Observatório Alviverde

26/03/2010

ACREDITE SE QUISER, MAS PRECISAMOS MESMO DE UM BOM MENTOR ESPIRITUAL!

O caldeirão fervente das crenças religiosas impõe sectarismos e fanatismos tão fortes quanto os do próprio futebol e, na maioria das vezes, em gráu e proporções potencializados.

Cultor sistemático das palavras de Jesus, passei por dezenas de igrejas, centenas de ritos, milhares de sermões...

Figurei entre milhões de adeptos proferi bilhões de preces, sem conseguir, no entanto, encontrar o grande mestre.

Porém, como dizem os doutos, quando você O procura é porque já O encontrou. Jesus habitava, em mim, morava há anos em meu coração, e, no entanto, eu não sabia.

Foi assim que O encontrei, fora do borburinho dos ritos, do orgulho das crenças, e das batalhas fratricidas das igrejas na imposição da fé e da exclusividade da salvação.

Encontrei o Rabi da forma como gostaria de tê-lo encontrado, por mim mesmo, sem a intermediação prosélita dos que se impõem aos incautos como distribuidores exclusivos de diplomas de salvação.

Quando perguntaram ao mestre como proceder para orar ele não disse que teríamos de frequentar templos, cumprir cultos, respeitar ritos ou clamar pela presença de intermediários.

Simplesmente respondeu com a clareza e mansuetude habituais:
"Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente". (mateus 6,6)

O mestre consagra, definitivamente, que ninguém precisa de ninguém, apenas de sí, para estabelecer contato com o mundo imaterial.

Se o mestre disse assim, quem seria eu para desmentí-lo?

O que fica claro e expícito de tudo o que foi dito até aqui, é que existe um mundo sequencial à matéria, o qual alcançaremos e para o qual retornaremos quer queiramos ou não.

A rota para esse mundo cabe a cada um escolher através da diversidade formidável das crenças, ou de roteiros particulares assumidos na prática do bem e da virtude.

De minha parte, pouco ou nada virtuoso, prefiro a segunda alternativa perseverando no bem!

Quando o mestre proclama que "nenhuma ovelha se perderá de meu redil" ele convalida a nossa salvação independentemente de credos, raças ou status humanos, desde que sejamos perseverantes na prática do bem.

O dogma da exclusividade da salvação, proclamado por certos grupos religiosos e seitas, é mera manifestação de orgulho diante da grandeza e da magnanimidade de Deus.

Mas, se isso é verdade e é o lado bom e positivo da fé, não é menos verdade que há, também, o lado negativo. Não fosse assim e o universo não seria dual, bipolar como ele o é.

O mestre nunca negou em suas prédicas, que existem em outras dimensões o que ele chamou para o vulgo ignorante que o seguia de "espíritos imundos" e que preferimos chamar de "obsessores".

Vou me permitir não recorrer a qualquer versículo bíblico para ilustrar a questão, tantas são as passagens inseridas nos evangelhos versando sobre o assunto.

Trabalhando em outras dimensões os malignos têm, sim, o poder de influenciar sobre as mentes dos humanos, induzindo-os ao erro e, às vezes, conduzindo-os a uma vida miserável,degradante, às raias da loucura.

Os sanatórios são as provas evidentes de nossa assertiva.

Contra esses pouco ou nada podemos fazer sozinhos, mas podemos recorrer àqueles a quem foi dado o dom, não importando se sejam católicos, evangélicos, espíritas ou, até, os que não têm religião.

Sei que muitos, materialistas e racionalistas, desaprovam o que escrevo acusando-me de misticismo, superstição ou de uma santa ignorância.

Para os que pensam assim, recomendo que procurem nos compêndios científicos da psicologia um capítulo importante que aborda um assunto tabu denominado "mediunidade".

Que o leiam e interpretem, porém, de forma, exclusivamente, científica e não sob qualquer ângulo de religiosidade.

Se querem algo mais recente, procurem saber mais sobre a "terapia de vidas passadas".

Quem já não viu um filme da série "caça-fantasmas", surreal, estardalhaçante, exagerado, mas baseado em fatos reais, ponderáveis e racionais.

Chegando ao ponto fulcral da questão, há anos eu sustento que o Palmeiras necessita cuidar-se, também, do ponto de vista espiritual.

Contra fatos não há argumentos e vou mencionar alguns, que, para os céticos não passarão de mera coincidência, mas que são coincidência demais para não ser verdade.

O Corinthians vinha bem até a semana retrasada quando o presidente brigou com Pai Nilson. Viram no que deu?

Além da derrota em Prudente, perdeu para o Paulista em casa e o ídolo Gordonaldo brigou com a torcida.

O Palmeiras ficou, na década de 50, dez longos anos sem vencer o Corinthians, cujos trabalhos espirituais eram promovidos pelo "Pai Jaú", ex zagueiro daquele clube.

Acontecia, na época, tudo como vem acontecendo hoje. Os adversários ganhavam os títulos, venciam os jogos com gols espíritas, muitos marcados em cima da hora.

O Palmeiras mudava de treinador, investia no mercado e não conseguia nada dentro de campo.

Sabedores da carga espiritual negativa, os antigos diretores do Palmeiras procuraram, então, um hermetista de nome Rafael, esclarecidíssimo, que conhecia bem os atalhos da espiritualidade.

Mestre Rafael começou, então, a "desmanchar" os trabalhos de Pai Jaú..

Coincidência ou não, quebramos o tabu de 10 anos contra o Corinthians com um sonoro 4 x 0, ganhamos o super-campeonato de 59 contra o Santos de Pelé e iniciamos duas décadas de conquistas e consagrações, até 1976.

