Observatório Alviverde

14/05/2018

CURICA 1 X 0 PALMEIRAS. UMA DERROTA A DEBITAR-SE NA CONTA DE RÓGER MACHADO!



Hoje há que se destacar a ampla culpa de Róger Machado na perda de mais um "derby" para o Curica.

Embora seja esse o meu argumento principal, quero deixar claro que a minha crítica é pontual e não significa necessariamente que eu esteja detonando o treinador apenas com o intuito de reivindicar sua imediata demissão ou substituição.

Ao menos por enquanto, alinho-me entre aqueles que conseguem tolerar por mais um tempo a permanência de Róger à frente do Verdão!

Parto da premissa de que sua performance não deve ser julgada pelo parâmetro de um jogo (ainda que seja a perda dolorida de outro "derby", mais um), mas  pela média estatística de tudo o que ele fez até agora.

Objetivamente, sem medo de errar ou de ser injusto, aponto Róger Machado como o protagonista número um da derrota de hoje e explico as razões que me levam a pensar assim.

1) A falta de atitude de um time que, com poucas exceções, esteve apático do início ao final do jogo.
PS - Quando o paraguaio mau caráter fez as embaixadinhas com a cabeça, o jogo tinha de parar na hora. Os jogadores do Palmeiras tinham de ter partido pra cima dele e enche-lo de porrada, sem se importar com as consequências disso ou com o que viesse a ocorrer.
Não, não me venham com o papo de que estamos incitando a violência, pois a violência maior e provocativa veio do curicano, com o apoio tácito de duas figuras coniventes da imprensa esportiva, cujas opiniões não valem nem o que o gato enterra no jardim, os eternamente parciais Leite e Noriega. Cadê as criticas fortes de contestação e repulsa à atitude antiesportiva do curicano?  
Ah, já sei, ficaram com medo de apanhar na saída do trabalho e não foram só eles que tiveram medo de apanhar, mas quase toda a imprensa esportiva. Há anos é assim!
Outra coisa.
Se os palmeirenses revidassem, o jogo não terminaria aí e o árbitro seria obrigado a expulsar também o desleal curicano por provocação e desrespeito. 
Lembram-se do caso de Edilson, aquele baiano fdp e mal-agradecido que agiu, da mesma forma, fazendo embaixadinhas no meio de campo e colocando a bola sobre a nuca?  
A diferença foi que o time reagiu, Galvão Bueno protestou e ele teve de correr e de fugir  e bater em retirada, vergonhosamente,  para o vestiário, sendo imediatamente cortado da Seleção por Luxemburgo, de quem tantos falam mal aqui no blog por obra e graça dos interesseiros das (des)organizadas.
Também me lembro de um Curica e Palmeiras da década de 50 quando Luis Trujilo, famoso meia deles, sentou-se na bola para humilhar os palmeirenses e a mídia aprovou e aplaudiu. 
Os anos passaram e nada mudou. Eles vêm ao campo sempre de caso pensado para humilhar os tão pouco reativos palmeirenses (típico de time de mercenários) que parecem nem ter sangue nas veias. 
Nessas horas, jogo perdido, tem de ir pra cima e botar(literalmente) pra quebrar, mas como somos dirigidos por amadores, isto nunca irá acontecer.
O Palmeiras aguentou no osso do peito todas essas humilhações e jamais deu o troco neles, o que prova de maneira cabal que o espírito submisso continua reinando no clube e, segundo o seu hino, continua"transformando a lealdade em padrão" . Até quando vamos praticar o que diz o mais deprimente e mais demodê entre todos os hinos de clubes?


