Observatório Alviverde

30/03/2016

DISCORDO DE CUCA QUANDO ELE PEDE OUTRO VOLANTE DE CONTENÇÃO. MAS O ENTENDO!


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 Na prática, Cuca quer um líder de sua inteira confiança!

Cuca como conhecedor de futebol, decepciona-me ao solicitar a contratação de outro volante de contenção (Leandro Donizete), ainda que seja, como ele gosta de dizer, alguém "culhudo e brigador"!

Respeito o passado de Cuca, como jogador e treinador, construído com muita luta, honestidade, trabalho, empenho, tenacidade, estudo e aplicação, mas essa solicitação é descabida, impertinente e, em meu entendimento, na atual conjuntura do time do Palmeiras, ridícula.

Contratar outro volante com os tantos que já tem, seria, para o Verdão, chover no molhado em face de tantos atletas com que conta o clube para a função, alguns até melhores, tecnicamente, do que o indicado pelo treinador. 

Fosse, porém, um meia categorizado para o lugar de Valdívia, a conversa seria outra e certamente muito outra. Esta, a grande carência do Palmeiras. A maior, com certeza, entre todas que o acometem! 

Só não vê quem não sabe nada de bola ou quem não se interessa em ver como Mattos e Nobre!

Entendo, porém, o recado subliminar da primeira indicação de Cuca, num primeiro momento desprovida de um objetivo prático, em face, repito, de ser o setor de meia-cancha palmeirense aquele mais pródigo, mais fornido e mais bem provido de jogadores.

A única justificativa plausível para a contratação do veterano volante atleticano (assim entendo eu e não tem sentido qualquer outra de ordem técnica) é a de Cuca poder constituir e impor ao elenco uma liderança nova, diferente e isenta, que o libere de compromissos com um grupo de jogadores dividido mas cheio de donos, completamente desunido, pra lá de comprometido. 

Só não enxergam os inocentes, os bobos, os pouco vividos ou os que não conhecem futebol! O problema magno do atual time do Palmeiras, basicamente, é a falta de espírito gregário, ou, em outras palavras, a desunião visível do grupo! 

Cuca (quem não percebe) almeja superar essa situação sem ferir susceptibilidades, mantendo a integridade de um grupo que não foi escolhido por ele. Aí é que reside o erro não apenas de Cuca, mas do departamento de futebol palmeirense.

Nobre precisa entender que Mattos, detentor de uma visão de futebol anômala e distorcida de grupos, acredita, equivocadamente, que só elencos muito numerosos garantem conquistas. Não é bem assim!

Elencos numerosos, -a experiência, muito mais que diz, prova-, garantem, isto sim, confusão, brigas, rachas, secções, cismas, divisões e, por consequência é uma porta escancarada à entrada dos maus resultados... Está ocorrendo no Palmeiras! 

Cada técnico quer uma liderança que o represente em campo. Cuca, cuja preferência sempre foi (e é) a de trabalhar com times mesclados e de média de idade mais baixa, reivindica Donizete no Palmeiras, em face não apenas da experiência, da disciplina e da responsabilidade desse jogador, mas, sobretudo, de haver feito esplêndida parceria com ele em seu tempo mais vencedor de Clube Atlético Mineiro.

Entra líder sai líder, o interesse por Donizete significa que Zé Roberto (a ruína de Marcelo Oliveira) perdeu a condição de líder e vai (no mínimo) para o banco, independentemente da chegada ou não do jogador do Galo Mineiro. Está acontecendo e -entendo- isso será muito bom para o Verdão!

Cuca, que pelo fato de haver chegado há pouco deve ter encontrando um elenco mais dividido do que imaginava, tenta reduzir à unidade o grupo, sem o que as derrotas virão constantemente de forma fácil, previsível e avassaladora. 

Está acontecendo!  Aquela má vontade de TODOS OS JOGADORES, que resistem em passar a bola a Eric, é um sinal visível e o exemplo maior de tudo o que afirmo.

Sei, perfeitamente, que o espírito corporativo sempre prevalece nas coisas e nas causas do futebol.  O Palmeiras não é exceção e nem Cuca, nem Mattos, nem os jogadores palmeirenses são diferentes de ninguém!

E, se querem saber, mesmo, (vou dizer franca e abertamente) do que mais o Palmeiras está precisando neste momento, para se pacificar e se unificar, é de uma extensa lista de dispensas (exclusivamente interna) que role, apenas, nos bastidores, a fim de não desvalorizar os atletas inclusos, patrimônio do clube, em futuras negociações.

Significa que Cuca comunicaria à diretoria os nomes com os quais se interessa em trabalhar e colocaria os demais à disposição do departamento de futebol, treinando separadamente, fora do ambiente e do horário dos escolhidos. Na medida do possível iria negociando esses atletas, um a um!

Dá para separar quase vinte nomes, o que, convenhamos, aliviaria, extraordinariamente, a carga mental negativa atualmente predominante, os atritos, a concorrência exacerbada por posições e a formidável briga de egos - muito visível- que é travada dentro do grupo.

A partir da separação do joio do trigo é que, se houvesse necessidade (certamente haverá), Cuca, então, apresentaria as suas sugestões de reforços, apontando apenas as posições e deixando ao clube a responsabilidade pelas condução das negociações e contratações.

Não, não sou contra a tomada dessas medidas de maneira imediata, hoje, agora, já, a tempo e hora.  Pelo contrário, reivindico-as, de imediato!

Sei, perfeitamente, que muitos que até concordam com o meu ponto de vista entendem, porém, que deveriam ser tomadas apenas após o jogo decisivo contra o Rosário Central, na Argentina, pela Libertadores, que terá o poder um divisor de águas na vida do Palmeiras.

Eu, particularmente, estou convicto que quanto mais o Palmeiras procrastina, isto é, delonga e adia as soluções, mais retarda a sua recuperação. Pensem que nem só de Paulista ou de Liberta viverá o Palmeiras este ano.

Por isto, defendo algumas teses, baseado em minha experiência como profissional observador de futebol por mais de um século.

1) Definição das titularidades imediatamente, isto é, ontem!  Meu amigo João Saldanha dizia, com muita propriedade e justa razão, que times indefinidos não conseguem pegar conjunto!"

2) Então, o time escolhido joga (para efeito de adquirir conjunto) os três jogos do Paulistão, independentemente dos resultados obtidos. 
Se tiver de cair de divisão, que caia com os melhores em campo, embora eu não creia que chegue a tanto. 
Se se salvar ou se classificar (tem amplas perspectivas para isso pois são três rodadas) estará entrosado e preparadíssimo para as semifinais.

3) Manter a escalação básica do mesmo time que vier a se ajustar no Paulistão, nos jogos finais da fase de classificação da Libertadores e, depois no Brasileirão.

4) A diminuição drástica e imediata do elenco traria uma enorme motivação a quem fosse mantido, tanto e quanto autoconfiança, o fator do qual mais se ressente a maior parte dos jogadores palestrinos que vivem, hoje, em um autêntico campo minado, num ambiente de total incerteza em que "o craque de hoje é o bancário de amanhã". 
É preciso acabar com isso e proporcionar mais segurança aos jogadores. A segurança é a base da prosperidade!

4) Após a definição de quem será aproveitado, colocar o elenco por uns dias nas mãos de um bom psicólogo, preferentemente alguém que conheça futebol, para que possa introjetar nos jogadores novos valores e a confiança que tem faltado a todos, sobretudo naqueles jogos importantes e decisivos.  

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