Observatório Alviverde

04/08/2013

ESTÁ MUITO BEM O FÍGADO DOS PALMEIRENSES.

 

Dizem que, no corpo humano, o fígado é o órgão responsável pelas nossas alegrias,  o endereço do humor.

Isto pode até não ser verdade mas, depois que o Palmeiras deu com os costados  na segunda divisão, tem melhorado, coincidentemente, o humor de todos palmeirenses que conheço, o meu, inclusive.

A vitória, de fato, faz bem ao fígado!

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Reconheço, não fizemos um jogo excepcional contra o Braga.

Poderíamos, até, ter feito, não fosse o espírito irresponsável de moleque de rua que tomou conta da maioria dos jogadores, a partir da cômoda.vantagem de 2 x 0.

O que vimos, então, excetuando-se alguns instantes de bom futebol, de maior lucidez e objetividade, foi a boleirada alviverde, se acomodando em campo, parando de jogar.

Os jogadores fingiam que jogavam, enfeitando o pavão, fazendo firulas, tocando para os lados e, desnecessariamente, irresponsavelmente, correndo riscos, ao desafiar e abusar do placar mais perigoso do futebol, o 2 x 0..

Porém, no cômputo geral, até estabelecer-se o placar duplo, fizemos um bom jogo.

Houve empenho, aplicação e muita dinâmica do time do Palmeiras, até o time tirar o pé do acelerador no vigésimo minuto do segundo tempo.

Até aquele momento o Palmeiras proporcionara raríssimas chances ao adversário, um time muito inferior sob qualquer aspecto de análise, exceto a responsabilidade profissional..

O Palmeiras houvera imposto, até então, um amplo domínio técnico, com predomínio territorial e imposição tática.

Esses aspectos só não foram amplificados pela acomodação do time em campo, mas, principalmente, em razão do declínio acentuado de rendimento de alguns jogadores em relação a jogos anteriores, muito em função da acomodação em campo e da necessidade de aparecer.

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No frigir dos ovos:

Eguren estreou discretamente, mas atuou, apenas, em pequena parte do jogo…

Mantiveram a regularidade Praas, Luis Felipe, Charles e Alan Kardec, além de Vinicius...

Estiveram aquém da produtividade apresentada nas partidas anteriores, Henrique, Juninho, Mendieta e Leandro.

Jogaram mais do que nos jogos anteriores Vilson, Márcio Araújo e Valdívia, as maiores expressões palmeirenses da importante vitória contra o Braga.

Sobretudo o chileno, um cracasso de bola, individualmente o melhor jogador em atividade no Brasil, desde a saída de Neymar, dono de um repertório de dribles até maior do que o ex-santista..

Houve muitas críticas dos palmeirenses presentes no bar em que assisti ao jogo aqui em Rio Claro, ao goleiro palmeirense Fernando Prass.

Agora, na Web, verifico que as críticas se ampliaram e se multiplicaram, embora eu não veja nenhuma razão para tal.

Fico imaginando o que fariam com Prass e o que diriam dele, se depois daquele gol ocorrido aos 43 do segundo tempo, uma das duas bolas ameaçadoras entrassem no gol palmeirense, sobretudo aquela em que o Wesley recuou equivocadamente para um atacante do Braga, livre, livre!

Cobram de Prass, no lance do gol, uma saída de meta que,  sob o ângulo da imagem de tv seria factível, muito fácil, mas, na prática, impossível.

Havia um aglomerado, um bolo de jogadores a frente dele.e o acaso, que funciona, sim, ao menos em 30% dos lances em que a bola é alçada, naquele momento favoreceu os jogadores bragantinos.

Julgo improcedente as críticas acerca do lance e considero que a torcida palmeirese às vezes é demente, insana e injusta, mormente a “teen”, isto é, a torcida jovem do Verdão!.

Não comungo, mesmo, com tais críticas, realçando que, aquele, foi um tipo de lance em que as parábola e a trajetória da bola, favorecem muito mais os atacantes do que os defensores. Às vezes, acontece! Fazer o que?

