Observatório Alviverde

10/06/2018

É MEU PENSAMENTO FINAL: EU DISPENSARIA RÓGER MACHADO SUMARIAMENTE!


ESCRITO AO FINAL DO 1º TEMPO
CEARÁ 1 X 2 PALMEIRAS

Haverá quem diga que o Palmeiras jogou um bolão, que deu um show? Não, não pode! Só louco, mesmo!

Na verdade, o Palmeiras não jogou bem! Por muito pouco tempo, tocou bem a bola e aproveitou-se do medo e do terror que, a princípio, infundia no adversário.

Nesse tempo estabeleceu 2 x 0 fácil, em razão do empenho dos seus atacantes em marcar forte e alto a saída de bola do adversário, tanto e quanto se aproveitar de sua timidez.

Estabelecido o resultado e a velha "frescura" palmeirense, aquela de não querer dar uma de superior e não golear,  tomou conta do time.

Em vez de partir pra cima e liquidar imediatamente o jogo e a fatura, ficou tocando a bola de forma absolutamente protocolar, inócua e estéril, de um lado para o outro. Há anos é assim sem que ninguém o corrija!

Com 0 x 2 no placar, o Ceará Sporting, ao ver que tudo poderia se perder de uma vez por todas, resolveu reagir e encarar o Palmeiras de igual para igual. 

Quando decidiu partir pra cima do Verdão o fez com determinação, tomou conta do jogo, diminuiu o placar para 1 x 2, e esteve a pique de empatar.

O Palmeiras que, como se diz na gíria, pediu para tomar o gol, já estava totalmente recuado e tentando propor desordenadamente um tímido jogo do contra-ataque, sem criar situações efetivas de marcar, só as relativas e muito poucas, por sinal.

A grande falha tática palmeirense, a maior de todas, continua sendo a mesma, aquela, antiga, que Róger não consegue corrigir nunca, no lado direito da defesa, onde Marcos Rocha, sozinho, fica obrigado a tomar conta de um latifúndio, com pouco ou nenhum auxílio da parte dos atacantes, e com pouca ou nenhuma cobertura dos volantes ou dos zagueiros de área.

Em razão disso ele está sempre sacrificado e perde a disputa com os adversários que chegam em bloco pelo seu setor sem que ninguém os acompanhe. Só Róger Machado não vê! Será que ele é míope?

Então, de vítima de um equívoco tático antigo, Marcos Rocha acaba sempre como o vilão, como o culpado de situações e dos gols sofridos, quando -na realidade- é vítima.

Hyoran que, teoricamente, teria de ajudá-lo nem sempre volta para marcar e nem Thiago Martins ou Dracena o cobrem a contento. Que falta faz, hoje, Antonio Carlos, o principal zagueiro do elenco, coincidentemente também um repositório de críticas injustas.

Alguém sabe me dizer  porquê não esteve em campo. Teria sido "poupado"? Se foi, poupe-nos, também, Róger, por favor e diga que tese de elenco você está querendo provar?

Sumido mesmo esteve Willian, o pior atacante palmeirense desta primeira etapa, em franco contraste com Dudu, hoje, simplesmente, o mais lúcido, o mais efetivo e o  melhor entre todos os jogadores da linha de ataque do Verdão.

Para encerrar.

O Palmeiras tem de se cuidar porque, além do time estar jogando pouco, toca a bola sem raça, sem alma,  despretensiosa e burocraticamente como eu supunha viesse a acontecer. Aconteceu de novo!

Apesar da vantagem obtida de forma fácil e estupidamente apenas mantida sem que o time procurasse ampliá-la, o jogo passou a ser um jogo de risco a partir do primeiro gol cearense.
===================================

ESCRITO ENTRE DOMINGO E 2ª FEIRA 
SEGUNDO TEMPO

Viram, meus amigos, como acertei, antecipadamente, na mosca em relação ao jogo e à forma como o Palmeiras se comportou?

Resumindo tudo eu diria que, no 2º tempo, o Palmeiras, com um elenco anos-luz mais bem qualificado, jogou como se fosse o Ceará e o Ceará jogou como se fosse o Palmeiras. O Verdão não levou baile, mas passou, desnecessariamente por uma situação de estresse e por um grande sufoco.

Antes do jogo de ontem, cobrei de Róger Machado a comprovação do bom futebol que ele parecia ter resgatado no 2º tempo contra os Bambis e, depois, no jogo seguinte, contra o Grêmio, sem obter, no entanto, uma resposta favorável.

Concluí, então, que Róger é um técnico que não consegue dar sequência ao seu trabalho, fato esse comprovado em suas passagens pelo Grêmio e pelo Galo Mineiro clubes que o demitiram porque ele não conseguiu estabilizar-lhes os elencos e nem definir, nunca, um time base.

