Observatório Alviverde

20/01/2011

CAMINHAMOS PARA TER UM TIME. COM A POLÍTICA DO BOM E BARATO E DA PROMOÇÃO DA BASE, TEMOS TUDO PARA DAR A VOLTA POR CIMA! MEUS AMIGOS, ACREDITEM, NÃO EXISTE OUTRA SAÍDA OU ALTERNATIVA NO FUTEBOL MODERNO, PRINCIPALMENTE PARA QUEM NÃO TEM DINHEIRO!

Não me atrevo a dizer que os nossos problemas, todos, foram  resolvidos após a belíssima vitória de goleada sobre o Ituano.

Muito longe disso, sou convicto de que estamos no limiar de um trabalho longo, penoso e difícil, cujo objetivo é, plenamente, alcançável.

Eu, Alcides Drummond, acredito, piamente, convictamente de que estamos a caminho da formação de um time forte e consistente.

Sei que meu pensamento vai de encontro à maior parte de nossa torcida, que pensa diferentemente de mim.

Não que eu seja um defensor ou admirador de um futebol, exclusivamente, de correria, imposição física e de força bruta.

Entretanto, confesso-lhes, nas atuais circunstâncias estamos precisando de vencer, nem que seja exclusivamente por essa via.

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Ontem, em Piracicaba, Felipão debuxou o novo Palmeiras prestes a nascer.

Um time que será forte na defesa, pegador no meio de campo e ousado, ofensivamente.

Essa ousadia residirá na velocidade do avanço dos alas e na passada rápida dos atacantes.

Mas o time jogará fechadinho na defesa, aguardando o momento certo para subir em desabalada carreira e agredir o adversário.

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A entrada de Cicinho proporcionou muita profundidade ao ataque palmeirense.

Principalmente no 1º tempo, quando trabalhou de forma aguda pelo flanco direito ofensivo e fez vários cruzamentos certeiros e perigosos.

Dotado de enorme fôlego, o garoto fez o vai-vem e o vem-vai, com folga, durante o tempo todo em que permaneceu em campo.

Apoiou e marcou, marcou e apoiou, de acordo com as circunstâncias do jogo e cumpriu com eficiência a missão que lhe foi confiada.

De uma de suas jogadas agudas nasceu o lance do pênalti que abriu-nos o caminho para a vitória.

Como foi substituído ao final do jogo, pode-se dizer que Cicinho já está pronto para entrar em campo e exercer 90 minutos de titularidade.

E como corre, como luta, como marca, como se apresenta, como dribla, como improvisa, como cruza…

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Mas, quem não sabia disso?

Só Cipullo, Avalonne, os vândalos das organizadas e todos aqueles que querem jogadores caros de nome e marketing.

Só aqueles que querem transformar o Palmeiras em um clube de bacanas, elitizado, sem o cheiro da massa que o segue e idolatra….

É por isso que só tolos ainda acreditam que o jogador que resolve custa caro e está jogando na Europa.

Essa gente é completamente míope e não enxerga a essência do futebol.

Vive vive de orgulho, rompantes, e de imagens projetadas pela mídia.

Não tem a sensibilidade para saber que vasos humildes produzem flores raras e que a arte não tem pátria e nem clube.

Aliás a vida nos ensina que a maior parte dos grandes vultos humanos nasceu em cidades humilíssimas.

Essa turma desconhece, completamente, a nossa história de criar craques a partir de talentos e jovens promessas dos times de menor expressão.

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Agora está chegando Max Pardalzinho, ídolo do Vila Nova de Goiânia.

23 anos, baixo, 1,69 m, velocíssimo.

É uma aposta diz a imprensa inimiga.

Prefiro uma aposta consistente a um velhote fora de forma, mesmo que venha da Europa.

Vamos apostar, sim!

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Só assim, apostando,  poderemos ter craques de verdade no ápice das formas física e técnica.

Só assim teremos equipes que correm em campo e que não entregam a rapadura nos momentos finais dos jogos e dos campeonatos.

Só assim poderemos seccionar a nossa triste sina de clube, exclusivamente, comprador. De bondes, sobretudo!

Só assim poderemos participar do mercado e faturar como os outros clubes faturam.

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O futebol mineiro só cresceu quando parou com a estúpida história de contratar veteranos de São Paulo ou Rio de Janeiro.

Quando Cruzeiro e Atlético resolveram investir na base e no interior mineiro.

O Galo só não deu certo porque mudou a política e teve os cofres dilapidados por administrações larápias.

O Cruzeiro segue firme e forte e é um dos clubes mais importantes do atual futebol brasileiro.

Contrata a maior parte das revelações brasileiras e possui convênios com muitas equipes formadoras de jogadores.

Tem sempre elencos numerosos e jogadores espalhados por todo o país, para efeito de valorização e vendas.

Nenhum clube do futebol brasileiro vendeu tantos jogadores à Europa e arrecadou tanto quando o Cruzeiro nos últimos 20 anos.

Nem o Santos, coincidentemente, um clube que investe na base e no bom e barato.

