Observatório Alviverde

22/02/2014

SE DEPENDER DA ARBITRAGEM O PALMEIRAS NÃO PERDE EM RIBEIRÃO!

 

Ontem eu abordava o tema "entrega de jogo", o maior entre os absurdos e as canalhices -reconheço- que podem existir em matéria de futebol.

Houve companheiro que discordasse do viés de minhas colocações, sobretudo quando, apesar do que disse na abertura deste "post", radicalizei e disse: 

"-Hoje em dia, se necessário fosse, eu admitiria que o Palmeiras entregasse um jogo para desclassificar qualquer adversário, desde que os pontos perdidos não prejudicassem o Verdão."

Eu, que, em matéria de futebol sempre fui um idealista, um purista, -um inocente, porque não dizer?- obrigo-me, porém, a me atualizar em relação aos tempos em que vivemos, por mera questão de sobrevivência nesta selva terráquea onde a subsistência honesta, digna e justa torna-se, cada dia mais, árdua, problemática e difícil.

Diante do que afirmo, certamente, surgirão os conhecidos "críticos de moral", aqueles que hão de apontar ameaçadoramente o dedo indicador para mim e dizer: 

"- Se ele se atualiza em relação aos dias de hoje, certamente tem potencial para virar um transgressor, um bandido, um assassino ou coisa semelhante"... 

Mas, como as coisas não são, exatamente,  assim, aponto-lhes, em riste, decididamente, o meu dedo médio!

Fique claro, refiro-me, nesta postagem, exclusivamente ao futebol. 

Discorro -fique esclarecido- sobre a necessidade de posturas e atitudes à altura dos danos que os adversários e inimigos tentam nos impor, de acordo com os procedimentos desleais da parte deles. 

A recíproca tem de ser, de fato, verdadeira. Lei de Talião! Afinal, o mundo em que vivemos é material, materialíssimo!

Na  primeira guerra os alemães atacaram os aliados com gás de mostarda e tiveram a resposta adequada, na mesma moeda. Por acaso estariam errados os franceses e ingleses?

Na segunda guerra os mesmos alemães bombardearam, também à distância, indiscriminadamente, Londres e outras cidades inglesas, mas tiveram, em contrapartida, as suas cidades calcinadas pelo massivo e desproporcional bombardeio aliado. 

O Japão, responsável pelo front oriental da guerra, foi demolido por dois petardos atômicos em Hiroshima e Nagasaki, mas nem por isso acusou-se os Estados Unidos de genocídio, embora, em toda a história dos conflitos humanos, jamais houvera ou houve um genocídio de tal magnitude.

Na verdade, o futebol de hoje, semelhante à guerra, exige respostas imediatas, à altura ou preferentemente superior aos danos que nos infligem os nossos adversários. Quem não agir assim será varrido da face da bola!

Para que não se vá tão longe, tomemos como exemplo as proféticas palavras de Ruy Barbosa a respeito dos homens que viveram o século XX e aqueles que estão fazendo este século XXI, ressalvadas as exceções de praxe:

Assim falou o civilista Ruy, cada dia mais atual, embora quase todos conheçam o teor desta sua manifestação:

" De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra , de tanto ver crescer a injustiça. de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto". 

O que Ruy deixou de proclamar foi a necessidade de reagirmos contra esse estado de coisas, nocivo à humanidade, à sociedade, ás boas práticas e aos bons costumes. 
 
Cito, como exemplo, o Brasil que passa por uma crise moral sem precedentes em sua história, já sem condições de reagir, na antevéspera de uma explosão social irreversível tal e qual ocorre na Venezuela. 

Passamos por isso, porque os picaretas do congresso continuam "sem tempo" para elaborar o esperado código criminal, no parto mais longo da história das leis deste país. 

Detalhe: Eles não elaboram o novo código porque -a maioria dos parlamentares- parecem contar com os votos da bandidagem para se reeleger. Uma vergonha! Nem a proposta da redução da maioridade penal eles votam. Dizer mais o que?

Mais do que isso, - esta é minha opinião-, pela atuação deletéria dos chamados grupos de direitos humanos, -imagino-, subordinados aos interesses internacionais, dispostos a conter a qualquer custo o progresso e os avanços deste gigante chamado Brasil. A eles e só a eles interessa a nossa desestabilização interna!

Essa gente, indiferente ao derramamento do sangue de inocentes, o que vem ocorrendo há tantos anos no país, parece desejar que a bandidagem, a desordem, o caos e a convulsão social se instalem, definitivamente, em nosso país, a julgarmos pelo fato de estar, sempre, alinhada com o mal, mais preocupada com bandidos e vagabundos do que com os humanos direitos.

É inadmissível que um transgressor preso receba um salário maior do que um modesto e honesto trabalhador da ativa neste país em que, cada vez mais, o errado é que está certo.

Vivenciando, diariamente, quadros dantescos e hediondos como esses, como é que querem que eu não diga que se o Palmeiras puder perder um jogo para desclassificar ou rebaixar um concorrente que deixe de fazê-lo? Então quer dizer que só o Palmeiras fica obrigado a dar o exemplo?

Dizer, também, que um erro não justifica um outro erro, em se tratando de futebol, não passa de pura hipocrisia. O interessante é que todos os clubes cometem esses delitos à beça, mas o único deles, criticado de forma ostensiva e acerbada é o Palmeiras.

O CU-rintia entregou um jogo para o Flamengo ser campeão e ninguém disse nada. A mídia ficou calada e fingiu que o fato não existiu!

O Grêmio entrou com seu terceiro time contra o Flamengo, só para impedir que o o Inter fosse campeão, orientado para partir pra cima e tentar fazer um primeiro gol. 

Depois, se necessário, entregar o jogo como, de fato, ocorreu, sem que ninguém dissesse nada, para que se destaque, apenas, dois casos recentes.

Mas ai do Palmeiras se o fizer!

Contra o Botinha, amanhã, como diz o título deste post, "se depender da arbitragem o Palmeiras não perde em Ribeirão".

Mas por quê acontecer isso, quando o Palmeiras é, entre os grandes, tradicionalmente, o time mais prejudicado pelos erros de arbitragem?

Simplesmente porque os erros, amanhã,  que podem favorecer o Palmeiras, favorecerão, também ao CU-ríntia, que tem chances remotas de classificação, desejo maior, aliás,  da FPF e, principalmente, da Rede Globo.

Há um detalhe importante embutido nesses possíveis erros pro Palmeiras. especificamente no jogo de amanhã.

Como estamos chegando à fase decisiva do campeonato, a mídia vai bater muito forte se o Palmeiras vier a ser ajudado!

E o fará, já preparando o ambiente e o palco para a próxima fase do Paulistão -aquela que realmente vale- quando, se errarem contra o Palmeiras a mídia sairá em defesa dos árbitros, sob a alegação de que os erros acontecem contra todos os times e lembrará que o Palmeiras foi beneficiado "recentemente" contra o Botafogo.

Meus amigos, essas nuances são muito importantes e, espero, a diretoria possa tomar conhecimento e medidas que desmascarem os nossos adversários. 

Se o Palmeiras, por acaso, for beneficiado, será o prenúncio de que será roubado na hora da decisão. 

Por isso, Nobre tem de ir a público e dizer que não terá sido porque o Palmeiras foi beneficiado agora, que ele admitirá que venha a ser prejudicado na hora em que os jogos e, principalmente as arbitragens serão, efetivamente, decisivos.

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