Observatório Alviverde

23/01/2010

ASSOMBRAÇÃO TIRA O PALMEIRAS DA COPINHA! BELLUZO, CONTRATE, URGENTEMENTE, UM PAI-DE-SANTO.

Perdemos um jogo que poderíamos ter vencido com folga, não fossem os mesmos fatores que há anos perseguem o Palmeiras. Entre eles, principalmente, a falta de sorte. Sim, a falta de sorte, fator subjetivo, imponderável, mítico, sobrenatural, que muitos teimam em afirmar que não existe. Dizem, apenas, que tudo é obra do acaso. Mas que acaso é esse que jamais conspira a favor, só contra?
"Non creo en brujas pero que las hay, hay!"
O Palmeiras precisa, urgentemente, de um trabalho religioso forte, daqueles que os católicos chamam de exorcismo, os evangélicos de afastamento e os espíritas de desobsessão. Quem sabe, até, os três trabalhos conjuntos em um culto mais amplo, de caráter ecumênico. É preciso afastar os espíritos trevosos, os incompreendidos, e, sobretudo, os zombeteiros. Dizem os místicos que são eles que desviam a bola dos gols dos protegidos e ajudam a levar a bola para o fundo das redes dos clubes com quem se antipatizam.
E, se me permitem a brincadeira, parece que há milhões deles a prejudicar o Palmeiras, tantos e quantos são os gols fáceis e bobos que tomamos e as bolas que teimam em não entrar sob as traves adversárias.
Vejam, sobretudo os céticos, se eu não tenho razão em preocupar-me com o assunto. Nosso arqui-rival, o Corinthians, respaldado pelo conhecido "Pai Nilson", está quase sempre por cima. Só no ano passado levantou dois títulos. Quando fica por baixo se recupera em velocidade meteórica. Consegue dinheiro facilmente para contratações milionárias e tem quase sempre um elenco melhor do que o nosso. E os bambis que, à socapa, há muitos anos recorrem às forças do além e obtêm com constância grandes resultados? Querem time mais macumbeiro do que o Flamengo? É o campeão nacional. E o Santos, que há anos é movido a magia-negra e também tem a sua quota de conquistas muito regular, conseguidas, muitas das vezes, com times apenas razoáveis. Precisamos falar de Inter e Cruzeiro?
O Palmeiras, em seus áureos tempos, tinha um espírita de nome Rafael, contratado para desatar os nós e desmanchar as mandingas de "Pai Jaú", o pai de santo corintiano da época, ex-zagueiro do clube. A atuação de Rafael foi assunto abordado até pela revista O Cruzeiro, a mídia nacional mais importante e abrangente daquela época. O Palmeiras era, então, um papa-títulos .
Quando ganhamos os títulos na década de 90 quem era o nosso treinador senão o maior macumbeiro do futebol brasileiro, Luxa, com quem voltamos a ganhar o Paulistão do ano retrasado! Quem não se lembra do episódio das meias verdes trocadas à última hora pelas brancas?
Felipão, que nos proporcionou algumas conquistas, também incursionava pelo lado espiritual das coisas, com a sua arraigada fé em Nossa Senhora, beijando em cada instante do jogo a sua indefectível medalhinha.
Isso tudo foi escrito para que se tente explicar a desclassificação de nossa equipe de juniores, hoje em São Carlos. Com um time muito melhor do que o Santos e com 80% da torcida torcendo por nós, amargamos a derrota nos penaltis, após virada memorável. No momento crucial da disputa dos penaltis, nosso goleiro Borges saltou felinamente para o canto esquerdo e deteve a passagem da bola em defesa espetacular, mas esta, inexplicavelmente, em vez de ir para a frente, tomou efeito, como se tocada por um pé invisível e entrou em nosso gol pelo lado direito. Um autêntico gol-espírita que liquidou com as nossas pretensões.!
Depois daquele lance, me convenci que, como disse Robério de Ogun no programa de Roberto Avalonne, [quando ainda liderávamos com folga o Brasileirão e falávamos com entusismo em conquistar o campeonato], o maior problema do Palmeiras é mesmo espiritual. As contusões coincidentes dos principais jogadores no final do brasileirão, a perda do título praticamente ganho, a desclassificação da Libertadores e, hoje, o lance da eliminação na copinha fazem-nos suspeitar de que Robério tem razão. Aliás, com Rogério trabalhando para o Palmeiras, acreditemos ou não, vencemos e convencemos na década de 90.
Parabéns aos garotos juniores. Só o Sobrenatural de Almeida, como dizia Nelson Rodrigues, para tirá-los da final contra os bambis. E se quer um conselho, Belluzzo, contrate, urgentemente um pai-de-santo. Os outros clubes o têm, por que o Palmeiras não tem?
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