Observatório Alviverde

08/03/2018

PALMEIRAS

ESCRITO DURANTE O JOGO:

São 7 minutos. Só deu Palmeiras até agora.

O gol de cabeça de Antonio Carlos após cobrança perfeita de córner de Lucas Lima é resultante do domínio vasto, amplo, completo e total que o Palmeiras impõe aos Bambis.

Estou satisfeito, muito feliz mesmo, pela aplicação e entrega de todos os jogadores alviverdes, ao menos até agora, 12 minutos do 1º tempo.

Quero manifestar a minha preocupação em relação ao trio de arbitragem, principalmente em relação ao árbitro central Flávio Rodrigues de Souza. Anotem o que digo: se houver chance ele age e interfere no jogo. Contra o Palmeiras, naturalmente!

Outra preocupação: o Palmeiras corre muito, força a marcação, manda no jogo, cria situações de gol aos borbotões mas não consegue pontuar. Isto é perigoso, em se tratando de um clássico.

32' do 1º tempo - O Verdão acaba de fazer o segundo gol e isto se não me traz a certeza da vitória, ao menos me proporciona muito mais tranquilidade.

Borja foi o autor do gol, ao mesmo tempo o autor intelectual (roubou a bola) e o autor material (aproveitou o rebote do arremate de Vitor Luís) confirmando suas fama e marca de artilheiro.

34' do 1º tempo - Cartão amarelo forçado e desnecessário para Marcos Rocha por uma falta normal em Valdívia. Erro arbitral que pode, perfeitamente, prejudicar o Palmeiras.

37' do 1º tempo - Outro cartão amarelo para jogadores palmeirenses, agora para Felipe Melo, porém justo pelo conjunto da obra.

Resumo do primeiro tempo: o Palmeiras deu uma aula de futebol aos Bambis. 2 x 0 foi pouco!

Pergunta inevitável: por que o time não jogou com essa disposição contra o Curica?

SEGUNDO TEMPO

Viram o que eu disse a propósito do trio de arbitragem?

Para não ir tão longe:

Viram a inflação de cartões (todos bem cedo) aos jogadores do Palmeiras?

Viram a economia de cartões aos jogadores Bambis?

Viram o pênalti sobre Dudu não marcado em que o sãopaulino deveria também ter sido amarelado?

E o que dizer sobre o gol legal de Borja injustificavelmente  anulado?

Alô Alô Rede Globo, Premiere e Sportv:

Em relação à computação gráfica contem outra porque eu não me lembro de nenhum lance desses que tenha sido favorável ao Palmeiras.

E o outro pênalti sobre Dudu que o Noriega, como sói sempre acontecer , garantiu que não houve, afirmando que "Dudu dobrou os joelhos"?

Por este e por tantos outros lances em que Noriega não foi enfático, (ele nunca é em todos, coincidentemente, favoráveis ao Verdão) não será nenhum exagero afirmar-se que ele está precisando de novos óculos!

Até Milton Leite perguntou se, afinal, o comentarista definia ou não que havia sido pênalti depois de Noriega ter falado sobre o lance por quase dois minutos sem definir se entrada faltosa de Trellez em Dudu  houvera sido ou não penalidade máxima contra os bambis.

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O próprio técnico sãopaulino reconheceu a incontestável superioridade palmeirense sobre o seu time, confirmando tudo aquilo que dissemos sobre o jogo, de que o Palmeiras deu uma autêntica aula técnico-tática no adversário.

Apesar de tudo, o placar em si, 2 x 0 para o Verdão, ficou na contramão do rendimento dos times e não refletiu a supremacia absoluta, ampla e total do Verdão durante todo o andamento do jogo.

Na ordem natural das coisas não seria nenhum exagero afirmar-se o seguinte:

"não fosse a flagrante acomodação palmeirense no 2º tempo, tanto e quanto a arbitragem facciosamente tricolor e deletéria ao Verdão do soprador de apitos Flávio Rodrigues de Souza, e os Bambis teriam caído por uma diferença muito maior, de 3, 4 ou 5 ou mais gols.

É óbvio que há de se ressaltar as defasagens técnicas, táticas e individuais entre o fraquíssimo time atual do SPFC, apenas a oitava campanha deste Paulistão em relação ao fortíssimo time do Palmeiras, cuja campanha, simplesmente é, entre todas, a melhor.

Isto, se por um lado, sinaliza a tendência do Paulistão/18, por outro lado não garante nada em relação à conquista do título paulista que, num repente, pode ficar com qualquer de seus maiores adversários...

