Observatório Alviverde

14/04/2014

ITUANO CAMPEÃO PAULISTA DE 2014! TRÊS, ENTRE OS CAMPEÕES, INTERESSAM AO PALMEIRAS!.


 
Esquerdinha (veste verde, mas ainda não é do Palmeiras)

Querem apostar que, a partir do título estadual conquistado pelo Ituano, a maior parte da mídia paulistana vai trabalhar com mais afinco, força e intensidade no sentido de extinguir o Paulistão ou, em melhor hipótese, de alterá-lo para uma fórmula que venha a subtrair os grandes clubes da disputa?

Detalhe: aconteceria, também, se o vencedor do Paulistão fosse o Palmeiras, como ocorreu em 2008, há exatos seis anos! Uma vergonha!

Pouca gente da mídia irá dizer -hoje- que o Ituano jogou melhor, que não tomou conhecimento do favoritismo santista e que o pênalti marcado contra o time vermelhinho, fosse a seu favor, teria sido ignorado pela arbitragem. Quem não sabe disto?

Não fosse o árbitro e o jogo sequer teria ido para os penais, em razão da ampla, completa e total imposição do time ituano que, atualmente, se não tem mais individualidades do que o Santos, certamente tem -forçoso é reconhecer - mais time e melhor organização tática!

Aliás, pelo que vi e depreendi desses jogos finais, o Palmeiras dispõe de um time técnica e individualmente melhor do que o Santos e do que o novo campeão, clubes que, somados ao Botafogo de Ribeirão Preto, foram os únicos a derrotá-lo neste Paulistão.

A culpa pelas derrotas, em primeiro lugar, proveio das contusões! 

Parece, até, feitiçaria, (para quem acredita), embora o fator primordial da debacle palmeirense foi a condescendência dos árbitros em relação ao jogo violento aplicado -impunemente- sobre os jogadores do Verdão, mormente sobre Valdívia.

Considero, porém, não como fator espiritual, mas como uma infeliz coincidência, o Palmeiras perder, para um único e decisivo jogo, tanta gente importante

Quando já não contava com o lateral direito titular, Wendel, o Palmeiras perdeu o goleiro Prass e viu o seu melhor atacante e o homem gol da equipe, Alan Kardec, ser colocado fora de combate por uma entrada violenta e impune do zagueiro Alemão (que nem amarelo recebeu)!

O Palmeiras já não tinha, cem por cento apto para o jogo, o seu principal jogador, Valdívia,  vítima das chuteiras criminosas dos jogadores do Braga no jogo anterior, que atuou sem estar apto e fora de sua melhor condição física, o que ocorreu, também com Bruno César. 

Valdívia, com o tornozelo baleado e inchado, partiu para o sacrifício sem nada poder fazer e Bruno César deveria ter sido substituído!

Ademais, o nosso "brilhante" treinador, além de escalar um quarto-zagueiro (fundista) para exercer a função de Wendel (velocista), adotou uma postura tática -inexplicavelmente- defensivista!

Com a contusão de Kardec, Kleina colocou em campo o obscuro Vinicius que, além de não fazer nenhum gol e perder dois, deu uma de zagueiro, após um arremate de Valdívia aos 43 impedindo que a bola chegasse ao gol do adversário precipitando a desclassificação.

Além de não dispor de peças de reposição suficientes (vislumbro, infelizmente, o agravamento do problema neste início de Brasileiro) Kleina -parece-, sempre preocupado em fazer média com o elenco, mudando o time a toda a hora, e dando prioridade a jogadores que se sabia, entravam em campo e nada resolviam, tipo Vinícius e outros, sem coragem, por exemplo para lançar Rodolfo e outros!

Dito isso, anotem o que vai ocorrer, como de hábito, quando Santos, Curíntia ou os Bambis não vencem o Paulistão, porque tal, entre a mídia, é recorrente:

Os surrados, manjados e irresponsáveis argumentos midiáticos vão recrudescer e ecoar, agora, com muito mais intensidade e força, via rádio, jornal, TV ou Internet!

