Observatório Alviverde

11/08/2020

VERDÃO JÁ TEM SUA DEFESA QUE NINGUÉM PASSA. FALTA AGORA A LINHA ATACANTE DE RAÇA!

Palmeiras campeão, vida que segue, dane-se o mundo pois não me chamo Raimundo ou Edmundo Ainda que chamasse,  seria apenas uma rima. 

Motivado por ter sido provocado, nem assim vou abordar os desrespeitos da mídia ao Palmeiras, que recrudesceram nesta segunda-feira que passou. 

Só vou registrar que se trata de um deslustrar constante da conquista palmeirense via um bordão barato, sem nexo e desprovido de fundamento, que acabou virando o mantra da imprensa objetivando (quem não sabe?) salvar a banda do Corinthians: 

Assim segue dizendo a (quase) unanimidade da mídia com desprezo e com inveja:

" esse foi o jogo de decisão mais feio de toda a história do futebol paulista ".  

Quem não vê ou percebe que estão fazendo não jornalismo esportivo, mas jornalismo provocativo?

O que me irrita é que quanto mais nos insurgimos contra a deslavada mentira e a irreal e estúpida constatação, mais a mídia insiste em (na marra) tentar transformá-la em verdade.  Para tal, pouco importa a essa gente chegar às raias da covardia como tem chegado!

Ontem os jornalistas clubistas que infectam e apodrecem as redações, chegaram ao paroxismo da ousadia e da estupidez ao tentar justificar o injustificável, isto é, comparando o concorrido derby paulista, o maior confronto do futebol brasileiro, ao insosso Flamengo x Galo de domingo passado, no Maracanã, jogo que fizeram questão de chamar de "clássico dos clássicos".

Não sei onde foi mas sei porquê foram buscar a comparação, considerando-se que o derby que decidiu o Paulistão foi um jogo muito mais emocionante, mais competitivo e de aplicação e doação total da parte dos dois times.

Como desta vez não puderam falar em relação a empenho (lembram-se que me insurgi quando disseram que o Palmeiras perdeu o 1º jogo por falta de garra, de luta e por ter sido covarde ?) resolveram criar e vir desta vez com essa bobagem de que "faltou beleza" ao derby. 

Deu pra notar que não pararam por aí pois aproveitaram o ensejo para emendar:  

"com esse futebolzinho mequetrefe o Palmeiras não entra nem entre os quatro melhores do Brasileirão deste ano"!  Palavras emitidas ou avalizadas por 90% dos jornalistas, que, em última análise representam um acinte, um absurdo !

Digo isto porque nenhum entre todos os times que vi em ação este ano (nem o decantado  Fla) jogou melhor ou mostrou-se superior ao Palmeiras do sul ao norte, do nordeste ao oeste.

Em relação ao Paulistão/20 o Palmeiras não apenas levantou a Taça como derrotou os adversários em todos os itens técnicos possíveis, conforme comprovou o injustiçado Luxa, mostrando na TV os números que obteve, sendo retaliado por isso nas "redações do ódio contra tudo o que é verde"

A desfaçatez midiática, como estou demonstrando é (quase) unânime. Ainda bem, há exceções, mesmo entre não palmeirenses. 

Sou convicto, porém, que se o Curica houvesse sido o campeão Paulista e o discurso dos jornalistas jamais tomaria esse rumo de "jogo horroroso e coisa e tal", desculpa esfarrapada de torcedores de câmera e microfone,  visivelmente, marcantemente frustrados, profundissimamente decepcionados e acometidos de um ataque de nervos !

Se o título fosse curicano quem não sabe que metamorfosearia completamente as repercussões do derby que passaria a ser enfocado, analisado e considerado  sob o prisma da raça, do estoicismo, do heroísmo e da superação do Corinthians, que, segundo a mídia, é o "único" (?) time do mundo a possuir esses atributos. 

À aqueles que estranham o que dizemos eu pergunto: "mas não ocorre isto há muitos anos?"  Quem viveu, sabe! Eu vivi!

Hoje, porém, quero esquecer tudo isso e levantar um assunto que eu gostaria de ver abordado e avaliado pelos capazes comentaristas deste OAV, acerca das providências que cada um deles julga necessárias para que o Verdão entre com força total e se imponha no Brasileirão. 

De minha parte, para que não digam que estou sobre o muro ou que acendo velas a Deus e ao diabo, quero apenas repetir o que disse há tempos, ainda antes da pandemia...

"EU apreciaria muitíssimo a saída de alguns jogadores ineficazes, os chamados "mortos" e a substituição deles por outros, mais efetivos e mais compromissados com o clube". 

Fosse EU o diretor de futebol, procuraria e contrataria um armador categorizado estilo Rivaldo e Alex, embora sabedor de que a tarefa é extremamente difícil, quase impossível. 

Penso, porém, que se o Palmeiras garimpar o mercado, encontra um jogador desse naipe, seja no interior, no exterior ou, porque não, em sua própria base. 

Na eventualidade de -definitivamente- não encontrar um jogador nessas condições, sabem o que EU faria?  

Não, não caiam da cadeira com o que vou dizer! Adiantaria Patrick e o transformaria em um meia de ligação à antiga. 

Muitos dirão que ele não tem características ofensivas, que é, muito mais, um "ladrão de bola" e  só sabe marcar, cobrir, tocar curto e atuar bem longe da área adversária em seu campo defensivo, na função a que se chamava outrora de "limpador de parabrisa". 

Discordo porque vejo nele um jogador eclético, versátil, embora ainda em formação, mas com ampla capacidade para adaptar-se a uma função mais ofensiva, considerando-se, primeiro, as enfiadas de bola e as tabelas que é capaz de realizar e, sobretudo, o potencial mortífero de seus chutes de média e larga distâncias. 

Sei, perfeitamente, que ainda se pode encontrar no mercado brasileiro uns dez jogadores com capacidade de realizar a função de volante de contenção com a eficiência de Patrick. Entretanto, na eventualidade dele adaptar-se à armação ofensiva vejo pouquíssimos jogadores com os recursos e o potencial de Patrick. 

Quem desconhece que, hoje em dia, é inequívoco o maior valor de um meia (espécime raro) do que o de um médio?

Outro jogador que Eu, repito, fosse o diretor de futebol palmeirense contrataria, seria um atacante insinuante, driblador, capaz de abrir defesas com dribles e jogadas pessoais. 

Tenho uma teoria em relação ao sucesso do Flamengo no ano passado, atribuído pela mídia ao técnico Jorge Jesus, cujos méritos existem, reconheço, mas são superdimensionados. 

Em minha avaliação o principal aspecto a levar o time carioca onde levou está, muito mais, ligado ao fato de o Flamengo ter tido fartura de bons armadores e, principalmente, de excelentes atacantes. 

 Sei, da mesma forma, que assim como armadores de qualidade, também está havendo deficiência de atacantes fora-de-série que, no futebol de hoje, viraram manga-de-colete.

Há que se dizer, no entanto, que nada impede, com pesquisa, observação e conhecimento, que não se possa encontrar bons sucedâneos. 

O Palmeiras tem um atacante que EU reputo um fora de série em potencial, recém promovido da categoria de base para o time principal, Veron,  que, em meu entendimento fez uma enorme falta no derby. 

Sou convicto de que, com ele, o Palmeiras não teria sofrido tanto em razão de ser ele, no futebol de hoje, um atacante desequilibrante. 

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