2) A desconexão total do time que funcionou com três compartimentos estanques, completamente divorciados entre sí: defesa, meio campo e ataque.
PS - Aí é um tal de dizerem que Borja não vale nada, que Dudu não vai bem em clássicos, que Lucas Lima ainda não estreou, que Diogo Barbosa não presta, que Antonio Carlos é falho, que Marcos Rocha não serve, que Diogo Barbosa é fraco, que Thiago Santos é um grosso, um brucutu e não sabe de nada de bola e que tem de ir embora do Palmeiras! 
Então eu penso, cá com os meus botões: mas não diziam isto até de Vitor Hugo, zagueiro clássico, excepcional no passe, canhoto, artilheiro, um dos melhores do mundo na posição e peça-chave do time que ganhou o último Brasileiro? 
Compreendo os críticos que preferem, mais, muito mais, que as suas opiniões prevaleçam, do que o jogador com quem se antipatizam jogue bem e que o Palmeiras vença por intermédio dele. É uma pena que ainda exista gente assim portadora desse tipo de raciocínio destrutivo e desagregador.
Em relação ao time, o que há, na verdade, é um desencaixe, uma defasagem de esquema pois como já se disse inúmeras vezes, para vencer o Curica há que se imitar o jogo deles e atuar fechado em contra-ataques sem jamais descuidar-se da defesa. Arriscar, no campo deles, para que, se a obrigação de vitória é deles? O problema é que o Palmeiras de Róger, definitivamente, não tem equilíbrio emocional para fazer o jogo da paciência dos times, por exemplo, de Ademir da Guia e passar a responsabilidade de vencer tanto e quanto estresse decorrente disto, ao rival! 


3) A adoção de um modo confuso de o time atuar, que decretou o sumiço em campo de vários jogadores. Isso não é tática, mas um arranjo desprovido de lógica, de personalidade e de definição. 
PS - Alguém pode dizer se o Palmeiras jogou defensivamente, esperando o Curica para beliscar nos contra-ataques, ou se optou pela proposição de jogo?
Às vezes de um jeito e outras de outro, o fato é que o Palmeiras, na maioria das ações adotou o jogo ofensivo sem estar convenientemente armado e preparado para se defender das estocadas do adversário nos contra-ataques, justamente a sua maior arma.
Viram o drible tático de Carile em Róger, tanto nas vezes em que seu time contra-atacava ou, principalmente, propunha o jogo ? 
Eles subiam sempre pelo lado direito do ataque deles, principalmente com o canhoto Pedrinho,  puxando a zaga interior e os volantes de contenção, todos para o lado esquerdo de nossa defesa, como se a jogada fosse ser construída por lá. 
Maycon, Sidclay e principalmente Romero se não estivessem na ponta esquerda (lateral direita do Verdão) no mano a mano com Marcos Rocha, corriam para lá e o jogo era mudado de maneira inesperada para esse setor através de bolas longas ou em passes médios dos jogadores que recebiam pelo meio fingiam que jogariam pelo lado direito e viravam bem depressa o jogo. 
Tendo apenas Marcos Rocha no setor, sem a cobertura habitual de Keno, de Dudu, e, menos ainda, de Bruno Henrique e Thiago, envolvidos pela perspectiva da construção da jogada pelo lado oposto, Marcos Rocha, mau marcador, era facilmente envolvido e a bola constantemente cruzada para o interior da área alviverde. O gol deles nasceu assim, tanto e quanto a maior parte das chances de arremate com que contaram. 
Como é que Róger não conseguia e nem conseguiu enxergar isto? 
Como é que, decorrido tanto tempo, ele ainda não conseguiu perceber a vulnerabilidade da defesa pelo lado de Marcos Rocha? 
Não fosse Antonio Carlos o zagueiraço que é e não houvesse retornado ao time o experiente Edu Dracena e o Palmeiras teria sofrido um caminhão de gols pelo setor.

4) A MANIA INSISTENTE E OBSESSIVA DE NÃO MUDAR O TIME NO INTERVALO
PS -  Róger, até esta data, gozava de uma boa dose de credibilidade junto à maior parte da torcida, muito mais em função do superavit de pontos alcançado pela equipe, do que, propriamente pelo fato de o time do Palmeiras estar jogando uma bola redonda e exibindo um futebol de primeira categoria! 
Muito longe disto! Na verdade, ele tem se revelado portador de idiossincrasias errôneas, subjugado por um comportamento que não sei se chamo de teimoso, conveniente ou medroso de não alterar o time no intervalo, hora mais adequada e favorável às substituições. 
Ontem, demorou demais para sacar Lucas Lima e, com certeza não quis se expor ao manter Dudu (craque de futebol, sim, nos parâmetros do futebol de hoje), que, certamente assustado com as vaias que recebeu da torcida marginal, apequenou-se em campo e constituiu-se no pior palmeirense em campo! 
O fato de Dudu não ter mostrado personalidade e de não ter jogado nada no "derby" também não significa que seja um jogador a ser chutado ou desprezado como desejam os despreparados imediatistas. 
Há que se fazer um trabalho psicológico com esse jogador (muito acima da média geral), extensivo, também a Borja, Lucas Lima e até com Tiago Santos, embora, em meu entendimento, o esquema defeituoso de Róger Guedes (acho que já dissemos isto por aqui) seja o fator precípuo da falta de rendimento de tantas peças que em mãos de outro treinador mais bem preparado e experiente, certamente renderiam muito mais.

