Observatório Alviverde

21/02/2011

GRAFITE, A PESO DE OURO, SERIA A SOLUÇÃO?

 

Quando o Grafite estourou em Pernambuco, jogando a segunda divisão brasileira pelo Santa Cruz, nossos dirigentes, por ignorância ou  preconceito, sequer cogitaram de contratá-lo.

Poderiam ter feito um bom investimento, mas nem conheciam o jogador.

Aliás, ninguém conhecia, nem os bambis, os gambás ou as sereias.

Foi o Goiás quem buscou Grafite e o trouxe para a vitrine do Brasileirão série A.

Os bambis, posteriormente, o trouxeram para São Paulo naquele pacote indicado por Cuca e se deram muito bem,.

Além de aproveitaram a juventude e os gols de Grafite, ganharam,  de quebra, um bom troco com ele, quando o  venderam para o exterior.

O Palmeiras, que nunca se interessou por fazedores de gol, já que a maioria não joga bonito, agora vai ter que gastar muito, se quiser ter o jogador já em sua fase de declínio, com 31 anos.

Quando eu digo que o bom e barato é a solução, a nossa torcida acha ruim porque ela adora ir contra o bordão e proclamar: “- Chega de bom e barato, bom e barato não dá”.

No fundo, no fundo, isso é um desabafo psicológico que pode ser traduzido como palavras de órdem contra o ex-presidente Muistafá Contoursi.

Mas quer queiram ou não os torcedores palmeirenses, não há no futebol de hoje, qualquer outra solução quando se trata de times brasileiros, todos descapitalizados e endividados, mormente o nosso Palmeiras.

O Palmeiras precisa entender, de uma vez por todas, que tem de recorrer  à base e ao bom e barato, se quiser ser voltar a ser um clube vencedor, estável e com perspectiva de títulos.

Isso não significa que, de vez em quando, o Palmeiras não venha a contratar um jogador de nome e marketing que esteja disponível no mercado aproveitando algum negócio de ocasião.

É preciso que os torcedores reflitam, caiam em sí e compreendam, que só agindo assim o Palmeiras poderá ter jovens e craques no time.

Mas isso o  Palmeiras nunca fez. Por isso só montou grandes times quando teve dinheiro ou boas parcerias.

Há quantos anos não temos um único e solitário craque na equipe tirante Valdívia?

Pois Valdívia, em termos internacionais, não deixou de ser um investimento que se pode denominar de bom e barato.

Quando eu falo em bom e barato, todo mundo, infelizmente,  se liga e lembra no tempo de Mustafá na presidência do Verdão.

Se, em tese, ele poderia ter sido um grande adminstrador, na prática isso jamais aconteceu.

Além de não conhecer futebol e de não gostar de futebol, ele nunca teve uma assessoria que visasse, efetivamente, a melhorar o time. O bom e barato dele era, na realidade o ruim e caro, muito longe dos parâmetros que coloco neste espaço. Por favor, não confundam.

Se for feita uma garimpagem pelo interior do Brasil, através de  gente que entenda de futebol, certamente ainda se encontrará grandes jogadores, até esse camisa 9 de que tanto necessitamos.

Entretanto, falta coragem à diretoria para enfrentar a reação negativa de nossa ignorante torcida paulistana (com exceções) que não aceita, definitivamente,  jogadores desse perfil.

Por não aceitar e nem invesdtir em atletas desconhecidos vivemos, há tanto tempo, nessa draga sem fim, sem dinheiro, sem artilheiros e sem craques, a não ser os veteranos que fazem do Palmeiras um autêntico INSS. Há quanto tempo é assim!

NESTE MOMENTO, entretanto, precisamos de um jogador pronto para entrar na equipe e assumir a titularidade.

Não podemos agora nos dar ao luxo de garimpar e esperar, mas isso poderia ser feito visando ao Brasileirão, porque, na realidade, estaremos precisando não de um, mas de, ao menos, dois atacantes efetivos.

Grafite tem tido contatos, mas, apenas, superficiais com o Palmeiras, Quando ele falar em dinheiro, a tendência é que ele não sirva para a nossa lapiseira.

No Rio de Janeiro, brigado com a Roma e responsável direto pela demissão do treinador, quem sabe, Adriano e Gilmar Rinaldi estejam conversando com o Palmeiras.

A cobrança de Felipão pelo camisa 9, em pleno ar, sugere que ele esteja tentando desviar as atenções do possivel foco de um grande negócio.

Enquanto isso a gente torce pelo Miguel (AD)