Observatório Alviverde

13/10/2012

SÓ UM MILAGRE DESCOMUNAL SALVA O PALMEIRAS DA DEGOLA!




Com a devida venia do ínclito relator do mensalão, Dr. Joaquim Barbosa, vou emitir meu comentário "fatiado".
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1) O REBAIXAMENTO
Estamos, virtualmente, rebaixados.
"Sem choro, sem vela, sem fita amarela" (Noel Rosa).

Há, ainda, nove rodadas a cumprir e muita água certamente, passará por baixo da ponte do Brasileirão (Eu, blogueiros e torcedores). 

Mas vocês se lembram, porventura, do que eu disse no  penúltimo post, em data anterior ao jogo?

(SIC)

"...muitos dirão, eu inclusive, que ainda temos chances matemáticas.

Seu disser isso - certamente vou - não acreditem em garantia de  salvação porque quando se diz que o time tal ou qual, matematicamente, ainda tem chances, é porque, tècnicamente, ele já rodou".


O ofício, a matemática  e a fé obrigam-me a afirmar que ainda temos chances matemáticas, remotíssimas. 

Confesso-lhes, entretanto, são argumentos vagos, inconsistentes, que só servem, mesmo, para alimentar as nossas ilusões estéreis, cada vez menos exequíveis, improváveis quimeras .

Repito, para que fique muito claro e explícito:

"Quando se diz que qualquer time, matematicamente, ainda tem chances em qualquer competição, é sinal visível e sintoma evidente de que, tècnicamente, ele já rodou".(AD)

É óbvio que, assim como se torce e se faz preces por um doente terminal, todos nós, palmeirenses, devemos continuar torcendo e rezando.

Alguns - eu, não - acenderão velas, dedicando a nossa derradeira reserva de fé  para que um improvável revertério, na linha dos grandes milagres, venha a acontecer. Oxalá aconteça!

Se acontecer - duvido - que se acione, incontinenti, Dom Joseph Ratzinger e todo o alto prelado do Vaticano, requerendo as imediatas canonizações de Sampaio, Frizzo, Tirone e, principalmente, de Gilson Kleina.

Na qualidade de novos santos, estarão, todos eles,  em hipotética escala hierárquica da igreja, muito à frente de Rita de Cássia ou de Judas Tadeu, tidos e havidos pelos católicos como os santos das causas perdidas ou impossíveis. 

A partir de então eu os chamaria de "santos das causas impensáveis"! 
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2) GILSON KLEINA
Não estou afirmando destrambelhadamente, no vai da valsa da derrota, que Kleina, não é o técnico ideal para o atual momento do Palmeiras, agora que o porco empacou de vez e está prestes a virar torresmo.

Sem baralho ou bola de cristal, ouso fazer futurologia à luz dos fatos atuais e, de cara, adianto que, não creio, definitivamente, que Kleina resista às pressões e consiga realizar um grande trabalho no Palmeiras.

Sua única chance residiria numa improvável reforma radical do elenco, com a contratação de jogadores de sua estrita confiança. 

Em todo caso, fica o consolo de que já temos sob contrato um técnico com "background", especializado em segunda divisão. 

Não obstante, respeito todas as opiniões e disposições contrárias às minhas, dos amigos palmeirenses que frequentam este espaço..

A falta de personalidade de Kleina ficou patente, manifestando-se bem mais cedo do que eu imaginava.

Premido. talvez,  pelo sistema e influenciado por terceiros,  escalou, no "choque-rei", sem qualquer necessidade, motivos táticos ou técnicos, mas por puro invencionismo,  um jogador sem o menor preparo para atuar em nível profissional, que de há muito deveria ter sido dispensado, Daniel Carvalho, cuja presença só faz atrapalhar o grupo.

Kleina, candidamente, infantilmente, inocentemente, acreditou nas palavras do fracassado técnico, atual comentarista (?) da Fox Sports, Mário Sérgio.

Enaltecendo inexplicavelmente, exageradamente e imerecidamente Daniel Carvalho, na tela da TV, após o jogo contra o Milionários, o ex-jogador vendeu angu por curau afirmando que DC era jogador de maiores recursos e melhores condições técnicas do que Valdívia e que não era titular no Palmeiras porque sofria injustiças, não era escalado e estava sem ritmo de jogo.

