Observatório Alviverde

09/11/2015

O PALMEIRAS E SEU COMPLEXO DE JESUS CRISTO!

 O burro é o único animal que não volta atrás!

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 Portanto, não seja burro!

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Ontem o Palmeiras perdeu melancolicamente para o Vasco e confirmou  sua vocação para Jesus Cristo, ressuscitando outro cadáver que jazia insepulto neste Brasileiro. 

Como não haveria eu, então, de me indignar, considerando-se a forma bisonha, frouxa e desinteressada com que o time se apresentou, sobretudo no primeiro tempo, como se os jogadores já estivessem se poupando para os jogos finais contra o Santos pela Copa do Brasil?

Culpa, é óbvio, de Marcelo Oliveira que, mais uma vez, escalou de forma conveniente e política um time errado para um jogo decisivo.

Outra vez ele entrou, praticamente, com apenas nove jogadores, pois, outra vez, deixou de considerar que Zé Roberto e Barrios são jogadores "café com leite", na acepção mais infantil da expressão.

Será, eu pergunto, que Marcelo está vivenciando no Palmeiras o mesmo problema pelo qual -garantem- ele passou em BH, ao tempo em que dirigia o Cruzeiro?

Fiquei sabendo esta semana que ele teria sido constrangido e ameaçado por alguns jogadores, entre os quais Souza (aquele que foi do Verdão), Dagoberto e Júlio Batista. Garantiram-me que é verdade!

O fato é que este blog, faz tempo, vem alertando o treinador palmeirense em relação à sua insistência teimosa e contumaz com  Zé Roberto, cujo tempo no futebol certamente já decorreu e seu prazo de validade, faz tempo, já está vencido.

Zé Roberto inerme e inerte em campo, ruim de doer, revela, a cada jogo, um decréscimo de mobilidade e de capacidade física para as divididas, e, definitivamente, não pode ser o comandante do time dentro de campo como vem acontecendo.

Já passou da hora de acabar com essa palhaçada da escalação direta e reta de um veterano que induz a equipe a entrar em campo com dez jogadores fisicamente produtivos! 

Mas, de dez, o Palmeiras, muitas vezes, passa a ter, apenas, nove, quando, além de Zé Roberto joga, também, o paraguaio Barrios.

Além da limitada mobilidade, Barrios é incompatível com o esquema de um técnico que, ao menos pelo que mostrou até agora, só sabe jogar em contra-ataques. Barrios não é jogador para puxar contra-ataques.

No entanto, por incrível que pareça, o argentino-paraguaio ou paraguaio-argentino, mesmo sem produzir absolutamente nada, continua titular... É o fim da picada!

Da mesma forma, à base do papo, do bom-mocismo, do bom relacionamento e, principalmente, do chamado "cuspe e jeito", ZR, incrivelmente, renovou o seu contrato com o Palmeiras em bases elevadas, ganhando como Roberto e jogando como um Zé qualquer. 

Só Palmeiras, mesmo, para ativar uma casa de repouso de alto luxo que já teve um dia Reinaldo José de Lima, Joãozinho, Evair e Edmundo, (ambos retornando em segundas núpcias) e, mais recentemente, Marcos Assunção... 

Ah, dirão muitos, o ZR, além de ser um grande caráter, motiva o elenco, orienta os companheiros em campo e põe o time pra correr! 

Se for assim, que seja, ele, então, o técnico, o auxiliar técnico ou o psicólogo do time, pois para jogar em alto nível por noventa minutos já não dá mais, seja de volante, de meia e, menos ainda, de lateral. 

Já que a besteira de Mattos decorrente de sua contratação e a amadorística renovação por mais um ano não podem mais ser desfeitas, que, ao menos, ZR seja aproveitado com parcimônia e sabedoria entrando sempre depois do jogo iniciado e quando os adversários estejam cansados.

No máximo, e com muito exagero, ZR pode atuar apenas por um tempo, porém, preferentemente, sempre bem menos do que isso.

Mas não era Zé Roberto que Mittos (vou provar que Mattos faz jus ao apelido) afirmava que seria o substituto de Valdívia? 

Só se for na matéria que o mais alto executivo do futebol palmeirense tanto conhece, "a mitologia do futebol". 

