Observatório Alviverde

03/11/2014

MILTON LEITE , BELETTI E A TURMA DO SPORTV FALAM DO PÊNALTI NÃO MARCADO PARA O BAHIA, MAS SEQUER MENCIONARAM O PÊNALTI ESCANDALOSO, ANTES, SOBRE VALDÍVIA!




A reabilitadora e confortante vitória do Palmeiras, 1 x 0 sobre o Bahia, em Salvador, ao mesmo tempo custosa, dificíl, carregada de dramaticidade, refletiu a ampla superioridade individual do Verdão sobre o "Tricolor de Aço".

Só Milton Leite, narrador do Sportv, que, parece, não ter o menor interesse em narrar os jogos do Palmeiras e seu comentarista-coadjuvante número dois, Beletti, não reconheceram essa verdade. Teriam, eles, no estúdio, recebido outras imagens e narrado um outro jogo?

O desinteresse de ML em narrar era de tal monta que, ele, o tempo todo, "falou pra dentro", com voz sussurrante e abafada, sobreposta pelo ruído ambiente. Pode-se, mesmo, afirmar que Leite, não relatou, mas, simplesmente, murmurou o jogo.

O tal Blefetti, digo, Beletti, não tem jeito, mesmo! Em sua suspeitíssima condição de invasor e ex-jogador, cuja tendência é sempre proteger o time ao qual pertenceu, ele não se manifesta -nunca- com clareza, em nada que faça justiça ao Palmeiras em termos de marcação de faltas, impedimentos, anulação de gols, disputas de bola e de outras violações à regra, contra ou a favor.

Subserviente e submisso às opiniões de Leite e às conveniências do sistema (ele terá vida longa na empresa), suas participações analíticas sobre arbitragem, quando cobre o Palmeiras, resumem-se a isto: 

Tudo o que os árbitros assinalam a favor do Palmeiras tem e terá, sempre, a sua discordância, veto, oposição, crítica e protesto...  

Tudo o que os árbitros assinalam contra o Palmeiras, tem e terá o seu aval, anuência e aprovação, pois ele sempre concorda, realça e registra, em alto e bom tom, que eles acertam ou acertaram, ainda que tenham errado. 

Quando não há nada a contestar, em virtude da clareza das imagens, das duas uma: 

¹cita, entre-dentes, de forma rápida a definição do lance, sem voltar mais ao assunto, 
ou,
²omite, de forma covarde, como omitiu, ontem, o pênalti em Valdívia, mostrado na tela de passagem, por mero acaso e acidente de filmagem, sem direito a "replay".

Vejam o tamanho e a clareza do pênalti que Blefetti e Leite não conseguiram ver, fato grave que evidencia a necessidade de ambos estarem precisando de um telescópio para ver o jogo, pois nem binóculos resolvem-lhes mais o problema da completa falta de visão.

Se viram o lance e omitiram, o problema reveste-se, então de uma gravidade muito maior e vocês que me leem poderão tirar, per si, as conclusões.

Da mesma forma, como é que o diretor de TV e os "produtores" do Sportv conseguiram omitir ou deixar passar em branco semelhante ocorrência? Estaria André Rizek trabalhando àquela hora?

Até no "olhometro" eu havia detectado o penal, caracterizado por uma carga de ombro sobre Valdívia, longe de onde ocorria a disputa pela bola, dentro da grande área do Bahia. 

Pelas leis do jogo, a caracterização da falta nem precisava ser tão longe quanto ocorreu, mas bastaria que fosse há um corpo ou um corpo e meio de distância da bola, nada mais. 

A carga de ombro, para não ser faltosa, tem de ser e ocorrer na simultaneidade da ação pela busca da posse de bola, desde que ela esteja próxima e à mesma distância dos contendores.

Quando falei com meu irmão após o jogo e ele discorreu sobre um pênalti sobre Valdívia, não consegui, num primeiro momento, lembrar-me de nada, haja vista que Valdívia adentrou-se pela área do Bahia tão poucas vezes.

Só depois, encerrada a ligação com Pederneiras, consegui lembrar-me pênalti sobre o chileno, embora o houvesse visto de forma muito rápida, apenas, "en passant". 

Tudo porque o Sportv, como é recorrente em suas transmissões de jogos do Palmeiras, sempre que possível, descarta os lances favoráveis ao Palmeiras, sobretudo aqueles que, supostamente podem ser varridos para sob o tapete do esquecimento e se omite, completamente.

