Observatório Alviverde

27/07/2013

VALDIVIA ANTECIPOU MINHA POSTAGEM!


Amigos do OAV

Estou há dois meses fora de casa, bem longe de Belo Horizonte.

Em razão disso este OAV está igual ao Palmeiras do tempo de Felipão, irregularíssimo.  

Compromissos pessoais importantes e inadiáveis roubam-me o tempo de postar. 

Espero que todos os frequentadores deste espaço possam compreender as minhas razões.

Mas hoje é dia de jogo e obrigo-me a postar e abrir o espaço para os comentários inteligentes daqueles que fazem deste blog uma referência, quando o assunto é Palmeiras.



Primeiro quero dizer que Valdívia "roubou" minha postagem.

Eu ia dizer, já estou dizendo, que com o Palmeiras na segunda divisão, o grupo calhorda da mídia agora elogia o chileno.

O que muitos analistas deveriam fazer antes e não fizeram por estupidez, clubismo,  teimosia ou desonestidade, fazem-no agora porque sabem que o Brasileiro da Série B tem pouca repercussão.

O próprio Valdívia ressaltou isso em entrevista há alguns dias, evidenciando que, além do craque de bola que a imprensa (quase a unanimidade) finge que não vê, é, também, um craque na arte de viver.

O mago, sem ódio e sem medo, afirmou que se estivesse jogando a primeira divisão, estaria sendo alvo de críticas, como sempre aconteceu, fosse por sua presença ou por sua ausência no time do Palmeiras..

Se jogasse, a turma da mídia entre o alto, o médio, o baixo clero e até os sacristãos e coroinhas, principalmente os que atuam na Globo, a grande prostituta, não reconheceriam-lhe os acertos e o acusariam, criminosamente de cai-cai.

Se não jogasse, o chamariam de "chinelinho".

Como não podem e não têm condições morais de censurar Valdívia por questões técnicas, notem que só o analisam pelo viés disciplinar.

Além disso, vivem arrumando transferências para o Mago a cada semana, como se torcessem para que ele "desse o fora"do Palmeiras.

Para os focas e ex atletas que pululam nas redações e nos estúdios, é vedado ao Palmeiras possuir jogadores acima da linha técnica de normalidade, mas se aparecer algum eles negam que o seja.

Essa gente, jornalistas cu-rintianus, bambis, santistas e falsos palmeirenses que  anarquizam o clube com suas críticas para manter seus postos de emprego, cada vez mais ocupados e poluídos por ex-atletas e celebridades, não vai descansar enquanto não colocar Valdívia fora do Palmeiras.

Eles sabem que no atual futebol brasileiro existem poucos jogadores da capacidade técnica de Valdívia,  haja vista que Neymar foi para a Espanha.e Paulinho para a Inglaterra.

Alex do Coritiba, Ronaldinho Gaúcho, Zé Roberto do Grêmio, Seedorf do Bota e Juninho do Vasco, mais um ou outro nome que não me ocorre neste instante, seriam os únicos jogadores da estatura do craque palmeirense, que a conveniência de alguns cronistas, o clubismo de tantos e a desonestidade de outros insistem em não reconhecer.

Detalhe importante: Valdívia está no auge de seu futebol, ao passo que todos os outros, estão em idade provecta, já na fase de declínio.

Não vou continuar falando no assunto porque, por essa e por outras coisas do mesmo jaez, é de domínio público, a cada dia que passa, a classe jornalístico-esportiva vai se desmoralizando, tornando-se desacreditada diante da opinião pública, por suas desmedidas passionalidade, clubismo e conduta eivada de conveniênicia, cada dia com menos exceções.

Os falsos elogios a Valdívia neste momento, o próprio Mago detectou e registrou em entrevista, são convenientes e só estão ocorrendo em face de o Palmeiras estar jogando a segunda divisão.

Quando Valdívia e o Palmeiras retornarem à primeira divisão, no ano do centenário e da inauguração do estádio, as críticas destrutivas voltarão, ao jogador e ao clube,  com uma virulência ainda maior. Quem não sabe disso?.

Mas esperar o que de uma classe desmoralizada, sem poder de mobilização e, muito menos, de ação? 

Uma classe que se acha a maioral e especial, diferenciada em relação às demais, mas que perde calada e com o rabo entre as pernas os seus postos de trabalho para ex-atletas, despreparados, desequilibrados, tresloucados, incongruentes, inconsequentes, a maioria analfabetos funcionais, sem contar os ex-viciados. 

Por falar em analfabetos funcionais, entre os jornalistas também existem muitos, e da pior espécie, porque, além de se arvorarem em saber mais do que os outros são, via de regra, arrogantes,  pretensiosos e  intolerantes às críticas, pois julgam-se os detentores exclusivos do direito de criticar.

Interessante é que, quem não sabe, só falam aquilo que lhes interessa ou que interessa aos órgãos midiáticos que lhes concedem  a graça de um emprego e o milagre da sobrevivência através de abobrinhas verbais.

Torço, e muito, para que um ex-jogador qualquer desses da vida comece a narrar os jogos, para que, também, os locutores percam os seus postos de emprego.

Será que só assim para que os líderes classistas e os sindicatos mobilizem a classe e coloquem um paradeiro na farra?

Não, não estou legislando em causa própria porquanto já me aposentei, estou fora do meio há 15 anos e, jamais, bati na porta de qualquer veículo de comunicação visando a pedir emprego. Ao contrário, fui procurado várias vezes, mas não me entusiasmei com a perspectiva de voltar à ativa.

Causa-me, porém, um tremendo mal estar ver os ex jogadores e as celebridades, todos hunos da comunicação, arregimentados pelos dois maiores inconsequentes da história da comunicação brasileira, Osmar Santos e Luciano do Valle tomarem, a cada dia, o lugar que deveria ser reservado àqueles que saem das faculdades e não aos milionários dos campos de futebol que trabalham por diversão e diletantismo..

Eu e muitos de minha classe e idade, em tempos idos, lutamos, em sucessivos congressos da Abrace por várias cidades do Brasil pela regulamentação da profissão, mas o egoísmo da maioria fez com que cada um só olhasse o seu lado pessoal, suprimindo os interesses classistas.

Em razão disso, até a necessidade do diploma para o exercício da profissão deixou de ser exigida e, hoje, repito, graças aos dois fanfarrões Osmar e Luciano, grandes e autoritários com os pequenos e pequenos e submissos com os grandes, o jornalismo esportivo brasileiro entrou nessa barca que conduz, celeremente, a profissão, senão para a extinção, mas para uma maior redução. 

Então eu pergunto: mas se reduzir ainda mais do já reduziu, a profissão de jornalista esportivo não vai acabar?

Já imaginaram se, depois de ter imposto à classe e ao público os comentaristas jogadores e as celebridades, a Globo resolver impor a venda dos direitos de imagem para o rádio? Não vai sobrar pedra sobre pedra!

Deu pra sentir, agora, porque os profissionais, principalmente os  globais só enaltecem o Cu-rintia, o Flamengo e mais alguns poucos clubes? É o medo de perder a profissão!

Por essas e por outras, elogios e reconhecimento ao trabalho de Valdívia e ao time do Palmeiras, só enquanto estivermos na segunda divisão!

Valdívia cantou a pedra certa em sua entrevista!

GUARATINGUETÁ X PALMEIRAS

Valdívia não quer ser poupado e quer jogar todas as partidas possíveis

O time parece motivado e mobilizado.

Você acredita que o Verdão vai manter a liderança?

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