CALMA, GENTE! O PALMEIRAS AINDA NÃO GANHOU NADA! MAS PROVOU QUE TEM ELENCO PARA GANHAR!
Pois fiquem todos sabendo que o Palmeiras, na Copa do Brasil, embora esteja chegando ainda não ganhou absolutamente nada.
Apenas e tão somente chegou à semifinal da Copa do Brasil e noves-fora a gorda premiação, terá que derrotar o ajustado time do América para poder decidir a competição contra o vencedor dos dois confrontos entre Bambis x Grêmio.
Acompanho o Palmeiras desde a longínqua década de 50 e devo dizer a todos que o Verdão, conquanto tenha vencido tantas decisões, jamais teve facilidade em n-e-n-h-u-m-a delas.
A única decisão que, me lembro, o Palmeiras não teve grandes dificuldades para vencer foi aquela do Paulistão/08 contra a Ponte Preta.
Após derrotar a Ponte por 1 x 0, quando do primeiro jogo em Campinas, no jogo derradeiro, realizado no antigo palestra, sapecou 5 x 0 no time campineiro, tido e havido como uma espécie de "asa negra na vida do Palmeiras".
Esse jogo registrou uma esplendorosa e desequilibrante atuação de Valdívia, num time que começava pelo gigante Marcos, mas que também tinha Alex Mineiro, Diego Souza, Pierre, Martinez e, até, o controvertido Kléber Gladiador.
Se alguém souber de alguma decisão anterior ou posterior a esta, desde que tenha sido tranquila na vida do Palmeiras, favor divulgar aqui, pois, ao que me consta, as coisas nunca foram fáceis para o Verdão. Que eu me lembre, não!
Ontem, em Fortaleza, eu, que conheço muito bem a força que representa o Ceará Sporting, tinha certeza de que, mesmo com a ampliação da vantagem palmeirense para cinco (5) gols na virada do tempo, o Palmeiras anda teria trabalho para chegar à classificação.
Parecia bobagem mas, não! Acertei em cheio em minha previsão interior! Deu no que deu! Já imaginaram se o VAR não houvesse anulado aquele pênalti que apenas o árbitro viu, como as coisas poderiam ter sido diferentes?
Qual teria sido o desfecho do jogo considerando-se a maior experiência do time do Ceará, em flagrante contraste com a inexperiência do time palmeirense já sem Veiga que era a sua referência no campo?
Aquela alteração dupla precoce por volta de 8 ms do 2º tempo, com a colocação em campo de Marcelinho e Lucas Esteves nos lugares de Anibal e Raphael Veiga quase terminaram fatais.
Não tanto pelo incipiente paraguaio que ao menos corria para se apresentar e fazer o pivô preocupando a marcação, mas pela saída prematura do melhor jogador do Palmeiras de ontem, Raphael Veiga. Esse foi o combustível que fez crescer o fogo dos cearenses dentro do campo.
Era cedo demais -repito- para que o Palmeiras empreendesse aquelas alterações que só deveriam ser promovidas entre 30 e 45 ms do 2º tempo, quando houvesse cansaço da parte dos jogadores mais velhos e menos preparados fisicamente.
Intempestivamente Vitor Castanheira, o auxiliar técnico de Abel Ferreira promoveu alterações precoces que poderiam ter custado muito caro ao Palmeiras.
Ainda bem que o time teve forças, ao menos, para se defender pois, coincidentemente, após a saída de Veiga, o time do Palmeiras foi amplamente dominado pelo Ceará e sofreu muito para manter o placar.
Só por isso se desculpa aquelas alterações intempestivas e obtusas, sem o menor significado tático para um time que bastava tocar a bola a fim enervar e tirar a ousadia do adversário.
Quando eu, premido por tantas lembranças negativas de situações anteriores comecei a pensar no pior eis que o time voltou a se rearranjar em campo, equilibrou as ações e, na medida do possível, fez o que pôde em campo.
De qualquer forma, no cômputo geral das ações, foi uma classificação justa, daquelas em que se pode afirmar sem erro: apesar do empate de ontem e dos mistões palmeirenses, passou para frente o melhor!
AS NOTAS
Weverton - Regular, nota 6.
Marcos Rocha - Ontem mais defensivo. Raçudo e partícipe, nota 7.
Emerson Santos - Não se sabe porquê nunca foi aproveitado. Ontem, nota 6.
Renan - A princípio parece um jogador de qualidade. Ontem, nota 6,5.
Patrick de Paula - Veloz, defendeu bem, apoiou bem e melhorou demais. Nota 7,5.
Zé Rafael - Importante no esquema, saiu por necessidade ainda no 1º tempo. Nota 6
Ramires - Pra jogar mal falta muito, quanto mais pra jogar bem. Nota 4.
Esteves - Precisa acreditar em si e ter consciência de que joga no Palmeiras. Nota 5.
Lucas Lima - Muito longe daquele do Santos, mas tem melhorado. Nota 6.
Willian - Fez o que pôde a ajudou muito no combate. Nota 5.
Luiz Adriano - Apesar do esforço, ainda não me convenceu. Nota 5.
Gómez - Teve de ir para o sacrifício pelo erro do técnico. Resolveu! Nota 7.
Aníbal - Manteve posição, fez o pivô mas o jogo esteve mais para a correria. Nota 5.
Marcelinho - Ao menos correu bastante e contribuiu na marcação. Nota 5,5.
A PERSONAGEM DO JOGO:
Mayke - Utilíssimo, mesmo fora de posição mostrou versatilidade e, principalmente, boa vontade. Fique bem claro, trata-se de um excelente lateral direito a quem conheço desde seus tempos de Cruzeiro que acabou se contundindo e, no Palmeiras, nunca pôde render o que pode e sabe. Versátil, útil está sempre disposto a colaborar com os técnicos e ajudar o time. Ontem, muito bem. Nota 7.
O CRAQUE DO JOGO:
Raphael Veiga: Fez os dois gols, um deles sensacional. Disparadamente foi o melhor em campo e não apenas o melhor do Palmeiras. Fico feliz em ver a recuperação desse jogador, palmeirense de coração, que chegou a um ponto de rejeição tal a ponto de estar em todas as listas de dispensas da torcida. Que continue assim: NOTA 9.
O TÉCNICO DO PALMEIRAS
Em face da suspensão de Abel Ferreira, Vitor Castanheira "dirigiu" o time. Pode-se então afirmar que ambos comandaram o time. Erraram nas alterações precipitadas logo aos 8 do segundo tempo, mas se recuperaram ao colocar os experientes Gómez e Luiz Adriano. Neste momento não cabe qualquer crítica ao comando técnico, ainda em processo de conhecimento do elenco, e, sobretudo em face da pandemia. NOTA 6 no jogo de ontem, nota 10 no jogo anterior, dividido por dois, 8. NOTA 8.