PALMEIRAS X BAMBIS TERMINOU 3 X 3, MAS FOI UM CLÁSSICO QUE NÃO ME SATISFEZ!
Não fosse um fanático torcedor do Palmeiras ou se estivesse, ainda, na ativa como cronista esportivo eu diria: Palmeiras x São Paulo fizeram o melhor jogo deste Paulistão!
Mas como nominar o clássico dessa forma após tudo o que vi no "choque rei prudentino?
Olho para o meu time e vejo que, apesar do esforço, do espírito de luta, da tenacidade, da força de vontade, do empenho e da superação dos jogadores, ainda não temos um desenho tático delineado que nos proporcione desenvolver um futebol de qualidade e, menos ainda, um time que inspire total confiança.
Sair à frente do adversário por três vezes, teoricamente, é excelente, mas, sofrer três gols e levar sufoco em um jogo no qual o time teve tudo para vencer, é absolutamente ilógico e incompreensível.
Em suma, recuar demasiadamente o time e entregar todo o espaço do meio de campo para uma equipe de jogadores leves, lisos, habilidosos, de grande capacidade técnica e individual com grande poder de fogo como o São Paulo, é, no mínimo, falta de visão e de previsão!
Quando, pergunto, tivemos nos pés a iniciativa das jogadas?
Raríssimas vezes, exclusivamente no primeiro tempo.
No segundo tempo parecíamos time pequeno, jogando exclusivamente em contrataques isolando Barcos que mostrou, mais uma vez, que tem qualidade e frieza para fazer gols. Mesmo jogando em circunstâncias tão adversas, conseguiu balançar a rede duas vezes.
Faltou pegada ao nosso meio de campo, em decorrência de dois aspectos conjugados: a veteranice de Assunção, aliada à falta de condicionamento atlético de Daniel Carvalho.
Com dois jogadores menos bem preparados fisicamente, como é que iriamos nos impor na zona de raciocínio e criação?
Felipão só enxergou isso aos 25 do primeiro tempo quando, tardiamente, retirou Daniel Carvalho que se arrastava em campo.
Mais uma vez o nosso treinador não arriscou, nada, absolutamente nada como é de seu feitio.
Só mexeu no time aos 43 e aos 45 minutos do segundo tempo quando retirou João Vitor e Maicon Leite, colocando em campo, respectivamente, Chico e Ricardo Bueno.
Mas tais alterações foram processadas, exclusivamente, para melhorar a marcação, ajudar a passar o tempo e segurar o resultado, como sói sempre acontecer.
Em suma, ao menos para este blogueiro, foi um empate com sabor de derrota, haja vista que o resultado negativo esteve sempre muito próximo de acontecer em vários arremates contra o nosso gol e em jogadas de alto teor de perigo como aquela em que Willian José penetrou livre e não conseguiu arredondar a bola para o arremate.
Sempre fui partidário do otimismo na avaliação de nossos jogos e de nosso time mas lhes digo que, apesar dos três gols e das três vantagens obtidas no marcador, continuamos sem força ofensiva e sem contundência, sobrevivendo das chamadas jogadas de "bola parada", praticamente a nossa única forma e fonte de chegar ao gol adversário.
Como é que poderemos chegar ao título sem contundência ofensiva e sem vocação para as vitórias?
Num jogo em que Deola esteve bem, Cicinho muito mal, Amaro bem, Henrique super bem e Juninho discretíssimo e tímido no apoio, apesar da boa articulação no terceiro gol, devo dizer que o meio de campo, por falta de folego e pernas foi o nosso calcanhar-de-aquiles.
Araújo lutou, como sempre, João Vitor se superou mas Assunção e Carvalho sentiram o peso, respectivamente, da idade e do calor prudentino, só atuando a contento na primeira fase do clássico.
Maicon Leite e Barcos se entrosam a cada jogo, mas ficam muito isolados pela falta da chegada do meio de campo como opção de qualidade e apoio.
Barcos, certamente, foi a personagem do jogo, atuando com eficiência e autoridade, tendo marcado um gol por oportunismo e frieza e outro em linda jogada individual.
Enfim, parece que já temos um matador!
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