Observatório Alviverde

13/08/2013

OS ESTERTORES DO JORNALISMO ESPORTIVO!

 

 

Apesar de minha idade provecta e de estar fora do contexto profissional midiático - quero crer, para sempre – sempre tive, dentro em mim, arraigada e aguçada consciência classista.

Talvez por isto, tenha criticado, acerbadamente, energicamente, reiteradamente, a invasão da profissão de jornalista por celebridades, ex jogadores e outros hunos oportunistas que nada têm a ver com a profissão.

É bem verdade que, às vezes, um ou outro invasor um pouco mais instruído, de mais perspicácia e inteligência se destaca e acrescenta algo positivo à função.

Entretanto, mesmo nessa circunstância, quero deixar claro que isso está longe de me impressionar ou comover.

Interpreto esses casos raros, simplesmente, como exceções que confirmam a regra vigente da mediocridade que, avassaladoramente, tomou conta do jornalismo esportivo!

Não me lembro de todos – nem quero me lembrar para não me aborrecer ainda mais -  mas, citando alguns, faço questão de perguntar:

O que faz na profissão o intragável e chatíssimo Neto, o assassino do português? 

Aquele que diz que é comentarista, mas que, na prática, trabalha, como ponta de gol porque quer falar a toda hora como se fosse um papagaio?

Aquele da opinião volúvel que muda, radicalmente, a cada instante, tal e qual modelo muda a roupa em dia de desfile? 

E Ronaldo, o goleiro, figura medonha, de voz pequena e irritante, em contraste com a agressividade que transmite pelo vídeo? O que ele faz, se não sabe, sequer, se expressar, nos programas esporivos?

O milionário Ronaldo Fenômeno, empresário forte do ramo futebolístico, reúne condições morais (não estou me referindo ao episódio dos travestis) para comentar os jogos e os jogadores da Seleção Brasileira?

Como a Globo, a suposta paladina da ética jornalística, tem o desplante de contratar e colocar no ar alguém que exerce a função de empresário e está, umbelicalmente, indivisivelmente ligado ao Curíntia?

Mais do que isso, alguém ligado comercialmente à vida profissional de vários jogadores da Seleção atual?

Ainda não bastaram tantos impedimentos? Anotem, então, mais um:

Ronaldo é garotopropaganda, ligado a tantas campanhas publicitárias e promocionais referentes à Copa. Iria ele contratariar os próprios interesses na hora em que fosse necessária uma crítica?

Mas quem acredita em Gordonaldo?  Você acredita?

Só os gananciosos diretores globais, para os quais tudo se resume a “business”, ou, em melhor português,a negócios.

Fingem, por osmose, também, que acreditam nele os jornalistas amestrados, que convivem, eternamente em gabinetes, detentores, senão da estima, mas da plena confiança dos diretores.

São, justamente, aqueles que subchefiam as seções e os departamentos como se fossem os próprios chefes, via de regra grandes com os pequenos e pequenos com os grandes..

Dizem, embora não garantam, que também acreditam em Gordonaldo parte da torcida do Cu-rintia e todos os seus “paga-paus”. Fora esses, mais ninguém!

Falar o que do inexpressivo Miller que, é voz corrente no meio, foi contratado por piedade, porque perdeu tudo o que ganhou! Fosse um jornalista de carreira, fariam isto por ele?

Quantos colegas jornalistas, alguns muito talentosos, estão, hoje, à míngua, sem direito a uma nova chance, em função da profissão ter se tornado restrita, quase extinta e, pior, invadida por medíocres?

A propósito disso, Casagrande foi contratado por quê? Alguém sabe dizer? Alguém pode dizer?

Algum jornalista chegou a ser contratado ou, seria contratado nas mesmas circunstâncias de Casão?

E Róger, ex Galisteu, ex Secco, foi indicado por alguma atriz ou alguma celebridade? Só pode!

E o simplório Zé Elias, em seu tempo de bola um lateral violento, botineiro e limitado, muito longe de ter sido um craque, faz o que na Rádio Globo quando não sabe, sequer, se expressar minimamente, no dia a dia, com qualidade?

Boa Oscar Ulisses! 

