Observatório Alviverde

15/10/2014

HAVIA CORPO MOLE ELENCO NO PALMEIRAS AO TEMPO DE GARECA!


Não é necessário que se vá tão longe para concluir que havia corpo mole no elenco do Palmeiras, ao tempo de Gareca. 

 

A prova cabal do que ouso afirmar, ficou clara e explícita do que se viu e concluiu de Palmeiras 2 X 1 Grêmio, sábado passado!
 
Qualquer torcedor de "feeling", percebeu, claramente, a radical mudança de atitude do grupo. Méritos para Dorival!

Como que em um passe de mágica, de um jogo a outro, da noite para o dia, o Palmeiras apresentou-se de maneira desinibida e confiante, em perfeita e total metamorfose!

É óbvio que os fatores preponderantes e precipitantes do importante triunfo palmeirense foram, mais além do empenho, da aplicação e da seriedade do time, especificamente, três:

1- A volta da estabilidade defensiva decorrente do retorno de Prass ao gol.
2- A soberba atuação do promissor garoto João Pedro, que, decidiu o jogo
3- O fator Valdívia, o melhor jogador em atividade no atual futebol brasileiro, figura superlativa daquele que foi o melhor, entre todos jogos disputados até agora, neste Brasileirão.

Paralelamente a esses fatores técnicos e emocionais, -importantíssimos- há que se ressaltar outro que se reveste, também, de importância transcendental na presente recuperação palmeirense.

Refiro-me ao preparo físico do time, espetacular, como de há muito não se via, ao qual, rotulo, no melhor senso do termo como "preparo físico de cavalo de corrida". 

Há muitos anos eu não via nenhum time do Palmeiras com tamanha disposição, esbanjando saúde, ânimo e vitalidade, e se impondo, fisicamente, ao adversário. 

Pode-se dizer, sem medo de errar, que, de um jogo para outro, quase que instantaneamente, o Verdão transformou-se, da fraqueza à força, da preguiça à disposição, ou, como se diz mais popularmente, da água para o vinho.

Assim, um time letárgico, lento, apático, de baixa autoestima, de repente virou outro, diverso, diferente, determinado, esperto, veloz e com espírito de vencedor.

Mas não é da noite para o dia que um time passa a correr tudo o que o Palmeiras correu, sábado passado, contra o Grêmio, do início ao fim do jogo. Parecia que os jogadores participavam, à parte da mecânica do jogo, de uma competição de atletismo ou de pedestrianismo.

A imposição física do time de Dorival sobre o de Felipão, que tem um dos melhores preparos deste Brasileirão, foi notória, ampla, total e definitiva! Do início ao fim do jogo! 

Pode-se dizer, sem medo de errar, que o melhor preparo atlético constituiu-se em um fator importantíssimo para a vitória de virada.

Com a genial genialidade de Valdívia, a segura segurança, de Prass, a ousada ousadia de João Pedro, a aplicada aplicação de todo o time, mais o preparado "preparo físico de cavalo de jóquei clube",  o Verdão deu um nó no Grêmio, impôs-se aos gaúchos, e, consolidou o triunfo.

Agora, peço, mais, a atenção de todos, porque o que vou dizer é muito importante: 

"preparo físico, na proporção daquele apresentado sábado passado, preparador físico algum do planeta consegue retirar de um grupo em tão curto espaço de tempo, nem com "doping"!

Mas, pode, sim, ocorrer, raríssimas vezes, em situações especiais, na qual um grupo sente-se acuado e parte para a superação!  

Teria sido o caso do Palmeiras? É pouco provável! 

Para mim, evidencia, simplesmente, que o time, fisicamente, estava bem preparado!

Mas (perguntar é preciso) por que, então o time não rendia, satisfatoriamente, sob o aspecto físico?

A conclusão a que se chega, repito, é a que, se do ponto de vista físico, o time era apto e preparado para enfrentar qualquer adversário, dos pontos de vista tático e emocional, estava, totalmente, defasado.

Se não rendia a contento, o problema tem de ser debitado, sim, ao argentino leso, apatetado e incompetente que Nobre, empiricamente, contratou!

Houvesse Gareca permanecido à frente do elenco, a esta altura já nos teria encaminhado às catacumbas escuras e profundas que remetem os clubes da Série A à segunda divisão.

Para encerrar, quero salientar que estou satisfeito com tudo o que vi, a propósito do jogo contra o Grêmio, o último. 

Algo, porém, me incomoda e espezinha neste lapso de tempo demasiadamente largo que ainda nos separa do jogo contra o Santos;  É o seguinte:

O time santista, extremamente jovem, leve, solto, corredor, jogando como livre atirador, exigirá, muito, do Palmeiras, domingo que vem no Pacaembu. 

Por isso, uma grande dúvida, já me preocupa e me assombra! 

Relaciona-se à minha dúvida acerca daquilo que -de fato- fez o time do Palmeiras, correr muito mais do que o Grêmio:

Teria sido o melhor preparo físico dos jogadores do Verdão?

Ou, simplesmente, a capacidade de superação dos próprios jogadores em face da entrada no mortal Z4, especificamente, naquele jogo?

De uma certa forma, porém, devo admitir que, com tudo e, apesar de tudo, ainda "me quedo tranquilo" haja vista que Prass e Valdívia vão jogar!

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