Observatório Alviverde

10/09/2012

HÁ UM PIJAMA DE CONCRETO ESPERANDO PELO PALMEIRAS!



Nessa luta inglória contra o rebaixamento, não me assusta tanto perder para o Galo em Belo Horizonte.
Assusta-me, muito mais, o Bahia golear o Vasco no Rio, em pleno Estádio de São Januário.
Para o Palmeiras representou, além de queda, coice !
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A derrota fora de casa para o campeão do 1* turno, em tempos normais, normal seria.
Diríamos todos, então, que a derrota seria palatável, deglutível e digerivel.
Afinal, a nossa torcida tem "estomago de avestruz", acostumada que está a digerir, sem bicarbonato ou sal-de-frutas, tudo de ruim que acontece no clube.
São derrotas seguidas, brigas políticas, maus dirigentes, desvios de dinheiro, pésssimas contratações, times horríveis formados a toque de caixa a cada temporada repletos de jogadores fraquíssimos, as perseguições dos árbitros, as injustiças dos tribunais e, principalmente, a perseguição constante e incessante da mídia .
Só não dá pra engolir perder por 0 x 3.
Sob qualquer hipótese!
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Que não se iluda a diretoria.
A derrota de ontem não será dispersada pelo vai da valsa ou pelo vem do tango. 
Haverá, e é natural, reações fortes da coletividade palmeirense, agora que o time se encontra, mais do que nunca, flertando com o rebaixamento.
A torcida vai subir nas tamancas, protestar, desancar o time, perturbar os treinamentos, pedir a cabeça de Scolari, ameaçar os jogadores e a diretoria.
Deus queira que os protestos sejam incruentos, circunscritos ao campo das idéias e no limite das emoções esportivas.
Preocupa-me a turba radical e irracional!
M-u-i-t-o!
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O 0x3 foi um resultado humilhante, mas não retratou a realidade do jogo. 
O Palmeiras não mereceu a goleada que tomou, decorrente, muito mais, de erros individuais.
Se existe um lado positivo nas derrotas, para alguma coisa, o 0 x 3 foi útil.
Mostrou, claramente, que Bruno passa longe de ser o goleiro ideal.
Estava ruim com o Deola?
Sem ele, ficou pior!
E eu que cheguei a imaginar que Bruno tinha tudo para ser a solução? 
Felipão estava certo quando pediu a contratação de Luiz.
Errei, de longe!
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A escalação do cu-rintianissimo, Vuaden, conforme eu desconfiava e previ, predispunha o Palmeiras ao mau resultado. 
Disto não sabiam, apenas,  Tirone e Frizzo!
Qual deles teve a iniciativa de ir à mídia e, ao menos, advertir sobre a possibilidade de Vuaden prejudicar o Palmeiras, conforme ocorreu?
Era obrigação da diretoria tentar minimizar a situação e inibir o árbitro gaúcho de fazer tudo o que fez e não foi pouco.
Quem conhece um pouco de arbitragem sabe o quanto esse Vuaden apitou para o time da casa.
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Bernard e, principalmente, o complexado Pierre cometeram faltas duras o jogo inteiro e não foram punidos como manda a regra.
O cartão aplicado a Guilherme por jogo violento aos 14 do primeiro tempo ia passando em branco. 
Felipão protestou, veementemente, contra a omissão de Vuaden, quase foi expulso, e, só então, o árbitro enquadrou e justiçou o atleticano como manda a lei do jogo. 
A caça de Pierre sobre Valdívia foi constante, contínua e implacável, como ocorrera no jogo do primeiro turno, sem que Vuaden tomasse qualquer providência.
O cartão a Pierre foi apresentado apenas aos 45 do segundo tempo, quando o jogo já estava decidido.
Também ia passar em branco a aplicação. 
Só não passou, em razão dos protestos de Valdivia que advertiu o árbitro gesticulando o que seria de sua própria, restrita e exclusiva obrigação observar, não de Valdívia: uma, duas, tres, quatro, cinco, seis, sete faltas e ele não vai receber o cartão?
Fosse Vuaden um árbitro confiável que impusesse a moral e praticasse as leis do jogo, Bernard e, principalmente, Pierre, teriam sido expulsos logo depois da virada do primeiro para o segundo tempo, tantas foram as faltas e o antijogo que cometeram, seguidamente, impunemente.
Fazer o que quando um CU-rintiano, ainda que por interesses flagrantemente profissionais, apita jogos do Palmeiras?    
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O efeito suspensivo inexplicável, vergonhoso, parcialíssimo, concedido ao Galo em última hora,  revertendo a punição de Bernard, evidencia, claramente, que esse "tribunal do faz de conta", o  STJD, está disposto a participar do processo de aniquilar e sepultar o Palmeiras na vala profunda da segunda divisão.

