A REABERTURA DA QUARTA VAGA PARA A LIBERTADORES OBRIGA O PALMEIRAS A GANHAR A SUL-AMERICANA
Felipão, categórico, disse à imprensa ontem à tarde que não falaria, definitivamente, nada, a esta altura da semana, sobre o clássico de domingo contra os gambás.
De nada valeu a insistência da mídia nesse sentido.
Felipão não recuou e, muito firme, manteve a palavra e a atitude de não dissertar sobre o "derby" por considerar intempestivo.
Com a franqueza e a contundência habituais, Felipão reafirmou em alto, bom e definitivo tom, bem ao seu feitio, de que não adiantaria perguntar sobre o clássico porque ele nada responderia. Ninguém mais perguntou!
BOA, FELIPÃO!
Louvável a atitude de Scolari. Como falar de um clássico no final de semana, quando há um jogo revestido de uma importância muito maior no meio de semana?
Seria importante vencer o Corinthians domingo que vem, o nosso eterno e maior rival.
Seria maravilhoso inviabiliza-lo de alcançar o título, justamente na época de seu centenário, para que o ano se transformasse para eles em CEN-TE-NADA (sem ter nada).
Seria ótimo afundar o grande adversário, soterrando-o ainda mais fundo na enorme crise que vivencia dentro e fora de campo.
Seria espetacular que deixássemos um cartão de boas-vindas ao novo técnico deles, Tite, dispensado do Palmeiras por Palaia. Tite deve estar, certamente, sequioso por dar o troco ao nosso atual presidente.
Seria sublime ganhar deles ainda que não houvesse tantos motivos ou que o motivo fosse o de sempre, ganhar por ganhar.
Nada neste mundo é melhor do que vencer os gambás, embora meu irmão e muitos palmeirenses garantam que, hoje, sentem um prazer muito maior nas oportunidades em que conseguimos surrar a bambizada prepotente.
Mas, nas atuais circunstâncias, forçoso é reconhecer que seria muito mais importante se vencêssemos o Sucre, ainda que o resultado contra os gambás nos fosse desfavorável.
CONSEQUÊNCIAS
Se perdermos dos gambás as consequências serão, ao menos, três:
Primeira: Ficaremos longe da Libertadores via Brasileirão.
Segunda: Aumentaremos as chances deles de lutar pelo título. Dos fatos possíveis para este resto de ano este é o que mais nos preocupa e o que mais desejamos evitar.
Terceira: Como vivemos uma "meia-crise" uma crise por inteiro poderá se abater sobre o time, principalmente se tivermos a infelicidade de tropeçar diante do Sucre.
Que se diga, de passagem, como reconheceu Felipão, o time deles não é bobo como proclamam alguns comentaristas e pode nos surpreender como surpreendeu o Colo-Colo em Santiago no jogo de volta que eliminou o time chileno de maior torcida.
FOCO TOTAL
Ao recusar-se a falar sobre o "derby" Scolari dá um grande exemplo ao grupo. O treinador mostra que quem quer ganhar tem de colocar foco total em direção ao alvo para não errar o tiro.
O Palmeiras não pode errar. Se vencer os bolivianos enfrentará apenas mais seis batalhas decisivas para a conquista do título, um atalho e tanto para buscar um título valorizadíssimo por dois aspectos:
O primeiro é pela conquista direta da vaga na Libertadores.
O segundo é porque elimina a presença de outro clube brasileiro via Brasileirão nessa competição.
Como disse a Conmebol , a quarta vaga na Libertadores só será concedida aos brasileiros se o vencedor da Sul-Americana não for um time brasileiro.
Vejam a importância e a responsabilidade de que se reveste esse título, na medida em que Gambás e Bambis estão lutando com todas as forças, dentro e fora de campo, visando a uma vaga que só poderão conseguir através da classificação via Brasileirão.
Se conquistar o título o Palmeiras se livra, ao menos, de um desses dois flagelos, mas, eventualmente, pode se livrar dos dois.
CONCLUINDO
A Copa Sul-Americana, neste momento, tem, ao meu sentir, uma valoração muito maior do que o "derby" na bolsa do futebol.
A questão não é, apenas, de mercado presente, mas, sobretudo, de mercado futuro.
O QUE VOCÊ ESPERA DO PALMEIRAS NESTA SEMANA DECISIVA?
DEIXE A SUA OPINIÃO.
nota: quem quiser falar sobre política pode entrar em meu outro blog www.promotoresdopovo.blogspot.com