São exemplos a serem seguidos e modelos a serem copiados.

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Há um outro jogador, neste momento, interessando ao Palmeiras, em vias de ser contratado.

Trata-se do jovem meia Elkson do Vitória, em desgraça no time baiano recém rebaixado.

É um jogador de apenas 21 anos que tem tudo para brilhar com a nossa camisa.

Cumpriu atuações maravilhosas com a camisa do Vitória e foi destaque na última Copa do Brasil

A vantagem de se apostar em Elkson é que ele custa pouco e o investimento é mínimo.

Se não der certo, não deixa rombos no cofre e nem proporciona grandes prejuízos.

Se não der certo, pode-se partir para outra tentativa promissora.

Mas, se der certo, além da perspectiva de se revelar um craque, ganha-se um bom troco com ele.

A nossa torcida precisa começar a entender isso!

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Portanto, meus amigos do OAV,  vamos abrir os olhos.

Já passou da hora de rasgar o véu diáfano do sonho e da fantasia que turva a visão de nossa torcida.

Vamos acreditar no bom e barato, posto que é a nossa única saída.

O jogo de ontem contra o Ituano mostrou que outros Cicinhos estão dando sopa no mercado,  para outras posições.

Basta garimpá-los através de olheiros sérios, profissionais e que entendam da matéria.

Exatamente como foi Godê, ex- jogador do  Guarani, nas décadas de 60 e 70, a serviço do Verdão.

Trabalhando com o velho Tirone ele garimpou no interior e em times de outros estados os maiores craques de nossas academias.

Já temos, novamente, em nossos quadros, um novo Tirone.

Que tal contratarmos, agora, um novo Godê?

 

DEIXE A SUA OPINIÃO SOBRE A GOLEADA DE ONTEM SOBRE O ITUANO!

FALE SOBRE AS NOVAS PERSPECTIVAS PALMEIRENSES AGORA SOB A NOVA PRESIDÊNCIA DE ARNALDO TIRONE!

ELE MOSTROU QUE VEM CARREGADO DE SORTE. JÁ GANHOU DE GOLEADA!

 

NOTA FINAL: Excelente a transmissão do Sportv ontem no PALMEIRAS X ITUANO. Jota Júnior, deu um show de transmissão, com a excelente participação de Carlos Lino e o bom trabalho do Cereto. Transmissão boa é sempre aquela em que um bom narrador não enrola, o comentarista é objetivo e o repórter traz os detalhes. Cereto participou pouco e mostrou uma certa insegurança ao perguntar a Felipão no início e ao final do jogo, mas foi bem. Entrevistar truculentos ou incontinente verbal é complicado mesmo! rsrsrsrsrsrsrs

HABEMUS CAPO! ARNALDO TIRONE (FILHO) É O NOVO PRESIDENTE DO PALMEIRAS!

60 anos, sócio do Palmeiras desde a década de 50, oriundo de uma ilustre família de palestrinos tradicionais, Arnaldo Luiz Albuquerque Tirone é o novo presidente do Palmeiras.

Filho do mais famoso diretor de futebol palmeirense em todos os tempos, o falecido Arnaldo Tirone, esperamos que Tironinho, possa ter herdado do pai o DNA da vitória e a sabedoria das contratações.

Sob a batuta do inesquecível Delfino Fachina, talvez o nosso maior presidente de todos os tempos, Tirone ditou cátedra em seu tempo de diretor, criando e cultivando as duas academias que marcaram eternamente a vida do Palmeiras.

Sob Delfino e Tirone, de  59 a 71, tudo deu certo na vida do Verdão, que dividiu com o Santos de Pelé a condição de melhor time do Brasil.

A Delfino e Tirone sobraram títulos e consagrações dentro de campo.

Concomitantemente, faltaram-lhe noções de marketing e de visão e provisão para o futuro.

Cumpriram com eficiência, sabedoria, correção e galhardia os papéis que momento histórico que vivenciavam lhes impunha.

Contudo, faltou-lhes uma certa mediunidade, uma certa antevisão, precognição ou qualquer coisa assim, no que tangia aos dias do amanhã.

E assim o Palmeiras, de tantas glórias, conquistas e tradições, imitou o Brasil e dormiu em berço esplêndido.

Fizemos semelhante a pata poedeira que produz ovos todos os dias, mas sai do ninho muda e calada.

Diferente da galinhada corintiana que, naquela época,  não botava, não ganhava nada mas cacarejava sem parar.

Faltou ao Palmeiras de Delfino e Tirone o poder do marketing como elemento de promoção e crescimento.

Perdemo-nos pelos desvãos do orgulho, da vaidade e do ego exacerbado, características dos dirigentes daqueles tempos.

Um certo dia, como não cultivo ou o faço por hábito, li ou ouvi, não me lembro bem, uma declaração interessante do abominável Juca Kfoury que citarei um pouco mais à frente.

Naquela época, o denuncista, digo, jornalista corintiano era (pasmem) diretor da revista Placar.

