Observatório Alviverde

21/03/2015

PORQUE EU ACREDITO NO TRABALHO E NO SUCESSO DE OSWALDO DE OLIVEIRA NO PALMEIRAS!


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Oswaldo de Oliveira aponta o caminho certo!

Em sua a ânsia incontida por mostrar serviço (considero natural e não o censuro por isto), o jovem diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, exorbitou em relação ao número de jogadores contratados para compor o elenco do Palmeiras em 2015.

Contratou, desnecessariamente, e de forma abrupta, quase dois times,  quando, o ideal teria sido, num primeiro momento, contratar um pequeno grupo de jogadores mais importantes e, em seguida, ir retocando o grupo, homeopaticamente, na medida das necessidades, de acordo com as conveniências e preferências do treinador.

Houvesse sido e ocorrido como coloquei e o Palmeiras teria tido condições de fazer uma varredura mais caprichada no elenco anterior e proporcionar a Oswaldo uma melhor visão do grupo que tem em mãos, tanto e quanto testar os juniores emergentes, e aqueles que se destacaram na última Copa São Paulo. 

Contrariando todos os princípios lógicos, Mattos despendeu muita verba na reforma do elenco, começando a reconstrução do time, simbolicamente, pelo telhado! A crítica não é atual, pois a fiz, antecipadamente,  bem antes das contratações.

Há que se dizer, também, que, há  muitos anos que o Palmeiras não era tão badalado e promovido quanto o foi a partir da nova gestão do futebol! 

O lado positivo da afobação de Mattos foi o de proporcionar ao Palmeiras uma exposição midiática que não se via e ouvia, desde o tempo da Parmalat.

Porém, tá mais na cara do que barba e bigode, isso tem atrapalhado, muito, o trabalho de Oswaldo. 

Além de administrar um elenco numeroso em que todos querem jogar, ele tem de administrar, paralelamente, uma batalha de egos, a maioria, hipertrofiados. É gente demais para tão poucos lugares no time. 

Ainda bem que Oswaldo tem um temperamento ameno e sabe, como poucos, ser calmo e político em relação ao grupo, tanto e quanto administrar as vaidades. 

E ainda tem gente que cobra de Oswaldo sangue nos olhos, gritos histéricos e atitudes biliosas, ao estilo de Leão e Felipão, atitudes que que não correspondem ao seu comportamento tendentemente fleumático.

Tenho acompanhado, em razão disso, pela internet, críticas mordazes ao treinador palmeirense, todas injustas, que partem, certamente, de torcedores fanáticos ou de imaturos, sem a menor noção do que é futebol.


Concordo, entretanto, com muitas críticas, pontuais e construtivas, mas em outros contextos, em outras situações, como, por exemplo, na definição e na escalação do time ou de alguma situação de somenos importância. 

Até aqui o técnico tem tido mais de 80% de acerto, ao menos em meu critério de análise.

Este OAV já criticou, já bateu forte em Oswaldo, em várias situações, mas, fique claro, está bem longe deste espaço estar exercendo qualquer papel ou atitude de oposição ao treinador, até porque, mesmo quando seu nome não fora, sequer, ventilado, o colocávamos no rol daqueles treinadores aptos e capacitados para dirigir o elenco palmeirense.

Fiz, recentemente, duas críticas fortíssimas a Oswaldo. A primeira sobre a sua discrição inicial em relação à renovação de Valdívia, da qual, ele, já se redimiu completamente.

A segunda diz  respeito à  poupança de oito titulares após o jogo em conquista, ressalvando, que o fiz de forma antecipada, -costumo falar antecipadamente- antes do jogo contra o Santos.

Tudo o que eu disse, com ampla antecedência configurou-se, plenamente, no clássico e, na sequência, em parte, contra o XV de Piracicaba e tomara Deus não aconteça, amanhã contra o São Bernardo, pois o time, então embalado, perdeu a sequência e não reencontrou o seu jeito de jogar. 

Ficou a lição, segundo a qual, "time em formação precisa de competição!" (AD) É o que se chama de "aprender fazendo"!