A exemplo de seu irmão, precursor, idealizador e promotor da farra, você, também, é um grande amigo dos jornalistas!  Amigo da Onça!

E o tal Caio vaselina que fala, fala, fala, fala bonito (só para paulistanos pois tem um sotaque italianado horroroso) e não consegue dizer nada? 

Sem nenhum mérito ou destaque, de pouquíssimo conteúdo, Caio  é um dos comentaristas titulares da Globo, mas isso só se justifica, porque é de gente assim, amorfa e inofensiva, que simule personalidade ainda que não tenha, que a Globo tanto gosta.

O que falar de Mário Sérgio dislálico, “lingua plesa”, aquele que teve coragem e dizer no ar que o futebol de Daniel Carvalho era similar ao de Valdívia. Kleina acreditou e o Palmeiras foi para o buraco.

Edmundo, discretíssimo, é o menos ruim entre todos, mas, ainda assim, não tem estofo para exercer a profissão.

Denilson dançarino, Junior carioca, o inexpressivo, o caipiríssimo Belletti e o citado Galisteu Secco são outras piadas prontas na tela, imposições dos dois canais que, infelizmente, detêm o comando do futebol brasileiro.

Apesar de todo esse tempo em terra estranha, quero dizer, em profissão estranha, não sei como a Globo consegue manter no ar o impagável Tomas Alva Edson Arnaldo David César Coelho.

Talvez por ser, ele, o grande inventor de “regras” de futebol especiais para uso e manipulação em TV, ele que, há anos, desde o tempo em que apitava, precisava de óculos de gráu, mas afirma que enxerga bem?

E na profissão?

Já não bastariam os Jucas, os Reseks e os folclóricos Langs e Osmares, na profissão a serviço do Cu-rintia?

Os Prados e assemelhados a serviço dos bambis?

Os Simons nem sei a serviço de quem, quem sabe como advogados dos árbitros?

Os Neves, a serviço do Santos ou da galhofa?

Isto, concordo, não é uma vergonha, já é uma ignominia!

Fui amigo pessoalíssimo de Loureiro Junior, o que muito me engrandeceu, me iluminou e do que muito me orgulho.

Ele era professor de português e, na qualidade de cultor da língua pátria tanto quanto ele, discutíamos, muito, o tema.

Outro assunto comum era a invasão iminente dos alinígenas da profissão.

Já no início da década de 80 os bicões e aproveitadores começavam chegar, aos borbotões, aos meios de comunicação, recrutados pela incúria, inconsequencia, estrelismo, mania de importância  e pela falta de visão de futuro e de sentimento classista de Luciano do Vale e Osmar Santos, ambos sempre subservientes às celebridades!

Debati o problema com Louro, inúmeras vezes, , em discussões acaloradas. enfáticas, mas sempre respeitosas, particularíssimas, de amigo para amigo.

O saudoso e talentoso Louro, ex presidente da ACEESP, associação classista à qual nunca me filei, saia, invariavelmente, pela tangente quando debatíamos o assunto. Eu ia fundo na questão e o colocava quase sem saída.

Inteligentemente, argutamente, ao seu estilo, ele criou um bordão em que afirmava que a “ACEESP era uma associação de classe,  não uma entidade de classe e que, em razão disso, nada podia fazer no que respeitava aos invasores”!

Então eu respondia que a ACEESP, de fato, não tinha poder legal, mas tinha, sim, poder moral, autoridade suficiente e grandeza para protestar junto aos clubes, federações e confederações e tentar barrar certos credenciamentos!

Sem perder nunca a fleugma, ele, então, me respondia que a força e a influência dos veículos de comunicação interessados em não ter empregados formais, era maior do que qualquer influência ou interferência da ACEESP.

Dizia-me mais, que a Associação não credenciava alienígenas, mas a FPF, a CBF, as federações de futebol e as confederações de todos os esportes, sempre arrumavam motivos e desculpas para credenciar os bicões.

Ele sabia que a classe estava sendo prejudicada, mas que nada era possível fazer, do ponto de vista legal e jurídico.

Dizia, também, que o assunto deveria ser debatido ao nível de entidades de classe, isto é, através dos sindicatos,  do Ministério ou em simpósios e congressos classistas.

