Observatório Alviverde

31/08/2015

JÁ CHEGA DE RECUAR PARA GARANTIR RESULTADOS!



Resultado de imagem para recuar jamais

 A MINHA OPINIÃO:
(Respeitando TODAS as demais, até as divergentes) 

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Prá começo de conversa, discordei da escalação inicial adotada por Marcelo Oliveira para enfrentar o Joinvile.

Não discuto em relação à defesa, a melhor possível, no momento que vive o time e com o "up-grade" decorrente da escalação de João Pedro.

Nada contra Lucas, muito bom jogador, capitão, responsável, maduro e que marca melhor do que João Pedro. 

Porém, ainda que Lucas estivesse em plena forma, a minha alternativa natural sempre foi, seria, é, e será, sempre,  João Pedro, mais físico, mais vigor, mais fôlego e mais jogador, sobretudo no apoio e na função de ala. 

O que falta a João Pedro? Exclusivamente jogar, mas sem ficar restrito, exclusivamente, à função de marcador como ontem. 

Ele precisa ter ordens para se soltar, ir à frente, fazer jogadas de linha de fundo e ser, sempre, mais uma opção ofensiva, como exige o futebol moderno. 

Com dois alas bem ofensivos, respaldados por uma boa cobertura que pressupõe atenção e vigilância totais de quem os cobre, diminuiria, bastante, a falta que um grande armador está fazendo ao Verdão.

Com os ótimos "meio-campistas de chegada" que tem, o Palmeiras seria ainda mais contundente e  incomodaria muito mais os adversários.

Os exemplos de Gabriel Jesus e João Pedro, deixam óbvio que, houvessem Mattos e Oswaldo edificado o atual elenco sobre o talento de Valdívia mais a sólida base dos juniores revelada o ano passado, o Palmeiras não teria gastado tanto e estaríamos com um time mais forte, aguerrido, criativo, vibrante, atuante, mais determinado, e,  seguramente, melhor do que o atual. 

E, no entanto, os juniores (faz de conta) promovidos não tiveram nenhuma chance sequencial no time, em razão do excesso de jogadores contratados, nem todos compatíveis, convém que se diga.

A exceção ficou por conta de  Gabriel Jesus que, aliás, nem foi o expoente do verdinho na Copa São Paulo de Juniores, ressalvados os seus it, carisma e potencial de craque, que só agora, Marcelo Oliveira está conseguindo explorar, desabrochar e fazer aflorar.

Tanto e quanto Gabriel Jesus, já não é sem tempo de que o Palmeiras tenha no time outras presenças jovens e egressas de sua base como Nathan, Christopher, Juninho e, principalmente João Pedro.

Pelo que se sente, Mattos e Marcelo consertam o avião palmeirense em pleno voo e só a partir de agora, esclarecidas e definidas tantas situações, é que essa leva de jovens pode ter a sua oportunidade no time principal.

Uma coisa, porém, nesse aspecto, me preocupa. Embora seja essa a vocação do atual técnico palmeirense, o seu pensamento pode colidir com a sede negocial do atual diretor de futebol.

Voltando a escalação, creio que com Prass, João Pedro, Ramos, Vitor Hugo e Egídio, (entrosados e bem treinados) tenhamos a defesa ideal. 

Se ela terá maior ou menor vulnerabilidade, vai depender de uma série de fatores técnicos, táticos e posturais não, apenas, dela, mas do meio de campo e do ataque.

Eu só sei dizer que com Gabriel e Arouca, a defesa escalada ontem, é a melhor defesa possível com que pode contar hoje o Palmeiras, mesmo que se considere outra formação com a presença de Lucas.  

A minha discordância ontem com Oliveira ocorreu na formação do meio de campo. 

Sob nenhuma circunstância (em meu entendimento, em meu entendimento, em meu entendimento), que não fosse de contusão, ele poderia prescindir da presença de Rafael Marques.

Rafael, pelo empenho, pela correria, pelo constante auxílio na marcação pela liderança, e, principalmente, pela criatividade, chegada ao ataque e pelo faro do gol, não poderia (jamais) ter ficado no banco.

Amaral, Robinho, Zé Roberto e Dudu, em meu entendimento, é um meio de campo, embora ofensivo, sem capacidade de retenção de bola e, efetivamente, só é bom, mesmo, na chegada aguda ao ataque.

