Observatório Alviverde

13/05/2019

É ARGENTINO O ADVERSÁRIO DO PALMEIRAS NAS OITAVAS DE FINAL DA LIBERTADORES/19!


O esperado sorteio na sede da Conmebol acaba de definir o adversário do Palmeiras nas oitavas de final da Libertadores/19.

Será o Godoy Cruz, time argentino mediano da província de Mendoza, segundo colocado do Grupo C, que chegou à classificação para as oitavas de final mediante a campanha mais fraca entre todos os participantes, com apenas nove pontos obtidos. 

A verdade é que o sorteio acabou fazendo justiça ao Verdão, clube de melhor campanha na competição, considerando-se que, este ano, os critérios de formação dos grupos para as oitavas deixaram de ser técnicos para serem, apenas, casuais.

Embora quem queira ser campeão tenha de passar por todos os adversários,  ampliam-se as possibilidades do Palmeiras passar para as quartas de final, considerando-se que o time platino foi apenas o décimo quarto colocado do último Campeonato Argentino.

É evidente que, dentro de campo, tudo pode acontecer, até um time de grandeza e orçamento maior (no caso o Palmeiras) perder para outro de menor expressão (o Godoy).

Isso ocorre, embora muito raramente e como a decisão envolve duas partidas, a tendência é o Palmeiras vir a sofrer menos do que sofrerá o Cruzeiro contra o River Plate argentino, do que o Grêmio que pega o Olympia do Paraguai, do que o Athlético PR que enfrenta o Boca e do que o Inter que encara o Nacional do Uruguai todos ex-campeões da competição. 

Só o Flamengo enfrentará um adversário parelha ao adversário do Palmeiras, o Emelec do Equador, embora teoricamente um pouco mais forte e de maior tradição do que o Godoy Cruz argentino pelo qual o Palmeiras terá -forçosamente- de passar. 

Nem Godoy Cruz nem Emelec foram, jamais, campeões ou mesmo chegaram às finais da competição.

Eu apreciaria muito mais o sorteio se houvesse colocado mais brasileiros frente à frente para que se matassem, haja vista que são sempre adversários mais perigosos do que os estrangeiros, exceção feita apenas aos dois clubes argentinos de maior torcida, ainda mais pergosos.

De qualquer forma fiquei satisfeito pelo fato de o sorteio ter feito justiça à melhor campanha palmeirense pois,  se passar pelo Godoy (certamente passará), o Verdão enfrentará o vencedor do Grupo 6 das oitavas de final em jogo que colocará frente à frente Libertad do Paraguai e  Grêmio.

A única vantagem que o Palmeiras poderá usufruir na fase final desta Libertadores/19, será aquela de decidir todos os jogos em casa, exceto a final, marcada para o dia 23 de novembro no Estádio Nacional em Santiago do Chile.  (AD)

Deixe a sua opinião sobre as perspectivas do Palmeiras na segunda fase da LIBERTADORES/19!

COMENTE COMENTE COMENTE 
PS - Sou convicto de que a Rede Globo produziu ou deu pitacos na produção das matérias exibidas pela Conmebol, na solenidade de abertura do sorteio. Além da apresentadora (fraquiiiiiiinha) ser funcionária da Globo, não houve a exibição clara de imagens do Palmeiras ou de sua torcida. Vi apenas um gol do Verdão entre os mais bonitos, mas ele era -sem favor- o mais bonito de todos. Ainda assim foi cortada a melhor parte, no nascedouro do lance.   
OUTRA COISA: o Palmeiras que se cuide!!!
Aquela de a Globo de colocar todos os jogos do Verdão na Copa do Brasil para o pay-per-view é o  sinal mais revelador de que vão mandar chumbo grosso contra o Verdão nos próximos dias! (AD)                                             

EXISTE ATUALMENTE NO BRASIL ALGUM TÉCNICO MELHOR DO QUE FELIPÃO?


Quando, há alguns dias, eu implorava por paciência aos setores mais exaltados e impulsivos da torcida palmeirense, eu sabia bem o que estava falando.

Gente negativista havia aos borbotões no seio de nossa comunidade, descontente ao extremo, que reivindicava irresponsavelmente (pasmem)  até a demissão de Felipão!

Não, meus amigos, eu não podia concordar com isto e por isto protestei! 

Em sã consciência, não se demite impunemente um  treinador da estatura moral e profissional de Felipão, da qualidade de Felipão. do carisma de Felipão e, sobretudo, do imensurável poder de liderança de Felipão. Essas demissões, via de regra, redundam em lamentos, ranger de dentes e arrependimentos.

Acima de tudo quando esse treinador, embora com um sistema de jogo tido por muitos  como obsoleto, assume um grupo, contrata apenas um jogador, alcança resultados expressivos e começa a bater recordes de times historicamente muito mais técnicos, capazes e expressivos do que o atual por ele dirigido. Algo tem esse cara que os outros não têm, concordam?  

Pode-se, sim, contestá-lo, criticá-lo e até, em determinadas atitudes e situações, chamá-lo de teimoso e obstinado em algumas teorias, escolhas táticas e preferências individuais (tantas vezes fizemos isso) mas de burro, gagá ou de ultrapassado, nunca!

Numa análise mais profunda acerca da realidade atual do futebol brasileiro explodido e destruído pela mídia de meu tempo e enterrado pela atual, há de se reconhecer que Scolari simplesmente adota as táticas mais pertinentes para os parâmetros atuais do futebol.

