Observatório Alviverde

08/09/2014

EM UM ÚNICO JOGO JÚNIOR JÁ FEZ MAIS DO QUE GARECA EM TODA A SUA PASSAGEM PELO PALMEIRAS!


 
 Dorival Júnior quando jogava pelo Palmeiras!

Ainda que o Palmeiras viesse a perder, ontem, em Curitiba, teríamos de admitir acentuados progressos de ordem física, técnica, tática e, sobretudo, anímica em relação ao time, agora sob a responsabilidade de Dorival Júnior! 

E, no entanto, o Palmeiras não perdeu, arrancando um ponto precioso e importantíssimo, fora de casa, de um adversário direto na luta contra o rebaixamento, o Atlético PR. 

Com a combinação dos resultados do fim de semana, este mínimo pontinho, por incrível que pareça, teve o condão de impedir que a equipe virasse o primeiro turno no Z4!

Isto é ótimo, pois, psicologicamente, acentuaria os problemas emocionais da equipe em um momento tão difícil e tão delicado. 

Há duas rodadas acontece isso! Parece que a sorte está voltando ao Palestra e isto é muito bom!

De quebra, o time palmeirense mostrou, em campo, extrema dedicação, dessas de, não apenas, calar a boca de Lúcio, mas de deixá-lo pasmo, sem acreditar. 

Agora, quem terá de correr e se desdobrar para não perder o lugar no time, será ele, veteraníssimo! Haja pernas para Lúcio depois do que jogou Vitorino, ontem, na capital do Paraná!

Todos os que entraram em campo, correram e se esforçaram, oferecendo aquele "plus", isto é, aquele "mais", que faz com que, ainda que o melhor resultado não chegue, não se possa criticar este ou aquele atleta.

Do (até ontem) acomodado Leandro ao (sempre) fraquíssimo Eldinho ninguém deixou de correr, de se esforçar, de suar a camisa e nem pode ser acusado de ter adotado aquele comportamento condenável a que chamamos de "corpo- mole".

Da mesma forma, ao contrário do que ocorria no tempo de Gareca, o Palmeiras, ontem, teve maior poder de criação, melhor toque de bola, muito mais penetração e arremates contra o gol adversário, em que pese o fato de o Palmeiras haver treinado apenas uma vez com essa nova formação.


Será que, porventura, ainda existe, depois do jogo de ontem, algum palmeirense recalcitrante, obstinado e obcecado por defender Gareca, muito mais um formador de jogadores do que um técnico de futebol?

Não quero, com isso, afirmar que todos os problemas do Palmeiras, nesse longo e tortuoso caminho a ser trilhado, no Brasileirão 2014, tenham sido resolvidos! 

Apesar do estupendo começo (analiso rendimento, não resultado), nunca considerei Dorival Júnior a nossa melhor opção de recuperação. 

Entre todas, para mim, era uma das mais distantes! Mas, réu confesso, obrigo-me a admitir que ele me desdisse logo de cara e iniciou o seu trabalho indo além de minhas melhores expectativas! Isso é ótimo! Torço para que ele continue assim!

Fique claro, não farei, jamais, injustiças ao novo treinador, ao seu estafe e ao seu trabalho, simplesmente pelo orgulho e prazer de afirmar, como tantos gostam de fazer:

"Não disse?" "Não falei?" "Não antecipei?" "Viram como eu é que estava certo?" "Viram como eu é que tinha razão?"

Quem sabe, no frigir dos ovos, ele acerte e o meu alerta antecipado à diretoria não valha nada! Se querem saber, torço por isso!

Reitero o que disse, semana passada, neste espaço, em manchete, assim que tomei conhecimento da contratação de Júnior: "

"RADICAL NA OPOSIÇÃO À CONTRATAÇÃO DO NOVO TÉCNICO, A PARTIR DE HOJE JÁ ESTOU TORCENDO, S-I-N-C-E-R-A-M-E-N-T-E, POR DORIVAL JÚNIOR!"

Neste pós-jogo quero dizer-lhes que o empate de ontem em Curitiba, na reabertura da Arena da Baixada, o alçapão do Atlético Pr., já teve, comprovadamente, o dedo de Dorival.

Certa feita eu disse, neste espaço, que, para mim, Juninho, fraco na marcação e bom no apoio, era, muito menos, um lateral, e, muito mais, um jogador de meio de campo, talhado à armação.