Quando o Palmeiras solicitou efeito suspensivo a Valdívia, ainda na primeira fase do Brasileirão, os "ínclitos" juízes do STJD, simplesmente, ignoraram o pleito palmeirense e, terminantemente,  negaram-se a atendê-lo.
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O procurador Paulo Shmidt, (ou seria persecutor?) aquele que descobre pêlo em ovo quando se trata de punir, ao vivo ou por vídeo, os jogadores do Palmeiras, tem se revelado um grande algoz do clube.
Será que ele e o egrégio juiz que concedeu, em hora extrema e inoportuna, o efeito suspensivo ao jogador atleticano comemoraram a vitória dos mineiros? 
Soltaram fogos, estouraram champagne? 
Disseram-me que sim, mas como não tenho certeza, alguém poderia confirmar?
É bem provável que o Dr. Shmidt não tenha festejado porque, seguramente, ele deveria estar assistindo ao DVD do jogo, tentando, como sempre faz, pinçar imagens para estudar como indiciar jogadores palmeirenses.
Esse TJD, tribunal do CU-rintia e dos cariocas, o tribunal de brinquedo, o simulacro de justiça, deveria ser fechado, lacrado, introduzido em um "container" e para o bem do futebol brasileiro ser removido para Brasília! 
Sem os juízes, sem os juízes!
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Pelo que vi e ouvi na reprise do jogo, foi excepcional a transmissão da equipe mineira do Sportv, nesse Atlético X Palmeiras, superior a  qualquer outra de São Paulo quando se trata de jogos do Verdão.
O narrador Rogério Correa, o comentarista e os repórteres conseguiram transmitir a derrota palmeirense sem tomar partido e sem violentar o sentimento e o amor-próprio do torcedor do Verdão, com isenção, imparcialidade e muita qualidade.
Foi um show!
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Em reelação ao jogo, por mera questão de justiça, não coloco na conta de Felipão a fragorosa derrota de ontem em Belo Horizonte, imerecida, sobretudo no que tange a elasticidade do placar. 
O Palmeiras não merecia perder de 3 x 0.
O time jogou bem, não exagerou no defensivismo, tendo jogado com empenho, garra e muita disposição.
O Palmeiras, posso dizer com segurança, foi um dos adversários que mais incomodou o Galo em sua campanha, até agora invicta, no novo Estádio Independência.
Além de chutar duas bolas na trave, o Verdão teve um gol de Obina anulado  (corretamente) e outro em que a bola pode ter sido tirada de dentro do gol pelo goleiro Vitor. Eu disse pode porque as imagens não foram muito claras. 
No estádio, na posição em que eu estava, tive a impressão nítida de gol, mas, em casa, vendo as imagens da tv, não há como afirmar que a bola tenha entrado com certeza e segurança, peremptoriamente.
Em outras palavras, tudo isso significa que o time de Scolari teve produtividade, ofensividade, agressividade e capacidade para chegar com perigo ao gol adversário com uma certa constância. 
Se os gols não vieram, não foi por incompetência, mas pelo fato de Vitor ter se constituído em um paredão intransponível
Que se reconheça, humildemente e sem qualquer pretensão ou arroubo, a superioridade do adversário que, não por acaso, mas por competência, esteve sempre e está na ponta da tabela, mesmo com um jogo a menos do que os adversários.
Sei que é difícil que a torcida considere isso, em face do momento desesperador que estamos vivendo, em que o time precisa, exclusivamente, de ganhar os jogos.
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A tarefa palmeirense, ontem, em BH era extremamente difícil. 
Além de jogar em casa, de ter mais time, mais elenco, mais entrosamento e muito mais retaguarda administrativa, o Atlético, hoje, tem, também, os dois melhores atacantes do futebol brasileiro, sem nenhum favor