Como jogar ofensivamente sem se expor? Como fazer gols com facilidade em times que só jogam retrancados (todos), posicionados em espera para reagir em contra-ataques e pegar o adversário ousado defensivamente desprevenido?

Antigamente, quando o futebol brasileiro esbanjava talentos e tinha atacantes que demoliam as defesas retrancadas, era possível jogar assim. 

Porém, hoje, época em que já não existem tantos talentos disponíveis, sobretudo atacantes, qualquer treinador que queira ganhar títulos no Brasil tem de armar uma defesa forte -quase inexpugnável- e tratar de achar um gol ou dois gols para vencer.

Os poucos atacantes que surgem no "ludopédio tupiniquim" os empresários tratam logo de levar para o exterior, sobretudo para a Europa, ávidos pelo lucro imediato e facilitados pela necessidade de faturamento de clubes em estados pré-falimentares. 

A pobreza atual de atacantes reduziu o futebol brasileiro ao pouco, ao quase nada, em que está, tanto e quanto a extinção dos estaduais que revelavam, todos os anos, dezenas de candidatos a craque e muitos craques. 

Esse crime da extinção dos estaduais foi liderado e icentivado por jornalistas estúpidos que atiraram contra o próprio pé, ávidos por fazer "turismo de trabalho" um dia em Recife, outro no Rio, em Goiânia, outro, ainda, em Porto Alegre e assim sucessivamente por todas as grandes cidades brasileiras... 

Agora eles lamentam que não existe mais uma eficiente e suficiente renovação de jogadores no futebol e que o mercado de trabalho deles próprios que existia em todo o interior (mormente de São Paulo, Minas e cidades do Sul), em razão disso, também já não existe mais.  

Eles só não dizem nunca que eles próprios destruíram os clubes do interior e, a um só tempo, suicidaram-se profissionalmente.

Em razão do empobrecimento e do fechamento dos clubes do interior, o futebol de hoje transformou-se naquilo que meu velho e saudoso pai chamava de "sempre quella" quando se referia a algo monótono e repetitivo. 

Hoje, exceção feita ao técnico do Santos que é argentino, os times se copiam taticamente e pode-se afirmar, sem medo de incorrer em erro, que jogam -todos- na retranca.

Mas não foi (não é) assim que Carile levou (tem levado) o Curica à vários títulos? Não foi assim que recentemente Cuca e Felipão levaram o Palmeiras a títulos nacionais em 2016 e 2018?

A diferença é que quando o técnico curicano faz uso da retranca e ganha sem jogar bem a mídia diz que o que importa são o resultado e os títulos.

Mas se a retranca é usada por Felipão a mídia diz que o título não tem valor porque o Palmeiras é um time feio que não jogou nada e não é capaz de dar espetáculo.

Ora, quem quiser espetáculo que vá assistir ao futebol "freestyle", modalidade em que você verá do início ao fim aos lances mais refinados e às apresentações de atletas acrobáticos com a bola nos pés. Emoção que é bom, "neca de pitibiriba", pois você só irá encontrá-la no velho "association-football".

A minha mensagem de hoje é de otimismo e de conclamação à torcida para que feche com Scolari e com o time visando à conquista dos vários títulos em disputa.

Vejam que estamos dentro de todas as competições mais importantes do continente e - o que é mais importante-, na condição de favoritos em cada uma delas.

Sexta-feira passada assisti a u'a mesa redonda na TV Argentina (Na Fox de lá) e em duas mesas distintas com quatro analistas, TODOS admitiram que o Palmeiras estava "un escalón encima de los demás", isto é num nível acima de todos os outros que os argentinos poderiam enfrentar nesta Libertadores.

Quando é que vamos ouvir isto em quaisquer das mesas redondas, quadradas, triangulares ou nas poltronas de um estúdio de TV no Brasil? NUNCA!

Infelizmente muitos palmeirenses se deixam levar pela onda de críticas e negativismos da maior parte da mídia, acreditando no que ouvem e sem perceber, aderem ao tsunami de desalento, derrotismo vigente na imprensa, carregado de muito ódio, inveja e rancor! 

É preciso dar um basta nisso e passar a torcer pelo sucesso do grupo que aí está, comandado por um treinador que merece nosso mais amplo respeito e irrestrita consideração.

Quando o Palmeiras ganhou (na marra) aquela Copa do Brasil em 2012, derrotando o Coritiba, Felipão em cima do caminhão do Corpo de Bombeiros parecia um torcedor comum festejando a vitória palmeirense, cantando durante todo o desfile e sem cessar o hino palmeirense.

Sabem por que não nos salvamos (havia tempo para tal) e fomos para a segunda divisão naquele ano? 

Simplesmente porque os "jênios" com jota de jeca da diretoria resolveram chamar outro "jênio", o inexperiente "Jilson" Kleina para tirar o Palmeiras do buraco!

Simplesmente impediram que Felipão conquistada a Copa do Brasil com um dos times mais fracos de nossa história, passasse a se dedicar então exclusivamente ao Brasileiro e salvasse o time da degola.

Sob a mesma e ignóbil alegação de hoje em dia daqueles que até sábado antes do jogo contra o Galo Mineiro pediam-lhe a cabeça, já diziam naquela época: é um monotático, um chato, excessivamente exigente, demodê, gagá e superado!

Para os oportunistas de plantão e para aqueles palmeirenses que continuam pensando assim à espreita de uma nova chance de derrubar Scolari eu pergunto: 

"Existe, atualmente, no Brasil algum técnico melhor do que Felipão"?

COMENTE COMENTE COMENTE