Observatório Alviverde

11/05/2016

APRENDAM NOBRE E MATTOS, VOCÊS QUE NÃO SABEM O QUE SIGNIFICA A PALAVRA CATIMBA!!



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O Palmeiras precisa jogar, também, o jogo da catimba!

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O Palmeiras é o único entre todos os clubes de primeira grandeza do futebol brasileiro que, a um só tempo, não se promove e (o que é pior) não se defende sob nenhuma circunstância, para o bem ou para o mal.

Talvez por isso que a maior parte da mídia o trata com tanto desdém, hostilizando-o,  desvalorizando-o e sempre colocando-o "como um clubeco qualquer que não fede e nem cheira", indiferente ao currículo do Palmeiras, o mais vencedor entre todos os clubes deste país.

Provo o que digo mediante simples pergunta:

Qual é o ÚNICO clube que venceu TODAS as competições mais importantes do futebol brasileiro ao menos uma vez?  

Você já viu, leu ou ouviu os nossos dirigentes mencionarem isso?

Já disseram, eles, em público ou em alguma entrevista na TV que o Palmeiras é "O Campeão do Século XX"? 

E no entanto a mídia e os dirigentes do Inter gaúcho já estão lançando no ar que o colorado é o maior vencedor do século XXI, o século atual, ainda longe de chegar a um quinto de sua extensão.

Deu pra sentir quanto o Palmeiras sempre foi, é, e continua sendo falho, paupérrimo e demodê, um verdadeiro desastre em termos de promoção e marketing?

A contestada frase de Osório Duque Estrada que abre a segunda parte do hino nacional brasileiro, esta: 

"...Deitado eternamente em berço esplêndido..."

parece ter sido feita não para o Brasil, mas para o Palmeiras, tamanha a identificação com o clube.

E, se querem saber, a outra que fala em seguida do "impávido colosso" também serve para definir bem a inércia dos dirigentes palmeirenses quando o assunto é futebol.

Vejam que a Fifa confirmou o Palmeiras como o primeiro campeão mundial, mas cadê que a diretoria mandou colocar a estrela correspondente nas camisas que vão a campo? 

Seria por vergonha? Ou o clube já colocou e eu não fiquei sabendo? 

Não será de estranhar, tamanha é a discrição palmeirense, irritante, por sinal.

E quer queiram ou não as novas gerações essa é, de longe, a maior conquista da vida do clube? Só quem a viveu -eu a vivi- pode mensurar a sua exextraordinária importância e fantásticas repercussões.

Não fosse o gigantesco palmeirismo de Roberto Frizzo e de alguns anônimos palmeirenses e tudo teria passado também em brancas nuvens! Coisas do Palmeiras, o clube mais acomodado do planeta!

Por isso, antes de qualquer coisa, se faz mister que todos nós paremos, um pouco que seja, para pensar no tema, gravíssimo, muito mais do que um mero jogo de palavras ou do que simples construção de imagens para tornar interessante uma crônica.

A partir daí, passemos a cobrar uma atuação mais efetiva e explícita de nossos dirigentes. Como dizia Chacrinha, "quem não se comunica, se trumbica" e como ensinou Rui Barbosa, "quem não se defende não terá defensor".

A última vez que vi um dirigente defender o clube e a torcida, ocorreu em 2009, quando o presidente Belluzzo foi à imprensa e falou cobras e lagartos sobre Simon, o árbitro gaúcho que nunca tolerou o Palmeiras, pelo erro (ou teria sido má fé?) da anulação do gol de Obina

Como se tivesse um angulo de visão de 360 gráus. Simon garante que conseguiu ver Obina, de costas, acossado e recebendo forte carga por trás, nas costas, "agarrar" um zagueiro do Fluminense antes de fazer o gol que o gaúcho fez questão de anular, liquidando com todas as pretensões do Palmeiras naquele Brasileirão. 

Belluzzo, que carregou nos termos da reclamação, foi condenado na justiça, mas o foi, certamente, porque os juízes que o julgaram em todas as instâncias certamente não sabiam nada de futebol. 

Houvessem os ínclitos homens da lei julgado Belluzzo em consonância com as leis da bola e o punido teria sido o infame árbitro gaúcho, notório carrasco palmeirense, agora bostejando na Fox Sports como juiz dos juízes. 

De Belluzzo aos dias de hoje, quando foi que algum dirigente palmeirense manifestou-se contra os abusos de arbitragem ou de outra ordem, que continuaram infelicitando a vida do Verdão?

