Observatório Alviverde

24/07/2014

AVAÍ 0 X 2 PALMEIRAS UMA VITÓRIA COM AUTORIDADE!



  
Foi justa e merecida a vitória do Palmeiras, ontem, em Floripa. 

Não é tão fácil derrotar o Avaí na Ressacada, calar a boca dos críticos de plantão da mídia (que até tem sido mais condescendente nesta era Gareca) e, sobretudo, de nossa torcida! O Palmeiras, ontem, conseguiu tudo isso, e, muito mais!

A vitória de ontem foi obtida com autoridade, pela imposição tática de uma equipe mais forte e categorizada sobre outra, cujos maiores atributos residiam na pegada forte e na experiência de alguns de seus jogadores -exímios chutadores de média, longa distância e de bola parada- como Kléber Santana e Marquinhos.

Ressalte-se, antes de tudo, os progressos táticos evidenciados, ontem, pelo Palmeiras, que não foi, como de costume, aquele time zumbi, sem corpo sem alma de outras partidas, ou, em outras palavras, um aglomerado de jogadores amorfo, informe, sem ação e sem objetivos. 

O Verdão, ontem, em Floripa, teve alma, raça, luta, denodo, devoção, dedicação, aplicação ao esquema e, sobretudo, completa determinação em busca de seus objetivos, os tendo alcançado em plenitude com a convincente vitória através de um insofismável de 0 x 2, na casa do adversário.

Creiam, não é fácil surrar o Avaí na Ressacada. Isso valoriza a performance palmeirense, embora tenhamos de reconhecer que, como dizem os poetas, "nem tudo são flores" em nosso jardim suspenso! 

O Palmeiras, foi notório, mesmo sem Lúcio e com o jovem Wellington, conseguiu agrupar-se muito bem à frente do goleiro, em cerrada linha de quatro que se ampliava com o recuo dos meiocampistas e, até, dos atacantes, para ajudar na defesa.

Realço a doação tática de Leandro -devendo muito ofensivamente- muitas vezes flagrado dentro da grande área palmeirense, ajudando a defesa, acompanhando os zagueiros avaianos que avançavam para municiar o ataque ou para tentar a infiltração e, até, o arremate o que explica a insistência de Gareca com esse atleta que, desde que renovou, nunca mais jogou a contento.

Mas nem só Leandro se doou. Doaram-se, também, Henrique e Felipe Menezes, que se desdobraram  no incessante trabalho do "vai-vem", a fim de que a ousadia tática de "El Flaco", de colocar, exclusivamente, um volante de contenção, Josimar, viesse e pudesse dar certo.

Dos atacantes, quem menos voltou foi Mouche, mas nem por isso se diga que ele esteve imóvel ou tenha se omitido do jogo. Do ponto de vista ofensivo mexeu-se bastante e foi sempre uma opção de desafogo no ataque para a soltura da bola, quando a marcação do Avaí recrudescia.

O Palmeiras, embora -apenas em parte- dominasse o jogo, esteve muito fraco, ofensivamente, no primeiro tempo!  Havia um buraco no meio de campo e a sorte do Palmeiras residiu no fato de o Avaí ter privilegiado o jogo de espera e de não ter tido ousadia!

Pode-se dizer até que o Palmeiras, no primeiro tempo, só manteve o zero do placar em função de três ou quatro boas defesas do goleiro Fábio, em vários arremates do time catarinense de média e longa distância, principalmente através de Marquinhos e Kléber Santana. 

A única situação de gol criada pelo Palmeiras no primeiro tempo ocorreu em lance de contra-ataque em tabela longa e progressiva entre Henrique e Leandro, culminando com o arremate equivocado de Leandro sobre o goleiro Vagner, que, inteligentemente, saiu do gol e fechou bem o ângulo de chute do palmeirense.

No segundo tempo, o Palmeiras amplificou o seu domínio, foi um pouco mais ousado no ataque e teve em Felipe Menezes, o toque de criatividade que faltara no primeiro tempo. Menezes foi o autor dos dois gols que levaram o Palmeiras à primeira vitória sob o comando de Gareca.

Considerando-se que o Palmeiras atuou desfalcado de seis titulares, alguns poupados para o derby de domingo que vem contra o Curintia, pode-se dizer que foi uma vitória espetacular, considerando-se:

1) a indiscutível força do adversário, 
2) a vitória fora de casa em condições de exceção,
3) a afirmação de alguns jogadores mais tímidos ou fora de ritmo como Fábio e Felipe Menezes.
4) o lançamento dos dois garotos nas laterais, principalmente o esquerdo, Vitor Luís, que não errou nenhum passe e conteve todos os adversários que transitaram pelo seu setor. 

Pena que o time, notadamente na primeira fase, simplesmente, ignorou esse garoto e preferiu atuar penso, sempre pelo lado direito do campo com Mouche e, poucas vezes, com Eldinho que não apoiou tanto por razões táticoestratégicas e pela presença constante do argentino ocupando o espaço.

É óbvio que o craque do jogo foi Menezes que, não apenas foi aplicado taticamente, mas que, surpreendentemente, ele, que até hoje não passou de um mediano, desequilibrou, e, principalmente, decidiu o jogo!

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Na TV
Assisti ao jogo pela ESPN.
Excelente a transmissão de Cledi Oliveira -tem de tirar alguns cacoetes de rádio- e as reportagens de Rafael Reis.
Os comentários (?) foram de PVC, que, como comentarista é um decoreba de fatos esportivos, nada mais! 
Chega de excesso de comentario em transmissões de TV! Queremos mesmo é saber quem está com a bola e participa do lance!
Os caras continuam sem se tocar que comentário demais e informação demais, enche depressa o saco de nossa tolerância.
Vejam:
Um jogador do Palmeiras tentou driblar no meio de campo, perdeu a bola e quase foi gol. 
Quem era ele? Não deu pra saber porque o PVC bostejava na hora do lance.
Um jogador do Palmeiras tentou enfeitar e bater de calcanhar no meio de campo. Perdeu a bola e o Avaí quase fez o gol. Quem era o jogador?
Não deu pra saber porque o PVC (mero bibelô, enfeite de transmissão) atrapalhou de novo.
Só fiquei sabendo depois, na reprise, que era o Josimar, o PVC do Palmeiras!
Como não sabe nada de tática esse PVC!  
Por que será que ele quer -sempre- falar mais que o narrador? (AD)