Os donos da verdade estarão "alertando" os clubes, a FPF, a CBF  e as "autoridades competentes", em relação "às inconveniências decorrentes da  manutenção de um campeonato desmotivado" a que chamarão, sempre, de "desimportante e deficitário".

Dirão mais, "do pouco ou do nenhum interesse público" da realização do Paulistão, repito,  principalmente porque os dois maiores adversários do Palmeiras não chegaram nem perto das finais. 

Como são estúpidos, como são clubistas, como são prosáicos, como são banais, como são idiotas, como atiram no próprio pé e adoram esconder o sol com a peneira!

Não será nenhuma surpresa se alguns jornais, a Revista Placar (useira e vezeira) e outras, assim como os sites dos principais portais e órgãos da imprensa -como ocorre frequentemente- virem a público a fim de maquiar situações, manipular números e "provar" que o Paulistão é um campeonato desnecessário, estéril e que deve ser extinto!

Se não houver Paulistão, pergunto eu, haverá o que? Os times treinando por largos e longos  três meses esperando pelo início do Brasileiro?

Um interregional tipo o antigo centro-sul, em que as rendas poderão, até, ser maiores, mas em que as despesas, também, são muito maiores?

Um Rio-São Paulo repetindo e desmotivando os melhores jogos do brasileiro? Uma Copa do Brasil com jogos de quinze em quize dias ou de mês em mês em face da multiplicidade de eventos em âmbito regional na fase classificatória?

Por que e para que colocar azeitonas nas empadas de clubes de outros estados e desprezar, estupidamente, o segundo mercado futebolístico brasileiro, o interior paulista?

Quem não sabe que os clubes do interior dependem dos grandes paulistas para se manter? Significa que a mídia deseja a extinção do futebol do interior paulista, o maior celeiro de craques do país?

Quem desconhece que os clubes grandes dependem dos pequenos em matéria de revelação de jogadores e aquisição de reforços?

Quem ignora que os grandes paulistas dependem do mercado do interior para se expandir ou para vender os seus produtos?

Quanto mais um clube se omite ou se afasta desse segmento de mercado, mais vai desgastando a relação de intimidade e confiança com o torcedor interiorano! 

Mas os caras da mídia -a esmagadora maioria- não enxergam, ou, se enxergam, fingem não enxergar e preferem ignorar esses importantes aspectos! Como são interesseiros! 

Os grandes clubes paulistas têm acreditado nas falácias midiáticas e nem percebem que afastam-se, por largos nove meses (tempo de uma gestação) dos torcedores do interior em tempos de Brasileirão, esfriando um setor preponderante do mercado.

Os dirigentes dos grandes clubes nem percebem que a "tchurma" da ESPN está mudando a tendência do mercado e criando uma nova cultura entre a torcida, aquela da preferência dos novos torcedores pelo futebol internacional, alienígena!

Na eventualidade da extinção dos regionais, preconizada por almofadinhas da mídia paulistana (Jeca, digo, Juca e seguidores) o que se constata (para sermos francos e práticos) é que a maior parte dos cronistas se sentem diminuídos por ter de viajar de carro ou ônibus pelo interior paulista a fim de exercer a profissão. 

Todos eles, hoje, com raras exceções, estão preocupados, muito mais, em sí do que com os desdobramentos do futebol e suas consequências para os clubes! Tenham certeza disso!

Os clubes precisam enxergar o início de temporada e os regionais, como um tempo hábil para introduzir contratações ao elenco, definir e entrosar os times e, acima de tudo, ajustar as relações de um novo grupo, o que ocorre, exclusivamente, através da convivência mais prolongada entre os atletas.

Em suma, nada melhor do que um campeonato estadual motivado para proporcionar aos treinadores essas indispensáveis condições.

O Palmeiras anunciou interesse em três jogadores do Ituano: Josa (Volante) Anderson Sales (zagueiro) e Esquerdinha (meiocampista). Até aí, tudo bem, concordo que se aposte em três excelentes jogadores.

Mas, porque o Palmeiras continua investindo em jogadores para posições em que dispõe de tantas alternativas, sem procurar como manda o bom senso, investir em atacantes? É preciso mudar a mentalidade!
Time que não faz gols não ganha campeonatos!

COMENTE COMENTE COMENTE