangue, suor, lágrimas, e, acima de tudo, porque o time teve vergonha na cara!

O Palmeiras, ontem, como bem observou meu irmão, experimentou, (alguns minutos após o segundo terço do tempo), um time diferente ao começar usufruir das cinco alterações previstas no regulamento da competição...

Em meu entendimento todas as substituições foram tardias e a primeira delas só ocorreu aos 18 minutos do 2º tempo, quando Eric substituiu o cansado Gabriel de Jesus.

Dois minutos depois MO efetuou mais duas alterações das quatro que lhe restavam, retirando Alecsandro e Arouca, fazendo entrar respectivamente Cristaldo e Moisés.

Aos 27 minutos retirou Robinho, substituído por Allione e, pouco depois, Thiago Santos foi mandado a campo na vaga de Matheus Sales.

Com um time completamente diferente daquele que iniciou a partida e substancialmente mais rápido, o Palmeiras passou a impor seu jogo ao adversário e passou a dominar as ações, tornando-se então mais perigoso, agressivo, agudo e objetivo.

O sinal mais revelador do amplo domínio que o Palmeiras passou a exercer em campo a partir de então, ocorreu aos 34minutos, quando quase abriu o marcador através de Dudu. 

Carregando a bola desde a intermediária Dudu em arrancada individual penetrou livre e da entrada da área mandou um chute forte que explodiu no travessão. 
Detalhe: Dudu foi fominha, pois se servisse Allione, completamente livre pela esquerda e em muito melhores condições, o gol, fatalmente, teria saído.

Não obstante o Palmeiras abriu o marcador dois minutos depois quando Moisés retomou a bola na intermediária defensiva palmeirense, avançou alguns metros e cedeu ótimo passe a Erik em profundidade pelo lado direito do campo... 

Eric, com a bola dominada, avançou resoluto e em alta velocidade em direção à área adversária...

Quando todos esperavam que ele procurasse a linha de fundo para o cruzamento em direção à área, ele, inesperadamente, cortou para dentro, inesperada e despressentidamente, levantou a cabeça e percebeu o deslocamento de Allione por trás da zaga.

Entendendo e atendendo à sinalização do companheiro que penetrava livre, Eric lançou milimetricamente no chamado ponto futuro, para onde se encaminhava o argentino que, antecipando-se à zaga chutou raso e indefensável para o goleiro Paraguaio. Palmeiras 1 x 0.

A partir desse gol o Libertad acordou, partiu para cima do Palmeiras e esteve perto, ao menos uma vez, de chegar ao empate em um chute cruzado de Salcedo da entrada da área alviverde, pelo lado esquerdo.

O Palmeiras, mesmo acuado e ameaçado conseguiu se aguentar e contornar todas as jogadas criadas pelo time guarani, evitando o gol de empate.

Mas o Verdão ainda teve tempo de marcar um segundo gol aos 46 minutos, após a cobrança de uma falta, de forma espetacular, através de Zé Roberto que o estreante Moisés cabeceou para o fundo da rede, coroando a sua excelente estreia com a camisa do Verdão.

DEIXO A VOCÊS, AGORA. A INCUMBÊNCIA DE ATRIBUIR NOTAS AOS JOGADORES.

De minha parte realço que Mateus Sales foi o melhor em campo e a personagem do jogo. Como está bem esse garoto que nos acena com um brilhante futuro, desde que mantenha o foco na profissão e a humildade que mostrou até agora.

Todos os estreantes, sem exceção, estiveram bem, mas Moisés e Éric estiveram melhor que os demais e já se mostram prontos para entrar na equipe, se necessário.

Na defesa, entendo que ninguém mais toma a posição de Edu Dracena que deverá formar a dupla titular com Victor Hugo, malgrado um erro crasso que cometeu ao não controlar um passe lateral de Leandro Almeida, perdendo uma bola que quase redunda em gol do Libertad.

Num primeiro momento imaginei que o ônus da falha tivesse de ser atribuído a Almeida, mas revendo o lance cuidadosamente percebi que a falha foi mesmo de Edu, a única, aliás, que ele cometeu em 90 minutos de estreia com a camisa palmeirense.

Entre erros e acertos, entre um time conservador e um time rápido, entre jogadores acostumados à nossa camisa e outros recém chegados, com tudo e apesar de tudo, as minhas expectativas em relação ao time do Palmeiras para 2016 são as melhores possíveis...

Serão maiores, porém, se Cleyton Xavier se recuperar e voltar a jogar bem, se o Palmeiras contratar alguém ou se emergir entre os novos contratados um jogador que exerça a função de armação com personalidade, criatividade e engenhosidade.

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