De fato, de um ponto de vista teórico, Loureiro estava correto, mas, na prática, a ação e a postura da ACEESP e das demais associações de classe pelo Brasil, deveriam ter sido ser outras, a tempo e hora.

Creio que se houvessem sido formalizadas denúncias no MTE as mesmas teriam tido um efeito salutar e benéfico.

Evitariam a invasão massiva na profissão e, até, o decorrente desemprego que prejudicou tantos companheiros e respectivas famílias.

Vejam que só na pequena relação acima, há quase duas dezenas de oportunistas, fazendo parte integrante das equipes esportivas de tv mais importantes do Brasil, sem jamais terem sentado em um banco de faculdade ou puxado um metro de fio dentro dos estádios..

É cruel, muito cruel, o que tem sido feito com os jornalistas pela velhacaria e vigarice daqueles que detêm o poder nos veículos de comunicação e que não estão, nem aí, para a classe.

Um esclarecimento.

Referi-me, especificamente a Loureiro pela nossa amizade, proximidade e, até pelo fato de termos sido, relativamente, vizinhos em Indianópois e de estarmos juntos quase todos os dias quando residi na capital paulista.

Entretanto, sei, perfeitamente e sou convicto de que a prática deveria ter sido combatida precocemente, em seu nascedouro por vários presidentes da ACEESP que o antecederam e, na sequência, por todos os que o sucederam.

Loureiro ao menos não fugia do debate, mas outros presidentes que conheci recusavam-se até a abordar o tema por medo de serem despedidos de seus locais de trabalho.

Concluindo, penso que, se alguma culpa houve, se houve omissões e prevaricações, não podem ser debitadas à incapacidade daqueles que dirigiram a associação.

Os acontecimentos foram ocorrendo em progressão geométrica e tomaram tal vulto que se tornaram um caso de difícil solução ou, eu diria, insolúveis, para serem resolvidos sem uma atitude de classe em nível nacional.

Estou certo de que tudo ocorreu mais por ingenuidade, e falta de previsão de futuro, não apenas da parte dos presidentes da ACEESP e outras associações, isoladamente, mas da classe, como um todo…

O primeiro jogador que conheci assumindo a profissão de jornalista foi Leonidas, o inventor da bicicleta, no início da década de 50 do século passado.

Quando parou de jogar pelos Bambis, virou comentarista esportivo na Rádio Panamericana, de propriedade do fundador do clube. Dr. Paulo Machado de Carvalho, mas nesse tempo era possível que ocorresse, pois não havia faculdades de comunicação.

De lá para cá, especificamente em São Paulo, lembro-me de Osvaldo Brandão na Rádio Tupi de São Paulo, já de forma irregular, porque a profissão, parece-me, já estava devidamente regulamentada.

Se Luciano do Vale ao inventar Rivelino e Clodoaldo como comentaristas e ao chamar as celebridades para ocupar o lugar dos autênticos jornalistas, fosse interceptado pela ACEESP, pelos sindicatos, pelo MPE ou pelo MP, a prática teria sido interrompida e o mal, cortado pela raiz.

A pirataria profissional teria sido eliminada e seria evitado o rombo e o estrago causados, sobretudo, às novas gerações de cronistas esportivos, ora sem postos de trabalho para exercer a profissão.

Sem ser pedante, visionário, orgulhoso ou profeta, premonizei os fatos que vivenciamos hoje! Pura questão de faro e de percepção!

A Globo, que em seus telejornais promove o combate constante à pirataria, ela própria se esquece que em seus veículos eletrônicos, rádio e tv, é a  mais pirata entre todas as redes e emissoras brasileiras de televisão.

Em outras ocasiões chamei de traíras Osmar Santos e Luciano do Vale os pioneiros neste tipo de prática nociva e deletéria. Não me arrependo e reitero os pejorativos.

Não me venham com  essa de que Osmar está dodói, não pode se defender, tem de ser esquecido, lembrado com admiração e outras imbecilidades, argumentos baratos dos fazedores de média e daqueles que, também, cultuam celebridades.

De minha parte prefiro cultivar o talento, enaltecer o talento, ciente e consciente que nem sempre o proprietário do talento merece a minha admiração e o meu respeito!

