Observatório Alviverde

30/03/2015

HUMILDADE E CALDO DE GALINHA NÃO FAZEM MAL A NINGUÉM!


PALMEIRAS 0 X 2 RED BULL
 Resultado de imagem para excesso de confiança no trabalho
O excesso de confiança pode levar o mais forte a perder para o mais fraco!

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Ontem eu iria postar a matéria abaixo, mas diante do material que obtive, a respeito de Valdívia, alterei a postagem. Vejam o que eu dizia:

"O palmeirense, há um só tempo, vivencia dois paroxismos: o primeiro, da alegria, muito natural, pertinente, muito salutar.

O outro, de uma irreverente arrogância em relação aos adversários e isto é perigoso.

Por que, agir assim, se, ainda, não ganhamos nada, absolutamente, nada? 

Eu, particularmente, ando muito preocupado com os rumos das manifestações de autossuficiência e do "já ganhou" que têm partido de nossa torcida. E não adianta negar, pois está, devidamente registrado e documentado na Web!

Em tempos de Internet, essas atitudes têm o deletério poder de contaminar negativamente o elenco. Todo o cuidado, nesse sentido, portanto, é pouco.

Ninguém precisa me lembrar que a LEAL é uma torcida sofrida, muito carente, desacostumada aos grandes resultados nos clássicos e, de há muito, longe dos títulos... Só por isso se compreende certas manifestações.

Mas, fique claro, o que não pode acontecer -nunca- é um "trasnfert" mental, por osmose, de atitudes que venham a contaminar a humildade dos que entram em campo, que, imaginando que o Palmeiras, simplesmente porque derrotou os bambis em jogo de pequena valia, já é o maior time do mundo, confundindo paixão com realidade.

Entendo que o torcedor pode, e, até faz parte de seu perfil, ser arrogante, ter excessivas doses de confiança e atitudes contundentemente críticas em relação aos rivais... Faz parte do jogo!

Da mesma forma, ele tem o direito tanto de assumir qualquer postura, desafiante humorística ou verbalmente agressiva, em relação aos adversários, mas os jogadores, não!

Os profissionais têm de manter -sempre- uma postura profissional decente e compreender que os rivais, mesmo os times mais humildes, merecem todo o respeito!

Que Mattos, Oswaldo e a comissão técnica saibam lidar com esse problema e que consigam blindar o elenco, já a partir do jogo de hoje contra o Red Bull, a fim de evitar o pior!

Fique muito claro, límpido e cristalino que o Palmeiras ainda não ganhou, absolutamente, n-a-d-a,  neste Paulistão,  e, a parte mais difícil do certame ainda está por vir.

Após o Red Bull, repito, hoje, às 18,30H em Campinas, o Palmeiras terá, ainda,  de cumprir os dois jogos que complementam a fase de classificação e precedem às fases decisivas do campeonato:

um, no dia 04 de abril, sábado, contra o Mogi no Allianz Parque e o outro, no encerramento da fase classificatória, no Novelli Júnior em Itu, dia 08 de abril, quarta-feira, contra o Ituano.

Interessante que alguns bobalhões da mídia e seguidores, os inocentes úteis da torcida do Palmeiras, já estão "preocupados" com  a integridade física do elenco e, à boca pequena, já começam a clamar por "poupar" jogadores!

Como se não bastasse a lição ocorrida quando do jogo com o Braga, justificam que os jogadores correm riscos de se machucar nesses jogos "sem importância" e trabalham no sentido de que o Palmeiras deixe de escalar os titulares.

Como diziam os nossos avós, gato escaldado em água quente tem medo de água fria, eu não acredito que Oswaldo cometa, novamente, esse descuido e deixe de escalar, sempre, o que tiver de melhor, considerando-se que as contusões podem ocorrer até em treinos, conforme ocorreu, esta semana,  com João Paulo.

Espero que, nesses importantíssimos jogos complementares, que vão indicar os locais das semifinais (se é que vamos chegar lá, tomara!), Oswaldo não poupe ninguém...

Aliás, estou ciente que, com a vigência do contrato de  produtividade, ninguém no elenco quer abrir mão do posto de titular e nem de participar dos jogos...

Exceção feita a algum jogador contundido ou aos que precisem zerar os cartões, o Palmeiras terá de aproveitar esses últimos jogos para pavimentar o seu caminho na estrada que leva ao título.

Como são três jogos, dá, perfeitamente, para que o Verdão administre todas essas situações e vá para as quartas de final representado pelo que tem de melhor no elenco, aprimorando o entrosamento.

O Palmeiras, a princípio, abrirá as quartas de final domingo, dia 12 de abril, quando enfrentará o segundo colocado de seu grupo (regulamento absurdo e incongruente) que, se fosse definido hoje, seria o Botafogo Pantera, que disputa a segunda vaga, palmo a palmo, com o Linense, enquanto a Portuguesa corre por fora".  (AD)

Essa matéria, profética, infelizmente eu a suprimi, ontem, em face das informações de última hora divulgadas, ontem, pela imprensa chilena, acerca de Valdívia, mas a republico, hoje, por sua pertinência e atualidade.