Após d-e-c-e-p-c-i-o-n-a-n-t- e  c-o-m-p-r-o-m-e-t-e- d-o-r-a  atuação de DC (mais uma) no clássico contra o SP, esperava-se que ele sumisse da relação dos convocados para o jogo contra o Coxa e que não fosse mais escalado por conta de desmotivação, ineficiência física, desinteresse em campo e falta de combatividade.
 
Mas Kleina não se contentou com o que viu no "choque-rei". 

Não acreditou no que ele (e todo mundo) viu, não se convenceu e, sequer, assumiu o erro crasso que houvera cometido, relacionando, novamente, o improdutivo  Carvalho, colocando-o no banco contra o Coritiba, mesmo após atuação tão pífia diante do SPFW.

Não satisfeito, resolveu colocá-lo, novamente, em campo, o que, por si, já me induz a duvidar de sua capacidade como treinador.

Fora de forma, como se encontra hoje, Daniel não tem condições, sequer, de jogar no time de "showbol" do Palmeiras.

Foi um desastre, outra vez, a escalação de DC, embora muitos possam ter elogiado Kleina, avaliando e qualificando como ousada a sua entrada em lugar de Henrique. 

A ação, repito, desastrosa, abriu um clarão no miolo de defesa do Palmeiras sendo o corredor pelo qual o time coxa-branca encontrou o caminho da vitoria. 

Outra vez, conclui-se que não foi o adversário que venceu, mas Kleina que entregou,  em outra substituição equivocada e inexplicável, envolvendo o mesmo jogador,  próprias de quem começa a sentir-se acuado, dignas de seu antecessor.

Esta também não é uma opinião oportunista porque eu já houvera cravado e antecipado antes do jogo:

(SIC)

"Muito antes do que imaginava, já começo a me preocupar com Kleina a quem, parece, não bastou a lição da péssima e comprometedora atuação de Daniel Carvalho contra os bâmbis.

Além de tê-lo colocado na relação dos vinte atletas que estão em Araraquara, o novo técnico faz menção de - talvez fosse mais correto dizer a-m-e-a-ç-a - escalar "tonel"  para o jogo decisivo desta noite contra o Coritiba".


A ameaça foi cumprida!

Kleina foi insensível, amador, e demostrou, além de  falta de conhecimentos e de visão futebolística, falta de personalidade, ( por que esconder e não dizer?), inconsequência e irresponsabilidade.

Foi preciso que DC  recebesse o terceiro cartão amarelo (teria sido de propósito para não ser obrigado a viajar ao Nordeste?) para que nós, torcedores, pudéssemos ter certeza de que o cabaçudo, digo, cabeçudo Kleina não irá escalá-lo, domingo contra o Náutico.

Fosse a minha voz forte e influente junto à diretoria, sugeriria mandarem DC para a casa e receber os seus proventos por lá até o final de seu contrato E o faria a fim de que Kleina não se sinta tentado (ou pressionado?) a escalar esse ex-atleta da ativa no time principal.

Esta não é uma manifestação pontual e oportunista do blogueiro após a derrota fragorosa para o Coxa, porque eu antecipei e publiquei no intervalo do jogo contra os bâmbis:

(SIC)

"Começo dizendo que quem escala, por livre opção, um "molóide" como Daniel Carvalho, de cara, em um jogo tão importante, não está querendo ganhar"

E disse mais:

(SIC) .

Fosse eu dirigente do Palmeiras, dispensaria, incontinenti, alguns jogadores, entre os quais Román e o próprio Carvalho por absoluta ineficácia técnica e completa ineficiência física.

O festival de besteiras de Kleina no jogo contra o Coxa, não ficou, exclusivamente, por aí.

Outra vez Vinícius emergiu do limbo, foi relacionado e entrou no time em detrimento de nosso melhor meia de aproximação, canhoto, ágil, muito rápido, de grande capacidade de improviso e penetração, que tem o drible no pé, e arremata bem ao gol, Mazinho! 
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3) JAIR PICERNI

Cantei a pedra antes, e cravei, de forma clara e explícita, francamente, taxativamente, que o técnico ideal disponível para esse tipo de situação emergencial vivida pelo Palmeiras seria Jair Picerni que, como diz o meu irmão, grande palmeirense, é um Luxemburgo sem grife.

Picerni, como nós, torcedor do Verdão, chegou a conceder entrevistas, uma delas ao "globo.com", afirmando que gostaria de dirigir novamente o time e de tira-lo da degola.

