QUEM NÃO É O MAIOR TEM DE SER O MELHOR!
Eu não me iludo com os números dos investimentos do Palmeiras que sempre foram, são e serão, menores que os do Corinthians.
Pesa nisso o incontestável fato de “os galinhas pretas” serem mais numerosos e terem uma projeção de marketing e de mercado muito mais forte e representativa do que a nossa.
Até aí, tudo normal.
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Inadmissível, porém, é o fato de o São Paulo, clube, vá lá, da estatura do Palmeiras, ter um fluxo de caixa muito mais forte e uma linha de investimento sempre e constantemente superior ao Palmeiras.
Aí é que reside a anomalia, pois, apesar dos pesares, a torcida palmeirense é, ainda, muito maior que a do adversário quer a mídia admita ou não, quer o mercado considere ou não.
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Mais inadmissível, ainda, é até o Santos nos superar quase sob todos os aspectos, levando-se em conta a diferença econômica abissal entre os clubes, as cidades que representam e etc., sob qualquer ângulo ou aspecto que se queira comparar, exceto os times que ambos têm hoje..
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Na década de 80 tive a oportunidade e a alegria de conversar com o saudoso presidente palmeirense Nelson Duque, figura humana excepcional, homem inteligente, simpático, mas de uma mentalidade exageradamente conservadora, limitada e conformista para liderar e administrar um clube da grandeza da SE Palmeiras.
Lembro-me bem quando ele me disse e a outras pessoas presentes, que o Palmeiras jamais seria um clube do tamanho e da grandiosidade do Corinthians, cuja capacidade de investimento era, infinitas vezes, superior.
Embora não concordasse em momento algum com a infeliz assertiva, me contive, não o retruquei, ou contestei.
Além de estarmos na presença de várias pessoas, muitas delas presidentes de outros clubes, não considerei pertinente desafia-lo e partir para uma discussão aberta em função de minhas discordâncias.
Tudo por causa da elegância de “seu” Nelson, um homem simpático, metódico, respeitador, de fala pausada, um gentlemen, um autêntico lorde inglês absolutamente fleugmático e educado.
Nelson Duque, naquela circunstância, passava-me a impressão de estar perdido em meio à turba de dirigentes e presidentes, a maioria grosseiros e desprovidos de polidez
A "finesse" de Duque, em última análise, foi o empecilho para que eu dissesse que ele estava, conceitualmente, errado, e muito!
Sem concordar com nada do que ele disse, preferi, exclusivamente, ouvir! Quando ele terminou as explicações, agradeci a Deus porque, ao menos, eu não era surdo.
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De qualquer forma, o episódio explícito da confessa inferioridade dos dirigentes palmeirenses, serviu, ao menos, para que eu tomasse conhecimento e consciência da lamentável mentalidade derrotista que permeava aquela geração.
Essa nefasta influência parece ter sido repassada, integralmente, â geração atual, noves fora Belluzzo que sinalizou ser diferente, mostrou que poderia sê-lo, mas, ao fim, não conseguiu!
Belluzzo, entre todos os dirigentes que assolaram o clube nas últimas décadas, poderia ter sido a exceção, mas Cipullo não deixou.
Belluzzo pecou pela vaidade e Cipullo pelo desconhecimento completo do futebol e do mercado (imagino).
Ambos soçobraram e caíram no abismo profundo do endividamento e da derrota, amalgamados pela egolatria de um e pela incompetência do outro, levando junto o time do Palmeiras.
Não fosse a extrema e inexplicável lealdade de Belluzzo ao incompetente auxiliar, fruto talvez de alguma aliança política e a história de sua administração poderia ter sido escrita de uma outra forma, se não com glória, mas menos inglória.
Há muitas coisas em comum no malogro administrativo de todos os presidentes a partir de Mustafá, aquele que enxerga o Palmeiras sob a ótica dos cifrõe$, como se fosse uma instituição financeira, não um clube de futebol profissional.
Mustafá sempre visou, exclusivamente, ao lucro que, embora não seja o objetivo final e precípuo de nossa Societá Esportiva, seria, sim, bem-vindo, desde que o Sr. Contoursi provisionasse o clube de bons jogadores e, ao menos, disputasse os títulos.
