Observatório Alviverde

29/07/2015

INJUSTOS COM OSWALDO DE OLIVEIRA!


Quero ascultar a opinião de todos pelo invisível estetoscópio da razão, o "desconfiômetro".

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Antes de ouvi-las, porém, ascultem a minha! 

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Indigno-me com alguns palmeirenses, praticantes contumazes do estúpido joguinho do "oito ou oitenta"!

Como são numerosos em nossa torcida tais indivíduos, radicalíssimos, para os quais o meio-termo não existe!

Sem o menor constrangimento e na maior cara de pau, sustentam que qualquer jogador do Palmeiras, das duas, uma: é um craque ou um pereba, um gênio ou um jegue, um suprassumo ou um merda (com perdão pelo palavrão)... 

O pior é que esses caras, que têm força na palavra e influência na comunicação, insistem tanto em suas teses, que acabam impondo a muitos, os seus medíocres pontos de vista! 

Tudo, no Palmeiras, então, acaba se transformando em dicotômico e o exemplo mais recente é o de Oswaldo de Oliveira que, ao chegar era uma uva e, ao sair, virou um abacaxi.

Oswaldo, ficou provado e reconheço, não era o treinador ideal para (como se diz em linguagem contábil) um passivo circulante e exigível a curto prazo, que atende em campo pelo nome de Palmeiras!

Em contrapartida e, da mesma forma, não é o apedeuta, o idiota, o sabe nada, o zé ninguém e, muito menos, o anacrônico e despreparado técnico que esses torcedores pintam em seus comentários imotivadamente irados e raivosos em tantos sites e blogs. 

A impressão que fica é a de que querem fazer de Oswaldo um novo Kleina, que a torcida (com exagero) transformou em um "bostel" do futebol, quando se sabe não é bem assim e que ele, também, tem seus méritos. 

Inexperiente, Kleina chegou em hora errada para um conturbado Palmeiras quase rebaixado e que acabou dando com os costados na segunda divisão!

Ainda assim, há de se reconhecer que ele conduziu o time com acerto na Serie B, levando-o ao título. 

Se Kleina não foi ou não era (sei que não é) o técnico ideal para um clube do jaez, da importância e do relevo do Palmeiras, trata-se de outra conversa, que não deveria, jamais, passar por sua desconstrução pessoal e profissional. Só não o queremos no Palmeiras, ponto.

Sobre Oswaldo, é preciso que haja mais reconhecimento e respeito em relação a um técnico profissionalíssimo, honesto, decente e competente, cuja saída desagradou quase todos os jogadores.

Negar que Marcelo encontrou a casa palmeirense, senão arrumada, mas encaminhada e semipronta, é faltar com a verdade. 

Ou o time mudou e os jogadores escalados por Marcelo são diferentes daqueles escalados por Oswaldo?

É preciso acabar com essa mania que têm alguns de nossos torcedores, de não reconhecer méritos e de reduzir as pessoas que não lhes agradam a uma injusta e perversa insignificância.

Oswaldo tem de ser respeitado (e muito) pela aplicação e pelo profissionalismo que dedicou ao Palmeiras.

Há que se dizer, também, fazendo justiça, que, todas as suas indicações de contratação, rigorosamente, foram felizes, o que evidencia a sua capacidade, honestidade e visão futebolística. 

Reparem que, mesmo sob a batuta de Marcelo Oliveira, Gabriel, Lucas e Rafael Marques continuaram como titulares absolutos e se constituem em três expoentes do elenco, importantíssimos e imprescindíveis. 

Outra pergunta: a liderança em campo nomeada por OO foi alterada, ou, ainda é a mesma escolhida por ele, isto é, Rafael Marques?

Lucas, um dos símbolos da garra e da eficiência palmeirense e novo capitão, foi indicado por quem?

Entre os recomendados por Oswaldo que ainda não jogaram, necessitaria, Aranha, qualquer apresentação?  

Ou suas performances com a camisa do Santos não falam muito mais alto do que qualquer experiência?  

Mas, convenhamos, seria justo se ele entrasse no lugar de Prass? 

Aliás, não sei porquê (é incrível,fantástico e inacreditável), Prass, apesar de ser um dos goleiros menos vazados do Brasileiro, tem contestadores e críticos ferozes, conforme se pode verificar e constatar em quase todos os sites da Web!

Ontem, enfim, foi apresentado oficialmente pelo Palmeiras Fellype Gabriel, de 29 anos, outra indicação de Oswaldo, que já está, devidamente, incorporado ao elenco e pronto para estrear. 

Disseram-me que se trata de excelente jogador, com capacidade suficiente para substituir -em bom nível-, Valdívia. 

Ainda que não o conheça tenho expectativa de que a tenha, sim, em face de Fellype Gabriel ser outra indicação segura do honestíssimo OO. 

Ainda bem que Marcelo é um homem de caráter e já discorreu sobre tudo isso, realçando e ressaltando a importância de seu antecessor. 

Já disse -vou repetir- que eu e Marcelo nos conhecemos bem e estivemos juntos várias vezes, até em uma excursão do Galo ao exterior! Não me admira que ele tenha reconhecido o valor e a importância de Oswaldo! 

Nem isso, porém, cala a boca ou diminui a maldade, a intensidade e a frequência das críticas da turma do oito e oitenta, a Oswaldo Oliveira a quem negaram, injustamente, até a condição de técnico mediano! 

Se a passagem e a performance de OO no Palmeiras não o credenciaram como um treinador excepcional, há que se fazer justiça, ao menos, a sua contribuição de  profissional trabalhador, correto, competente e honesto que levou o time a decisão do título paulista, apesar da derrota nos pênaltis. Não foi ele que errou o pênalti!

Correto e honesto esses valores são tão raros no mundo em vivemos que, hoje em dia, transformaram-se em virtudes!

Não sejam injustos com Oswaldo de Oliveira!

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