Mas o torcedor palmeirense, com raríssimas exceções, não aceita técnicos humildes e trabalhadores, daquele que se misturam com os atletas, vestem o uniforme e o agasalho do clube,  tidos como incompetentes e abaixo da linha de importância exigida pelo clube.

Embora Picerni seja um desses, está bem longe de ser o analfabeto, o  despreparado ou o despersonalizado que tantos pintam, posto que é um treinador que, além de possuir muita moral, muito moral, tem força interior, tem comando, tem personalidade, fala, perfeitamente, o futebolês  e sabe tudo dessa intricada matéria denominada futebol.
 
DE PASSAGEM...

Lembram-se do que os nossos torcedores e diretores aprontaram com Celso Roth, com Muricy, com Estevam Soares (este nos levou à Libertadores com um time pra lá de modesto) e, principalmente, com Tite?

Aliás, o arrogante diretor que hostilizou Tite, que estumou as truculentas organizadas para que o agredissem e que o impediu de realizar no Palmeiras o trabalho que veio a realizar, a posteriori,  no CU-rintia, está denunciado no Blog do Paulinho como mais um, entre tantos, daqueles que fingem servir, mas que, apenas, se servem do Palmeiras. 

Estamos pagando um preço altíssimo pela arrogância e prepotência desse dirigente pois nosso maior adversário, sob Tite, só cresce!

É uma pena que seja muito tarde e que não se possa deletar a equivocada contratação (na minha opinião) de Gilson Kleina

Inexperiente, fleugmático, excessivamente jovem, sem experiência na direção de times de ponta, Kleina parece-me não ter estofo para gerir tecnicamente um clube da magnitude da SE Palmeiras, embora eu torça mais pelo seu sucesso do que pelas minhas melancólicas expectativas.

Eu admitiria, sim, uma experiência com Treina, mas nunca dentro do quadro complicado que vivemos que requer um técnico motivador, exigente e vibrante, não um vaselina.

Lamentavelmente as discriminações e as rejeições a treinadores sem grife são frequentes na vida do Palmeiras. 

Como vibrou e entrou em êxtase a maior parte de nossa torcida quando anunciaram a possibilidade de contratação do almofadinha Falcão. 

Como treinador, apesar de um dia ter recebido de bandeja a Seleção Brasileira sem dar conta do recado, tem pouca vivência, reduzida experiência e, pelo que sei, seu único título como treinador foi pelo Bahia, este ano, no campeonato mais bipolar do país, o baiano. 

Como são vaidosos os nossos torcedores, como adoram  as celebridades, como "tietam", como superdimensionam os famosos!

Da mesma forma, como rejeitam jogadores simples, sem fama, sem nome e marketing, aqueles chamados pela mídia de revelações se vão para outros clubes e de apostas se vêem para o Palmeiras,

Nossa torcida ainda cai nesse tipo de artimanha e não dá respaldo a jogadores de origem humilde, se esquecendo que ninguém  nasce consagrado.
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4) DIRETORIA 

O regime feudal-ditatorial, se me permitem o pleonasmo de reforço, é, sem qualquer dúvida, o fator determinante de nossa desgraça.

O Palmeiras mais do que parou, estagnou no tempo, no espaço e na própria vida, sendo o fator determinante disto, sem qualquer dúvida. o regime político vigente.

O mando e o poder no clube, que, sabidamente,  manda no time, alternam-se entre as mesmas "famiglias", mudando, apenas, os nomes dos cidadãos que são içados ao poder.

Sem medo de errar afirmo que o único presidente dos últimos anos que dirigiu o Palmeiras focado no futebol e tendo no futebol o carro-chefe foi Belluzzo.

Sua infelicidade foi a de ter de tolerar, por injunções e alianças políticas,  um companheiro de diretoria fraquíssimo no futebol, envolvido, conforme acusa, de forma direta, intimorata, com a citação nominal de possíveis irregularidades devidamente documentadas, o Blog do Paulinho.

Muitas perguntas têm de ser direcionadas a Tirone e Frizzo, os maiores responsáveis pela degringolada alviverde em 2012.

Por que tanta insistência com Felipão se, em decorrência de sua briga com Frizzo, não havia unidade e nem convergência de pensamentos no futebol?

Se Felipão foi mantido, por que não foi substituído o diretor de futebol, que tratava diretamente com ele?

Por que não exigiram que Felipão aproveitasse os garotos da base? Se muitos servem para a Seleção Brasileira, por que não servem para o Palmeiras? Porventura só os garotos do Santos podem ser aproveitados no time principal?

