Observatório Alviverde

19/12/2014

DO ANTIGO PALESTRA VENCEDOR, DO VELHO PALMEIRAS, DEMOLIDOR, SÓ TEMOS, HOJE, A TORCIDA!


 


Impressionou-me, na Internet, a leitura do depoimento coerente de um jovem não palmeirense, a quem, simplesmente, chamarei Zarathustra, pelo tom profético de suas observações e críticas a respeito do Verdão. 

Assim falou Zarathustra, garoto curintiano aquele que, sentindo o esvaziamento do Palmeiras, se assusta! 

(SIC)

"... Nascido na década de 90 em família cu-rintiana, tenho 20 anos. Adoro o futebol, a que acompanho há 15 anos. 

Desde que me entendo por gente, ouço dizer que o Palmeiras ganhou isto, ganhou aquilo, que é o time mais vencedor, coisa e tal, mas, na hora agá, não o vejo ganhar nada.

Mas, mesmo sem ganhar nada, não sei explicar, seus torcedores são os mais fanáticos do que todos, sejam de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul ou de qualquer outro estado ou região do país. Como podem torcer, mazoquistamente e com tão poucos resultados, por um time perdedor?

Cheios de si, vaidosos, orgulhosos, muitas vezes arrogantes e prepotentes, não sei porquê, esses palmeirenses vivem exaltando um clube, que, dentro de campo, é incapaz de proporcionar um retorno compatível a tanto carinho, consideração e amor.

Nunca vi torcida alguma, nem a minha, do Curintia, vestir tanto a camisa de seu clube no dia a dia, na hora a hora, quanto os palmeirenses que, quanto mais apanham, mais se fanatizam, mais se fortalecem e, parecem gostar de ser maltratados.

É comum ver palmeirenses nos estádios, ruas, praças, feiras, praças, ônibus, aeroportos, metrô e outros lugares, trajando, orgulhosamente, a camisa do clube, mesmo depois de resultados revoltantes como verifiquei no dia seguinte ao que foram rebaixados. Não há como explicar esse fenômeno.

É impressionante como, nas crises e na infelicidade, eles conseguem reagir à altura em relação às provocações dos adversários, com inteligência, reflexo, ironia fina e bom humor superando-os nos pequenos conflitos verbais de gozação!  Tenho de admitir, nesse aspecto, são muito criativos e inteligentes! 

Mas sei de muitos, também, coléricos e indomáveis, que partem para o desforço físico, por da cá aquela palha, sem medir consequências, em busca de desagravo, reparação de afrontas, de injúrias ou de ofensas da parte de outras torcidas. 

É muita entrega e muito risco para tão pouco retorno dos times fracassados que os dirigentes verdes fingem montar a cada ano.

Mas nada no mundo se compara às ações dos palmeirenses de bater com o punho em riste sobre o plexo cardíaco, mostrando, a um só tempo, como eles gostam de dizer, o sobre e o sob a camisa. 

Sobre a camisa, o verde, o brilho do distintivo e o mundo, repositório das vibrações materiais.  

Sob a camisa um coração valente, pulsante e apaixonado, independentemente do caos técnico e das crises que eles, perpetuamente, vivenciam. É vela demais pra ser gasta com um time que nunca passa de um defunto de bandido, bem ruim...

É impressionante como os verdes festejam, como celebram, como vivem em festa, perenemente, em altíssimo astral, sempre, proclamando que o time deles, mesmo sem ter, nunca, nada a comemorar, é melhor do que qualquer outro no Brasil, quando todo mundo sabe e os números provam que não é. Ele são, mesmo, uns brincalhões!

A toda hora exaltam que, muito mais do que, simplesmente, grandes, são gigantes, na ordem do futebol brasileiro em todos os tempos, embora tudo o que digam seja desproporcional à realidade atual de suas conquistas.

Afirmam que têm a terceira maior torcida do Brasil e é bem possível que tenham. Se não tiverem, pelo barulho e vibração, superam qualquer outra que não seja a do Flamengo ou a do meu cu-ríntia, mais numerosas, mas é muita vibração pra pouca bola. 

Além de possuir o patrimônio mais valioso entre todos os grandes clubes brasileiros, construiram o melhor, o mais moderno e valorizado estádio do Brasil, fazendo questão, sempre, de ironizar e depreciar os adversários ao sublinhar que foi à própria custa, enquanto o Curintia ganhou o dele, de graça. Essa, sim é a maior, entre todas, a ironia das ironias.

Quando se conversa com palmeirenses, não passa um único segundo sem que eles digam que o time deles foi o campeão do século XX, que é o maior vencedor do futebol brasileiro, que tem o passado mais glorioso entre todos os clubes em atividade no país,  mas eles se esquecem que quem vive de passado é museu.

E não param, nunca, de falar, de alegar, de argumentar, de verberar, de altercar, se esquecendo que se isso tudo resolvesse, o periquito seria o dono do parque, mas não é!"(Oav)

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É óbvio, meus amigos, partindo do princípio de que "quem conta um conto, aumenta um ponto", acabei inserindo no relato acima, alguns aspectos pessoais, em face de não ter publicado a manifestação do jovem curintiano Zarathustra "ipsis litteris", isto é, nos mesmos termos em que estava escrita.

Mas, ao texto obtido em algum endereço incerto da Internet, quem sabe o www.imaginação.com.br, o qual vi, li, reli, "treli", conferi, reconferi, assimilei, interpretei e divulguei, quero chamar a atenção de Nobre, e, principalmente, de Alexandre Mattos, que, recém-chegado, está longe de conhecer as reais dimensões e idiossincrasias do maior e mais importante time verde de todo o planeta:

2015 É UM ANO FATAL NA VIDA DE NOSSO CENTENÁRIO, VENERADO, IDOLATRADO, QUERIDO E  TÃO AMADO PALMEIRAS.

APESAR DE TODAS AS VIRTUDES DA TORCIDA PALMEIRENSE, A EXEMPLO DO COMBALIDO FUTEBOL PROFISSIONAL DO VERDÃO, ELA, TAMBÉM, ESTÁ À BEIRA DE UM COLAPSO!

JÁ PERDEMOS MUITA COISA! NÃO PODEMOS, AGORA, SOB NENHUMA HIPÓTESE, DAR AS COSTAS AO ÚNICO PATRIMÔNIO QUE AINDA RESTA AO PALMEIRAS, NOS TERMOS DE SUA ALMA E EXISTÊNCIA, O FUTEBOL PROFISSIONAL!

CONTRATAÇÕES DE ATACANTES EFICIENTES,

HOJE, AGORA, JÁ!

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