A filosofia de Mustafá em sua essência é correta, sim, mas só até a antepenúltima página do livro administrativo. A partir daí é um suicídio!
Sem medo de errar vou mais além e digo-lhes que se não fossem os exageros e a falta de tesão pelo futebol, pecados mortais gravíssimos de Mustafá, não haveria no Palmeiras, ao menos entre as lideranças atuais, ninguém com melhor perfil e bagagem para tocar o clube.
Quero deixar claro que não estou defendendo nenhuma tese pela recondução de Mustafá ao mais alto cargo do clube. Já basta tudo o que sofremos sob o seu jugo!
Estou querendo, apenas, salientar que a sua política de investimentos na base e em jogadores sem nome e marketing revelados por equipes de menor expressão, o “bom e barato” é o melhor caminho a ser trilhado por qualquer clube nos dias de hoje. O Palmeiras não se constitui em exceção,
O grande problema foi que Mustafá nunca soube escolher os que escolhem os jogadores. Além disso encolheu os investimentos, comprou gato por lebre o tempo todo, e, jamais, fugiu do orçamento antecipado, sequer emergencialmente.
Sua teimosia e obstinação nesse aspecto, quando Levir Culpi implorava por um meio-campista e indicou Djair,quase sem custos, levou-nos à suprema humilhação de um descenso vergonhoso, doido e doído
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Quando Mustafá criou o Palmeiras B e várias sucursais pelo Brasil, imaginei que o Palmeiras fosse arrebentar, montando grandes times, ganhando títulos e estendendo a sua influência sobre múltiplas regiões e cidades brasileiras, ganhando ainda mais força e prestígio.
Contudo, todas as minhas expectativas se frustraram e tal não ocorreu. Sabem por que? Digamos que interesses pessoais sobrepujaram os coletivos.
Todos os investimentos daquela época caíram no vazio, no esquecimento e no ostracismo. Não sei se houve prejuízos financeiros. Os morais, com certeza, houve!
O que nos restou e nos coube no rescaldo de tudo foi um deficitário Palmeiras B, cujo fim anunciou-se tantas vezes, este ano, inclusive.
Inexplicavelmente, estranhamente o Bezão resiste e sobrevive a tudo e a todos, galhardamente, embora o tachem de sumidouro de dinheiro e mantenedor de um lote considerável de jogadores sub-aproveitados, a maioria sem futuro ou perspectivas.
O Palmeiras B é um time independente que não pode subir para a Série A ou disputar qualquer torneio oficial do qual participe o time principal. Os jovens resistem e relutam em jogar no time B pois todos sabem que é o caminho mais curto para o abandono e o ostracismo profissional.
Da mesma forma, os jogadores ficam fora do Bird do time principal e, como fazem parte de outro clube, necessitam de transferência e pagamento de taxas à CBF se “ganharem na loteria” e tiverem de ser aproveitados.
Por que e para gastar dinheiro com uma excrescência dessas? A quem interessa a manutenção de um time sem serventia como o Palmeiras B, igualzinho a peito de homem e a nossa imaginária “escola” de goleiros?
Se o Palmeiras B fosse importante como pensam os nossos dirigentes, vocês acham que os bambis, as galinhas e as sardinhas não teriam equipes disputando a categoria?
Alguém deve estar lucrando com esse “interminááááááável” Palmeiras B! Quem seria? Quem será? Eu, não sou, mas gostaria de saber! Muito!
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O Palmeiras tem de mudar. Ou muda, ou acaba!
Como não muda, está acabando!
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Vejam se não tenho razão:
Com a segunda defesa menos vazada do último Brasileirão, com a manutenção da mesma comissão técnica, do mesmo técnico, dos mesmos procedimentos táticos, continuamos falando em contratar, predominantemente, homens de defesa. É o fim da picada!
Leiam esta relação do mercado das transferências publicado pelo site Palmeiras todo o dia. Constatem que os jogadores que estão mais perto de ser contratados são, exclusivamente, os defensores. O próprio Frizzo declarou que o Palmeiras está tendo dificuldades em contratar atacantes.
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Com possibilidades de chegar:
Rafael Cruz (Atlético-MG) – Lateral Direito - Pode ser trocado por Pierre. Por que não Beto Berola, excepcional atacante, demolidor de defesas?
