Observatório Alviverde

06/02/2019

MATOS TEM NAS MÃOS A CHANCE DE REVERTER SEU PRIMEIRO ERRO NO PALMEIRAS!



Está ocorrendo u'a massiva mobilização da torcida palmeirense pelo retorno imediato de um craque, que jamais deveria ter saído do Verdão, Jorge Valdívia. 

De minha parte, não apenas apoio mas aplaudo o movimento e o recomendo! Quem for palmeirense, siga-me!

Valdívia foi o craque que,  e-q-u-i-v-o-c-a-d-a-m-e-n-t-e , Matos fez questão de expulsar do Palmeiras impelido pela imensurável vaidade de o chileno não ser um atleta por ele contratado.

Contribuíram para a infeliz decisão a intransigência, de Matos, a teimosia de Matos, a empáfia de Matos, a autossuficiência de Matos , a necessidade de um recém vindo mostrar serviço, da parte de Matos e, principalmente o seus medíocres conhecimentos da intrigante arte inventada pelos ingleses a que deoninamos futebol. Aquela decisão de Matos foi. sim foi o mais legítimo e autêntico tiro no pé! Nos dois pés, em se tratando de um craque

Insatisfeito, talvez, com as posições "ideológico-futebolisticas" de Valdívia (permitam-me o neologismo) , ídolo da torcida, líder nato do elenco, suficientemente forte e capaz de contestá-lo, Matos o viu como uma ameaça o seu então recente reinado no Departamento de Futebol. 

Sou convicto de que foi justamente por isso que Matos envidou todos os esforços e fez tudo o que pôde e esteve ao seu alcance, para demitir o "chileno-venezuelano" e vê-lo pelas costas. Nunca vi tanta pressa de um clube por dispensar o meu maior craque e melhor jogador!

Motivado pelo discurso midiático Matos foi ao paroxismo das ações e às últimas consequências para lograr êxito em seu equivocado intento, ao ponto de "envenenar" o presidente Paulo Nobre que, pessoalmente, tratou da demissão de Valdívia, num momento em que Matos, era o homem da mais plena confiança do presidente que reconstruiu o nosso Palmeiras.

O crassíssimo erro de avaliação que detonou essa fatídica demissão, nós (eu e todos os palmeirenses que frequentam este espaçço) apontamos e criticamos à exaustão.

Somos e estamos, hoje,  todos muito tranquilos porque o fizemos com toda a  veemência, antes, durante e após os simulacros de negociações com o atleta, sem que nossos argumentos fossem considerados ou as nossas reivindicações atendidas. 

Defenestrar Valdívia, ao menos para mim,  foi, à época, uma obstinada questão de honra para o novo diretor, e,  muito mais do que uma neurose, verdadeira obsessão.

Se mal pergunto me perdoem, mas dá para aceitar que um jogador do calibre de Valdívia, ídolo perfeitamente identificado com o clube e com a massa, em sua melhor idade e no auge da carreira tenha retornado  a Santiago, justamente para o rico Cacique Colo-Colo, clube que o projetou, de graça, por um mero capricho de alguém que chegava e se impunha sem sequer conhecer a saga palmeirense? 

Foi um lamentável gol-contra de Matos, uma perda muito sentida que sempre mensurei e coloquei na condição de irreparável, irrecuperável, indesculpável... 

De qualquer forma, os anos decorreram entre as ambiguidades das vitórias e das derrotas, dos títulos e das perdas, das alegrias e das tristezas, do regozijo e da amargura, do êxtase e do sofrimento e, enfim, de todos os sentimentos humanos possíveis e imagináveis, mas a torcida palmeirense jamais esqueceu Valdívia, cujo apelido o define, definitivamente: " O Mago"! Em castelhano, El Mago, o mágico dos campos e da bola!

Quem que ama o Palmeiras não tem saudade de seus dribles desconcertantes, de sua ginga, de seu posicionamento perfeito em campo e de seus toques mágicos, magistrais e com a precisão  de uma micro cirurgia?

Como esquecer de suas enfiadas de bola milimétricas que, invariavelmente, encontravam os companheiros em espaços impressentidos pelos adversários e redundavam, no mínimo, em jogadas perigosas,  mas muitas vezes em gol? 

Como olvidar as bolas que ele lançava para a direita enquanto olhava para a esquerda e das que ele lançava para a esquerda visualizando a direita, mudando o foco do jogo, pondo em polvorosa e dernorteando os marcadores que ficavam mais perdidos que um cão na multidão?

Como não lembrar de suas assistências com a precisão de mira laser em áreas superpovoadas nas quais só ele conseguia divisar as brechas, os espaços, as vulnerabilidades do inimigo e a trilha para outro gol de seus parceiros?

