Observatório Alviverde

29/10/2018

SE QUISER GANHAR A LIBERTADORES, FELIPÃO PRECISA PARAR DE EXECUTAR O "SAMBA DE UMA NOTA SÓ"!



Tudo ocorreu e correu de acordo com os nossos prognósticos no Fla 1x1 Verdão de sábado, resultado este decorrente da mesmice de um time que, taticamente, nunca muda e nem consegue alterar a sua forma de jogar.

É por isto que eu costumo dizer, ainda que em tom de "blague", que Felipão não foi o co-autor ou o cantor, mas a inspiração do genial Tom Jobin ao compor um dos maiores clássico da história da Bossa Nova, o "samba de uma nota só"!

De um ponto de vista pragmático, a tática de Felipão sempre foi. é e será eternamente um "samba de uma notá só". 

E o é pela imutabilidade e pela ausência de variações estratégicas, resumidas a um time cujo objetivo principal é evitar tomar gols e, depois, se possível, definir o resultado em um ou outro possível contra-ataque.

Na prática, sobretudo em jogos decisivos, o time de Scolari parece desprezar a posse de bola, transferindo-a constantemente ao adversário, atraindo-o para o seu campo defensivo, visando a obter espaços contra-atacar, igualzinho ao que fazia Carile, no ano passado, dirigindo o Curica.

Com a bola nos pés o Palmeiras só consegue realizar com sucesso algumas poucas jogadas de troca de passes com objetividade, que, via de regra, não redundam em nada.

Em suma, do ponto de vista ofensivo o time realiza com sucesso um ou outro lance de contra-ataque, nas raríssimas vezes em que o time consegue sair da defesa usando a bola comprida.

O principal motivo da deficiência de saída de bola é a ausência de um meia criativo, destro ou canhoto, mas, preferentemente canhoto que pode, perfeitamente, ser Gustavo Scarpa em processo de volta ao time e que -anotem- será, se escalado, o elemento surpresa no jogo decisivo de  depois de amanhã contra o Boca.

Do ponto de vista tático muitos definem o Palmeiras de Scolari como usuário do sistema 1/4/4/2. 

Na realidade o time usa mesmo o 1/4/5/1 que, às vezes, se transforma e se restringe em um inofensivo 1/10 pois até o centroavante volta para ajudar na marcação.  

Esse processo negativo e que faz o time atuar como time pequeno, aconteceu na quarta-feira passada contra o Boca e, da mesma forma, no sábado passado contra o Flamengo em boa parte do jogo.

É por isso que o time toma tanto sufoco, tem de correr dobrado, muito mais do que os outros times e sofre demais para vencer, aspectos esses perfeitamente explicáveis  na tática adotada  por Scolari e que exige demais dos jogadores. Se mal pergunto, Borja, apesar do esforço e de seu imenso profissionalismo tem condições de cumprir esse papel? Mas é claro que não!

Fazer o que, então, se esse é o estilo Felipão de atuar, tanto e quanto e criticar o que, se os times que ele dirige estão sempre entre os primeiros e por onde quer que passe ou atue ele é sempre um técnico campeão!

Dizem que os times costumam assumir, a personalidade de seus treinadores, ainda que poucos torcedores tenham a sensibilidade para notar, sentir e perceber.  

O Palmeiras de hoje, efetivamente, é a cara de Felipão sem nada tirar ou por.

Sua maneira de atuar é a mesma desde quando o conheci e desde que ele foi reconhecido em todo o país como uma revelação, ao levar o desconhecido Criciúma, em 1991, ao titulo de Campeão da Copa do Brasil em cima do Grêmio.

Em resumo ele atua exatamente da mesma forma com que sempre jogou, com o mesmo esboço de jogo e sob a mesma orientação tática.

Foi dessa maneira, também, que ele, Scolari, levou a Seleção Brasileira ao título Mundial de 2002, na Copa da Coréia e do Japão, conquista que o deixou ainda mais famoso pelo fato dele ter barrado Romário, um dos maiores nome, então, do futebol brasileiro e ídolo da Seleção Canarinha. 

