Observatório Alviverde

25/04/2011

VALDÍVIA ESMERILHA, DESEQUILIBRA, ARREBENTA COM O JOGO, FAZ GOLAÇO, MATA VÁRIOS LEÕES POR JOGO E A MÍDIA CONTINUA DIZENDO QUE CRAQUES SÃO APENAS GANSO, NEYMAR E LUCAS! OS CÃES LATEM E A CARAVANA VERDE PASSA... PARA A SEMIFINAL CONTRA O CORINTHIANS!


 O GOLAÇO DE VALDÍVIA

Já imaginaram se Neymar, Ganso ou o Lucas fosse o autor do golaço que Valdívia assinalou, ontem, contra o Mirassol?

Haveria um festival interminável de elogios, com direito a reprise de cinco em cinco minutos em todos os programas de TV.

Mas o gol foi do Palmeiras e gol do Palmeiras, por mais bonito que seja, não tem nenhum valor para a mídia.

@@@@@@@@@@

RELEMBRANDO

Voces se recordam do gol mais bonito da década passada, de Alex Cabeção contra os bambis?

Aquele dos dois chapéus em sequência, sendo o último sobre o arrogante Rogério Ceni.

Quantas vezes voces viram esse gol, daquela época até hoje?

Os produtores dos programas de TV, simplesmente, sepultaram aquele golaço inesquecível, que permanece vivo na memória dos palmeirenses e de todos os que gostam do futebol de classe e bem jogado.

@@@@@@@@@@

DISCRIMINAÇÃO

A "tchurma" da mídia, continua dizendo que palmeirense tem mania de perseguição. Isso não é verdade!

No duro no duro, estão irados porque foram flagrados em contravenção profissional grave e estão sendo denunciados por discriminação explícita ao clube que tem a terceira maior torcida do país, a SE Palmeiras!

Na verdade, caiu a máscara da imprensa bambi (Folha, Lance, TV Gazeta, Jovem Pan, etc, e cronistas amestrados)

Ontem, no programa do Avalonne o excelente debatedor corintiano, o advogado José Gonçalves, repetiu o que este blog vem falando há tempos, mas sob a perspectiva do Corinthians.

Com justa razão, questionou e criticou duramente a mídia, ao afirmar que se o belíssimo gol de Willians contra o Oeste, que classificou o Corinthians, fosse da autoria de Neymar, Ganso ou Lucas, a mídia faria um estardalhaço, um carnaval comemorativo, um festival de loas e elogios e reprisar o gol a todo instante.

Essa tendência marcantemente sãopaulina da mídia paulistana, finalmente desmascarada,  está pegando muito mal, desmoralizando alguns veículos de comunicação e levando os profissionais que assim procedem,  a um descrédito total perante a opinião pública.

 @@@@@@@@@@@@@@@@@@@

SUPERAÇÃO

Eu não disse que os times menores se transformam e se agigantam quando enfrentam o Palmeiras ou os gambás?

É por isso que Palmeiras e Corinthians são os dois times mais importantes do Brasil e fazem, segundo a FIFA, o décimo clássico do mundo em importância. (A mídia Bambi escondeu o fato e nunca mais disse isso)

Esta rodada, das oitavas do Paulistão, confirmou, plenamente, a minha tese.

Santos e Bambis não sofreram tanto contra Ponte e Portuguesa, como o Palmeiras e os gambás sofreram para eliminar Mirassol e Oeste de Itápolis.

O fato de não terem sofrido tanto, nada tem a ver com qualidade de time ou deficiência de adversário, haja vista o visível e marcante equilíbrio entre quatro grandes, entre si, equilíbrio que existia, também, noves fora os grandes, entre os quatro pequenos que entraram no octogonal.

Como ficou provado pelos números e pela composição das semifinais, eram dois blocos distintos de quatro clubes, separados pela técnica, pela tradição e pelas individualidades, ao contrário do ano passado quando um time considerado pequeno, o Santo André, era o melhor, e só não chegou ao título porque foi garfado pela arbitragem nas duas partidas finais contra o Santos

Não, não estou dizendo que os bambis e as sereias da Vila tiveram moleza, pois, tanto a Portuguesa como a Ponte cumpriram boas apresentações e tiveram chances de chegar à classificação.

