Observatório Alviverde

04/11/2017

MUDEM O NOME DO PRESIDENTE PARA INOCÊNCIO DOS ANJOS!



Este velho escriba sempre se esforça para manter o otimismo e a confiança em relação ao Palmeiras, mas o Verdão, na maioria das vezes, o decepciona.

Elaborando uma análise profunda dos fatos que precedem o derby, concluo que o maior problema do Palmeiras é o amadorismo reinante nas entranhas do clube, que Mustafá e seus amigos mas íntimos insistem em manter para que eles, sim, possam reinar.

Amadorismo! Essa é a moléstia mental-letal que contamina um clube dependente de diretores que se renovam à cada eleição, numa autêntica "dança de cadeiras" em que o cargo e a importância do cargo, dependem da influência de cada um nos bastidores e do número de votos que cada qual proporciona à chapa vencedora.

Paulo Nobre recentemente revolucionou o clube, cortou as cabeças pensantes da da miséria, do mal, do atraso e da estagnação e ressuscitou um gigante adormecido que a mídia esperava fosse para sempre, o Palmeiras, em sua segunda "arrancada heróica", já na era moderna.

O salto de qualidade palmeirense foi gigantesco, colossal, magnífico, portentoso, levando a modernidade a um clube de aparência medieval cheirando à guardado e a naftalina.

En Passant: Paulo Nobre evidenciou um amor extremado e sincero ao clube que escolheu para torcer. Pergunto-me, às vezes, o que teria sido da SE Palmeiras não houvesse sentado na cadeira presidencial esse imenso administrador.

Nos tempos de antanho presidentes havia (e houve) no Palmeiras que ajudavam o clube financeiramente, mas, nos tempos modernos não sei de nenhum que tenha tido tal prodigalidade de atitude. Nobre teve e foi a exceção, provando que o Palmeiras, sim, é viável e tem solução. Sem medo de errar, eu o destaco agora como o melhor entre todos os presidentes dos anos 50s aos dias de hoje.

Gagliotte, cria de Nobre e candidato por ele indicado, infelizmente, deixou-se picar pela mosca azul do orgulho, da vaidade e da autossuficiência assim que assumiu o cargo de máximo mandatário palmeirense. 

Seu maior equívoco administrativo foi o de romper relações com o mecenas que o elegeu, em um episódio eivado de muita ingratidão que, à distância, vejo, sob dois aspectos:

Primeiro: a influência nefasta do otomano, indecência parda, perdão, eminência parda do clube há tantos anos, que havia rompido com Nobre a partir do momento em que percebeu que não teria nenhuma ingerência ou influência na administração do clube social e do futebol.

Segundo: A falta de gratidão! Nem quero me estender sobre o tema pois cada indivíduo tem a sua forma de ver, de pensar, de agir, de ser e de estar nesta vida, tanto e quanto uma insubstituível personalidade.

Eu só sei dizer que Gagliotte iniciou melancolicamente  o seu mandato, de braços dados com o turco e com a Crefisa, mas rompido com Nobre.

Este foi, em meu entendimento, o seu erro palmar, posto que ele perdeu a chance de ter a sua disposição o "know-how" do presidente mais vencedor dentro e fora de campo, desde que o clube mergulhou em dívidas tidas como  impagáveis, muito superiores à sua capacidade de salda-las.

Esta semana o time do Palmeiras foi "estuprado" pelo corintiano Héber Roberto Lopes cuja escalação sequer foi contestada pela diretoria como seria práxis esperar em sua condição tradicional de figadal inimigo palmeirense.

Héber Lopes fez o que fez e a diretoria de Gagliote permaneceu muda, quieta e distante, fiel ao conselho de uma piada de antigamente que proclamava: "se o estupro é inevitável e não você não tem como reagir, relaxe e goze!".

Foi isso que fez a diretoria,  desde os dois acomodados remunerados do futebol profissional aos demais, regularmente eleitos amiguinhos e seguidores do presidente.

Mas desta vez o Palmeiras tinha como reagir, apenas não o fez. Já não existem dirigentes como antigamente!

O culpado maior é Gagliotte, sempre posando de "Lord em Palácio" em episódios muito sérios e contundentes dos bastidores da bola que requerem não a omissão ou procedimentos aristocráticos, mas respostas bruscas e pancadas fortes e certeiras, dignas de um lutador de MMA, ou, já que Gagliotte gosta tanto de sofisticação, de um "experencied fighter of Mixed Martial Arts!  

Gagliotte, apesar de ter boa imagem, loquacidade, verbalização e bom português, infelizmente não me parece vocacionado a exercer essa função?
 

Que ele contrate, então, um profissional de relações públicas, um jornalista preparado, um ex-técnico, ex- jogador, ou até um ex-árbitro para o exercício de uma função cujas atividades não cessam, antes, durante e após os campeonatos. em sucessivas temporadas. 

No futebol de hoje, porta-voz não é luxo, é imperiosa necessidade! 