No caso de Osmar respeito a inegável qualidade do profissional, mas não respeito o profissional e, menos ainda, o homem. Tenho os meus motivos!

Osmar Santos, que o fatalismo da vida exduiu da lida, entre os narradores novos, isto é de 80 até hoje, tem lugar futuro certo e destacado no mausoléu dos maiorais da comunicação esportiva.

É lá onde descansam os imortais Fiori Gigliotti,  Edson Leite, Pedro Luís, Walter Abrahão, Raul Tabajara, Ari Silva, Geraldo José de Almeida, Luís Noriega, Milton Peruzzi, Mário Moraes, Mauro Pinheiro e outros poucos nomes que compuseram a elite da crônica paulistana dos anos 50s aos dias de hoje.

Detalhe:

Refiro-me, especificamente, ao Osmar do rádio, porquanto em TV ele nunca passou de um profissional absolutamente comum !

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O JORNALISMO ESPORTIVO ESTÁ MAIS TRISTE.

ENIO RODRIGUES JÁ NÃO ESTÁ MAIS ENTRE NÓS!

Enio Rodrigues, esplendido narrador!                                             Um dos melhores de sua geração!

O imaginário mausoléu dos maiorais da crônica esportiva recebeu para a imortalidade, o palmeirense Enio Rodrigues Caraça, um dos talentos remanescentes da geração de ouro dos narradores e cronistas esportivos.

Egresso da Rádio Cultura de Araraquara, voz baritonal, ótimo improviso, excelente dinâmica de relato, precisão, narração pessoalíssima, opiniões bem colocadas, sempre com muita personalidade, Enio Rodrigues era daqueles locutores que você nunca cansa de ouvir, cujo bordão era “o que vale é bola na rede”.

Minha homenagem a esse grande companheiro e amigo, uma das “feras” da Rádio Bandeirantes, em um tempo no qual você ouvia autênticos narradores esportivos e se sentia dentro do estádio.

Muito diferente de hoje, em que, com raras exceções, temos de aguentar os insuportáveis “gritadores esportivos”, para os quais a descrição de um tiro de meta, vai ao ar como se fosse a narração de um gol.

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ANDRÉ RESEK, POR RESPEITO A NÓS PALMEIRENSES

DEIXE A TELEVISÃO E VÁ TRABALHAR NO CURINTIA

André Rizek não gosta do Palmeiras!

Usando de város pesos e de várias medidas, o intragável curintiano da mídia André Resek, cujo sobrenome rima com moleque, foi à tela pedir punição a Valdívia por ter forçado o terceiro cartão amarelo no jogo contra o Paraná.

O tribunal, cujo procurador é o Dr. Shmerda garante que vai processar Valdívia por ter forçado o cartão contra o Paraná, embora não exista nas leis do jogo, uma única virgula que o impeça de fazê-lo.

O processo ainda não foi aberto porque, segundo me contaram, Schmerda está debruçado sobre os livros, – ele nunca consegue aprender – procurando uma forma de processar o jogador, cujo grande pecado, para ele, procurador, assim como para 95% dos cronistas esportivos, o bobalhão Resek, inclusive, é jogar pelo Palmeiras.

Como Shmerda já sabe que não vai encontrar nenhum capítulo específico para o enquadramento do chileno, irá, certamente, valer-se de um artigo geral, global (vale, também o trocadilho) que diz o seguinte:

“ Nenhum jogador pode assumir conduta contrária à disciplina e à ética esportiva”!

Ao ser indagado sobre o fato, Dr Schmerda respondeu: “"Não há prazo para julgamento, mas o Valdivia pode ser denunciado no artigo 258 e ficar de fora de um a dez jogos".

Assim, Resek ficará feliz, não apenas porque é cu-rintiano assumido, desses de carteirinha e de ir ao ar, na tv, com a camiseta dos “bosteros” por baixo do uniforme do canal, mas, pela certeza de estar trabalhando em pról da filosofia e dos relevantes interesses financeiros da casa que o emprega!

Profissionalzinho fraco e limitado esse Rezek e, muito pior, faccioso e clubistico, incontível e incontido em sua ânsia de ajudar o seu time de coração e prejudicar o princial adversário sob a capa coonesta de uma fantasiosa neutralidade profissional!

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