O que antecipei aqui no OAV e que se confirmou, plenamente, na prática, é que não haveria dificuldades extras para Santos e bambis, que teriam jogos mais brandos, com muito menos tumultos e obstáculos do que Palmeiras e gambás.

De fato, seus adversários, Ponte e Portuguesa, jogaram cavalheirescamente sem dispender esforço extra, o chamado "plus", e entraram em campo não para uma guerra, mas, apenas, para jogar futebol. Oeste e Mirassol, ao contrário, promoveram duas guerras e fizeram das tripas o coração visando a bater os dois maiores clubes do futebol paulista.

Também não antecipei que Palmeiras e Corinthians, sobretudo o Palmeiras, enfrentariam adversários que se multiplicariam em campo, que partiriam para a catimba e para a guerra através de um jogo forte de atrito e superação?

Não deu outra!

@@@@@@@@@@
 
SOFREGUIDÃO

O golaço do Mago, após dez minutos de domínio e de pressão, passou a impressão de que o Palmeiras daria um passeio e chegaria com facilidade à classificação para as semifinais do Paulistão.

Ledo engano!

Como lutou o Mirassol, como correu atrás do resultado, como se empenhou, como bateu no time do Palmeiras... Esley, estava com tanta pilha que saiu aos 31 do 1º tempo porque o técnico sentiu que ele ia ser expulso.

É óbvio que o Palmeiras era melhor, que criava mais chances e que mandava no jogo.

Mas o Mirassol também beliscava e contratacava, principalmente usando Wellington Amorim e, depois, no segundo tempo, com o excelente Marcelinho.

Quase ao final do primeiro tempo o time interiorano chegou ao empate, numa falha da defesa verde que não visualizou o posicionamento de Marcelinho, completamente livre e solto pelo lado esquerdo da defesa, setor, aliás, naquele momento, completamente desguarnecido. Rivaldo marcava no meio e ninguém o cobriu!

Foi uma notória desatenção da defesa, que pareceu preocupada, exclusivamente, em marcar os homens altos da defesa mirassolense que, naquele momento, haviam migrado para a área do Palmeiras para tentar o gol em lance aéreo.

Houve um visível murmúrio nas arquibancadas e percebia-se uma certa dose de receio e desesperança estampados no semblante dos torcedores palmeirenses focados pela televisão. É evidente, e nem poderia ser diferente. Outra vez,  uma dúvida cruel tomava conta da "Leal" torcida verde, em razão do retrospecto negativo  e de  decepções pretéritas em jogos decisivos como o de ontem.

Eu gostei da atitude do time após a volta do vestiário. Sem desânimos ou esmorecimentos, partiu para cima do adversário e foi criando boas situações de gol.

Só aos 11 minutos o Palmeiras chegou lá, com um gol, também, de belíssima feitura, fruto do talento de Kléber que entortou o zagueiro em espaço restrito, junto a linha de fundo e tocou para a área. Luan chutou fraco contra a zaga e, no rebote, vindo  de trás, Márcio Araújo coroou a sua eficiente atuação com outro gol espetacular, batendo rasteiro e indefensável da entrada da grande área.

Daí em diante, outra vez, o Palmeiras procurou administrar o resultado da forma perigosa que conhecemos, recuando os atacantes para o primeiro combate e formando as duas linhas de quatro, procurando, exclusivamente, o jogo de contrataque.

Nem com a expulsão de Xuxa, um dos jogadores mais importantes do Mirassol, o Palmeiras mudou a sua forma de atuar, preferindo segurar o resultado através da marcação forte e da postura defensivista.

Mesmo com dez em campo, o Mirassol deu um suadouro tremendo no Palmeiras, haja vista que o time de Felipão não se impôs em campo através do melhor remédio para jogos difíceis contra times desesperados, o toque de bola com calma e segurança no chamado jogo de envolvimento.

Por isso sofremos sufoco. A bola parecida procurar os jogadores do time do interior que ficava, invariavelmente com 90% dos rebotes.