Quando Nobre entregou o departamento de futebol alviverde ao cabaço mineiro, com muita grana pra gastar, vocês, creio, se lembram de tudo o que escrevi!

À época, fui criticado por muitos palmeirenses, acusado mau humor, de ser sempre "do contra", de transitar no contrafluxo da modernidade e de torcer, sempre, pelo pior...

Quando começaram a chegar (a granel) os novos contratados de Mattos, para todas as posições, exceto como há anos é praxe e rotineiro no Palmeiras, homens de área, (nunca vi nenhum clube com tanta e tamanha vocação defensiva) abri a caixa de ferramentas e o critiquei com força.

Em vez de os palmeirenses me apoiarem, ou, no máximo, esperarem o desfecho dos acontecimentos, o volume das críticas e censuras que recebi só aumentou, em face do entusiasmo juvenil de muitos que jamais haviam visto na vida tantas contratações.

Mas o tempo, o senhor da razão, encarregou-se de mostrar que este velho escriba estava certo, tanto e quanto sempre esteve, ao reivindicar a renovação de contrato do mago Valdívia.  

Quando Mattos começou a enrolar e a não dizer coisa com coisa em relação à renovação, este blog foi um dos poucos espaços da mídia palestrina que criticou nominalmente o diretor de futebol pela atitude ambígua em relação ao caso, que teve seu desfecho mediante um discurso de Mattos e outra atitude do Palmeiras.

Interessante é que, decorrido tanto tempo, exatamente no momento em que Valdívia (o jogador que mais se identificou com o clube nos últimos dez anos) recuperou-se por completo, jogou magnificamente bem a Copa Sul Americana e retornou ao Brasil como campeão, valorizado, e, pode-se afirmar, curado, foi, humilhantemente, desprezado, descartado e defenestrado do clube.

A ânsia pela dispensa do jogador era de tal monta que, mesmo tendo o atleta se prontificado a jogar nos dois meses que ainda restavam de vigência de contrato, Mattos e Nobre não permitiram.

De que tinham medo os dois, sobretudo Mattos? 

De que Valdívia arrebentasse em campo, como fizera na Copa Sul-Americana e o Palmeiras se visse na obrigação de ter de ficar com o jogador pagando aquilo que ele queria

Além da covardia, houve muito amadorismo, considerando-se a predisposição do atleta em permanecer no clube e a necessidade premente que tinha o Palmeiras de ter no grupo um jogador de sua qualidade e, sobretudo, de sua têmpera. 

Se Valdívia houvesse disputado cinco ou seis partidas do encerramento do Sul-Americano ao final de seu contrato, a situação do time na tabela do Brasileiro seria outra e o Palmeiras não teria perdido tanto dinheiro. 

As consequências da inexperiência e da vaidade de Mattos não tardaram a chegar, até atingir o ápice, o climax de hoje na derrota para o Vasco e certamente, outras, muito piores, poderão advir se o Palmeiras não conseguir derrotar o Santos e ganhar a Copa do Brasil.

Interessante que os defensores do custo-benefício, que tanto se incomodavam com os salários do chileno, jamais se preocuparam  em relação a Zé Roberto (ele também se omitiu de jogar várias vezes), a Cleiton Xavier (presença obrigatória no DM há quase um ano) a Fellype Gabriel (que só conseguiu estrear discretamente ontem contra o Vasco) e à vários outros jogadores.

Sei, perfeitamente, que Valdívia é passado e um passado que não volta mais e que eu, sinceramente, nem quero que retorne.

Entretanto eu apreciaria muito se os palmeirenses de caráter que, desavisadamente ou não trabalharam pela saída do Mago, que não sejam partidários da Mancha nem joguetes ou massa de manobra da Mídia, as duas  instituições que mais trabalharam para que o chileno não renovasse, se retratassem e reconhecessem o erro cometido.

Seria uma forma elegante de reparar um grande equívoco e reconhecer o palmeirismo de um jogador que, mesmo à distância, continua, irreverentemente, nas redes sociais da Internet, promovendo o Palmeiras e "zoando" os adversários, mesmo tendo sofrido tudo o que sofreu em sua traumática saída do Verdão, decorrente da vaidade, inexperiência e falta de conhecimento de futebol, do vaidosíssimo diretor que Nobre veio buscar aqui em Minas.