Edson Silva (Figueirense) – Zagueiro - Está chegando para suprir a ausência de Thiago Heleno que será operado. Se ele vier, por que falar mais em zagueiros?
William (Avaí) Centro-Avante. É o atacante mais próximo do Palmeiras e, creio, esta será a nossa realidade.
Juninho (Figueirense) – Lateral Esquerdo - Já contratado. Por que, então, falar em Kléber se já temos lateral mas não temos atacantes? Kléber joga como meia? Eu nunca vi! Você já viu? Vem mais improvisação por aí? Até quando viveremos de gambiarras? Se querem um meia, contratem um meia! Não contratamos o tal Carmona que, praticamente, nem chegou a estrear?
Diego Tardelli (Anzhi) – Centro-Avante - Ele declarou aqui em Belo Horizonte (eu vi e ouvi) que seu desejo é voltar a jogar no Galo. Kalil reuniu-se com o jogador e ao sair da sala declarou que a pedida de Tardelli foi um escândalo. O Palmeiras vai pagar esse escândalo? D-u-v-i-d-o!
Taison (Matalist) – Ponta-de-lança - Os bambis sempre atravessam as negociações quando o Palmeiras quer contratar atacantes de qualidade.
Osvaldo (Ceará) – Ponta-de-lança - Dizem que o Palmeiras pediu a Valdívia para ajudar nas negociações com os árabes mas a prioridade da contratação é do Ceará que quer faturar um troco m cima do jogador. O preço solicitado deixa o Palmeiras muito longe de fechar com Osvaldo.
Kleber (Internacional) – Lateral esquerdo - A contratação foi dada como encerrada e, posteriormente, retomada. Kléber é canhoto, experiente, tem uma certa habilidade, cruza magnificamente bem, mas perdeu a sua melhor característica de chegada em velocidade pelo flanco esquerdo para cruzar antes da defesa se posicionar. Contratação boa, mas muito cara e desnecessária pela chegada de Juninho. O interesse em Kléber mostra que nada vai mudar taticamente no Palmeiras. Se ele vier, vamos continuar jogando na tática da bola alçada, mas com dois cruzadores de qualidade.
Alecsandro (Vasco) – Centro Avante - Jogador ainda mais limitado do que William Batoré, daqueles que se chama de esforçado.
Obina (Shandong Luneng - China) – Centro-Avante - Este, sim, resolve. É o melhor entre todos os atacantes pretendidos, disparadamente. Só Cipullo e o cabaço Belluzo para dispensar um jogador desse naipe a fim de dar satisfações à mídia e fazer de conta que o Palmeiras era um clube organizado no qual predominava a hierarquia.
Daniel Carvalho – (Atlético-MG) - Armador – Canhoto, tecnicamente um ótimo jogador que tem ginga, drible no pé, mas com tendência à obesidade. Tem se esforçado, mas não conseguiu se recuperar completamente em sua passagem pelo Galo. Será que se recupera fisicamente? Para mim é uma incógnita. Pelo que noticia a imprensa em BH ele já está apalavrado com o Palmeiras.
Giuliano (FC Dnipro) Excelente, mas é areia demais para o nosso caminhãozinho. O preço pedido pelos direitos federativos é o maior empecilho. Gostaria muito, mas não acredito!
Vítor (Cruzeiro) – Lateral Direito - Voltará de empréstimo. Não vai jogar com Felipão e só vai servir como moeda de troca. É preciso negocia-lo o quanto antes, pois recebe um salário acima da média geral.
Pierre (Atlético-MG) – Volante De Contenção - Voltará de empréstimo. Voltará mesmo? Por que o Palmeiras não propõe a troca por Neto Berola e não pelo Rafael Cruz? Pelos dois, seria ainda melhor. Um jornal de BH divulgou esta possibilidade!
Wendel (Atlético-PR) – Polivalente - Voltará de empréstimo. Felipão foi injusto com ele! Vai continuar sendo, embora tenha poucos jogadores como Wendel no elenco, que joga muito mais pelo time do que por si próprio.
Bruno (Portuguesa) - Goleiro - Voltará de empréstimo. Depois de Marcos, é nosso melhor goleiro em porte, em potencial e, certamente, o mais promissor.
