Observatório Alviverde

20/10/2016

A ESTÚPIDA ESCALAÇÃO DE UM TIME DE RESERVAS NA COPA DO BRASIL AUMENTA A RESPONSABILIDADE AO NÍVEL DE OBRIGAÇÃO DE CUCA GANHAR O BRASILEIRO!


Faço questão de destacar que não foram apenas a imaturidade, a insensatez, o despreparo e a hipertrofia do ego infantil de Allione os fatores determinantes da perda do vaga da CdB para o Grêmio.

Cuca a quem continuo respeitando e reconhecendo como um excelente treinador também tem de ser questionado e culpabilizado.

Ficou bem explícita a sua tacanha mentalidade de boleiro, prova provada pela circunstância de que, com amplas perspectivas de ganhar as duas mais importantes competições do futebol brasileiro, ele optou por uma, a mais difícil e abriu mão da outra, muito mais fácil.

Imaginei -sim- e até admiti que Cuca poupasse alguns jogadores cujas condições físicas estavam abaixo da média geral.

Eu só não imaginei que ele fosse exagerar em sua ação, passar dos limites, extrapolar e posar de moderninho, atualizado e politicamente correto, poupando o time titular inteiro, atirando contra o próprio pé.

Esse tipo mentalidade perdedora sacrifica o elenco na medida em que um time reserva, por melhor que seja, do ponto de vista individual,  não tem entrosamento... 

Da mesma forma, vai de encontro, colide e violenta a filosofia da torcida que quer o time disputando tudo, de levantamento de copo a arremesso bituca, como se dizia antigamente. 

Ao fazer a opção clara pela disputa de apenas um título quando existia a possibilidade de ganhar dois, Cuca voltou às origens e revelou um perfil retrógrado de técnico de time pequeno, adotando uma postura a  que nomino de mentalidade perdedora. Isso tem de ser eliminado da vida do Palmeiras.

Peço aos amigos do OAV, mas, principalmente, a quem venha a entrar casualmente neste espaço que não julgue que o eterno foca que produz este blog e escreve estas palavras seja outro "profeta do acontecido" como tantos que existem por aí e que tenha escrito esta "croniqueta" de forma oportunística.

Na postagem que antecedeu o jogo de ontem, manifestei o meu completo desagrado e total reprovação pela anunciada perspectiva de Cuca utilizar um time reserva, conforme aconteceu.

Semana passada muita gente censurou o presidente do Barcelona quando ele declarou que "só pode treinar o Barça, alguém que ao menos conheça a história do clube Catalão". Josep Maria Bartomeu está certíssimo, coberto de razão.

Conhecesse ele, Cuca, com profundidade o Palmeiras, sua saga, seu passado, sua trajetória, sua história, sua glória e principalmente a alma da LEAL torcida e ele jamais cogitaria ou se atreveria em escalar um time de reservas nas quartas de final de um torneio do jaez, importância e magnitude da Copa do Brasil. Foi um tiro no pé!

Sua insensibilidade total  ao colocar em campo um time de segunda linha para disputar a fase final de um torneio de elite, revela, claramente, que ele não respeitou a nossa camisa e os 30 mil abnegados que compareceram ontem ao Allianz. 

Por favor, não me venham com essa que o Palmeiras dominou o Grêmio e que até ficar com um jogador a menos estava ganhando o jogo. Já vi tantas vezes times reduzidos a  nove ou oito jogadores se encherem de brio e ganharem partidas consideradas impossíveis.

Eu não quero nem tocar no assunto da formidável perda financeira decorrente da derrota  a que, certamente, Cuca não considerou e nem cogitou. 

Se passasse pelo Grêmio o Palmeiras teria a oportunidade de jogar, no mínimo, mais duas vezes contra o Cruzeiro ou, no máximo, quatro, se chegasse às finais da competição contra o vencedor de Galo x Inter.

Prefiro falar na perspectiva perdida de uma massiva exposição dos patrocinadores alviverdes na TV aberta em plena época de renovação contratual, tanto e quanto da marca do próprio Palmeiras não apenas para o Brasil, mas para o mundo, como sempre ocorre nas decisões.

Entretanto a falta de visão e de consciência palmeirísticas de Cuca, Mattos e Cícero jogaram tudo por terra em uma ação que, em meu entendimento, pode ter sido adotada com a melhor das intenções, mas que, na prática trouxe, prejuízos materiais irreparáveis e irrecuperáveis ao Verdão, noves fora os morais!

O lado sentimental e o ego da torcida, fatores determinantes da lotação dos estádios e justamente aqueles que mantém acesa a chama da paixão pelo Verdão foram desconsiderados em nome de uma pretensa tática optativa de conquista de título.

Será que Cuca, Mattos e Cícero em algum momento ponderaram que o Palmeiras era o atual campeão da Copa do Brasil e que este ano defendia o título da competição?  

Cuca sabia disto? Não sei (acho, até, pouco provável), mas sou convicto de que Mattos e Cícero não sabiam e nem sabem -absolutamente- de nada! 

Se os atletas que compõem o time principal estão submetidos e acostumados a uma rotina de dois jogos semanais, por que essa bobagem de poupar todo o time e não, exclusivamente, os "baleados"?

Nunca foi tão fácil passar para as semifinais de uma Copa do Brasil mas Cuca preferiu declinar da possibilidade e abdicar da prerrogativa. 

A ESTÚPIDA ESCALAÇÃO DE UM TIME DE RESERVAS NA COPA DO BRASIL AUMENTA A RESPONSABILIDADE AO NÍVEL DE OBRIGAÇÃO DE CUCA GANHAR O  BRASILEIRO!

COMENTE COMENTE COMENTE

NA TV
Assisti ao jogo direto pela TV Gaúcha com o relato do esforçado Luciano Perico, que torceu o tempo todo pelo Grêmio, mas não me irritou porque  foi honesto e imparcial quando dos lances de arbitragem.

Havia um comentarista de arbitragem, o ex-árbitro Márcio Chagas que conduziu-se muito bem por sinal.

O comentarista técnico foi Maurício Saraiva, aquele que aparece sempre no Sportv.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra cumpriu o costumeiro papel global de "comentarista muralista", isto é, de ficar sempre em cima do muro.

O repórter (o único que estava em Sampa) foi André Kampff, mas o áudio do estádio com o trabalho dos repórteres e com o som ambiente só começou a funcionar  aos 11' do segundo tempo.

De qualquer forma senti-me satisfeito e realizado porquanto livrei-me da maior tragédia que pode acontecer a um palmeirense que vê tevê, isto é, acompanhar um jogo que tenha o relato de Kléber Machado ou de Milton Leite. Livrai-me sempre que for possível, Senhor desse horrendo e difícil karma, amém! (AD)

Fosse eu qualquer deles, pediria para não ser escalado nos jogos do Verdão (AD)