Observatório Alviverde

11/07/2017

OTIMISMO TEM DE SER A MARCA REGISTRADA DO PALMEIRAS NO DERBY DE AMANHÃ!


Ensinou-me o futebol ao cabo de tantos anos, que o Palmeiras, para ser campeão, tem de ter e manter em campo um time -no mínimo- dez vezes melhor do que todos aqueles com os quais concorre. 

Se não for assim, não ganha nada! Não ganha mesmo!

Há quantos anos as federações, as confederações, as arbitragens, os tribunais esportivos e, principalmente, a imprensa esportiva, leia-se o rádio, os jornais e, principalmente, a televisão, jogam descaradamente contra o Verdão, trabalham contra o Verdão e fazem dele tudo o fazem, em autêntico festival de maldades que parece não ter fim. 

Na realidade o Palmeiras de há muito é conhecido como o time dos dirigentes mais fracos, frouxos, pusilânimes, amadores e os mais indigentes de ideias que conheci (ressalvadas poucas exceções), pois permitiram que fizessem do clube, o time de futebol mais odiado, execrado, discriminado e o mais perseguido do Brasil.

Em contraposição, o Curica, talvez pelo fato de se constituir no maior rival do "elitizado" Verdão e de representar a antítese da postura palmeirense, conta com todas as benesses, proteção e amparo das mesmas federações, confederações, arbitragens, tribunais esportivos e da própria mídia, tem o time de futebol mais protegido, paparicado e  descaradamente ajudado deste país de dimensões continentais.

Digo isso sem ódio e sem medo, à véspera de um clássico decisivo, um autêntico divisor de águas, pois se o Palmeiras perder ou, ao menos empatar, estará, de um ponto de vista prático, impedido de poder brigar pelo título do Brasileiro, pois só um milagre o salvaria.

O interessante é que num momento como esse em que o Palmeiras está em baixa e o Curica em alta, parte ponderável de nossa torcida tomada por humilhante complexo de inferioridade e desconfiança, parece ter perdido a esperança e o otimismo, a julgá-la pelas intermináveis comparações que continua fazendo entre os clubes, a maioria delas sempre em detrimento do Palmeiras.

É um tal de ficar o tempo todo dizendo: "desta vez não vai dar pra nós porque o time deles é melhor".

"Eles é que sabem, eles é que conhecem"! 

"Nós gastamos milhões e eles, com alguns tostões, montam times melhores do que os nossos". 

"O time deles que é bom, o nosso é meia-boca" 

E assim a torcida palmeirense, acostumada a lotar o estádio, não consegue se conter ou tranquilizar, promovendo um autêntico festival de lamentações e manifestações carregadas de receios, medos e, enfim, de falta de confiança, que acabam tomando conta da cabeça de alguns jogadores personalidade mais fraca. 

É preciso, então, que o palmeirense tenha mais otimismo e esteja ciente e consciente de que o time do Palmeiras, apesar da diferença de pontuação,  é muito melhor que o do Curica, tanto e quanto vai fazer o clássico de amanhã em sua própria casa onde (quer a mídia queira ou não) é o favorito o Palmeiras e  muito favorito.

Em razão disso, vou ser bem objetivo em minha previsão em relação ao derby, de amanhã, colocando nessa antevisão de jogo -sinceramente- todo o meu otimismo que, conforme eu o sinto, parece-me maior que o próprio clássico. 

Se Cuca não inventar, se não tentar jogar atacando inconsequentemente o tempo todo contra um time que vai jogar em contra-ataque e no erro do Palmeiras, pode facilitar e ser um bom caminho para a vitória. 

Em razão disso eu, particularmente, preferia que o Palmeiras jogasse muito mais na espera, só subindo ao ataque na boa para que o Curica, a maior retranca do futebol brasileiro na atualidade, provasse de seu próprio veneno.

Só que eu sei que seria impossível jogar assim o tempo todo por que eles fazem uso da tática de forçar o adversário a atacá-los a fim de roubar a bola e ter espaço para contra-atacar.

Outro ponto que inviabilizaria essa tática da espera, para mim a grande armadilha contra a retranca contumaz desse timeco,  são os 40 mil palmeirenses que vão a campo amanhã e, certamente, vão exigir que o time tome todas as iniciativas de jogo e massacre o adversário. 

Em razão disso seria de bom alvitre que Cuca armasse e articulasse uma formação defensiva fixa segura que não avançasse tanto e fosse capaz de cuidar dos temidos contra-ataques curicanos.

Se Cuca acabar com o compadrio e escalar os melhores, se não colocar como vem fazendo -estupidamente- o velhote para começar o jogo, (se quiser aproveitá-lo coloque-o depois, com o adversário cansado) o Palmeiras, que tem muito mais time e joga em casa, tem tudo para vencer o Curica, um time de pequena técnica cujos méritos residem no entrosamento, na juventude, na aplicação, na combatividade em campo, no espírito de luta, seguramente as suas maiores virtudes. Mas para por aí!

Um fator importante ligado ao jogo, porém, terá o imensurável poder de definir o jogo de amanhã: a arbitragem.

O gaúcho Leandro Pedro Vuaden sempre tendente a ajudar o Curica, tentará (eu não tenho nenhuma dúvida do que afirmo pois conheço-lhe o passado) segurar o Palmeiras à base do apito.

Aliás, alguém da diretoria já fez a chamada "via-sacra" por estúdios e redações para falar da preocupação do Palmeiras em relação à arbitragem?

O Curica não precisa disso porque a mídia já o faz -naturalmente- por ele há muitos anos, mas o Palmeiras precisa tratar de iniciar a sua guerra psicológica a fim de induzir o árbitro a não prejudicá-lo.

Finalmente quero ressaltar que o fenômeno Curica deste ano, para muitos extraordinário, incompreensível, inexplicável e estranho, em meu entendimento é, absolutamente, normal e perfeitamente compatível com a realidade que vivemos.

Modéstia às favas, afirmo isso peremptoriamente e com a autoridade de quem teve no futebol o seu modo e seu meio de vida por mais de 50 anos.

Muito longe de mim subtrair dos curicanos os méritos acumulados este ano, decorrentes do lançamento de um time barato cujo "feed-back" tem ido muito além de todas as expectativas.

Porém é preciso que se diga que eles chegaram lá não porque o tal Carille seja um gênio ou coisa assim. Em outro time e cercado por outra política ele, no máximo, seria considerado um iniciante ou um mediano.

No Curica, além do apoio massivo da imprensa ele e os jogadores têm tranquilidade para trabalhar. Seu grupo jovem não precisa  nunca se preocupar com as críticas e, principalmente, com as ações deletérias e destrutivas das arbitragens, sempre sob controle.

Os jogadores sabem que quando a coisa aperta os árbitros dão um jeito de marcar um pênalti que possa decidir o jogo em favor do Curica.

Aliás, a mídia que faz todo o tipo de levantamento e estatística, por que não divulga qual o time mais beneficiado pela marcação de pênaltis? Será que precisa?

Encerrando, não creio que esse timinho curicano movido à arbitragem e à mídia, embora entrosado e competitivo, tenha cacife para derrotar o Palmeiras dentro do Allianz Park amanhã, quarta-feira, às 21He45m. 

Esse é o meu sentimento em relação ao derby. 

E o seu? 

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