O Palmeiras só conseguiu estabilizar novamente o jogo a partir da entrada de Lincoln em lugar de Valdívia, visivelmente cansado, aos 40 minutos do segundo tempo. Usando toda a sua experiência e tendo em Kléber
o companheiro ideal para ajudar a prender a bola, Lincoln ajudou a selar importante triunfo que  leva o Palmeiras às semifinais do Paulistão contra os gambás.

Mas foi outro resultado "à Felipão", isto é, conseguido sob a ameaça constante do adversário, com sofreguidão.

Valeram a luta, o suor e o empenho de nossos operários e o empenho e a técnica de nossos diferenciados, Deola, Kléber e Araújo e, sobretudo, de um craque desequilibrante, o mago Valdívia a quem, um dia, a mídia discriminadora e míope há de reconhecer que é um craque.

Que venham, agora, os gambás!

Que Cicinho e Thiago Heleno possam voltar!

Como fizeram falta!(AD)

COMENTE COMENTE COMENTE

@@@@@@@@@@@
 
NA TELEVISÃO

Só o Sportv transmitiu para Belo Horizonte.

Até os 30 do primeiro tempo, Milton Leite esteve magnificamente bem.

Narrou com vibração o gol de Valdívia, embora ele, míope, não reconheça que Valdívia é um craque.

Fosse um gol de Ganso ou Neymar, sou convicto de que ele acrescentaria que foi um gol de craque.

Mas Valdívia joga no Palmeiras e nem os palmeirenses da mídia, submissos ao status-quo vigente, querem admitir à frente de câmeras e microfones que ele é craque.

Dos 30 aos 45, Leite engoliu a voz e começou a narrar sussurrando. Sua voz, então, declinou, enfraqueceu e seu microfone parecia mais baixo do que o de Noriega.

Como é que um cara que tem um timbre vocal privilegiado, esconde a característica que o realça sobre quase todos os narradores de sua empresa?

Como ele havia narrado, também, no sábado imaginei que ele estivesse cansado ou houvesse sido vítima de um "trac" vocal.

Não houve nada disso. Milton voltou "pilhado" no segundo tempo e mandou muito bem, a transmissão, apesar de seus vários equívocos de opinião e da mania que tem de conduzir o comentarista a analisar apenas o que ele próprio deseja.

Nunca fiz isso quando narrei futebol no rádio ou na TV. Tira a liberdade do analista que acaba influenciado, por indução. Custava dizer: Maurício Noriega e o comentário do jogo! Então o comentarista entraria e daria o seu recado sem qualquer ingerência ou interferência.

Um comentário da dupla, em particular, em assunto puxado por Milton, irritou-me bastante. Conto!

Danilo, amarelado no primeiro tempo, pisou em Marcelinho rente à bandeirinha de escanteio. Deveria ter recebido novamente o cartão e ter sido expulso. Nem Milton nem Noriega disseram isso e, se dissessem, concordaria com ambos.

Entretanto, alguns minutos depois, Xuxa empurrou por trás e derrubou Kléber, que avançava em direção à área com muito espaço para progredir. Leite e Noriega alegaram que se tratava de um lance normal de jogo.

Não concordei com eles, porque a ação de Xuxa, embora sem violência, impedia um contrataque perigoso do Palmeiras e, em razão disso, ele deveria ser punido, sim, como, efetivamente, o foi, com o cartão.

No futebol, a equação dos cartões (A1 + A2) = V é fatal.  A expulsão foi cabível,  justa e perfeita.

A minha irritação com Leite e Noriega não prendeu-se ao fato de dizerem que expulsão fora injusta, direito inalienável que lhes cabe como narrador e comentarista de um canal de TV.

Irritei-me porque eles fizeram uma desconexa comparação com o lance anterior de Danilo, gastando de dois a três minutos no assunto, sendo que na hora em que Danilo pisou em Marcelinho eles se abstiveram de opinar.

De qualquer forma eu devo reconhecer que as transmissões do Sportv melhoraram, da água para o vinho assim como o tratamento dispensado ao Palmeiras, o que não é nenhum favor, mas uma obrigação!

A própria escalação dos que imagino serem os titulares do canal, Leite, Noriega e Cereto, todos profissionais de primeira linha, significa que o Palmeiras está voltando a ser tratado à altura de sua importância e de sua tradição. (AD)