Eu (estou falando, Eu) deixaria Zé Roberto no banco, mas pronto para entrar no time a qualquer momento, procurando explorar o cansaço do adversário, o que não significa que, às vezes, ele possa entrar de cara. 

Quero reconhecer a ótima performance e a boa condição física evidenciada, ontem, pelo veterano jogador, até, mesmo, quando foi jogar de lateral.

Em relação ao ataque, o único jogador efetivamente ofensivo tem sido o centroavante, seja ele Barrios ou Alecsandro, como era Leandro Pereira.

Sem um armador de ofício (Zé Roberto é ótimo mas não é esse jogador) os demais se revezam na marcação e na chegada, já que todos são meias, muito mais de chegada do que, propriamente,  de marcação.

Dudu e Gabriel de Jesus, vocacionados ao gol, se esforçam por fazer o que MO solicita, mas quando recebem a bola partem verticalmente para o gol e nem sempre essa é a melhor alternativa.

Embora sempre voltem para cercar (dificilmente roubam a bola, só cercam) nenhum deles tem paciência para o tocar sequentemente a bola, para esperar a desmarcação ou o deslocamento de um companheiro e, seguidamente, desperdiçam, por pura precipitação, bons ataques do Verdão.

A situação se agrava na mesma medida em que Amaral, para mim quarto-zagueiro, jamais um volante, é bom no desarme mas não é competente para comandar a saída de bola. 

Aliás, pelo que mostrou até agora ele só sabe distribuir -curto- para os lados, ou -longo- para o goleiro.

Robinho não pensa o jogo e nem valoriza a posse de bola e Zé Roberto, quando quer tocar a bola e acalmar o jogo, não tem com quem "trocar figurinhas".

Viram como o time melhorou e ganhou consistência a partir da entrada do estreante Thiago Santos um especialista de meia cancha?

Ele chegou, vestiu a camisa e jogou, quebrando todos os paradigmas (as frescuras) de um clube em que grande parte da torcida vive dizendo que jogador que chega não pode estrear de logo de cara porque a camisa do Palmeiras pesa? Só se chover!

Vão tomar sauna esses caras e os dirigentes que os ouvem! Tão precisando! Muito!

Por culpa desse orgulho estúpido e irracional de uma pretensa e inútil supremacia de camisa quantos jogadores (muitos) só estreavam no Palmeiras após meses de vigência de contrato. 

Jogador que chega, estando bem fisicamente, tem de entrar e ponto final! 

É ótimo procedimento, pois o motiva, o deixa à vontade, acelera a integração com o grupo e o adapta rapidamente ao novo trabalho

Voltando ao jogo contra o JEC, o time (com Barrios) joga com dez exceto nos momentos em que consegue entrar na área adversária pois o paraguaio não se apresenta para o jogo e fica escondido entre ou atrás dos beques. 

Com Alecsandro o time ganha mais corpo e vida, já que, como a bola, invariavelmente, não chega, ele volta para buscar e se apresenta (o tempo todo) para o jogo, embora se ressinta (quem não nota) da falta de um lançador inteligente que o habilite para o gol.

Antes de encerrar, eu, que fui contestado por tantos, tive a minha tese que denunciava como nocivo o recuo exagerado do time a partir de quando estabelecesse vantagem nos jogos provada, comprovada e ratificada, mais uma vez.

Ao estabelecer 2 x 0 sobre o Joinvile, houvesse o Palmeiras não recuado, como ocorreu, mas partido pra cima do adversário, ainda que à base do entusiasmo e do abafa, atitude típica dos times que não tem um bom armador, o Verdão não sofreria outro sufoco e nem teria uma vitória (quase) garantida, ameaçada pela reação de um time tecnicamente inferior. 

Agora é esperar pelo "sorteio", daqui a pouco, da Copa do Brasil, isto é, pelo adversário que a TV prefere que enfrente o Palmeiras pelas quartas-de-final da competição.

Eu, particularmente, preferia que o Palmeiras enfrentasse, de cara, o Santos, cujo time, jovem, deve estar deslumbrado, maquiado, com luzes no cabelo e de salto alto, pedindo (pelo que vi ontem contra o Cruzeiro) para perder.

Pior será ter de encontrá-lo na Vila Belmiro, numa finalíssima da Copa do Brasil!

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