Como não relembrar daquelas faltas de curta distância nas proximidades da área inimiga, muitas das quais ele transformou em gols importantíssimos para as nossas cores?

Como deixar de rememorar suas "casquinhas" de cabeça em cobranças de córneres que desnorteavam as defesas e demoliam completamente as cidadelas defensivas cuidadosamente armadas pelos técnicos adversários?

Como não evocar o seu imenso palmeirismo decorrente de uma identificação simbiótica com o clube, com o time, com a nossa "maglia" e com a nossa a torcida, exceção feita, é claro, ao grupelho que vive do clube e não para o clube que tentou, um dia, agredi-lo injustamente num aeroporto, não me lembro mais se no Uruguai ou na Argentina?

Como deixar de mencionar e reconhecer a sua inequívoca e incontestável liderança em campo quando ele se constituía em um baluarte, um sustentáculo, em um autêntico eixo que girava redondo e conseguia fazer jogar com desenvoltura jogadores fraquíssimos e até os times de pouca ou nenhuma capacidade técnica que o Palmeiras sempre montou durante quase todo o tempo em que ele vestiu nossa camisa?

Como tirar do pensamento as sadias provocações aos adversários após os gols, como aquela das mãos fechadas sobre os olhos simulando o choro e que levava os adversários ao paroxismo da raiva e a mais odiosa ira? Rogério Ceni que o diga!  

Depois de tudo o que eu disse, um resumo limitado de toda a saga fenomenal desse "baita" jogador, como é que alguém pode querer que eu renuncie à possibilidade de tê-lo, novamente, no time?

Pelo contrário se sou francamente favorável -sempre fui- à sua reabilitação ao menos como ídolo, quanto o mais em relação a sua volta ao elenco. Só se for agora. 

Aliás quem participa deste OAV é testemunha das tantas vezes que reivindiquei o retorno desse autêntico "pai da bola" dos tempos modernos, que, bem treinado, motivado e preparado pode tornar-se AINDA um dos melhores jogadores do mundo em sua posição!

Os seus (poucos) detratores, sobretudo a mídia, que já está em polvorosa diante da perspectiva do retorno do Mago e aqueles que não o querem mais vestindo a gloriosa camiseta do maior e mais importante time verde do planeta, estão alegando que ele é um "canela de vidro" e que não aguenta mais o repuxo do pesado calendário brasileiro.

A esses eu quero responder que Valdívia, desde que se curou completamente dos problemas articulares, não ficou fora dos jogos do Colo-Colo por contusão, senão em um ou outro jogo.

Da mesma forma o calendário estará atenuado em decorrência dos quase três times montados por Felipão e que vão  se revezar no suceder dos torneios disputados,  principalmente o Brasileirão.

Com a perspectiva de entrar em campo mais nos jogos decisivos, Valdívia estaria sempre apto técnica e fisicamente para estraçalhar com o jogo.

De mais a mais se Lucas Lima, de muito menos físico e muito menos jogador está jogando, sem marcar ninguém e só com a bola nos pés,  por que Valdívia não iria aguentar o tranco? 

Será que a mídia já embotou a mente dos críticos e os fez esquecer de tudo o que fez ao liderar um time fraco que conseguiu tirar o Curica da Liberta? 

Há de se pensar, principalmente, que Valdívia está interessado em voltar para o Palmeiras e,  segundo as primeiras informações, toparia acertar mediante um salário apenas justo. 

De quebra -isto é muito importante -  ele retiraria o processo que move na justiça (não sei se na comum ou na trabalhista) contra o Palmeiras que poderia custar muitíssimo aos cofres palmeirenses.

Matos precisa pensar também que a perspectiva de retorno do Mago tem o poder de perdoa-lo e fazer a torcida esquecer do maior sacrilégio por ele cometido desde que começou o seu trabalho como diretor de futebol do Palmeiras, de não renovar o contrato de um atleta acima da média e pra lá de especial.

Valdívia em campo, vou mais além, representa uma força espiritual com poder suficiente para igualar a mesma força anímica que também existe em muitos jogadores adversários. 

É algo parecido com os dons de Dudu, de Felipe Melo, de Fernando Prass, de Dracena e até de Moisés antes da cirurgia. Todos esses jogadores são imprescindíveis no elenco pois transcendem seus companheiros palmeirenses embora em nenhum deles haja a energia vital que anima Valdívia.

Para encerrar eu quero dizer que a única vez  que me lembro de o Palmeiras ganhar com facilidade um título, foi naquele Paulistão/2008 em que o Palmeiras, sob o comando de Luxemburgo e a liderança em campo do Mago Valdívia, goleou a impiedosamente a Ponte Preta em pleno Moisés Lucarelli por 5 x 0.

Afinal, você é a favor ou contra o retorno de Valdívia?

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