Por que a manutenção de um deficitário Palmeiras B se também dali não se promove nenhum jogador ao time principal?

Por que venderam Cicinho tendo um brasileiro todo pela frente?

Por que não contrataram um lateral à altura para compensar a saída de Cicinho?

Por que, exceção feita a Wesley, investimos tanto em jogadores medianos ou abaixo desta linha?

Por que clubes como o Grêmio, o Cruzeiro, o Galo, o Botafogo e outros de patrocínio, orçamento e faturamento menores do que o Palmeiras conseguem contratar e manter tantos jogadores de fama e qualidade e o Palmeiras, não?

Por que só vamos atrás de "ponta de estoque" e damos tanta preferência a balzaquianos e veteranos? Será que não tem ninguém no clube que saiba que futebol se faz, predominantemente, com jovens?

Por que contratamos Correa e Leandro, quase veteranos, cujos passados respeitamos, mas que têm de aposentar-se em outros clubes de menor importância e responsabilidade.

Por que o Palmeiras fez tantos negócios com o São Caetano, cujos elencos nas últimas temporadas sequer foram suficientes para a promover a volta do clube à primeira divisão?

Por que o Palmeiras, fiel à política da ponta-de-estoque, foi buscar o limitadíssimo Betinho no São Caetano? Por que renovou com ele?

Porque não contrataram jogadores para a complementação de elenco após a conquista da Copa do Brasil, se a situação já era complicada e o elenco sofria seguidos desfalques por contusões e cartões?

Se a situação financeira era precária, por que não recorreram ao Palmeiras B e às revelações da base? Ou ficaram com medo de Felipão?

Por que afinaram e não partiram para a reação aberta, contundente e direta, promovendo um escarcéu quando a CBF e a comissão de arbitragem escalaram notórios antipalmeirenses para apitar os nossos jogos, entre os quais o inimigo número um Paulo César de Oliveira? 

Além de não terem a coragem suficiente de usar a mídia para peitarem o poder, nem, sequer, uma simples nota de protesto, emitiram .

Será que desconheciam que quando não se tem time para brigar pelo título - era o nosso caso - a fuga do rebaixamento tem de começar cedo, a partir das primeiras rodadas. 

À última hora poucos conseguem se salvar.

O Palmeiras - eu não esqueci - em 2011 e o Flu de Cuca no ano passado são duas formidáveis exceções.
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5) FELIPÃO

A preguiçosa desídia de nossos dirigentes aliada à leitura errônea do panorama do Brasileiro por parte de Felipão, levaram-nos ao abismo, apesar do título da Copa do Brasil.

Lembram-se de quando eu dizia, sendo contestado por muitos, que o procedimento em voga, a modernidade de poupar jogadores era nociva?

Lembram-se de que eu citei os exemplos de nossa primeira academia que chegou a cumprir cem jogos em um ano e do Santos de Pelé que se dizia, treinava dentro do avião? 

Essas equipes não poupavam jogadores e mantinham, sempre que possível, o time-base.

Por que Felipão insistiu tanto com alguns jogadores que, sabida e reconhecidamente não davam certo?

Por que não mudou os seus ultrapassados conceitos e tática, definidos por  uma filosofia essencialmente covarde e defensivista, que nunca esteve direcionada a fazer gols, mas, exclusivamente, a não tomá-los?

Por que permitiu a saída abrupta de Deola, com o campeonato em andamento, se sabia que Bruno não era o goleiro ideal por seu imobilismo, falta de velocidade e dificuldades para sair do gol e seus reservas meninos que ainda não foram testados?

Por que, se jogava em contrataques, tirou Maikon Leite do time, se ele era o nosso único atacante velocista?

Por que, de uma hora para outra, sacou Mazinho que nem no banco passou a ficar mais?

Por que jamais manteve um arcabouço, uma estrutura, uma coluna dorsal de equipe, alterando constantemente a equipe no vai do samba dos resultados? 

6) O ELENCO

Em respeito às nossas parcas, longínquas e derradeiras  possibilidades de permanência na primeira divisão, vou deixar para falar sobre o grupo de jogadores assim que estiver selada a nossa situação.

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Nota Final
A demora na produção e na publicação desta postagem é decorrente de o colunista ter optado por escreve-la  de cabeça e sangue frios, garantindo-lhes que não leu, antes, nenhum  outro blog ou publicação para não se deixar influenciar por outras idéias e opiniões.
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