A QUE PONTO CHEGOU MEU PALMEIRAS!
Sou convicto de que Nobre, situacionista, plenipotenciário político e econômico no Palmeiras, arrebata, facilmente, a eleição de 29 de novembro.
Não tenho nenhuma sombra de dúvida de que ele vai dar uma goleada de votos em Pescarmona! É a indesmentível tendência das eleições alviverdes...
Depois disso, (se não mudar de rumo e de filosofia, creio que não mude) Nobre vai dar sequência à sofrível saga dele próprio, um dos presidentes mais insignificantes e inexpressivos da história do Verdão!
Lamente-se que Nobre, malgrado algumas boas idéias e ações, visou, exclusivamente, a administrar a Sociedade Esportiva, relegando o futebol do Palmeiras, sempre, a um plano secundário e inferior.
Infelizmente, ele vai dar sequência a sua administração pífia, ineficiente e submissa, correndo, inutilmente, como um aloprado, em busca de inalcançáveis números econômico-financeiros.
É óbvio que nenhum palmeirense, em pleno gozo de suas faculdades mentais, projeta, para o clube, uma administração perdulária que venha a arruiná-lo.
Ninguém quer ou exige que o Palmeiras vá além de sua capacidade de endividamento e de investimento, ou que gaste mais do que arrecade, direcionando-se, de forma inconsequente, ao endividamento, à inadimplência, e à insolvência.
Ninguém quer, também, que PN seja tão pródigo quanto fora Belluzzo na hora de gastar.
Da mesma forma, ninguém espera que Pescarmona, eleito, venha a ser um Nobre, ridiculamente pão-duro e avarento. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra!
Como costuma dizer meu sapientíssimo tio Valdomiro, do alto de seus 93 anos de saúde, visão de vida, lucidez e trabalho, "no meio é que está a virtude".
Partindo desse princípio, outro dia, mineiramente, eu projetava, neste blog, uma chapa híbrida, de franca coalizão entre Nobre e Belluzzo, para o bem e pelo bem do Palmeiras.
Representaria a união perfeita do que temos de melhor, hoje, em nossa paupérrima reserva diretiva, para uma administração balanceada, a um só tempo sólida e empreendedora, acompanhada por bons investimentos, apta à captação de recursos.
Com Belluzzo, além da melhor visibilidade e prestígio, (junta-te aos bons e serás como eles) Nobre estaria muito mais próximo do importante e necessário faturamento extra-TV e extra Ávanti , em decorrência do vasto conhecimento de mercado por parte do famoso economista, a quem jamais faltaram patrocínios e patrocinadores, no tempo de sua gestão presidencial.
Com Nobre, Belluzzo poderia trabalhar, livremente, sem o peso da presença de algumas asas negras que tanto o atrapalharam no futebol, proporcionando-lhe, agora, a possibilidade de aproveitar o seu inato senso de grande comunicador e relações públicas a serviço do clube.
Em outras palavras, com Nobre e Belluzo, juntar-se iam a fome com a vontade de comer e poder-se-ia, enfim dizer:'o Palmeiras para os palmeirenses'.
Mas não será isso que vai acontecer. A água não se mistura com o óleo, nem este com a água, ainda mais se, no continente da mistura, existir terra! Como tem terra nessa vasilha!
Não há, portanto, como o Palmeiras ser conduzido à pacificação diretiva e à união, em face da implacabilidade da dissensão crônica e doentia que, secularmente, domina o clube.
Daí decorrem todas as defecções e mazelas, que o arrasam e o engessam, impedindo-o de crescer, para o deleite e alegria de nossos concorrentes e da maior parte da mídia.
O meu posicionamento em face das eleições do Palmeiras, em face da inexequível perspectiva de uma ideal chapa de coalizão, será o mesmo que tive nas eleições presidenciais brasileiras, recém-findas, de neutralidade e abstenção.
Como votaria numa candidata inepta, obscura, de pouca instrução, boneca de ventríloquo, que representa todo o atraso (com reduzidíssimas exceções) de uma seita de grande voracidade e ambição, que, travestida de partido político, veste uma capa falsa de democracia ao mesmo tempo em que vai, rapidamente, "cubanizando", "venezuelando" e avermelhando o país?
No campo do esporte, como dar passagem a um partido político que, como um verme, se hospeda nos intestinos grossos do Cu-rintia, do Fla e de todos os clubes de massa do país e se alimenta de seus dejetos?
Qual o deputado mais votado do partido em São Paulo? Justamente aquele sobre o qual o prestidigitador mais famoso da história do Brasil, imitando JC colocou-lhe a mão na cabeça e proclamou :'este é o meu filho amado em quem me comprazo'! Poderia ser outro, não fosse Andres, 170 mil votos?
Do outro lado dessa falsa moeda, como votar em um finório, a quem conheço, pessoalmente, com quem não simpatizo e nem recomendo, egresso de uma família poderosa que influi nos governantes, nos governos e nos destinos do país desde a década de 40 aos dias de hoje, sem nada ter feito pelo povo?
Como sufragar quem não conseguia agradar, sequer, a população de seu estado natal quando, irresponsavelmente, cavalgou o poder?
O Palmeiras, nas próximas eleições, vai reverberar, exatamente, o que se viu nas derradeiras eleições à presidência da república.
Nobre, no poder, representa Dilma. Percarmona, Aécio.
O turco, com poder para cabalar votos e (re)eleger, é Lula. Belluzo, mesmo candidato, é uma espécie de FHC, porém do bem.
Ao contrário do que diz Pelé, 'que o brasileiro não sabe votar', o brasileiro, assim como o palmeirense, sabe, sim, mas o nó górdio da história é que não tem em quem votar.
Espero que, diante das circunstâncias vividas, atualmente, pelo Palmeiras, o corpo associativo da sociedade esportiva saiba escolher a alternativa menos nociva aos interesses do clube e do próprio futebol.
A que ponto chegou o meu Palmeiras!
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