Observatório Alviverde

19/11/2020

CALMA, GENTE! O PALMEIRAS AINDA NÃO GANHOU NADA! MAS PROVOU QUE TEM ELENCO PARA GANHAR!

Pois fiquem todos sabendo que o Palmeiras, na Copa do Brasil, embora esteja chegando ainda não ganhou absolutamente nada. 

Apenas e tão somente chegou à semifinal da Copa do Brasil e noves-fora a gorda premiação, terá que derrotar o ajustado time do América para poder decidir a competição contra  o vencedor dos dois confrontos entre Bambis x Grêmio.

Acompanho o Palmeiras desde a longínqua década de 50 e devo dizer a todos que o Verdão, conquanto tenha vencido tantas decisões, jamais teve facilidade em  n-e-n-h-u-m-a  delas. 

A única decisão que, me lembro, o Palmeiras não teve grandes dificuldades para vencer foi aquela do Paulistão/08 contra a Ponte Preta.

Após derrotar a Ponte por 1 x 0, quando do primeiro jogo em Campinas, no jogo derradeiro, realizado no antigo palestra, sapecou 5 x 0 no time campineiro, tido e havido como uma espécie de "asa negra na vida do Palmeiras".

Esse jogo registrou uma esplendorosa e desequilibrante atuação de Valdívia, num time que começava pelo gigante Marcos, mas que também tinha Alex Mineiro, Diego Souza, Pierre, Martinez e, até, o controvertido Kléber Gladiador.

Se alguém souber de alguma decisão anterior ou posterior a esta, desde que tenha sido tranquila na vida do Palmeiras, favor divulgar aqui, pois, ao que me consta, as coisas nunca foram fáceis para o Verdão.  Que eu me lembre, não!

Ontem, em Fortaleza, eu, que conheço muito bem a força que representa o Ceará Sporting, tinha certeza de que, mesmo com a ampliação da vantagem palmeirense para cinco (5) gols na virada do tempo, o Palmeiras anda teria trabalho para chegar à classificação. 

Parecia bobagem mas, não! Acertei em cheio em minha previsão interior! Deu no que deu! Já imaginaram se o VAR não houvesse anulado aquele pênalti que apenas o árbitro viu, como as coisas poderiam ter sido diferentes? 

Qual teria sido o desfecho do jogo considerando-se a maior experiência do time do Ceará, em flagrante contraste com a inexperiência do time palmeirense já sem Veiga que era a sua referência no campo?

Aquela alteração dupla precoce por volta de 8 ms do 2º tempo, com a colocação em campo de Marcelinho e Lucas Esteves nos lugares de Anibal e Raphael Veiga quase terminaram fatais.

Não tanto pelo incipiente paraguaio que ao menos corria para se apresentar e fazer o pivô preocupando a marcação, mas pela saída prematura do melhor jogador do Palmeiras de ontem, Raphael Veiga. Esse foi o combustível que fez crescer o fogo dos cearenses dentro do campo. 

Era cedo demais -repito- para que o Palmeiras empreendesse aquelas alterações que só deveriam ser promovidas entre 30 e 45 ms do 2º tempo, quando houvesse cansaço da parte dos jogadores mais velhos e menos preparados fisicamente.

Intempestivamente Vitor Castanheira, o auxiliar técnico de Abel Ferreira promoveu alterações precoces que poderiam ter custado muito caro ao Palmeiras.

Ainda bem que o time teve forças, ao menos, para se defender pois, coincidentemente, após a saída de Veiga, o time do Palmeiras foi amplamente dominado pelo Ceará e sofreu muito para manter o placar.

Vale lembrar que o Palmeiras ontem estava sem quinze jogadores em decorrência da Covid-19:                    Alan Empereur, Luan, Gabriel Menino, Matias Viña, Danilo, Rony, Gabriel Silva, Veron, Jailson, Vinicius, Kuscevic, Gustavo Scarpa, Quiñonez, Pedro Acácio e Marino, além de Felipe Melo e Wesley, que se contundiram seriamente. 

Só por isso se desculpa aquelas alterações intempestivas e obtusas, sem o menor significado tático para um time que bastava tocar a bola a fim enervar e tirar a ousadia do adversário. 

Quando eu, premido por tantas lembranças negativas de situações anteriores comecei a pensar no pior eis que o time voltou a se rearranjar em campo, equilibrou as ações e, na medida do possível, fez o que pôde em campo.

De qualquer forma, no cômputo geral das ações, foi uma classificação justa, daquelas em que se pode afirmar sem erro: apesar do empate de ontem e dos mistões palmeirenses, passou para frente  o melhor!

AS NOTAS

Weverton - Regular, nota 6.

Marcos Rocha - Ontem mais defensivo. Raçudo e partícipe, nota 7.

Emerson Santos - Não se sabe porquê nunca foi aproveitado. Ontem, nota 6.

Renan - A princípio parece um jogador de qualidade. Ontem, nota 6,5.

Patrick de Paula - Veloz, defendeu bem, apoiou bem e melhorou demais. Nota 7,5. 

Zé Rafael - Importante no esquema, saiu por necessidade ainda no 1º tempo. Nota 6

Ramires - Pra jogar mal falta muito, quanto mais pra jogar bem. Nota 4.

Esteves - Precisa acreditar em si e ter consciência de que joga no Palmeiras. Nota 5.

Lucas Lima - Muito longe daquele do Santos, mas tem melhorado. Nota 6.

Willian - Fez o que pôde a ajudou muito no combate. Nota 5. 

Luiz Adriano - Apesar do esforço, ainda não me convenceu. Nota 5.

Gómez - Teve de ir para o sacrifício pelo erro do técnico. Resolveu! Nota 7.

Aníbal - Manteve posição, fez o pivô mas o jogo esteve mais para a correria. Nota 5. 

Marcelinho - Ao menos correu bastante e contribuiu na marcação. Nota 5,5.

A PERSONAGEM DO JOGO:

Mayke - Utilíssimo, mesmo fora de posição mostrou versatilidade e, principalmente, boa vontade. Fique bem claro, trata-se de um excelente lateral direito a quem conheço desde seus tempos de Cruzeiro que acabou se contundindo e, no Palmeiras, nunca pôde render o que pode e sabe. Versátil, útil está sempre disposto a colaborar com os técnicos e ajudar o time. Ontem, muito bem. Nota 7. 

O CRAQUE DO JOGO:

Raphael Veiga: Fez os dois gols, um deles sensacional. Disparadamente foi o melhor em campo e  não apenas o melhor do Palmeiras. Fico feliz em ver a recuperação desse jogador, palmeirense de coração, que chegou a um ponto de rejeição tal a ponto de estar em todas as listas de dispensas da torcida. Que continue assim: NOTA 9.
 

 O TÉCNICO DO PALMEIRAS

Em face da suspensão de Abel Ferreira, Vitor Castanheira "dirigiu" o time. Pode-se então afirmar que ambos comandaram o time. Erraram nas alterações precipitadas logo aos 8 do segundo tempo, mas se recuperaram ao colocar os experientes Gómez e Luiz Adriano. Neste momento não cabe qualquer crítica ao comando técnico, ainda em processo de conhecimento do elenco, e, sobretudo em face da pandemia. NOTA 6 no jogo de ontem, nota 10 no jogo anterior, dividido por dois, 8. NOTA 8.

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