 Sei, até, que Oswaldo, a princípio, era contrário à medida, mas o seu erro (OO continua pagando por ele) foi o de não resistir e impor a sua vontade na qualidade de responsável pelo time e pagou um alto preço por ser um profissional de temperamento cordato que privilegia o trabalho em equipe.

Entendo, perfeitamente, que Oswaldo quis trabalhar em harmonia com o seu diretor de futebol, mas há certos momentos, importantes e decisivos nos quais  o treinador terá de impor a sua vontade. 

Oswaldo, em meu entendimento, tem de exercer um trabalho de envolvimento em relação ao seu diretor de futebol, fazendo uso toda a sua lábia e, principalmente, o seu "jogo de cintura" carioca e o seu jeito "light" de ser.

Sem nenhuma maldade, deve agir assim para conseguir, ao menos, dividir com Mattos a decisão de determinados temas em que o nosso guapo diretor se deixa levar por modismos criados pela mídia, que, há anos, luta para implantar a  escola européia aos times brasileiros, se esquecendo de que nem tudo o que é bom para os times europeus, é bom para o Palmeiras.

Mattos, (é bom que Nobre também saiba), tem virtudes, qualidades, é do ramo, muito bom profissional, mas não é palavra jurisprudencial, pois tem poucos quilômetros rodados e, consequentemente, pouca experiência.

Ou Oswaldo e Nobre acreditam que quatro ou cinco anos de América (como auxiliar, como auxiliar) e dois anos de Cruzeiro como diretor fazem de Mattos um expert?

Voltando a Oswaldo, fique claro que reputo o seu trabalho como B-O-M, mas que pode melhorar e chegar a um excelente nível! Se ele der a sorte de poder contar com Valdívia, "pode dar o start" na formação de uma outra academia. 

Não rotulo o trabalho de espetacular, porque, além de estar no início,  os resultados não foram, todos, o que se esperava.

Sobretudo,  quando dos dois clássicos contra o Cu-rintia e Santos, ressaltando-se, sempre, que o Verdão ainda é um time em formação, que tem muito para mostrar, a partir do momento em que puder ter em campo os seus dois melhores craques que ainda não entraram em campo, Valdívia e o entrosamento!

Oswaldo deu uma declaração esta semana em que disse o seguinte:  

"Temos um padrão de jogo a ser mais desenvolvido, mas claro que temos um padrão. É uma equipe que joga ofensivamente com jogadores rápidos pelos lados do campo, procurando bastante movimentação no ataque e fazer um time compacto. As coisas estão evoluindo e nós chegaremos àquilo que queremos" 

Ao mesmo tempo, Oswaldo estabeleceu um prazo para ter o time definido:

"Temos um padrão de jogo a ser mais desenvolvido, mas claro que temos um padrão. É uma equipe que joga ofensivamente com jogadores rápidos pelos lados do campo, procurando bastante movimentação no ataque e fazer um time compacto. As coisas estão evoluindo e nós chegaremos àquilo que queremos" 

Eu não tenho dúvidas de que Oswaldo atingirá o objetivo colimado. Ele é um técnico sério, honesto e experiente, com a vivência de poucos entre todos do mercado. 

Não foi à toa que dirigiu todos os grandes dos dois maiores centros de futebol do país, Rio de Janeiro e São Paulo e isso, no melhor futebolês, significa bagagem, ou se querem uma terminologia mais atual, "know-how".

Errar, é óbvio que Oswaldo vai errar, Telê errou (muito), Felipão errou (muitíssimo), Luxa erra (toda a hora). Oswaldo também vai errar, quem desconhece isso? O único que não errou foi crucificado há mais de dois mil anos.

Aos poucos, à medida em que for conhecendo todos os jogadores, tenho certeza absoluta de que Oswaldo vai ajustar o time base que promoveu, no qual, acertou, na escolha de 90% das peças, ao menos em relação àquelas que eu escolheria!

Vamos, portanto, dar créditos a Oswaldo e tempo ao tempo. Nem Roma e nem o Palmeiras, foram fundados em um só dia!

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