Sobretudo se o Palmeiras voltar a jogar aquele pouco, o quase nada que jogou nas quatro partidas que antecederam o "Choque-Rei".

Assim, o jogo de ontem deve ser encarado em termos de conveniência e advertência.

Conveniência por proporcionar ao time a recuperação da liderança e passar ao elenco a consciência de sua qualidade e de sua potencialidade.

Advertência porque Róger e o grupo passam, compulsoriamente, a saber que sem o empenho verificado ontem  o time torna-se comum, mais um e não chegará a lugar algum apesar de suas decantadas superioridades tática, técnica e individual.

FICHA TÉCNICA DE PALMEIRAS 2 X 0 SÃO PAULO
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)

Público: 34.916 torcedores
Renda: R$ 2.302.301,06
PERGUNTA: Qual clube paulista dispõe do maior potencial arrecadatório?

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza. 
Fez de tudo para ajudar os Bambis.
Não marcou pênalti claro de Trellez em Dudu.
Amarelou precocemente os palmeirenses e poupou o quanto pôde os são-paulinos 
Não fosse ele, o melhor bambi em campo, o Palmeiras golearia. NOTA 4
 
Assistentes: Danilo Ricardo Manis e Daniel Paulo Ziolli. 
Erraram, invariavelmente, contra o Verdão.
Inventaram escanteios, erraram em impedimentos decisivos e inverteram laterais.
Anularam mal um dos três gols de Borja. NOTA 5. 

Cartões amarelos contra o Palmeiras: Victor Luis, Marcos Rocha, Felipe Melo, Bruno Henrique e Thiago Martins Cartões Amarelos contra os Bambis: Marcos Guilherme, Hudson, Petros e Shaylon (São Paulo)
DETALHE: Os Bambis bateram o jogo inteiro, mas só palmeirenses foram amarelados precocemente.

GOLS
PALMEIRAS: Antônio Carlos, aos 9' e Miguel Borja, aos 31 minutos do 1º tempo.

ESCALAÇÕES:

SÃO PAULO: Jean; Éder Militão, Arboleda, Rodrigo Caio e Edimar; Hudson (Shaylon) e Petros;
Marcos Guilherme (Nenê), Cueva e Valdívia; Brenner (Tréllez)
Técnico: Dorival Júnior

PALMEIRAS: 
Jailson - Pouco exigido mas esteve sempre alerta. NOTA 8

Marcos Rocha - Manteve sempre a posição e só subiu na boa. Bom taticamente. NOTA 7,5.

Thiago Martins - Não enfeitou, simplificou, melhorou. Jogou muito. NOTA 7,5

(Thiago Santos) - Limitado técnicamente, mas empresta ao tio o espírito do guerreiro. NOTA 6.

Willian - Excelente atuação coletiva, sem brilhar individualmente. NOTA 7.

(Gustavo Scarpa) - Em evolução. Excelente atuação individual, sem brilhar coletivamente. NOTA 6.

Bruno Henrique - Finalmente se adaptou e levou Tchê Tchê ao banco. NOTA 7

(Moisés) - Volta aos poucos, ainda muito longe de seu potencial. NOTA 6.

OS CINCO MELHORES DO CHOQUE-REI

Respeito qualquer opinião que coloque qualquer dos jogadores abaixo como o melhor em campo.

1) Dudu - De contrato novo, voltou a jogar o que sabe. Estupendo 1º tempo, grande jogo. NOTA 8.

2) Borja - Autor intelectual e material do segundo gol. Oportunista, tem de ser mais acionado. NOTA 8.

3) Lucas Lima - Jogador essencialmente técnico, tático, cerebral e desequilibrante. NOTA 8,5.

A PERSONAGEM 

4) Victor Luis - Atacou e defendeu com perfeição e jogou com muito empenho. NOTA 9.

O CRAQUE DO "CHOQUE-REI"

5) Felipe Melo -Além da atuação tecnicamente impecável, comandou o time em campo. NOTA 9

Técnico: 
 Roger Machado - Que ele tenha finalmente aprendido que poupar um elenco é apenas uma questão de rodar duas ou três peças no contexto de um elenco e não de ir para os jogos com um time essencialmente reserva.
Ao contrário do jogo com o Curica, o Palmeiras esteve motivado (e como esteve!) do início ao final do clássico, reacendendo a esperança da conquista do título do Paulistão desta temporada! NOTA 8

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