A conclusão a que cheguei, a partir daí,  é a de que ele  pode até ser um bom chefe, mas está bem longe  da condição de líder (jamais será um líder), justamente o perfil de comando de que o Palmeiras tanto necessita.

Sua passividade no banco é irritante e o seu conservadorismo cronificado, tratando o futebol como se fosse uma ciência exata, é um menosprezo total ao segmento esclarecido da torcida mais esclarecida do país.

Como é que com o time não jogando nada e necessitando de ajustes, ele pode ir para o vestiário no intervalo do jogo e, em vez de efetivar as alterações de que o time necessita, afirmar que, sempre, espera minimamente dez minutos antes de alterá-lo, visando a dar novas chances a quem não conseguiu jogar bem em 48 minutos? 
Aconteceu, novamente, ontem, contra o lanterna Ceará, o único time que ainda não venceu no Brasileiro e que esteve a pique de reabilitar-se justamente em cima do Palmeiras !

Essa absurda perda de tempo em que o time desperdiça, além dos 48 minutos jogados, outros 10 minutos ou mais, até que seja processada uma alteração que lhe enseje uma melhora, realça a completa falta de liderança de Róger Machado.

De minha parte já deu para concluir -definitivamente- de que se trata de um treinador sem carisma, que adora fazer média com os jogadores visando à própria sobrevivência.

Em face disso é que ele não monta ao menos a base de um time titular, a fim de segmentar o status de cada atleta em relação ao grupo, tanto e quanto de obter e manter aquilo que é mais importante em um time, o seu décimo segundo jogador, o entrosamento. 

Numa frase, "ele divide o grupo para poder reinar", até porque sabe que essa postura agrada o corretor, digo, o diretor de futebol que do alto de sua insignificância e desconhecimento do "métier" conseguiu demitir do elenco o melhor atacante do país, Róger Guedes. 

Ontem, ressalvadas as necessidades básicas decorrentes de cartões e contusões Róger Machado não tinha nada de mexer no time da forma como mexeu, isto é, radicalmente. 

Ou vocês não sentiram que ele, imaginando uma pretensa facilidade para abater o "rabeira" do campeonato, poupou inutilmente vários atletas sob a alegação de que precisava dos mesmos visando ao clássico contra o Flamengo?

Ele esqueceu ou, vá lá, não se lembrou, que o empate de ontem, com sabor de derrota, tornou -a partir de agora- quilométrica a distância de seu time para o rubro-negro carioca e isto, certamente, irá tirar "o tesão" de muitos jogadores em relação ao clássico de quarta-feira.

No que respeita ao time, não vou discutir a manutenção (até ontem, até ontem, fique claro,  até ontem) de Jailson, que, do ponto de vista técnico, teria de ser o terceiro goleiro palmeirense. 

Titular,  ganhou a posição em campo, por meritocracia, justamente onde, por simples questão de justiça, deveria tê-la perdido já na última rodada. 

A manutenção de Jailson contra o Fla, se ocorrer, será uma injustiça e eu a questionarei com veemência. 

Está provado, comprovado, confirmado, ratificado e sacramentado que existe uma abissal diferença de categoria entre Prass e ele, que é muito inferior, sob quase todos os aspectos, ao antigo titular.

Outro detalhe:

Se a dupla Luan e Thiago Martins houvera realizado o chamado jogo impecável contra o Grêmio, por que motivo Róger Machado os separou fazendo retornar o veterano Dracena, poupado naquele jogo? 

Se a categorizada e criativa dupla de meia-cancha Felipe Melo e  Bruno Henrique que "arrebentou" contra o Grêmio não podia jogar,  em razão de que RM escalou dois jogadores exclusivamente de destruição, Jean e Thiago Santos, acreditando que (ao menos até agora) o nulo Lucas Lima daria conta - sozinho - do setor de armação? 

Em razão de que William não cumpriu a mesma função tática que cumprira no jogo contra o Grêmio, constituindo-se, em razão disso, no pior atacante palmeirense em campo?   


Conclusão: o Palmeiras empatou com o Ceará, mas se houvesse perdido ninguém poderia afirmar que teria sido um resultado injusto! (AD)

FICHA TÉCNICA
CEARÁ 2 X 2 PALMEIRAS
Data: Domingo, 10/06/18
Horário: 16h
Local: Estádio Plácido Aderaldo Castelo, o Castelão, em Fortaleza (Ce)
Público: 32.732 torcedores
Renda: R$ 959.576,00
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS) - Boa atuação. NOTA 7.
Bandeiras: Leirson Peng Martins e Jose Eduardo Calza (ambos do RS) NOTA 7.