PARA ENCERRAR

Há outros pontos a ser considerados, analisados e ponderados, mas iremos  aborda-los em outras postagens a fim de que não se alongue tanto a de hoje.

Quero dizer, no entanto, que, o que mais me preocupa na atual quadra pela qual o time passa tem sido a irregularidade do time. 

Lá uma vez ou outra derrota um adversário mais fácil ou até um de melhor qualidade em dia de ampla inspiração, devolvendo-me a esperança da uniformidade de atuação que o apoiador palmeirense tanto deseja, mas que insiste em não chegar de forma segura e perene, nunca, jamais e em tempo algum.

O resultado negativo de hoje contra o Curica recolocou Róger na vala comum em que se encontrava anteriormente, com um pé na cova e os outros dois em cima de cascas de banana.  Ele pode cair a qualquer momento, melancolicamente, assim como caiu aqui em BH após "dar toda a pinta" de que poderia se consagrar.

Róger ainda não caiu e só não caiu por uma questão de milagre, dirão alguns. 

Eu, porém, penso diferente e tenho certeza de que só não caiu porque Gagliotte, definitivamente não é Paulo Nobre, não tem o temperamento de Paulo Nobre!

A ineficiência criativa de Róger Machado e a sua incompetência comprovada para gerir o banco e lidar com as estrelas da companhia fariam com que Nobre já houvesse tomado atitudes drásticas e lhe concedesse o mesmo fim de Osvaldo Oliveira e Marcelo Oliveira. Dinheiro no bolso, desocupação imediata do cargo, bye!

Quero lhes dizer, enfim, que nada do que aconteceu no "derby" representou, para mim, para mim, para mim, repito e confirmo, para mim, nenhuma novidade.

Quantas vezes eu disse neste espaço que Róger, além da pouca experiência como treinador e, na real, apenas um ex-jogador que só recentemente pendurou as chuteiras era exclusivamente um formador de gladiadores adaptados ao futebol sem o histórico de ter montado grandes times ou de ter trabalhado com elencos de "cobras criadas" como é este, atual, do Palmeiras.

No duro, no duro, Róger Machado, ao menos pelo que fez até agora em sua profissão é apenas um bom moço,  muito bem intencionado, ainda em processo de formação para a função de técnico de futebol. É como um rábula exercendo a função de advogado!

Desprovido de qualquer engenhosidade tática, incapaz de efetuar com constância alterações que mudem a sorte dos jogos, teimosamente impávido, inamovível e conservador, cultiva algo que julga ser virtude e que é um de seus maiores defeitos: não altera o time no vestiário, intervalo dos jogos!

Digo-lhes, no entanto (já falei isto N vezes, mormente quando ele ainda negociava com a diretoria) que, embora Róger não fosse um incipiente Eduardo Batista, ainda não tinha estofo suficiente e (menos ainda) preparo para dirigir um clube da grandeza do Palmeiras. Em relação a carisma, não há nem como falar.

O técnico a ser contratado tinha de ser sido alguém em nível de um Luxa, de um Felipão, de um Mano Menezes, de um Abel Braga, já devidamente curtidos pelo passar dos anos, mas -todos- donos de currículos anos luz superior ao do atual técnico palmeirense.

Mas, paciência, depois de outra (desculpem-me mas terei de usar um palavrão) "merda" perpetrada pelo mercador de jogadores Alexandre Mattos, não me restava alternativa outra senão a de esperar, através de Róger, pelo milagre do surgimento de uma nova revelação. 

Por isto e só por isto ainda tentaria e manteria Róger Machado à frente do Verdão por mais alguns jogos, pois, como se dizia em meu tempo, "a arte de vencer se aprende nas derrotas". Róger, que pode ter muitos defeitos mas não é burro, deve ter aprendido muito com a derrota de hoje.

Não será pela exclusiva perda de um clássico na casa do adversário em que o Palmeiras carimba as traves três vezes e a bola caprichosamente não entra, tanto e quanto pela doída derrota em si que eu vou dizer que tudo está perdido! 



FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 X 0 PALMEIRAS
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)   

Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Por que não expulsou Henrique por agressão a Borja no início do jogo? Sequer amarelo ele aplicou! 
Por que não amarelou o mau-caráter Romero pelas dezenas de faltas que cometeu picando o jogo com faltas o tempo  todo, sendo uma delas desproporcional até para expulsão?  
Por que amarelou Dracena logo no início do jogo quando Bruno Henrique reclamava de um erro crasso por ele cometido?
Por que, na dúvida, foi sempre pró Curica? 
Como é que tem palmeirense capaz de dizer que Daronco esteve bem e não interferiu diretamente no jogo? 
Como é que tem palmeirense desavisado, inocente-útil que consegue concluir que a Rede Globo nada tem a ver com tudo o que o Palmeiras sofre em campo, nunca revelado e sempre esquecido?  A própria omissão deles confirma tudo o que se diz sempre neste espaço! 
Acontece que muitos (já disse isto muitas vezes e faço questão de repetir), pseudo palmeirenses, torcem infantilmente, muito mais pela vaidade da prevalência de suas opiniões do que propriamente para o time
NOTA 5

Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS)
Erraram pouco e estiveram discretos  NOTA 7. 

Público: 34.967 pagantes
Renda: R$ 2.006.830,27
Cartões amarelos: 
Maycon, Mantuan (Corinthians); 
Edu Dracena, Borja e Dudu (Palmeiras)
Gol:
Rodriguinho, aos 38 minutos do primeiro tempo
CORINTHIANS: Cássio; Mantuan, Balbuena, Henrique e Sidcley; Gabriel e Maycon; Pedrinho (Mateus Vital), Jadson (Roger), Rodriguinho e Romero (Júnior Dutra)
Técnico: Fábio Carille. Deu outro banho tático em Róger Machado.

PALMEIRAS:  
Jailson - Não fosse ele e o desastre teria sido pior. NOTA 8.
Marcos Rocha - Sem cobertura e com um latifúndio para tomar conta. Logo ele que não marca tão bem. O Curica fez sempre o jogo em cima dele. Só Roger Machado não viu - NOTA 5.
Antônio Carlos - Um gigante nas bolas aéreas, fez o que pôde e quase anotou o gol de empate. NOTA 7.
Edu Dracena - Bem mas abaixo do rendimento de Antonio Carlos. NOTA 6,5.
Diogo Barbosa - Não tenho mais dúvidas de que ele é inferior a Vitor Luís - NOTA 4.
Thiago Santos - Até perder o gol feito em que (livre) chutou contra a trave, vinha sendo um dos melhores jogadores do Palmeiras. Foi visível o seu baque psicológico e deveria ter saído no intervalo, NOTA 4.
(Tchê Tchê) - Entrou tarde, sem ritmo de jogo, fora de posição e não jogou, absolutamente, nada. NOTA 3
Bruno Henrique - Depois de Jailson, o único jogador lúcido do Verdão, mas falhou taticamente pelo reduzido suporte de cobertura que teria de proporcionar a Marcos Rocha. Por isto reduzo sua nota. NOTA 6.
Lucas Lima - Tentou jogar pelo lado direto do campo, mas acabou não jogando em lugar algum. NOTA 3
(Guerra) - Com aquele físico de jogador de Internet iria fazer o que em um jogo pegado? Nada! NOTA 4.
Keno - Bem no 1º tempo. Abusou do individualismo, não ajudou tanto a defesa no primeiro combate e na cobertura, e nem reeditou suas atuações anteriores, mas, ainda assim, conseguiu se salvar. NOTA 6
Borja - Isolado pelo esquema que não lhe é favorável, pouco ou nada rendeu. NOTA 4
Dudu - Sentiu demais o peso das vaias e nada rendeu. Foi o pior entre todos os jogadores palmeirenses e deveria ter sido sacado do time logo no intervalo. NOTA 2
Técnico: Roger Machado
Por todas as falhas já apontadas por este blogueiro e outras tantas de outros comentaristas do blog, uma nota muito baixa tem de ser atribuída ao treinador palmeirense, como uma advertência para que ele melhore a qualidade de seu trabalho, estabilize o time e o faça render mais nos próximos compromissos. NOTA 3.

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