De minha parte digo-lhes que enxergo Felipão como não um profissional do futebol a quem se possa chamar de técnico ou especialista, mas, simplesmente de treinador à antiga, uma espécie de Osvaldo Brandão do século XXI.

Eu o vejo, repito, não na condição de técnico, mas de motivador de atletas, disciplinador de grupos e  preparador de gladiadores para os jogos, mas reconheço que é só por isto que ele obtém sempre o pleno sucesso e é um multicampeão! Até na China ele venceu!

Da mesma forma, eu não tenho qualquer dúvida que foi graças a essas características de trabalho de Scolari que o time do Palmeiras está onde está e chegou onde chegou. Isto eu também reconheço!

Todos os méritos e loas Felipão, conquanto ele persista em continuar incidindo nas tantas falhas que, tantas vezes, apontamos e continuaremos a apontar de seu trabalho, posto que ninguém é perfeito.

Contra o Boca em Buenos Aires, por exemplo, não caberia a postura radicalmente defensiva que não precisava ser tanta e tão radical em razão do imenso valor decisivo do chamado "gol fora de casa". O Palmeiras quarta-feira corre o risco de ser a "próxima vítima".

Contra o Flamengo, deu para compreender e aceitar o defensivismo exagerado da equipe, decorrente da exiguidade de tempo para a recuperação dos jogadores.

O que não deu para entender foi a escalação equivocada de peças obscuras (Guerra e Jean) em detrimento do atleta potencialmente mais talentoso do meio campo, Gustavo Scarpa.

Ele deveria ter entrado de cara, a fim de adquirir ritmo de jogo, visando à decisão da próxima quarta-feira contra o Boca. Ou estaria este velho escriba rotundamente enganado?

Moral da história: 
Perdido por um ou por mais é só um prolongamento do que está acontecendo.  Há que se ter ousadia para reverter, ou, até melhor, inverter.

O Palmeiras -obrigatoriamente- tem de partir para cima do Boca a fim de fazer o resultado.

A diferença de dois gols, reconheço, é ampla, ainda mais considerando-se que só o Boca pode fazer o chamado "gol fora de casa", aquele que vale por dois na hora da decisão.

Com o canhoto  Scarpa em campo, jogador talentoso e bastante acima da média, creio, firmemente, que o Palmeiras vai chegar lá.

Mas pode chegar, também, com Lucas Lima, na eventualidade de Felipão colocar em campo um time reforçado com dois volantes de contenção, isto é, Felipe Melo e mais um, a ser escolhido entre Bruno Henrique e Moisés. Eu optaria por Bruno Henrique que além de defender bem tem chute forte e é um volante artilheiro.

Agora é torcer pelo Verdão. Não nos resta outra alternativa!

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A RESPEITO DAS ELEIÇÕES:
É simples assim:

Respeito -muitíssimo- os eleitores do PT e tanta gente bem-intencionada do partido que, sem nenhuma dúvida, deseja o melhor para o Brasil e para o povo.
Quero dizer, porém que não respeito - nem um pouco- a cúpula política petista e nem os indivíduos de má fé que tomaram de assalto a direção do partido.
Bandidos posando de mocinhos eles são, todos, mistificadores, enganadores do povo e insaciáveis predadores dos cofres e do dinheiro público. 
Foram eles que levaram o país à banca-rota em nome de uma democracia de fachada e fantasia que só a eles interessa, pois visava à perpetuação deles próprios no poder. 
Mas não foi exatamente isso que levou o saudoso Hélio Bicudo, homem probo, correto, inteligente e muito bem intencionado a dizer um basta às falcatruas e as falsas promessas e solicitar sua imediata exoneração do partido?
O Brasil, com a graça de Deus (acredito muito nele) fez com que as eleições recém findas nos livrassem de um carcinoma moral maligno e mortal, o socialismo de conveniência do PT.
A partir de agora, "Vida longa ao Brasil e a todos nós, verdadeiramente brasileiros! (AD)  .