Ontem, quando o Palmeiras entrou em campo e o Sportv fornecia a escalação do Verdão, meu irmão lembrou-me que eu já havia publicado a respeito da característica de Juninho e disse que Dorival o havia colocado na função.

A surpreendente escalação de Juninho como armador -atitude sábia e corajosa de Dorival- entendo como a mudança que deu equilíbrio e consistência ao time e, principalmente, muito mais força ofensiva. Ou o time seria melhor com Mendieta ou Menezes?

Foi a ousadia da improvisação de Dorival que levou o Palmeiras, mais do que ao resultado favorável (um empate com sabor de vitória), a ter exibido um futebol melhor, mais eloquente e mais consistente do que aquele que o argentino (que deveria ter sido detonado tão logo tomamos aquele baile do Sport em Recife, perdendo, fácil, por 1 x 2) procurava e jamais conseguiu encontrar.

Outro elogio merecido tem de ser creditado a Dorival pela substituição do esforçado porém fraquíssimo Eldinho no intervalo do jogo, ele que fora uma figura decorativa do time, até então! 

A julgarmos pelo que Eldinho mostrou, até hoje, no Palmeiras, ele não tem a menor condição de ocupar a lateral direita de um clube que deseja brigar por títulos. 

Para ser um mau lateral Eldinho precisa melhorar muito! Quanto mais para ser um razoável lateral!

Uma pena que Josimar, volante emergencialmente adaptado à função de Eldinho, tenha exagerado na virilidade ao disputar uma "bola boba" com um adversário e após a dividida, decorrente do lance em sí, atingiu-o nas costas quando ele estava em queda, e, imediatamente, foi expulso! Não houve do que e o que reclamar!

Entendo que Júnior se equivocou, apenas, na terceira alteração, ao retirar Leandro que passou a atuar na ala direita e substituí-lo pelo fraquíssimo Eguren. 

Para que mexer em um time que não apresentava sinais de cansaço e que tinha força suficiente para, ao menos, tentar as jogadas de contra-ataque.

Àquela altura, com um ala, embora improvisado, mas jovem, veloz e ousado -Leandro-, era importante a manutenção de Henrique, avançado e centralizado, atuando como um pivô de futsal, de costas para o gol, a fim de desenvolver o trabalho de servir os que se insinuavam e penetravam pelos lados do campo.

A entrada de Egurem, ou, melhor, a saída de Leandro, acabou, completamente, com quaisquer opções ofensivas do Palmeiras que nunca mais chegou com perigo ao gol do Furacão, reeditando, lamentavelmente, aquela situação estressante de o time ser atacado e não ter nenhuma opção de atacar. 

A única vantagem foi que, desta vez, acabou dando certo! Haja coração!

Como frisei, a alteração era inútil e desnecessária, mas se Dorival fazia tanta questão de colocar um homem mais descansado para ajudar atrás, o substituído sem qualquer dúvida, dessa vez, teria de ser Henrique! 

Com a entrada de Eguren e o time todo encastelado na defesa para garantir o resultado, Henrique atuou isolado e já não tinha mais a menor utilidade, justamente por ser menos veloz do que os zagueiros do Atlético PR. 

Talvez em função disso que ele recuou para ajudar atrás, e, pelo restante do jogo (um autêntico linha contra defesa) foi jogar de beque!

O Palmeiras, outra vez, foi esbulhado pela arbitragem (leia-se Leandro Pedro Vuaden) useiro e vezeiro em prejudicar o clube que, inocentemente, não reclama, não protesta, sequer através da mídia, e, nem formaliza qualquer reclamação junto à comissão de arbitragem ou à CBF. 

Foram dois pênaltis visíveis contra os paranaenses, mas ele só teve disposição de marcar o primeiro, sobre Diogo, muito menos visível do que o segundo cometido sobre Marcelo Oliveira, outro destaque palmeirense, ontem, em Curitiba!

Até quando vamos continuar calados e conformados diante de tantos abusos e situações persecutórias? 

Reaja Nobre, ou, de pênalti em pênalti, os marcados contra sem razão de ser, ou, os outros, visíveis, claros e cristalinos não assinalados a favor do Verdão, os árbitros vão, como no ano passado, acabar decretando a nossa queda para a segunda divisão!