Jorge Wagner (futebol japonês) Lateral Esquerdo e Meia Esquerda. Vai se pronunciar depois do mundial interclubes, conforme disse em entrevista. Eu gostaria de ver esse jogador, apesar de veterano, vestindo a nossa camisa, mas vai ser muito difícil que isso venha a ocorrer.
Saindo
Kleber (Grêmio) Saiu tarde demais! Que não volte mais, jamais!
Paulo Henrique. Se Felipão pediu, por que não usou? Se não pediu, por que aceitou? Se aceitou, por que não jogou? Mistééééério!
Gabriel Silva (Udinese) – Lateral Esquerdo- Sacrificaram o time no Brasileiro mantendo-o como titular, a fim de vende-lo para a Itália. O Palmeiras com a entrada de Gérley e teve de lutar para não ser rebaixado. Foi inconseqüência demais e muita irresponsabilidade!
Dinei (Atlético-PR) – Centro-Avante - Esforçado, lutador, não passa disso!
Rivaldo (Sport) – Meia que nunca foi meia, só lateral esquerdo. Apesar de profissional e responsável, por que ainda não saiu?
Cicinho – Ala-Direita - Por que vender um jogador como este? O Palmeiras não quer disputar títulos? Quem melhor marca Neymar no futebol brasileiro?
Gerley – Lateral Esquerdo - Só tem cabimento a sua saída se, além de Juninho chegar Kléber.
Fernandão – Centro-Avante - Deveria ser experimentado com um time que tivesse meias de qualidade para que o municiassem. Lembrem-se de que ele começou bem assim que chegou ao Palmeiras.
Tinga (São Paulo) - Peladeiro, qualquer posição - Eu não ficaria com ele, pois, embora jovem e bom jogador, não deu certo no Palmeiras. Que vá para os bambis ou para qualquer outro time e seja feliz!
Henrique (Internacional) - Zagueiro - Um jogador caro que não deu cem por cento certo, mas eu insistiria e ficaria com ele.
Chico (Futebol italiano) – Volante de Contenção ou Zagueiro - Seria uma dádiva a sua saída desde que deixasse lucro. É um jogador, apenas, de bom porte físico, absolutamente comum e substituível.
Felipão (Europa) – Treinador - Quem acredita nisso? A Europa vive uma crise muito pior que a do Palmeiras.
Marcos (aposentando) – Ex-Goleiro em atividade - Que seja realizada uma festa compatível com a sua importância histórica na vida do Palmeiras, com direito a estátua junto a Valdemar Fiume, Junqueira e Ademir da Guia e que ele seja feliz em qualquer das cinco proposições de emprego que lhe faz a diretoria.
ÚLTIMA INFORMAÇÃO
A diretoria palmeirense estuda mover uma ação contra o ex-gerente de futebol Sérgio do Prado, dispensado recentemente, acusado de ser o garganta profunda do Palmeiras, isto é quem vazava para a mídia todas as informações sobre o que ocorria, de bom ou de ruim, dentro do clube.
Sérgio, ao sair, teria apagado todos os arquivos do computador que usava, gerando um caos administrativo no clube.
Segundo a alta cartolagem palestrina, Prado teria, sim, passado aos repórteres do Portal IG e a outros, informações sigilosas da administração do Palmeiras.
Em mais de meio século de existência e militância no futebol eu nunca vi qualquer pessoa de sobrenome Prado torcer pelo Palmeiras, só contra.
Sergio do Prado deveria ter sido defenestrado do cargo quando vazou para a mídia a briga do técnico Antônio Carlos Zago com Robert, Ewerthon e os atletas que passaram a noite fora do hotel em que se hospedava a delegação em um jogo no Rio de Janeiro.
O “JÊNIO” Cipullo, com jota de jeca mesmo, aquele que dispensou Obina e deixou Muricy “a pão e água” fez exatamente o que não devia: Manteve Do Prado e correu com Zago, transformando o Palmeiras em uma autêntica “casa de irene”. Baita inversão de valores!
A saída de Do Prado, reivindicada por Felipão, aliás, abre ensanchas para que a paz, finalmente, volte a reinar no conturbadíssimo Palmeiras. Tomara!
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