PARA O PALMEIRENSE LER E REFLETIR:

Baixada a poeira do "choque-rei", vocês acham mesmo que o Palmeiras teria dado o "showcolate" que deu, se não houvesse feito um gols aos três minutos?

Tería tido, o time de Oswaldo, a mesma compostura, a mesma atitude e se imporía tão facilmente no jogo se os bambis não houvessem perdido Tolói precocemente?

Não, não estou tirando os méritos de uma vitória histórica, que só sobreveio em razão do início impositivo do Palmeiras, que encaixotou os bambis, e, na base do abafa, anotou, bem cedo, o gol, desnorteando o adversário, que, em seguida, ficou reduzido a dez homens! Vamos, todos, ser realistas, meus amigos!

É claro que o resultado em si, encheu-me de alegria, e ao mesmo tempo, de orgulho e de esperança...

Principalmente pelo fato de o resultado de ser sido obtido sobre um clube fatalista , figadal inimigo, que há tantos anos prejudica o Palmeiras, fora e dentro do campo...

Porém, pelos tantos anos de militância no jornalismo esportivo, acostumei-me a acompanhar futebol por um ângulo mais crítico e realista, sem a capacidade de sonhar como o chamado torcedor comum.

Junto com a alegria da vitória, recrudesceu uma preocupação que exponho sem medo de estar incorrendo em erro e sem receio de ser chamado de pessimista.

Do ponto de vista ofensivo, o Palmeiras de Oswaldo, simbolicamente,  é mais fraco do que caldo de chuchu.

Voltando ao clássico, como deixar de considerar e de admitir que o gol de abertura e a defasagem numérica dos bambis (não sei porquê ninguém disse isso)  permitiram que o Palmeiras jogasse da única forma que sabe e pode.

Pela lamentável falta de um armador criativo, competente e que conheça a posição, o Palmeiras só consegue jogar, à base do contra-ataque.

Se estão em dúvidas quanto ao que argumento, pensem, enfim, no seguinte:
"se o Palmeiras tivesse um ataque forte e realizador, a vitória sobre os bambis não seria só por 3 x 0 mas por um placar superior a cinco ou mais gols".

Ontem, em Campinas, contra o Red Bull, o Palmeiras entrou em campo imaginando que o triunfo no clássico inibiria o adversário e que a vitória fluiria em campo de forma normal.

Jogando como se houvesse ingerido uma lauta feijoada, sempre com a obrigação de atacar, o Palmeiras permitiu que o jovem, veloz e determinado time do Red Bull detivesse a tática do contra-ataque.

Explorando, inteligentemente, os avanços de Zé Roberto, sempre contra-atacando no costado deste veteraníssimo jogador, os Reds abriram o marcador aos 19 minutos e, praticamente, repetiram o lance aos 33.

Estupefatos com o placar adverso, os jogadores do Palmeiras se enervaram e sem qualquer criatividade, passaram a cruzar bolas instintivamente, insistentemente, e indiscriminadamente contra a área do Red Bull, sem criar nada de prático em termos ofensivos.

Por que e para que a teimosia da jogada aérea, se o único atacante alto e talhado para esse molde de jogo com o qual poderia contar o Palmeiras, Rafael Marques, jogava fora da área?

Cruzar, então, para quem?  Para Cristaldo? Para Robinho? Para Arouca? Para Dudu? É muita falta de visão! A rigor, o Palmeiras só tinha a perspectiva de gol quando Vitor Hugo e Tóbio subiam, nas bolas paradas, para tentar o cabeceio (royalties para o inesquecível barretense e palmeirense Marco Antonio Mattos).

Os atacantes do Palmeiras, não tiveram uma única iniciativa no sentido de partir com a bola para que tentassem uma jogada individual que abrisse a defesa ou ocasionasse uma falta da entrada da área ou, quem sabe, até um pênalti.

O que se viu, então, foram, exclusivamente, os cruzamento altos em direção a atacantes e volantes muito baixos na área adversária, facilitando, muito, o trabalho da defensiva vermelha.

Nem os inesperados arremates de média ou de longa distância, que ajudaram o Palmeiras e supreenderam os adversários em outros jogos, os jogadores tentaram. Nenhum dos volantes, nem Robinho, nem Arouca, nem Gabriel, e, enfim, nenhum  deles teve a iniciativa.

O jogo de ontem, além da lição que deixou, segundo a qual todos os adversários têm de ser encarados com empenho e respeito, evidenciou que Gabriel Jesus, em que pesem a sua juventude, imaturidade e o fato de não ser ele um centroavante de ofício, tem de continuar sendo aproveitado e, -vou mais longe-, como titular.

Apesar de não ter brilhado ou enchido os olhos da torcida, sua entrada no time levou mais preocupação à defesa do Red Bull. 

Basta que se diga que GJ, caçado em campo, embora de forma um pouco menos ostensiva em relação ao jogo contra os bambis e a outros, foi o elemento causador dos quatro cartões recebidos pela defesa interiorana.