Interessante é que aquilo que precisa ser comentado, censurado, cornetado e respudiado, a torcida deixa de lado.

Refiro-me à brincadeira, a falta de visão e responsabilidade do time e do treinador (ele é o comandante e também tem a sua parcela de culpa) em acreditar que 2 x 0 era um placar de segurança.

Como sempre, lamentavelmente, mantivemos, por completa imaturidade e irresponsabilidade do grupo, a velha mania de tomar sufocos desnecessários ao final de cada jogo.

De qualquer forma vencemos e, principalmente em um campeonato de acesso, o que vale mesmo é é a conquista dos três pontos!

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 2x1 BRAGANTINO

Local: Pacaembu.
Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima (SP)

GOLS: Alan Kardec, aos 41'/2ºT (1-0), Valdivia, aos 17/2ºT (2-0) e Dudu, aos 43'/2ºT (2-1)
Público e renda: 20.604 /R$ 660.305,00

PALMEIRAS: Fernando Prass; Luis Felipe (Eguren, 41'/2ºT), Vilson, Henrique e Juninho; Márcio Araújo, Charles, Wesley e Valdivia (Mendieta, 32'/2ºT); Leandro e Alan Kardec (Vinicius, 36/2ºT). Técnico: Gilson Kleina.

BRAGANTINO: Leandro Santos; Glauber (Geandro, aos 19'/2ºT), Alvaro e Kadu; Diego Macedo, Elias, Thiaguinho, Gustavo (Geovanni, aos 43'/2ºT) e Léo Jaime; Césinha (Dudu/intervalo) e Paulinho. Técnico: Vágner Benazzi

Cartões amarelos: Luis Felipe, Fernando Prass (PAL); Diego Macedo, Geandro, Elias e Léo Jaime (BRG)
Cartões vermelhos: Elias, aos 23'/2ºT (BRG) e Charles, aos 28'/2ºT (PAL)

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NA TV

Transmissão Premiere

JOTA JÚNIOR – Muito bem, com uma ressalva:

Fez um “petit discours” de quase três minutos, assim que a bola começou a rolar, com informações óbvias e desnecessárias, privando o telespectador da identificação de quem estava com a bola.

Quando se assiste a um jogo em um ambiente público de vozerio e alarido, só se quer saber quem está com a bola.

NORIEGA – Muito bem, também com uma ressalva.

Ele precisa mandar às favas os colegas do Sportv que o cobram por uma suposta simpatia ao Palmeiras.

Interessante é que os Miltons Leites, os Carlos Ceretos e outros curintiânus da mídia, dão sempre aquela “puxadinha” para os seus times e só não nota quem não quer ou quem é insensível.

Não, não é isso o que queríamos de Noriega, um profissional de perfil diferenciado, mas que ele não fosse tão inflexível e radical em determinadas opiniões (de lances de jogo) em que ele, em meu entendimento, acaba sendo injusto com o Verdão.

Não foi o caso do Palmeiras X  Braga em que Nori esteve muito bem e até começou a reconhecer a condição de craque de Valdívia.

Já não era sem tempo ou hora pois ele estava se desmoralizando e se queimando com a galera alviverde que, digam ou não as pesquisas, admitam ou não ou cronistas ainda é a terceira maior torcida do país, .

Falta-lhe agora, ser um pouco mais drástico e draconiano e, na qualidade de a melhor, mais abalizada e mais respeitada opinião entre todos os outros comentaristas & “comentaristas/piratas” do Sportv, ajudar a conter a patifaria radical - consenso entre os jogadores admitido e tolerado pela mídia - da caça indiscriminada e impune ao craque Valdívia, também em voga na segunda divisão do futebol brasileiro.

André Hernan e Tiago Crespo conduziram-se bem.

Quem conduziu-se mal foi a direção (global) do Sportv que, à cata de dois ou três tostões a mais – estaria a situação da Globo tão mal assim?- subtrairam da torcida paulista palmeirense, a maior do estado, a condição de assistir ao vivo o jogo de seu time, restrito ao Pay-Per-View.

É muita sacanagem!  (AD)