O Corinthians ficou 23 anos na fila e só ganhou, à custa de muito suór, o campeonato paulista em 1977.

Quem não acredita em meu relato, procure em qualquer biblioteca pública uma revista "O Cruzeiro" do final da década de 50, que publicou uma enorme reportagem abordando o assunto.

Não será difícil localizar posto que a revista era semanal e só saiam quatro exemplares por mês.

Para que não se diga que fui muito longe buscar os argumentos, lembremo-nos do título perdido para a Inter de Limeira em 1986.

De repente, dentro do elenco, explodiu uma briga feroz de Mirandinha contra Edmar, Jorginho, Lino e Eder, que desagregou o elenco e nos levou à derrota. Os quatro e outros do time não passavam a bola para Mirandinha pois não o queriam artilheiro.

Em 1992 o Palmeiras e a Parmalat contrataram Otacílio Gonçalves técnico vencedor no Paraná e Rio Grande do Sul que, o próprio Luxa confessa, montou o grande time do Palmeiras daquela época.

Otacílio não ganhou nada apesar de todo o cartaz de que veio precedido. Luxa ganhou o título de 93 com o auxílio espiritual de Robério de Ogun a quem estava muito ligado naquela época.

DETALHE: Após a derrota de 1 x 0 para os gambás, no primeiro jogo da decisão, Rogério procurou Luxa e lhe disse. "Além das orações, temos de tirar as meias verdes e jogar com as brancas". Resultado do jogo: Palmeiras 4 x 0 Corinthians.

Com Rogério ao lado, Luxa ganhou no Palmeiras, dois regionais e dois brasileiros em sequencia. Luxa deixou o Palmeiras e só fomos voltar ao alto do pódio muitos anos depois com Felipão.

Aliás, quando o Palmeiras disparava na classificação do último Brasileiro, Robério, no programa do Avallone na CNT ousou afirmar: "O ambiente espiritual que eu vejo no clube não indica que o Palmeiras vai conquistar o título apesar dessa enorme diferença de pontos sobre os outros concorrentes".

A partir daí o Palmeiras naufragou em contusões de jogadores importantes e de sofridas derrotas para concorrentes inexpressivos, culminando com a briga Obina/Maurício e a anulação do gol legítimo marcado contra o Fluminense.

Felipão, assim como Luxa, também tinha as suas crenças e cumpria um ritual. Carregava uma medalhinha benta que ele nunca retirava do pescoço e que, solenemente, beijava após cada gol marcado e a cada título conquistado.

O que dizer de nosso último título? Quem o ganhou senão Luxa, sem qualquer dúvida , o treinador que mais recorre a esse tipo de trabalho extra-campo?

O trabalho de campo ainda que muito bem feito, sem uma energia positiva a apoiá-lo, não ganha campeonatos, estejam certos disso.

Poderíamos ficar citando uma série enorme de outros fatos, mas creio que já atingimos o nosso objetivo maior, de chamar a atenção de Belluzzo para a real importância desse fato.

Pudesse eu dar um conselho à diretoria, sugeriria que contatasse alguém do ramo, que saiba lidar com o real imponderável das esferas espirituais.

Se bem não fizer, eu creio que faz, mal não há de fazer.

De mais a mais, quem não sabe que os adversários fazem uso da tática "assim na terra como no céu".

Não, não venham me dizer que isso só acontece na Bahia e que se macumba valesse, como dizia João Saldanha, o campeonato bahiano terminava empatado.

Esse argumento é vazio e denota pobreza de idéias. Flamengo, Corinthians e Inter promovem muito mais cultos dessa espécie do que todos os times do futebol bahiano reunidos.

Além disso, não é só macumba que os clubes praticam.

O Cruzeiro tinha o apoio espiritual de mestre Pacheco, a quem conheço pessoalmente, cujo trabalho nada tem a ver com macumba, vodu, candomblé, espiritismo ou religião.

É pura neuro-linguística e energização.

O Atlético Mineiro, campeoníssimo dos anos 80(s), tinha a seu serviço um quase cientista, Paul Louis, também meu camarada, pesquisador ligado à UFMG e à Nasa

Conhecido por suas experiências em parapsicologia, neurolinguística, fotos de Kirlian e fenômenos do insconsciente, realizava trabalhos de imposição da mente sobre a matéria.

Paul colaborou por mais de dez anos com o Clube Atlético Mineiro, a convite de seu saudoso presidente Elias Kalil.

Não, não julguem que estou fazendo o marketing de ninguém, até porque essas coisas só funcionam quando não se paga por elas.

Se alguém cobrar pelo serviço, ainda que sejam apenas favores, mande passear porque é charlatão.

Perguntem se não funciona a Flamengo, Inter, Corinthians e Santos, clubes em que a prática espiritual é aberta e habitual, realizada às escâncaras como era no Vasco ao tempo de Pai Santana...

Perguntem a São Paulo e Cruzeiro, discretíssimos na na ação, muito fortes na devoção.

Ainda outro dia Nelinho contou no Sportv que o falecido presidente Felício Brandi, do Cruzeiro, foi buscar o elenco na concentração à meia-noite, à véspera de um jogo com o Galo, para que todos tomassem banho de cachoeira.

Se os clubes de ponta deste país recorrem ao plano espiritual e se dão bem, por que também não havemos fazê-lo, desde que não se negocie com o diabo?

O Palmeiras está carente de energias positivas, quem não sabe disso?

Non creo en brujas, pero que las hay, hay.