Estivesse, ele, em campo desde o primeiros tempo, e, fatalmente, teria levado à expulsão alguns jogadores do Bull. Alguém tem dúvida de que Gabriel Jesus é superior a Cristaldo? Eu não tenho nenhuma!

Outra coisa ficou clara, translúcida e evidente: sem que o Palmeiras tenha um armador competente, é burrice escalar Zé Roberto como lateral, haja vista que ele não tem mais a aptidão física do velocista, apenas, em parte, a  do fundista, além de ser, hoje, um jogador de pouca capacidade de recuperação e recomposição.

Para que Zé Roberto atue na posição, exercendo a função de apoio, seria preciso armar um esquema de cobertura que envolve a perda prática de uma peça no sistema tático da equipe.  

Não discuto que, com a bola no pé, ele sabe jogar lá e joga muito, mas será, que nessa circunstância, vale a pena?

Conclui-se, então, que os predicados maiores de Zé Roberto são o bom trato à bola e a diferenciada visão de jogo que o colocam, não como ala, mas como alguém talhado a melhorar um setor crucial para o time, o meio de campo, atualmente o calcanhar de aquiles do time do Palmeiras.

Não entendo porquê, na atual circunstância da inexistência de um armador capacitado, Oswaldo deixa de adotar essa perspectiva nos jogos, de cara, só o fazendo, eventualmente, emergencialmente.

É preciso que se diga que Zé Roberto nunca foi lateral, função que lhe entregaram, inexplicavelmente, em final de carreira, justamente em um tempo no qual faltam-lhe atributos físicos essenciais para o exercício da função.

Para encerrar quero que saibam, todos os que frequentam este espaço, que o Palmeiras mereceu perder para os Bulls, ontem em Campinas.

Individualmente não se salvou, ninguém, do desastre de ontem no Moisés Lucarelli.

Sem choro, sem vela e sem fita amarela, parafrasendo um conhecido samba de meu tempo, quando se fazia boa música e se jogava, no Brasil, o melhor futebol do mundo!

Que o time, a partir do vexame de ontem, não se deixe ser levado ou envolvido pela empolgação exagerada da torcida...

Que, a partir desta semana, tome um banho de humildade, treine com afinco e se dedique ao máximo, visando aos próximos jogos que, a partir de agora, começam a valer, efetivamente, na briga pelo título...

Se o Palmeiras for para as quartas-de-final, com a mentalidade arrogante do "já ganhei"e ser um time omisso e descompromissado como se viu, ontem, contra o Red Bull, o Verdão vai -eu não tenho dúvida- "pagar" um baita vexame contra o Botafogo de Ribeirão Preto, que, ao que tudo indica, será o nosso adversário no primeiro degráu decisivo do Paulistão!

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NA TV

Outra vez, uma transmissão nota 5, de baixa estimulação, de Milton Leite, muito abaixo de seu real potencial.

Conquanto não tenha "engolido", completamente, a voz, como de costume, insistiu em transmitir o jogo com o que ele pensa ser "economia" vocal.

Mas, economizar a voz narrando em TV? Agir assim sabendo que prejudica o telespectador? Não dá para entender!

Mas é isso o que acontece, embora eu deva reconhecer que, ontem, houve uma pequena melhora na emissão vocal de Leite, em relação a jogos pretéritos!

Infelizmente, muito julgam que, falando baixo, quase sussurrando, eles "economizam" a voz e Leite é um deles.

Embora discordando da tese, admito que podem, até, economizar, mas, que para o telespectador é muito ruim, eu não tenho a menor dúvida!

Assim, só quando a bola chegava nas imediações das áreas é que se conseguia perceber que ML narrava o jogo, posto que, antes disso, ele, apenas, murmurava os lances!

Perdeu, infantilmente, o segundo gol do Red Bull por "encher linguiça" na transmissão, isto é, por insistir em comentar aspectos aleatórios ao jogo por largo tempo...

Trata-se de falha grave para um narrador de sua qualidade e experiência, que insiste em deixar em um plano inferior o comentarista e assumir assuntos que pouco lhe dizem respeito.

Por que será que a maioria dos narradores não tem a humildade de, apenas, identificar os jogadores, usar os seus bordões (Milton tem ótimos bordões) a serviço da animação da transmissão e deixar as considerações técnicas sob a responsabilidade dos especialistas?

Por que querem, eles (a maioria), tanto, ser o centro das atenções?

Quando narra os lances que ocorrem de intermediária a intermediária, ML, pela falta absoluta de tons graves na voz, (será que ele não consegue perceber) torna-se um locutor monótono que  quase não se consegue ouvir ou discernir.

Nessas horas me dá raiva do cara que cuida do áudio da transmissão, que, me parece, não liga atenção ao fato de a voz do narrador estar baixa e a transmissão inaudível, incompreensível.

Por que, ele, ao menos, não aumenta uns dois ou três pontos no microfone do Milton a fim de que haja perfeita equalização de intensidade de som?

Foram bem, com poucas restrições, o Noriega, o Alê e até, a repórter em um jogo muito fácil para se trabalhar! (AD)