Observatório Alviverde

07/02/2015

O IMPORTANTE, MESMO, É GANHAR O DERBY DENTRO DO CAMPO!




O "derby" no Allianz Parque não será realizado, como chegou a ser anunciado, exclusivamente, para a torcida do Palmeiras. Nobre perdeu a queda de braço para o Cu-rintia. Quem poderia esperar algo diferente?

Infelizmente a força política do Verdão está, hoje, reduzida a quase nada, proporcional à pouca representatividade do time nos campeonatos que disputa.

Em contraposição, o Cu-ríntia, encontra-se no auge do prestígio, em patamar de influência superior, em razão da blindagem que lhe proporcionam a mídia, a RGT, o STJD, a FPF e a CBF.

Como se tudo isso não bastasse, o famigerado clube recebe o apoio irrestrito e a proteção imoral dos políticos, tanto e quanto da maior parte dos órgãos públicos do executivo, legislativo e, principalmente, do judiciário. Uma vergonha!

Para tal, muito contribui um apoio de cumeeira, provindo de um certo molusco, o mesmo que municiou Andrés Sanchez incitando-o a explodir o Clube dos 13, a fim de aumentar os ganhos do Cu-rintia na televisão.

Quem há de esquecer esse indivíduo aético, que, inconsequente e irresponsável, bancou uma inútil Copa do Mundo no Brasil, pela qual pagamos um alto preço até hoje, simplesmente para  justificar a doação de um estádio ao Cu-ríntia?

"Nunca, antes, na história deste país" se viu um político tão ignóbil, de tão baixo coturno e semelhante parcialismo, que, em sua ávida busca por votos, interviesse tanto no futebol, e alterasse o princípio isonômico que norteava as relações entre os clubes.

Sem se preocupar, absolutamente, com moral, com ética ou com nada, alterou, completamente, pela imposição da força provinda do prestígio dos cargos importantes que ocupou e da forte influência de sua seita, digo, de seu partido político, o equilíbrio reinante na modalidade, até então. Ele e a laia que o segue!

Enquanto essa "tchurma" não apear do poder, será assim e a intervenção direta do molusco no futebol, com fins eleitoreiros, em meu entendimento, é um escândalo, proporcionalmente, tão grande quanto todos os outros que espocam, todos os dias, no cenário político desta nação. Outra vergonha!

Lí, de ontem para hoje, críticas desproporcionais e injustas a Nobre na mídia e na Web.

Tudo porque ele emitiu uma nota oficial branda e cordata, informando que acataria qualquer decisão da FPF ou das autoridades competentes em face da presença da torcida curicana, amanhã, no Palestra.

Não o censuro por isso, haja vista que, neste momento, conforme tudo o que expusemos, o Palmeiras não ganharia, jamais e em tempo algum,  qualquer demanda que fosse desse adversário que, ao lado do Flamengo, ostenta a vergonhosa e infame condição de time do governo brasileiro. Aliás, quem ganharia?

Um velho ditado que, há anos, ouvi de meu saudoso pai, define a situação do Palmeiras em face do episódio: "Passarinho, na muda, não canta". 

Não se esqueçam de que estamos em pleno processo de muda de penugem de plumas, de bico, de unhas, de corpo e de tudo o mais que queiram.

Mas, desse episódio em que, aparentemente, Nobre e o Palmeiras perdem, várias lições irão servir para balizar, daqui por diante, o trabalho do jovem presidente.

Primeira: Não existem amigos em futebol. Gobbi disse, de viva voz, que não é amigo de Nobre. 

Segunda: Palmeiras x Cu-ríntia tanto e quanto palmeirenses e curintianos, jamais serão amigos cordiais. No máximo, terão relações respeitosas até quando isso interessar às duas partes.

Terceira: O Curíntia deu uma lição a Nobre do quanto preza e do que é capaz de fazer por sua torcida. 

Nobre tem de aprender que o maior patrimônio de um clube é a sua torcida, mais importante do que, num primeiro momento, apenas arrecadar.

Quarta: as matérias publicadas pela mídia (o exemplo maior é a Uol) foram,  todas elas, unanimemente, de enaltecimento a Gobbi e destacavam a vitória do adversário. 

O Palmeiras precisa começar a trabalhar os bastidores, no sentido de mudar a  tendência da mídia, procurando ser um clube mais aberto e mais receptivo aos jornalistas, a fim de formar uma aura de simpatia em torno do clube.

Encerrando, muita gente considera que Nobre afinou para Gobbi, mas eu não considero assim.

Ficou óbvio que Gobbi, pressionado pela marginália e premido pelo medo (ele pode até alegar o contrário, mas não acreditarei) abriu a caixa de ferramentas contra Nobre e contra o Palmeiras, exagerando nas palavras e nas ofensas, a fim de se safar de confusões e de cobranças mais sérias, no dia em que deixa o comando do clube. 

Quem poderia esperar o contrário de um cu-ricano, cuja formação de cidadania deu-se nas repartições de polícia e órgãos afins, no tempo em que um delegado era, muitas vezes, a maior autoridade de uma cidade? 

Mas Nobre evidenciou sabedoria nesse episódio e agiu de uma forma pouco usual fazendo uso de diplomacia, ciente e consciente das limitações que a política atual impõe a ele e ao Palmeiras.

VOCÊ CONSIDERA QUE NOBRE FRAQUEJOU?

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