Se o banco de imagens (o Palmeiras tem isso?) do clube for insuficiente para criar o documento, sugiro que V. Exa recorra, por favor, à Tânia Clorofila que, com certeza, vai abastecê-lo para a confecção de um filme, verdadeiro longa metragem, que relata, prova, comprova, reafirma e ratifica todo o prejuízo que tem tido o Palmeiras nos últimos anos, i-r-r-e-p-a-r-á-v-e-i-s! 

Se V. Exa não tiver expediente ou humildade para solicitar essa colaboração à Tânia, retire as imagens do "blog da clorofila" que, ela, tenho certeza, de nada vai reclamar! Pelo contrário vai se orgulhar por servir o clube a que tanto ama, de paixão! 

Não gostei de Eldinho, o pior entre os palmeirenses!

Gostei da manutenção do jovem goleiro Fábio, cuja atuação, ontem, tendo à frente um time mais bem posicionado e com melhor sentido de marcação, foi perfeita!

Não gostei de Eldinho, o pior em campo!

Josimar que o substituiu, vinha bem até se exceder na força e na violência em um lance morto na lateral do campo, agindo de forma irresponsável.  

Ele recebeu o cartão vermelho não pelo primeiro momento do lance, mas por chutar as costas do adversário, quando este caía, em um segundo momento! Expulsão merecida, ao menos em meu entendimento!

Com a saída de Wellington logo aos três minutos, entrou o uruguaio Vitorino, ex-capitão da Seleção Uruguaia que, com sua enorme experiência, assumiu o comando do time em campo formando uma boa dupla com o argentino Tóbio! 

Os dois, literalmente, falaram a mesma língua. Por incrível que pareça, o Palmeiras ganhou muito com a saída precoce de nosso jovem zagueiro e Vitorino, em meu entendimento, foi o melhor jogador em campo!

Com a nova configuração tática, e (também já falei sobre isso inúmeras vezes neste blog da necessidade de mais canhotos) com Vitor Luís, Marcelo Oliveira e -a novidade- Juninho como armador o Palmeiras não foi tão vulnerável, como de hábito, pelo setor esquerdo.

Renatinho esteve discreto sem procurar "esmerilhar" ou as jogadas de efeito, com o que melhorou, muito, em relação aos jogos anteriores.

Leandro esforçadíssimo, esteve muito bem, tanto e quanto Diogo e, principalmente, Henrique, que, ao que tudo indica, ganhou a confiança do novo treinador.

Em suma, foi uma boa apresentação que, como amostra, passa a impressão de que vai dar liga!

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NA TV

 

Transmissão nota 7,5 de Jota Jr para Atlético PR X Verdão!

Objetivo, ligado no jogo e sem contar muita história, Jota conseguiu inserir o telespectador no clima do jogo, a exemplo do que conseguem fazer, habitualmente, os locutores da Fox.

Não lhe atribuo um 9 pela narração de ontem, por um único e exclusivo aspecto:

Em um dos jogos do Cu-rintia, há algumas semanas, não sei se contra o Flu ou contra o Goiás, Jota repetiu várias vezes durante a transmissão, que o time gambático fora prejudicado pela não marcação de um penal.

Ontem, de fato, reconheceu e registrou o pênalti sofrido pelo Palmeiras sobre Marcelo Oliveira, avalisando Beletti, mas ambos só mencionaram o fato uma única vez, na hora do lance. 

Depois, ficou como se nada houvesse acontecido. Por que a diferença? Foi, apenas, involuntária? Ou mera coincidência? 

Pelo sim, pelo não, os fatos aconteceram e têm de ser destacados!

Aliás, Beletti, huno inserido na profissão de jornalista através da "Lei Do Valle/Kico", em determinado momento do jogo, deitou falação contra um determinado jogador por uma falta mais forte, afirmando que "o futebol exige fair-play e respeito ao adversário".

Na qualidade de um dos jogadores mais faltosos e violentos do futebol brasileiro em seu tempo (o acompanhei de perto nos bambis, mas, principalmente, no Cruzeiro e no Atlético) ele deveria ter dito: "senhores jogadores, não façam, nunca, como eu fazia no tempo em que eu jogava, porque o futebol exige fair-play e respeito ao adversário".

Quero deixar claro que Beletti (reitero acompanhei-lhe a carreira de perto e o conheci muito bem), não foi como ele quer projetar, agora, acreditem, apenas, um jogador duro na marcação, mas, isto sim, um atleta extremamente, violento e, muitas vezes, desleal! 

Nessa circunstância, Beletti não tem moral para pedir ou exigir fair-play de quem quer que seja! (AD)