A revista, nascida após o apogeu da primeira academia palmeirense da década de 60, jamais decolou e foi bancada pela editora Abril, anos a fio, até hoje, no vermelho, por mera questão moral.

Sua linha editorial, voltada essencialmente para as denúncias e para apontar o lado podre do futebol, impediu que se constituísse em um sucesso editorial, ainda que fosse, em seu segmento, a única publicação esportiva do gênero.

Mas o objetivo principal do então editor da revista, à época muito mais jovem e virulento em seu provocante e agressivo corintianismo foi atingido plenamente:

Enalteceu o time mais perdedor daquela época, como o maior time do Brasil e, simultaneamente,  apequenou e minimizou os grandes feitos da S.E. Palmeiras, este sim, o time que disputava com o Santos de Pelé a condição de melhor time do país.

Entretanto, viu-se obrigado a engolir e a registrar, embora mal e porcamente, com reportagens insossas e superficiais, as grandes conquistas do Verdão na década seguinte.

Quando o Palmeiras derrotou os gambás na final do Paulistão de 74  em pleno Morumbi, disseram-me que ele chorou copiosamente em pleno estádio. Bem feito!

A facciosa reportagem na edição seguinte da revista foi uma vergonha.

Dava a entender que o Palmeiras não ganhou, mas o Corinthians que perdeu.

A revista Placar e a imprensa escrita, de um modo geral, não davam e não deram, jamais, ao Palmeiras a importância e a dimensão que o time impunha no cenário esportivo brasileiro e mundial.

Esse pseudo-jornalista esportivo, fez-nos esperar todos estes anos pelo reconhecimento de nossos títulos que ele sabia serem nacionais mas que não reconhecia através da revista que foi pronta em anunciar em 1971, erroneamente, que o Atlético Mineiro era o primeiro campeão nacional.

Primeiro, como? O nome de Campeonato Nacional não era, apenas, uma seqüencia como nome diferente de Robertão e Taça de Prata? Será que se o Corinthians estivesse envolvido ele agiria da mesma forma?

Pois agora menciono o que li ou ouvi dele: " Que quando o Corinthians esteve em baixa nas décadas de 60 e 70, os levantamentos estatísticos davam conta de que o Palmeiras se aproximava cada vez mais do Corinthians em número de torcedores, computados a capital e o interior".

Mas se houve mesmo esse fato, por que a revista não publicou?

Por que só após 40 anos ele fez a divulgação "en-passant"?

Por aí todos podem verificar aonde chega essa doença altamente contagiosa chamada corintianismo!

Mas por que eu mencionei tudo isso, se a postagem era para apenas falar que estamos de novo presidente?

Apenas e tão somente para salientar que para dirigir um clube da dimensão do Palmeiras, é necessário um pouco mais do que ser apenas um bom administrador.

Tironinho sabe a sua responsabilidade aumenta consideravelmente em razão de seu DNA verde.

Ele tem de ter de ter os dotes do pai, a sabedoria do pai, a malícia do pai, mas, paralelamente, tem de ter uma visão abrangente de marketing de mercado, e de futuro, justamente tudo o que faltou aos nossos antecessores.

Mais do que isso, tem de ter personalidade e não se deixar contaminar por dirigentes retrógrados e démodés que lhe deram suporte à candidatura, na expectativa, certamente, de voltar ao poder e ao centro das decisões.

A vitória de Tirone foi ampla, absoluta e incontestável:

Somando-se os 96 votos de Nobre aos 21 de Palaia, chega-se a 117 votos.

Tirone obteve 156, isto é, estabeleceu uma diferença de 39 votos sobre a soma dos adversários.

Isso mostra que, nem unida, a situação venceria o pleito palmeirense.

Entretanto, a  volta da oposição ao máximo poder, não está sendo muito bem vista por grande parte da torcida.

Muitos acham que Tirone pode ser um joguete nas mãos de Mustafá Contursi e virar um presidente fantoche.

De minha parte, creio que a eleição de Tirone não será maléfica para o Palmeiras.

Pareceu-me um homem de personalidade e vontade próprias.

Ele garante a Arena, com a promessa de que vai cobrar forte a W.Torre. É assim que deve ser!

Garante que fará contratações e reforçará o time, mas sem fazer as loucuras de Belluzzo.

Mas sabe, porém, que se não contratar, não será digno da saga do pai e nem do sobrenome que carrega. Tirone sabe disso.

Ele deu a entender que só não garante Felipão a 700 mil por mês.

Felipão sabe disso e já anunciou que, caso seja chamado, aceita conversar para sair.

Só não disse quanto custaria aos combalidos cofres palmeirenses esse tipo de conversa.

Ouça a entrevista de Tirone a Fernando Galuppo, veiculada no site oficial:

http://www.palmeiras.com.br/noticias/2011/01/20as01h16-id4138-tirone+fala+com+exclusividade+para+o+site+oficial.shtml

DEIXEM OS SEUS COMENTÁRIOS SOBRE O QUE ESPERAM DA NOVA FASE DO PALMEIRAS, AGORA SOB ARNALDO TIRONE!