Ceretta de Lima fez o que fez na decisão do Paulistão de 2015, com amplo favorecimento ao Santos, e não mereceu um único comentário de reprovação, chegando a estar cotado para apitar uma semifinal deste ano entre os dois mesmos clubes. Parece brincadeira, e, no entanto, não é! É sério mesmo!

Digamos, então, sem meias palavras que essa omissão dos dirigentes palmeirenses, não sei se por inocência ou prepotência, não é nada boa e é preciso que o clube -urgentemente- reveja os seus conceitos e mude de atitude em face do futebol, dos novos tempos e da própria vida que segue.

Esse posicionamento esdrúxulo e inexplicável de sucessivos dirigentes alviverdes de se encastelar e se refugir no silêncio nos momentos de crise, talvez explique o fenômeno da torcida do verdão ser a mais atuante, a mais partícipe, a mais bocuda e boquirrota entre todas que presentes na Internet na defesa intransigente dos interesses do clube.

Há, no âmago do torcedor palmeirense, como que um sentimento de frustração em face da ausência de dirigentes que defendam o clube e, por extensão, a defendam, assumindo todas as responsabilidades e as consequências. 

Não, não estou falando em torcida organizada, mas no torcedor comum, aquele que ama o clube sobre todas as coisas e só torce por ele pelo simples prazer de torcer, sem nenhum outro interesse paralelo.

É preciso que Nobre saia do luxuoso escritório da presidência, arregace as mangas e comece a trabalhar também no sentido de defender ou de promover o clube, de acordo com as circunstâncias. 

Se o presidente, por status, temperamento ou conveniência não se sentir à vontade para o mister, que nomeie um porta-voz e coloque o-clube para interagir, também, nesse "front" -importantíssimo- da guerra do futebol no terreno da "intelligenzza".

O interessante é que nenhum dos dois responsáveis pelo futebol do Palmeiras,  nem Mattos nem Cícero, certamente dois dos salários mais elevados do segmento, jamais vêm à público para  defender o clube, por piores que sejam as circunstâncias.

Não vejo, leio ou ouço uma única palavra deles no sentido de desfazer ondas, desmentir boatos, contestar os comentários tendenciosos ou maldosos e protestar contra os exageros da mídia.

Da mesma forma, nunca se ouviu falar que qualquer dos dois tenha protestado contra a escalação de alguns árbitros viciados em errar contra o Palmeiras, erros esses e escalações que continuam ocorrendo aos borbotões. Da parte de Mattos e de Cícero, nenhum pio do periquito!

Sabem por quê escrevi isto? 

Simplesmente porque assisti a uma entrevista, ontem, na Fox Sports do presidente do São Paulo, o Leco, informando que "havia oficiado a Comembol protestando (é cômico) contra os sucessivos erros de que o São Paulo havia sido vítima nesta Libertadores"  HAHAHAHAHAHAHA

Disse mais, que nada tinha contra o árbitro que apitará o Bambi x Galo desta noite no Morumbi, mas, nas entrelinhas, o ameaçando e dando a entender que "estaria de olho nele"!

Deu pra sentir o efeito psicológico da entrevista do presidente Bambi sobre o trio de arbitragem? O árbitro, temeroso por ter seu nome denunciado na Sul-Americana, na dúvida, apitará sempre pro bambis! 

Lembram-se de quanto recomendamos Nobre e Mattos para que agissem assim em relação aos jogos da Libertadores

Estão lembrados que dissemos para que oficiassem a Sul-Americana e reclamassem, nem que fosse de coisas de menor importância, mesmo as "cápsulas de minúcias", que justificassem o teor de ameaça das entrevistas?

Não que quiséssemos, com isso, que os árbitros ajudassem o Palmeiras mas que não o atrapalhassem como acabou acontecendo. O fator arbitragem contribuiu bastante para a debacle palmeirense na competição continental.

Da mesma forma, também alertamos e repetimos o teor do comentário quando das semifinais do Paulistão, mas cadê que a diretoria do Palmeiras teve a iniciativa de agir assim?

Se houvesse agido, certamente teríamos chegado à classificação, tanto na Liberta quanto o Regional!

Já chega de inocência! É preciso que Nobre aprenda (Leco ensinou ontem) que o futebol começa a se ganhar fora de campo! 

Isso tem um nome e é conhecido como "catimba"!

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