Observatório Alviverde

11/03/2016

SÓ OUÇO FALAR NO NOME DE CUCA PARA DIRIGIR O PALMEIRAS? MAS, HAVERÁ OUTRO?



O Palmeiras está mudando de técnico e o nome mais forte para assumir o time é Cuca.

Se mal pergunto me desculpem, mas não seria ele, a esta altura, o único nome? 

Penso que pela forma como decorre o assunto e como Nobre e Mattos o tratam, tudo faz-me acreditar que sim. 

Vou mais além. 

Creio, firmemente nessa hipótese, e até publiquei que Alexi Stival (nome de Cuca) já estava, há alguns dias, em negociações com o Palmeiras.

De fato, nome algum, ao menos neste momento é mais forte do que o de Cuca para técnico do Palmeiras. 

Até e pelo contrário, até que me provem ou me convençam do contrário, repito, tenho-o por exclusivo!

Nem mesmo o nome do argentino Jorge Sampaoli, amigo pessoalíssimo de Valdíva, e apontado por reduzida parte da mídia, (meia dúzia de três ou quatro), parece ter
ter a menor consistência. Só Cuca!

Sampaoli, conduziu, recentemente a limitada Seleção do Chile ao título sul-americano e seu time apresentou um futebol bonito, vistoso e de primeiríssima qualidade, insuficiente, porém, para que ele postule o comando técnico palmeirense.

Nome forte ou mais forte, como gosta de classificar a mídia não passa, porém, recibo de nada e nem significa a garantia da contratação. 

Quem não sabe que fatores de toda a ordem interferem nas negociações e conspiram a favor ou contra os acertos contratuais.  Sei de muitos técnicos sobre os quais se dizia estarem com 99% acertado, não assinarem em face de um incômodo 1%. 

Tudo, num repente, pode acontecer e alterar profundamente o panorama negocial  para o certo ou para o errado, para o acerto ou desacerto, para o bem ou para o mal.

É por isto que em ocasiões como essa, em que muitos garantem que o técnico fulano, o preparador físico cicrano, o auxiliar beltrano ou jogador "mingano" está com tudo acertado justo e perfeito com o time A ou B ou com o próprio Palmeiras, eu prefiro esperar a oficialização do fato e a confirmação textual da notícia...

Lembro-me, sempre, da clássica definição de Magalhães Pinto (o construtor do Mineirão) que além de definir bem o que é  política, sem querer, foi capaz de definir, concomitantemente, o futebol. 

Ei-la:

Image result for a política é como uma nuvem
 
O futebol brasileiro a exemplo da política, também é assim: sem tirar e nem por!

Explico:

Um fato qualquer, de maior ou de menor relevância, toma conta do noticiário. 

Após ler, ver, ouvir, pensar, raciocinar e assimilar a informação, você se descuida e dá uma curta cochilada na poltrona... 

Quando, fração de minutos depois, você acorda, tudo aquilo que foi dito anteriormente se alterou, decorreu e os fatos agora já são outros, muito outros.  É incrível!

A propósito da contratação de Cuca pelo Palmeiras, pode-se dizer que, neste momento, o mercado brasileiro de técnicos anda murcho e sem costumeira disponibilidade e fartura dos chamados profissionais consagrados, isto é, os vencedores de títulos. 

Muitos deles envelheceram e já não têm mais pique e disposição para o trabalho... 

Outros migraram para o exterior, não apenas para a Europa, como para mercados recentes e exóticos como África, Oriente e até para a China em busca, não apenas de dólares mas, sobretudo, de uma vitrine onde possam expor os seus trabalhos...

Outros, ainda, são os próprios clubes que os rejeitam, seja por questões de idade, inexperiência, por metodologias de trabalho avançadas demais ou, simplesmente,  ultrapassadas.


Da mesma forma, outros são preteridos em face de seus temperamentos sanguíneos ou fleugmáticos tanto e quanto por resultados negativos que obtiveram mesmo em outros clubes, esquemas e contextos...

O limitado universo da profissão de técnico no Brasil - poucos clubes para poucos privilegiados e ungidos- impõe, hoje, ao mercado restrições tais, a ponto de os clubes, mesmo com dinheiro na mão para contratar não encontrarem nomes a altura de suas responsabilidade e grandeza para o comando de suas equipes.

A alternativa da proposta ao treinador já empregado é pouco disseminada. Não em face da predominância da ética e do respeito entre os clubes, mas em função do elevado custo de transações dessa natureza. 

Muitas vezes os clubes, em face da dificuldade que encontram, recorrem a profissionais sem a mais mínima experiência, como o Palmeiras (leia-se Cipullo) recorreu inconsequentemente a Antonio Carlos e a Gilson Kleina, sempre sem obter os resultados colimados. 

Detalhe, o primeiro era neófito (Cipullo usou o Palmeiras laboratório) e o segundo tirado à mão grande do comando da Ponte Preta. O Palmeiras pagou caro pela deslealdade ao co-irmão campineiro!

A experiência com estrangeiros, raramente vingou, em face de 90% ou mais dos jogadores serem monoglotas, incapazes (é o fim da picada) de entender até o espanhol, ainda que pronunciado "despacito"! Eu não recontrataria Gareca sob qualquer hipótes, muito longe de ser o comandante para um clube complicado como o Palmeiras!

Em suma, está muito difícil para qualquer clube, ainda que com dinheiro para investir.

Está ocorrendo com o Palmeiras, em vias de contratar um treinador que, longe de uma utópica e inalcançável unanimidade, reúne condições de aglutinar em torno de si a maioria das preferências da Leal torcida.

Muito interessante que, desta vez e pela primeira vez na história recente do Verdão, não existe uma lista longa de nomes de candidatos a assumir o Palmeiras. 

Ao que me consta, somente Cuca e Jorge Sampaoli, por enquanto apenas e tão somente citado, mas longe de estar sendo cogitado. 

Você sabe de algum outro nome?

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