Observatório Alviverde

02/02/2017

ANTES DE CRITICAR VAMOS DEIXAR EDUARDO BATISTA TRABALHAR!


Embora mantendo a estrutura de Cuca, Eduardo Batista, aos poucos, está mudando o sistema de jogo do Palmeiras.

Tem de fazê-lo sobretudo porque o Palmeiras perdeu Gabriel de Jesus e não há, ao menos no momento, ninguém capacitado a substituí-lo.

A liberdade para que Róger Guedes não marque tanto, não precise acompanhar os laterais e só jogue do meio de campo para a frente é uma excelente sacada, que tem tudo para dar certo.

Se essa inovação e outras que ele vai lançar derem certo dirão que ele é uma revelação e alguns até o promoverão a "gênio".

Porém, se der errado, será chamado de burro, execrado e terá a cabeça colocada à prêmio pelos oportunistas de plantão.

Aliás, para que ocorra, nem será preciso ir tão longe... 

Se o Palmeiras não obtiver um bom resultado domingo contra o Botinha, com certeza será iniciada a temporada de caça ao novo técnico. Quem viver, verá!

Fui um crítico veemente da contratação de Eduardo, assim como fora em relação a Marcelo Oliveira quando apenas se anunciava o interesse por sua contratação...

Porém, palmeirense acima de tudo, sinto-me na obrigação moral de apoiar o novo treinador, por mais que eu não o quisesse, a partir do momento em que ele tornou-se o técnico do Verdão.

Não será um eventual e improvável tropeço domingo contra o Botafogo de Ribeirão Preto, no jogo inaugural do Paulistão, que me fará abrir as baterias críticas contra o novo treinador. 

Ao contrário, terei paciência e darei um tempo a Batistinha até o limite de minha intolerância!

Assim o fiz no tempo de Marcelo Oliveira e o farei, por mera questão de coerência, com todos os técnicos que o Palmeiras vier a contratar, sendo ou não de meu agrado ou preferência.

É o mínimo que pode fazer qualquer torcedor consciente que analisa primeiro o futebol e as perspectivas de um trabalho antes de cobrar os resultados que sempre têm de ser a consequência do próprio trabalho e não o contrário.

Que tal esperarmos primeiro os frutos do trabalho de Eduardo traduzidos pelo  bom  rendimento do time em campo e só depois disso, de um mês de trabalho -no mínimo- iniciarmos qualquer processo de crítica mais forte visando a substituí-lo?

Como saber se alguém é bom em uma atividade se o atrapalhamos de exercê-la em sua plenitude?

Entretanto, tudo o que foi dito não significa que tenhamos de fechar os olhos para erros palmares que venham a ser eventualmente cometidos contra o Palmeiras por seu novo treinador.

Da mesma forma, quem quiser manter-se criticando forte Eduardo Batista pode fazê-lo com a convicção de que não será censurado, embora se saiba que quem agir assim esteja cometendo uma injustiça de grandes proporções.

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