O empate concedido ao Grêmio ontem, em cima da hora, só confirma aquilo que há anos já se sabe:
"o Palmeiras, para a constante decepção de sua torcida quase sempre sofre um gol ao final dos jogos"!
E o faz sempre que abdica de sua condição de time de primeira grandeza e tenta segurar ou administrar vitórias ou empates apertados.
Tudo isso (quem desconhecia?) estava escrito não apenas estrelas, mas no rascunho da bíblia e até no borrão de Luxa, mas, creiam, eu não tenho receios ou dúvidas em afirmar que isso "tem mais a ver com atitudes de jogo do que, propriamente, com o modo de atuar da equipe" ...
Qualquer time, ao ter um empate projetado ou uma vitória magra que pretenda defender até o final do jogo e recua completamente as suas linhas sem a devida opção de contra-ataque, além de perder a força de atacar e se entregar precocemente ao adversário, corre o inevitável risco de sofrer gols em cima da hora,em face do domínio e, principalmente, da insistência do adversário.
Há quanto tempo (faz muitos anos) que essa deficiência palmeirense é constante, e, de tanta constância já se incorporou de tal maneira às discussões que muitos palmeirenses já a têm como normal, algo que tornou-se corriqueiro na vida do Palmeiras!
Mas cá entre nós, (só entre nós) para mim não passa de falta de autoconfiança e de vergonha na cara!
Aconteceu de novo -ontem- contra o Grêmio culminando com o fato de o Palmeiras, entre tudo de bom e de positivo que almejava na rodada ter conseguido -, apenas e tão somente e à duras penas- manter o aspecto menos importante que o time ostentava e ainda ostenta na tabela, a invencibilidade.
Aliás, por falar em invencibilidade, sinto que essa condição já começa a se tornar um fardo, um incômodo no dia-a-dia do Palmeiras, na medida em que transforma o técnico em mero "resultadista", mais preocupado com ela e em mantê-la do que ascender aos melhores postos. Duríssima questão de ordem psicológica!
O Palmeiras, exceção feita a alguns minutos da segunda fase, passou o maior tempo do jogo submetido pelo Grêmio embora, jogador por jogador, dispusesse de um time melhor... Tudo em nome da tal invencibilidade, uma pena!
Considerando-se que o Grêmio poupou muitos titulares visando ao Gre-Nal de quarta-feira que vem pela Libertadores, se eu dissesse que o empate do Palmeiras foi injusto, estaria enganando vocês que me leem e, principalmente, a mim mesmo!
Na verdade, sejamos, todos, muito sinceros, o Palmeiras esteve longe de vencer e convencer. Venceu por alguns momentos mas não teve estofo e competência para segurar o placar até o fim.
Deixo para vocês a análise completa do doloroso empate, mas lembro a todos que o Palmeiras, na nova classificação reconfigurada está em quarto lugar com 18 pontos.
Confiram:
Em 1º Galo Mineiro -10 jogos, 21 pts, 7 vitórias, 3 derrotas, 18 gols pró, 12 contra, saldo de 6. 70% de aproveitamento!
Em 2º Inter - 11 jogos - 20 pts, 6 vitórias, 2 empates, 3 derrotas, 15 gols pro, 7 contra saldo de 8. 60,6% de aproveitamento!
Em 3º SPFC - 10 jogos - 18 pts, 5 vitórias, 3 empates, 2 derrotas, 13 gols pro, 11 contra, saldo de 2. 60% de aproveitamento!
Em 4º Palmeiras - 10 jogos - 18 pts - 4 vitórias, 6 empates, 14 gols pró, 9 contra, saldo de 5. 60% de aproveitamento!
Não, não vou censurar o empate, um bom resultado obtido em plena Arena Gremista, mas vou lamentá-lo porque nunca o Palmeiras enfrentou um Grêmio tão desfalcado quanto ontem à tarde em Porto Alegre.
Reconheço -sim- que faltou coragem e ousadia a Luxemburgo para sair de Porto Alegre com um melhor resultado. Infelizmente, ele comportou-se como técnico de time pequeno, forçoso é reconhecer!
Mas entre essas críticas que faço e "chutar o balde", esculhambar o técnico, criticar forte o grupo de jogadores, dizer que ninguém presta e que está tudo perdido há uma enorme distância.
Quem quiser que o faça, pois estou fora! Apesar de tudo e de todos, eu ainda acredito muito no Palmeiras nesta conturbada temporada/2020.
Perder para o Grêmio em Porto Alegre é um resultado normal para qualquer grande time brasileiro, e, quando o Palmeiras, ainda que sem manter a regularidade e sem jogar tudo o que sabe e pode, quase consegue vencer o nobre adversário gaúcho, é a partir desse ponto que temos de começar a analisar o jogo.
Vamos cobrar, sim, de Luxemburgo, um time menos defensivista, mais agressivo, mais ofensivo e mais atuante e sem tanta preocupação com invencibilidade, mas que essas reivindicações sejam colocadas de molde a não prejudicar o trabalho tático-técnico do time que, de um modo geral, é bom!
Reconheço, claro, que poderia ser muito melhor!
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