Observatório Alviverde

21/07/2013

O PALMEIRAS FOI PRA CABEÇA! NÃO TROQUE A ALEGRIA PELA EUFORIA, PORQUE É AINDA É MUITO CEDO!


 

 ALEGRIA, SIM! EUFORIA, NÃO!

Na postagem de ontem eu disse que uma vitória sobre o Figueira, levaria o Palmeiras pra cabeça nesta nona rodada da série B. Levou!

É verdade que é uma liderança, apenas, provisória, cuja consolidação veio, não apenas com a vitória em si, mas, também, devido ao adiamento do jogo do líder, a Chapecoense, contra o América Mineiro em Chapecó.

O jogo foi adiado em razão da forte neblina que cobriu a cidade, impedindo que o voo que conduzia a delegação americana, pudesse pousar na maior cidade do oeste catarinense.

Impedido, momentaneamente, de alcançar os três pontos que o manteriam na liderança - um, apenas, não resolvia - a Chapecoense, agora, está atrás do Palmeiras e perde o fator psicológico decorrente da ostentação do posto já nos próximos compromissos.

O alviverde de Chapecó, em meu entendimento, não vai, tão cedo, reocupar o lugar privilegiado da liderança e, aposto, será ultrapassado, brevemente, por Joinvile, Sport e pelo próprio Figueirense.

Como é praxe em situações semelhantes, um time de menor expressão inicia de forma fulminante e surpreendente a sua participação em uma competição e, depois, cai pela tabela, creio que o Chapecó iniciará brevemente o seu processo de defasagem, queda e perda dos melhores números na tabela.

Vou mais além. 

Aposto que a Chapecoense, ainda que com toda a minha simpatia pela cidade, que conheço muito bem, e pela cor da camisa esmeraldina, lindíssima, não vai subir. Quem viver, verá!

 Mas isso é, apenas e tão somente uma conjectura, um palpite pessoal emitido em função de experiências anteriores vividas e revividas em velhos e remotos carnavais.

Da mesma forma, porém por outros motivos, também já esperava a reação palmeirense e sua passagem para a liderança da competição.

Digo isto, não apenas em função de tradição ou da condição de de ser o Palmeiras um time grande, mas, principalmente, pelo seu investimento, muito maior do que qualquer outro clube da série B. 

O Verdão vem se dando ao luxo de manter um elenco numerosíssimo de 44 jogadores, em que pesem, ainda, algumas vulnerabilidades técnicas em certas posições, entre as quais a mais carente, é, seguramente, a lateral esquerda. 

Certamente que o Palmeiras merece um lateral esquerdo melhor e mais eficiente do que Juninho, que entre, imediatamente, na equipe.

Um aspecto importante:

Mesmo com tudo o que dissemos, o Palmeiras não pode titubear, ou, como dizia meu fraternal amigo, companheiro e um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Danilo Alvim, o príncipe, lançador da expressão, nem calçar salto alto.

Nosso primeiro tempo ontem em Floripa, foi mais ou menos assim. O time entrou em campo de salto alto, certo de que passaria o trator sobre o Figueira.

Embora impusesse o seu jogo e desfrutasse do domínio territorial, o Palmeiras não conseguia - nem com Valdívia armando - penetrar na defesa do Figueirense e teve de fazer força para vencer, também na base da superação e da virada.

Não me digam que Prass falhou, nem no primeiro e nem no segundo gol. Quem seguraria o tiro raso de Rafael Costa em que a bola atingiu uma velocidade incrível?

Como culpar Prass que espalmou o cruzamento para dentro da área sem conseguir desviar a córner. Lembrem-se que foi uma defesa de reflexo e somente São Marcos faria aquele desvio. Embora seja um goleiraço, Prass não é Marcos

Culpem sim,  Leandro que não jogava nada e ainda perdeu um pênalti.

Falem, também da atuação de Vinicius que, embora tenha dado tudo de si e tenha corrido muito, estava perdido taticamente. 

Ressaltem que os laterais apoiavam pouco e nas raras vezes que chegavam, não conseguiam realizar nada de útil.

Reconheçam que, no meio de campo Araújo cumpria funções restritas a marcação e à cobertura. Quando é que a torcida vai reconhecer isso e deixa-lo à vontade para atuar e render mais?

Charles se apresentava pouco no ataque e, pode-se dizer, o único jogador lúcido do setor de apoio era Wesley, seguramente o melhor em campo.

Ora, dirão vocês, Valdívia também era lúcido e definiu o jogo ao que respondo que, em compensação errou o passe que redundou no primeiro gol do Figueirense.