Sei que é utópico o que estou pedindo, mas quem ajudou a despedir o único craque de que o Palmeiras dispunha, deveria fazer um "mea culpa" bater na boca três vezes e se penitenciar pelo erro. Errar é humano mas reconhecer os erros é um dom divino!

"A falta que Valdívia faz", teor do e-mail que recebi do blogueiro Marco (imenso palmeirense) é um fato cujos desdobramentos têm de ser analisados a fundo, o que não significa, fique bem claro, qualquer campanha pela volta do chileno, mas, sim, pela contratação de alguém verdadeiramente como ele, de corpo, alma e, principalmente, futebol.

Assim disse Marco:

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" Não é só a falta técnica, mas a falta de um jogador que impunha respeito, que fazia o Palmeiras ser temido em campo. Não temos mais isso. Além da falta de qualidade técnica do nosso meio de campo, não representamos perigo para ninguém".

"Isso a direção não percebeu, achando que contratando Zé Roberto, Cleiton Xavier (dois jogadores que não são meias) e mais o tal Felipe Gabriel iria conseguir repor a qualidade técnica e a liderança e a personalidade do Valdívia".
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Marco foi mais além, e, praticamente, me repetiu:

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"Nesse jogo com o Vasco o time foi muito vaiado após o jogo. Entre quem vaiou estavam torcedores que pediram a saída do Valdívia? Se estavam, fique bem claro que nenhum deles tem moral para cobrar nada. Não é só a organizada, é, principalmente, o pessoal amendoim, a turma paulistana da torcida".
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Nem vou me preocupar em redigir o final desta postagem, haja vista que o e-mail do Marco concede um fecho de ouro à matéria:
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"Porém, a maior perda que comprovamos não foi a de um jogador, mas sim a consolidação da influência sobre o clube dos torcedores massa de manobra, que serviram à imprensa  pilantra que sabia das consequência técnicas para o time do Palmeiras com a saída do seu principal jogador. O Palmeiras montava um elenco forte e precisa ser sabotado. A imprensa percebendo a ação amadora da sua diretoria viu que o caminho para que essa ação se consolidasse era a divisão da torcida, pois somente com a reação forte de toda ela é que a direção do clube poderia rever sua posição irresponsável.
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Grifo final do Marco (Não fujo da "responsa" e o avalizo)
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"Ficou claro que otários, acéfalos e irresponsáveis não podem ter a opinião respeitada, pois são eles que jogam contra o clube.

Agora é apostar tudo na Copa do Brasil, pois pelo Campeonato Brasileiro a vaga na Libertadores já foi, já era. 
Se perder a CdB, com certeza a economia dos salários do Valdívia pagará todo o prejuízo.


Outro problema criado agora decorrente da subida do Inter na tabela e sua perspectiva de classificação é que,  além de árbitros paulistas, precisaremos temer árbitros gaúchos, pois a conquista pelo Santos proporcionaria ao Inter a chance de jogar a Libertadores e você conhece o bairrismo gaúcho".
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Na expectativa de que Marco não se zangue pela publicação de um material particular que só está sendo usado com a finalidade de ajudar e beneficiar o Palmeiras, coloco os assuntos abordados para o debate dos palmeirense da melhor cepa que frequentam este espaço e que, unanimemente, querem o melhor para o Verdão, independentemente de seus pensamentos, filosofias e pontos de vista.

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NA TV
Para uma melhor visualização de Palmeiras x Vasco , assisti a 60% do jogo em HD, via satélite, pela TV Globo-Rio.

Acompanhei (foi sacrificante) o relato essencialmente radiofônico de Luís Roberto (ótimo cronista, mas cansativo e sofrível gritador esportivo), muito mais comentarista do que narrador, um horror!

Os comentários (?) foram de Júnior e o analista de arbitragem ele, o inefável (não seria inapropriado se  se dissesse abominável) PCO, um dos inimigos públicos mais conhecidos do Palmeiras. Talvez por isto comente na Globo! 

Como a imagem via satélite caiu, voltei à Net e ao meu velho televisor de tubo, tela gigante.

Assim, acompanhei o jogo com a desvantagem da impureza da imagem, mas com a vantagem da leveza da narração (de TV) de Jota Júnior, anos luz mais narrador do que o empertigado Luís Roberto. (AD)