Vejam, todos, com os próprios olhos, se estou exagerando nas palavras...

https://vine.co/v/OOdtpJzhWaJ

A cada jogo do Palmeiras que relata, Milton Leite emite sinais evidentes de que precisa, urgentemente, fazer um estágio na matriz, no Rio de Janeiro.

Lá, ML poderá aprender com Luiz Carlos Júnior (hoje, de longe, o melhor locutor de toda a Rede Globo de televisão, incluídos Galvão e todos da matriz), a narrar com interesse, vibração, precisão, isonomia de tratamento e motivação os jogos de qualquer time, ainda que sejam aqueles de "um clube tão pequeno, inexpressivo e sem torcida quanto o Palmeiras" HAHAHAHA.

Foram ridículas as manifestações de Leite e de Blefetti, digo, Beletti, a respeito dos dois lances com os quais eles tentaram deslustrar e desconstruir, moralmente, a vitória do Palmeiras.

Um jogador caído na área, de costas (detalhe muito importante) para o lance, que não pode desparafusar os braços das axilas para retirá-los do corpo e tem o impacto da bola, que ele nem vê chegar, contra o braço, caso de Nathan, pode cometer pênalti? 

Ou, melhor, poderia ter, ele, ao menos, a intenção de cometer?  

É preciso discorrer ou comentar algo mais sobre este evento? Ou, o desenrolar dos fatos, por sí só, o explica e justifica?

Como de hábito, o Brasil inteiro está digerindo mais uma polêmica que o abominável Arnaldo, do alto de suas arrogância, pedantismo e autossuficência, implantou, desnecessariamente, no futebol, via TV, gerando o caos que persiste até hoje no seio da arbitragem!

Desta vez a confusão foi tanta, a ponto de se tornar necessária a vinda de um emissário da Fifa para elucidar a questão! 

Pior, que não elucidou! O benefício da dúvida, e a interpretação da intenção, na TV, só favorecem, agora, vergonhosamente, as mesmas camisas!

O suposto impedimento do ataque baiano, pelo que mostraram as imagens da TV, na realidade não ocorreu. Foi assinalado, equivocadamente, pelo bandeira, em lance que poderia ser crucial, aos 42 do 2º tempo. E, no entanto, não foi!

Em que pesassem os protestos veementes e intermináveis de Leite e Beletti, que, alegaram, várias vezes, ter sido o Bahia altamente prejudicado, na realidade, definitivamente, não foi! 

Não foi, porque a jogada teve sequência normal e chegou a ser  complementada por Kieza, antes do apito impugnativo do árbitro e da interrupção do jogo, ensejando a Prass uma excelente defesa com o pé. Logo, a bola não entrou e o gol não ocorreu!

A defesa de Prass, não só, impediu o gol, como fez a bola chegar aos pés de Diogo que só não pôde puxar um perigoso contra-ataque em função da marcação da irregularidade. 

A partir daí o prejudicado passou a ser o Palmeiras, mas, sobre isso, nenhuma palavra foi proferida! Quem esperava que fosse?

Se o lance não tivesse tido sequência, ou fosse paralizado antes da conclusão ao gol, aí, sim, poder-se-ia afirmar que o erro prejudicara o Bahia.

No entanto, o impedimento só foi confirmado pelo árbitro após o desfecho da jogada de ataque, devidamente contornado pela estupenda intervenção de Prass.

Leite, aliás, não perde o péssimo costume de pautar os comentaristas em pleno ar, manipulando-os, induzindo-os a se tornar meros reverberadores de seus pensamentos e comandas (com a, mesmo) através de opiniões nem sempre compatíveis com o que está sendo mostrado na tela.

Assim, qualquer analista que forme dupla com esse locutor, acaba se tornando um boneco de ventríloquo, despersonalizado, e um verdadeiro escravo de seus assuntos, pois ele os impede de comentar as nuances do jogo que não passam pelo seu crivo do "grande comandante"! 
.........  

Sem a importantíssima presença de seu homem-gol, Henrique, o artilheiro do campeonato, o Palmeiras necessitava vencer o Bahia a fim de faturar os três pontos.

Em função disso, o Verdão (leia-se Dorival Júnior) teve a humildade suficiente para estabelecer uma logística calcada, muito mais, no defensivismo, do que, propriamente, na agressividade e na ofensividade. 

