DÁ PRA VENCER DOMINGO EM ITAQUERA. "O MELHOR TIME DO BRASIL" NÃO PASSA DE UMA RETRANCA QUE TEM DADO CERTO!
De tanto ouvir a mídia afirmar -e garantir- que o Cu-rintia tem o melhor time do Brasil, resolvi assistir ao jogo deles contra o San Lorenzo D'Almagro.
Além da curiosidade natural decorrente do discurso midiático, eu queria me inteirar da real condição técnica do time de Tite, cantado, decantado e o preferido por dez em cada dez jornalistas paulistanos. Um disparate, um exagero!
O jogo foi transmitido de forma prosáica, caseira e provinciana, pela Fox Sports, por Gustavo Vilani, mediano narrador, daqueles que insistem em radiofonizar as transmissões televisivas.
Isso tudo seria perdoável, não torcesse, o Sr, Vilano, d-e-s-b-r-a-g-a-d-a-m-e-n-t-e, pelo Curica, como se fosse a Fox, não, um canal de TV de alcance e repercussão mundial, mas uma reles emissora do bairro de Itaquera ou de uma cidadezinha qualquer do interior do Brasil.
Mas, fosse o João Guilherme, o melhor narrador do Canal, também seria a mesma coisa!
Quem sabe, até, fosse pior, porque quando o Curica joga os narradores ficam alvoroçados e mais excitados do que gata no cio, capazes de tudo para agradar esse time e sua torcida, como se só eles existissem no cenário esportivo brasileiro.
Os narradores de futebol da TV, mormente os novos, ressaltadas seletas exceções, perderam a compostura, liberaram geral, vestiram as camisas de seus clubes de coração ou daqueles com os quais se interessam em fazer média e já nem ligam mais qualquer importância aos parâmetros éticos que deveriam nortear as suas atuações, enquanto jornalistas.
Mas, estariam os senhores Vilani, Guilherme e assemelhados, preocupados em fazer jornalismo? Eles querem, sim, é ser artistas. Porém, a julgar pelo público que querem cativar, não passam de "bregas" da narração televisiva.
A Fox iniciou, ontem, a sua transmissão bem cedo, com direito a flashes desde as primeiras horas da manhã, (um exagero), tietando os curicas a cada participação dos repórteres.
Ao falar sobre o novo telão inaugurado ontem em Itaquera o repórter da Fox agia como se fosse ele o proprietário ou o locador do artefato, tamanho foi o destaque que deu à nova tecnologia, chegando ao desplante de compará-la ao Telão do Allianz Parque, certamente com o objetivo de tripudiar sobre o Palmeiras e sua torcida! Repetiu, N vezes em poucos segundos, que, aquele, era "o maior telão do mundo".
Eu dia dizer que é muito provincianismo, mas, pela forma como o repórter se expressou, é mesmo cabotinismo! Vai ser curicano assim lá... Lá na "casa do Carvalho"!
Os caras não se dão conta e esquecem que estão transmitindo,-muito mais-, para não os não
cu-rintianus do que, propriamente, para eles!
Será que ainda não descobriram que os secadores do Brasil inteiro -que odeiam o Curintia em face, principalmente desse procedimento da mídia- faziam parte, sem qualquer dúvida, do contingente maior de telespectadores que assistiam ao jogo pela TV?
A transmissão, fanaticamente clubística, facciosa e irritante, perfeita ação de palhaço, se arrastou até que a emissora saísse do ar, por volta de 30 minutos do segundo tempo.
Eu imaginava que pudesse ocorrer!
Cantei essa pedra, antecipadamente, em conversa informal com o meu filho, durante a edição do Fox Rádio, não por pressuposição ou advinhação, mas, por vivência e constatação.
Quem não sabia que a emissora da Raposa, ao exercer a prerrogativa de transmitir o jogo com exclusividade, frustrava a concorrência e demolia montanhas de interesses paralelos, certamente escusos.
Ainda que o problema ocorrido tenha sido decorrente de falha de equipamento, a direção da Fox tem de promover uma caça às bruxas, que, dissimuladamente, sorrateiramente e sem que a gente perceba, podem estar, muitas vezes, dentro de nossa própria casa.
Aliás, como diz um velho ditado galego "non credo em brujas, pero que las hay, las hay "!
A Fox tem de caçar as bruxas e, se a procura for competente, certamente há de encontrá-las!
-------------------------------
Como já gastei muito tempo falando em TV, quero resumir o que penso a respeito dos Curicas.
1) O time deles é comum, trivial e não tem nada de excepcional. Essencialmente, tático e de pouquíssimos destaques individuais tem pouquíssima inspiração e muita transpiração, nada mais que isto.
2) A ausência de Guerrero liquidou o ataque curicano. Entre seus dois eventuais substitutos, Wagner Love é fraco, e Danilo é lento. Qualquer, em campo, frustra, ofensivamente, os planos e os objetivos de Tite. Renato Augusto, Elias e Jadson, os três, vindo de trás para o arremate, são, exclusivamente, as opções do time deles. É pouco e insuficiente!
3) A defesa curicana, ponto alto do time, é forte, porque o time é solidário, se recompõe continuamente e se compacta muito bem, na porta da cozinha, sem conseguir contratacar com rapidez e eficiência.
4) O forte deles continua sendo o extra-campo, através do exercício da pressão psicológica sobre os árbitros e bandeirinhas e da intimidação ao adversário!
Ontem, contra o San Lorenzo, não necessitaram recorrer a tais recursos, em face do empate ter sido suficiente para que eles se classificassem.
Além disso, eles sabiam e sabem, perfeitamente, que, pelo fato de ser um jogo patrocinado pela Confederação Sul-Americana, eles não gozam de privilégios e correm o risco de sansões.
Mas, domingo, contra o maior adversário, e em um contexto (FPF) no qual tudo podem e podem tudo, os curicanos vão lançar mão e fazer uso de todos os recursos e fatores extracampo que costumam usar a fim de derrotar o Palmeiras.
Ainda mais que se vencerem o "derby" igualarão o número de vitórias que o Palmeiras lhes impôs em toda a história.
CONCLUINDO
Dudu não exagerou quando afirmou que o Palmeiras tem, neste momento, um time melhor que o deles.
Se vai vencer, é outra conversa, mas, pelo que pude ver e concluir do futebolzinho mequetrefe e medíocre que eles mostraram ontem contra o San Lorenzo, as chances do Palmeiras são reais e palpáveis.
Seria, sem qualquer dúvida, delicioso se o Palmeiras, ao mesmo tempo em que se classificasse para a final do Paulistão, quebrasse a invencibilidade deles e, a um só tempo, destruísse o mito indevido criado pela mídia de que o Cu-rintia é o melhor time do Brasil.
Por tudo o que vi, sou mais Palmeiras e a minha expectativa de vitória aumentou "demaaaaaaaaais" ao constatar que o futebol maravilhoso do "extraordinário" time de Tite, não passa de uma retranca que está dando certo!
Lembrem-se, sempre, que o diabo não é tão feio como pintam e que assombração sabe para quem aparece!
SOU, MUITO MAIS, PALMEIRAS. E VOCÊ?
COMENTE COMENTE