Reservo, hoje, a Valdívia apenas, condição de "personagem" do jogo, justamente ele que está acostumado a ser o melhor.

Leandro bateu para fora o pênalti existente, arranjado por Valdívia que poderia ter aberto o caminho para uma grande goleada. 

Por que Leandro bateu o tiro de rigor se Valdívia é melhor e mais experiente  e se Vinicius batera com autoridade o pênalti contra o ABC?

Vilson, sozinho, embora zagueiro, mostrou que pesou mais do que Barcos na troca com o Grêmio. Ou alguém ainda tem dúvida? 

Vilson voltou da contusão e ninguém sentiu falta de Henrique. Você sentiu?

Se sentiu, sou convicto de que foi em decorrência da lentidão de André Luiz e de uma certa desconfiança que ele ainda provoca na torcida palmeirense. 

Embora André tenha jogado muito bem não tenho nenhuma dúvida de que a dupla de área titular terá Vilson e Henrique, só faltando definir quem vai atuar na direita e na esquerda.

Como bateu o time do Adilson Batista!

Há tempos não via tanto beque botinudo como vi ontem em Floripa.

Juizinho ruim o capixaba Marcos Andrés Gomes da Penha, sobretudo disciplinarmente.

Permitiu a aplicação do anti jogo o tempo todo, sendo cúmplice e condescendente com a violência dos jogadores do Figueira que, mais uma vez, abusaram do recurso das faltas e  não permitiram que Valdívia ficasse em pé em 90% dos lances.

Da Penha acertou no pênalti marcado sobre o chileno, desperdiçado por Leandro, mas houve um segundo, também em cima do Mago que ele não assinalou.

Não houve uma única cobrança de falta ofensiva nas imediações da área do Figueira que a barreira não se adiantasse, prejudicando, sensivelmente, o time palmeirense.

O Palmeiras jogou mal no primeiro tempo e muito bem no segundo tempo.

A princípio não concordei com a substituição de Charles pelo estreante Alan Kardec, mas a entrada do centro avante nato deu um poder enorme ao ataque palmeirense, desconcentrando a zaga do Figueira que não sabia em quem concentrar a marcação.

Ademais, proporcionou ao Palmeiras uma força ilimitada no jogo aéreo, como de há muito o time não possuia.

Foi através do jogo aéreo que o Palmeiras liquidou a fatura de um jogo difícil e perigoso daqueles que se pode considerar de 6 pontos, pois além dos três pontos conquistados, tirou três de um adversário direto na luta pela classificação.

DADOS TÉCNICOS:
Local: Orlando Scarpelli, Florianópolis (SC)
Data: 20/07/2013, sábado
Horário: 16h20 (de Brasília)
Árbitro: Marcos Andre Gomes da Penha (ES)
Assistentes: Katiuscia Berger Mendonça (ES) e Ramires Santos Candido (ES)

Gols: 1º tempo Rafael Costa, aos 29 minutos
 2º tempo Vinicius, aos 11,
André Luiz, aos 26, Ricardo Bueno, aos 30 minutos e Valdivia, aos 42 minutos,

Figueirense: Tiago Volpi; André Rocha, Thiego, Bruno Pires e Wellington Saci; Nem, Dener, Maylson (Willian) e Ricardinho (Marcelo Toscano); Ricardo Bueno e Rafael Costa (Tinga)
Técnico: Adilson Batista 
Palmeiras: Fernando Prass; Luis Felipe, Vilson, André Luiz e Juninho; Márcio Araújo, Charles (Alan Kardec), Wesley e Valdivia; Leandro (Ananias) e Vinicius (Ronny)
Técnico: Gilson Kleina
Cartões amarelos: Ricardinho e Nem (Figueirense); Alan Kardec, Valdivia e Ananias (Palmeiras)
Cartão vermelho: André Rocha (Figueirense)
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O JOGO NA TELEVISÃO

NA BAND
Transmitiu Nivaldo Prieto: ótimo
Comentou Denílson (ex jogador): péssimo
NÃO É DO RAMO, É RUIM DE OPINIÃO E ERRA DEMAIS NO PORTUGUÊS, EMBORA NEM TANTO QUANTO O SEU CHEFE NETO!

NA GLOBO

A Globo transmitiu o jogo? 
Quem narrou? Quem comentou?
Não vi e nem ouvi.
Você viu? Você ouviu?
Só vejo a Globo e afiliadas se não tiver alternativas.
Se a TV do inferno estiver transmitindo, prefiro ver e ouvir o capeta!

A Globo precisa aprender a respeitar o Palmeiras e a terceira maior torcida do Brasil que, ontem em Florianópolis, colocou no estádio mais torcedores do que o time da casa!

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