Com um bom porta-voz e os eventos desta semana, o Palmeiras reduziria psicologicamente o Curica a "sub-nitrato do pó de traque"!

Sei que é difícil encontrar um profissional desse calibre no mercado, mas o Palmeiras tem de procurar. 

Talvez dentro do próprio clube possa encontrar uma solução caseira, descobrindo alguém qualificado com nível intectual, cultura futebolística, capacidade e língua a um só tempo melíflua e ferina para desenvolver esse trabalho.

O São Paulo, por exemplo,  tinha  Marco Aurélio Cunha, o melhor que já vi nos times paulistas. 

O Palmeiras, na época, até tentou com Toninho Cecílio, que, com todo o respeito que se possa ter por seu caráter, experiência em campo, por sua dedicação e pelo seu grande palmeirismo, não tinha o menor cacoete para função! 


Em relação à mala-branca que a Folha continua sustentando ter rolado do Curica para o Cruzeiro, por que o Palmeiras não tirou proveito da situação?  Sentiram a falta que fez o porta-voz?

Esta seria a hora certa de o Palmeiras levar mais intranquilidade ao reduto do adversário em plena semana do clássico. 

O fato, além de ser verídico, engloba acusações muito sérias que, ao que tudo indica, vai passar -como de costume- em branco! É lamentável! Imaginaram se fosse ao contrário?

Em relação ao fato relacionado ao Cruzeiro, Mattos teria evitado propositadamente a tocar no assunto, considerando-se a sua relação de intensa intimidade com o time mineiro? 

Eu não tenho a menor dúvida que sim e, se querem saber mesmo, não aprecio nada esta situação. Os caras se desligam dos clubes mas mantêm os vínculos afetivos, financeiros e outros mais, pelo resto da vida. Conheço bem a tchurma daqui, mas esse é um assunto para outra oportunidade!

De qualquer forma a doação e o recebimento da mala eram assuntos de magna importância que, de fato, deveria ter sido questionado pelo próprio Gagliotte, tanto e quanto ele deveria alertar a respeito dq escalação de Daronco, mesmo em se tratando, hoje, do melhor árbitro Brasileiro para o clássico contra o Curica.

O questionamento quanto Daronco teria de ser assim: 

"por que ele está sendo escalado coincidentemente só agora no derby(?), depois de tudo o que Héber Roberto Lopes aprontou segunda feira passada?

Por que só agora depois que a desastrosa arbitragem do paranaense esmagou o Palmeiras contra o Cruzeiro?

Seria isso um cala-boca?

Ou o reconhecimento de um erro por parte da comissão finória comissão de arbitragem?"

Para mim trata-se do reconhecimento de um erro cometido de caso pensado, isto é, propositadamente. Falo da escalação de Héber, a causa, haja vista que todos erros que se viu em campo foram, simplesmente, consequências da escalação de um árbitro conhecido sobejamente já há muitos anos por beneficiar o Curica. 

Os verdadeiros responsáveis pelo erro simplesmente simularam uma solidariedade que estiveram longe de sentir. Se Gagliote, Cícero e Mattos não sabem isso tem nome e se chama trabalho de bastidor!

O Palmeiras mantém a sua tradição de clube ingênuo e bobo e parece não entender as nuances e artimanhas do jogo fora de campo que, paralelamente, é jogado.

Embora a diretoria sequer houvesse pensado nisso, o jogo decisivo  do Verdão era aquele contra o Cruzeiro segunda-feira.

Foi por isso que escalaram um cirurgião, perdão, um árbitro que já se sabia, tinha tudo para apitar mal e prejudicar o Verdão, ele que tantas vezes já havia operado o clube sem jamais ser contestado. O Palmeiras sempre aceitou tudo passivamente, numa boa! É preciso reagir.

Quem escalou Héber, certamente pensou assim: 

"o serviço será cumprido porque o árbitro, ruim e curicano não gosta deles e como o Curica está envolvido no "imbróglio" vai ser muito mais fácil do que se imagina.

Se vierem reclamar ou protestar será tarde, pois já terão perdido os pontos no jogo que imaginavam menos importante e nada mais poderão fazer.

A essa altura a mídia já terá elogiado e enaltecido o trabalho do apitador isentando-o  de qualquer responsabilidade pelo mau resultado palmeirense. 

Viram o que disse o cara-de-pau do Arnaldo no Sportv imediatamente após o jogo acerca da arbitragem, elogiando-a desmedidamente? Êle ousou afirmar que foi uma das melhores arbitragens do ano? 

Como pôde encontrar tantos méritos no trabalhou de um árbitro que influenciou de forma decisiva no destino do jogo e, na prática, acabou fazendo o resultado?

Mas tudo isso só ocorreu e ocorre com tanta frequência no Palmeiras, em face da anêmica  fraqueza alviverde nos bastidores, onde o prestígio do clube chega, muitas vezes, a ser inferior ao de times considerados pequenos de cidades de pouca importância do Brasil.
 
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