Mas era inevitável que assim fosse, em face das circunstâncias dificílimas que envolvem sobrevivência, pelas quais passa o time. 

Parafraseando um velho bordão midiático que usei milhares de vezes há tantos anos e que persiste em não sair de moda, Dorival jogou com o regulamento nas mãos!

Em razão, não só, da inegável qualidade seu grupo, muito melhor que o do Bahia, mas, principalmente, do agrupamento tático, da consciência coletiva, da perfeita sintonia espiritual e, principalmente, do formidável empenho dos jogadores, o Palmeiras venceu.

Como consequência, obteve os preciosos e insubstituíveis três pontos, afrouxando mais três furos do cinto apertado que o comprimia e oprimia e, reconheça-se, ainda o comprime e oprime porque o risco de rebaixamento, reduzido, segundo o site Infobola a insignificantes 3%, ainda existe e persiste.

Mais aliviado, o Verdão, agora, dista cinco pontos do Coritiba, o primeiro entre os quatro inseridos na faixa de rebaixamento. O Coxa empata com o Vitória em pontos, 34 pontos, mas perde a posição para os baianos, em razão do menor número de vitórias, 8 x 9.

Importante é sublinhar que, ao contrário dos fatídicos dois anos, 2.002 e 2.012, em que, simbolicamente, o Verdão beijou a lona  e foi rebaixado, neste 2.014 a tabela de jogos e seus respectivos resultados, têm favorecido amplamente a equipe.

Nem tudo foram flores na vitória de raça sobre o Bahia. Além de ter iniciado o jogo sob intenso nervosismo, o Palmeiras sofreu uma bola na trave logo aos 5 minutos, após um toque antecipativo de Kieza na dividida com Tóbio, além da marca de pênalti.

Um gol, àquela altura, poderia ter alterado, drasticamente, a face do jogo, considerando-se que o Bahia, tanto e quanto os times de massa nordestinos, é, quase sempre, muito mais, movido a entusiasmo, sendo esse o principal combustível desses times, quase sempre limitados técnica e individualmente.

Tenho as minhas dúvidas se o Palmeiras, sem Henrique e com Mouche, um time fraco e inerme ofensivamente, como se esperava, muito mais interessado em se defender, teria condições de reagir para reverter ou inverter um placar adverso precocemente estabelecido.

É óbvio que, do ponto de vista tático e da postura em campo, não é aquele Palmeiras de ontem que queremos ver em campo, mas, reconheça-se, com a espada da segundona sobre a cabeça, não poderia e nem pode facilitar para nenhum adversário, sobretudo atuando fora de casa.

A única crítica relacionada ao time e a Dorival, eu a fiz de forma antecipada, ao postar, antes do jogo, mostrando que Mouche, que no entender de meu irmão (concordo com ele) é um Luan piorado, não era a melhor alternativa para substituir Henrique. 

Como sempre, falei antes, embora entenda as razões e intenções de Dorival!

Bernardo, de menor mobilidade, mas de muito mais físico, mais alto, mais cintura, exímio batedor de faltas, de chute mais potente, melhor cabeceio, maior poder de drible e improvisação, cuja chegada ao gol adversário é, acentuadamente, mais forte, seria o jogador ideal para comandar o ataque. 

Sua presença em campo, ao contrário de Mouche, exigiria, no mínimo, a presença de um adversário na marcação e de outro, na cobertura, diminuindo o povoamento do meio de campo, razão principal, aliás, de um certo predomínio do Bahia e de sua maior posse de bola em boa parte do jogo.

Cheguei a citar que a oportunidade se afigurava ótima para que Dorival procurasse alternativas ofensivas em nossa própria base. Não podemos continuar presos, exclusivamente, ao lançamento de jogadores de defesa a partir das categorias de menor idade. 

Ficou provado, mais uma vez, que eu estava certo. Mouche, apesar do esforço, do empenho e do indomável espírito de luta,  foi, entre todos, o atacante mais fraco.

Gostei, muitíssimo, do trabalho da defesa e nem lembrei que Lúcio estava no banco. Você se lembrou?

Prass, como sempre, além de ótimas defesas, transmitiu segurança ao time, mormente a Nathan e Tóbio, os dois jovens  zagueiros que cumpriram uma partida irrepreensível, sobretudo no que respeitou ao insistente jogo aéreo adotado pelo Bahia.