Um arma, Ronaldinho, que dispensa adjetivos ou citações.
O outro corre muito, marca e conclui, Bernard, uma espécie de Euler, ex-palmeiras, pelo fôlego, pela velocidade, pela doação em campo, pelo chute, fortíssimo e, sobretudo, pela incrível vocação por fazer gols. 
Só Mano Menezes e a CUrintianada qie tomou de assalto o comando da Seleção não reconhece o que o Brasil inteiro vê há tanto tempo.
Que se dê ao Galo o que é do Galo!
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Ninguém, em sã consciência e no domínio completo de seus juizo e emoções, cogitaria a possibilidade do Palmeiras ganhar todos os jogos até o final da campanha de 2012.
Em se tratando do campeonato mais radical e difícil do planeta, trata-se de hipótese, senão impossível, pouco provável.
Essa alternância de resultados é normal e vai ocorrer daqui até o final da competição.
Nem o Palmeiras que perdeu, pode ser dado como rebaixado, da mesma forma que nem o Coritiba e o Bahia, seus mais diretos concorrentes neste momento, que venceram os seus jogos nesta rodada, podem ser considerados salvos.
Serão mais quinze rodadas a serem jogadas ou 75 pontos em disputa.
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Coerente com o que publiquei, não entro no "coral do desespero" porque o time, embora tenha perdido, jogou bem, em consonância com a sua tradição.
Da mesma forma, Felipão tentou ousar e fugiu de seu estilo habitual da retranca e do jogo fechado, destinado, primeiro, a não perder e, depois, se possível, tentar ganhar. 
Essa foi a nossa ruína em 2012.
Creio ser salutar a espera de mais duas ou três rodadas para que se possa aferir se a melhora do time e os próximos resultados terão o poder de fazer com que o Palmeiras reaja na competição.
Findas as duas ou três rodadas com resultados estéreis, que o Palmeiras, então, providencie a imediata mudança de treinador.
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O momento atual requer calma, observação, reflexão e muito sangue-frio. 
Qualquer arroubo ou precipitação pode potencializar as nossas chances, já enormes, de não conseguirmos mais deixar o "corredor da morte reservado aos quatro que serão rebaixados".
A nós, da torcida, cabe, neste momento gravíssimo e decisivo da vida do clube, apoiar e incentivar o grupo de jogadores, dando-lhes moral e autoconfiança para que possam inverter a situação. Lembremo-nos, sempre, de que só eles podem fazê-lo, mais ninguém.
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A rodada de ontem foi péssima para o Palmeiras, porque todos os clubes envolvidos no rebolo pontuaram, agravando-lhe a situação na tabela.
Em razão disso, precisamos nos reagrupar e procurar contornar a situação já a partir de quarta-feira e repetir o Bahia que ganhou do Vasco em São Januário por 4 x 0.
Enfrentaremos o próprio Vasco e nem é preciso que vençamos de  goleada. 1 x 0 é suficiente!
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A diretoria palmeirense, até agora inerte, saiu do berço explêndido da conquista da Copa do Brasil.
Tirone e Frizzo parecem, finalmente, despertar para a dura realidade que nos cerca e que começab a agir.
O Palmeiras está negociandi com a AFA, tentando a liberação de Barcos da Seleção Argentina para o jogo contra o Vasco.
Em um jatinho fretado ele se deslocaria de Buenos Aires ao Rio de Janeiro e enfrentaria o time cruzmaltimo. 
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Enquanto isso os nossos adversários continuam dizendo com marcante ironia que "há um pijama de concreto esperando pelo Palmeiras".

Será?

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