João Pedro e Victor Luís, pelo muito que estão mostrando têm tudo para ser craques e, sem medo de errar, afirmo que poucos clubes neste brasileiro detém em suas fileiras jogadores de tanta categoria. 

A força nas laterais do campo tem se constituído em um dos principais fatores da reabilitação palmeirense, sem que muitos se apercebam disso.

Há que ressaltar, porém, a necessidade de uma cobertura maior a João Pedro, jogador de nítida vocação ofensiva, que sobe muito para o ataque sem que haja o sincronismo de uma imediata proteção aos seus avanços.

Ontem, novamente, quase levamos o empate, da mesma forma que havia ocorrido em outros jogos, justamente pela asa lateral, direita.

No meio de campo há que se ressaltar o incrível trabalho de marcação de Renato que vem se revelando um ótimo destruidor e um jogador de excelência, na cobertura, e de incrível capacidade aeróbica.

Suas falhas atuais (ele, ainda é um jogador em formação) são, muito mais, decorrentes de uma certa deficiência na saída de bola que, por estranho que possa parecer, não ocorria antes de sua contusão. 

Creio que o problema não seja individual, mas mera questão de ajustes de ordem tática. Ontem, cansado, Renato cedeu o lugar a Washington aos 39 do segundo tempo.

Marcelo Oliveira foi o de sempre, lutador, batalhador, raçudo, fazendo, às vezes, jogadas de Valdívia entremeadas com outras, domingadas formidáveis e erros infantis de passe e de entrega de bola.

Ainda assim, ele foi útil, sobretudo defensivamente, e, em plano de utilidade tática melhor do que Wesley, cuja atuação continua apresentando altos e baixos, embora se saiba que ele é um jogador acima da média geral. 

Mazinho, até a feitura do gol, mantinha uma atuação burocrática, discretíssima, possivelmente em decorrência de estar cumprindo a função de tática de marcar o lateral. 

No lance que redundou no gol da vitória (não começou de bola parada, não, Sr. Beletti, mas de uma enfiada longa de Wesley) Mazinho dominou, pela esquerda, tabelou com Valdívia, penetrou por trás da zaga chutou. Gooooolll. E partiu para o abraço!

Foi um balaço, um canhonaço, um golaço com aço, fruto de um presentaço daquele cracaço que Leite e o cabaço minimizavam e eufemizavam, embora já melhoraram muito no trato e, ultimamente, estão conseguindo, finalmente, chama-lo de diferenciado!

Os caras nem percebem ou se dão conta de que com esse tipo de atitude estão se desmoralizando diante das pessoas mais cultas, informadas e sensíveis que os acompanham compulsoriamente em face da exclusividade global, que percebem, claramente, o quanto eles são tendenciosos e facciosos à frente das câmeras e microfones. 

O craque Valdívia, queira ou não a mídia, outra vez, decidiu o jogo e encaminhou o Palmeiras à fuga do rebaixamento, para o desconsolo e frustração de 90% mídia, que não suporta e nem tolera que o Palmeiras tenha craques no elenco! 

Há muito tempo não ouço a Jovem Pan e nem vejo a TV Gazeta por própria vontade e opção!

Confesso-lhes, entretanto, que, neste instante, gostaria de saber o que estariam dizendo o suspeitíssimo e incorrigível sãopaulino Flavio Prado e seus amestrados nos dois veículos, a propósito da genialidade de Valdívia e da recuperação do Palmeiras.

Voltando a Mazinho, visivelmente cansado, ele foi trocado por Allione aos 60 minutos a fim de que houvesse mais sustentação à defesa e perspectiva de um contra-ataque mais veloz.  

Mouche foi o primeiro a sair aos 27 minutos, mas foi uma substituição muito tardia e, em meu entendimento, um erro de avaliação e de cálculo por parte de Dorival. 

Da mesma forma, cravo que, o jogador a entrar teria de ter sido Bernardo, atualmente em melhor forma física que Diogo, que passou muito tempo contundido e só agora está retornando, gradualmente, ao time.

Gostei, muito, da arbitragem do gaúcho Vuaden que, se não foi perfeita, ao menos não foi tendenciosa!

Como digo sempre, não é necessário que as arbitragens nos ajudem. Basta, apenas, que não nos atrapalhem!

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