Cartões Amarelos:  
Samuel Xavier e Pio (Ceará); 
Jean e Willian (Palmeiras)
 
Gols:
PALMEIRAS: Thiago Santos, aos 5, e Dudu, aos 22 minutos do 1º tempo  
CEARÁ: Felipe Azevedo, aos 25 minutos do 1º tempo, e Elton, aos 42 minutos do 2º tempo

ESCALAÇÕES:

CEARÁ: Éverson; Samuel Xavier (Arnaldo), Rafael Pereira, Luiz Otávio e João Lucas; Naldo, Pio, Javier Reina (Elton) e Ricardinho; Éder Luis (Luidy) e Felipe Azevedo
Técnico: Lisca

PALMEIRAS: 
Jailson: Falhou nos dois gols. Está provado, como se supunha, que é inferior a Prass. NOTA 6.

Marcos Rocha: O sistema tático de Róger o atrapalha muito, mas o torcedor acha que quem falha é ele. Como é que, sozinho, MR pode dar conta de cobrir todo o lado direito da defesa? Sem Antonio Carlos, na cobertura, sem Hyoran, Lucas, Keno, Lucas Lima ou qualquer outro no primeiro combate, ele jogou, novamente, sacrificado tática e individualmente. NOTA 6.

Edu Dracena: Quando a fase não é boa, nada dá certo. Falhou no gol de empate do Ceará e não esteve bem na cobertura de  Victor Luís que ficou sem confiança para apoiar o ataque NOTA 6.

Thiago Martins: Vinha bem até falhar grotescamente no gol de empate. NOTA 6.

Victor Luis: Quando se imaginava que ele firmou e tomou conta da posição, decepcionou completamente e não fez "bulhufas" em campo. Por isto havia perdido a titularidade. NOTA 6. 

Jean - A exemplo de Tiago é, também, um jogador de força, embora ligeiramente mais refinado e inteligente. Voltando aos poucos ao time após prolongada recuperação, faltaram-lhe força, ritmo e entrosamento, mas Róger Machado não teve sensibilidade para retirá-lo de campo a tempo e hora. NOTA 6.

Lucas Lima - Aos 20' de jogo, quando ele partiu pra cima da defesa cearense e roubou a bola que originou o 2º gol do Verdão,  imaginei  vê-lo recuperado, jogando dentro de suas melhores possibilidades como um jogador acima da média. Ledo engano. A rigor, essa foi a sua única jogada produtiva nos quase setenta minutos que jogou. Precisa melhorar muito para jogar MAL! Quanto mais para jogar BEM! NOTA 4

(Moisés) - Quem jogou pior, Lucas Lima ou Moisés? Um pelo outro, ontem, não precisava nem trocar. Foi a pior apresentação de Moisés os seus 15 minutos de ontem contra o "Vovô"! NOTA 4.

Hyoran - Ao lado de Thiago Santos e Dudu correu e lutou incessantemente do inicio ao final do jogo, ajudando muito na marcação, mas, muitas vezes deixou de marcar o lateral esquerdo cearense (era a sua obrigação), sobrecarregando o trabalho de Marcos Rocha. NOTA 6.

(Artur) - Substituiu Dudu ao final do jogo entrando em campo com chuteiras de travas baixas e escorregando grotescamente logo aos primeiros lances. Isso, em parte, retirou-lhe a confiança. Apesar do esforço e de defendermos que ele tenha outras chances no time principal, em relação ao jogo de ontem, no Castelão, pode-se dizer que ele deixou muito a desejar! NOTA 5.

Willian - Cumpriu atuação estéril no jogo de ontem apesar de ter corrido e se esforçado. Noves-fora algumas ações de marcação e deslocações nos primeiros 20 minutos de jogo, não esteve em tarde inspirada. NOTA 5

A PERSONAGEM DO JOGO:
Dudu - Mesmo sem ter com quem dialogar dado o distanciamento de Willian e a falta de chegada de Lucas Lima, Vitor Luís e dos dois volantes que só sabem destruir (Jean e Thiago Santos) mostrou inspiração e, principalmente, vontade de vencer. Esforçou-se tanto que teve de sair para se preservar e poder entrar em campo no ultimo jogo do Brasileiro antes da Copa, contra o líder Flamengo. NOTA 6,5.
 
O CRAQUE DO JOGO
Thiago Santos - Está muito mais para Dudu do que para o de Ademir da Guia no que respeita à característica de jogo, isto é, mais para defender do que para atacar. Excelente no combate e no desarme, é um reserva eficiente que atua sempre com raça e com fidelidade canina à tática e ao grupo, sendo extremamente útil. Num dia de extrema mediocridade da equipe (Róger quer nos fazer acreditar que o time jogou bem hahahahaha) Thiago Santos fez um gol, não errou nenhum passe, deu suporte e cobertura à defesa o tempo todo e só perdeu (perigosamente) uma bola na metade do 2º tempo ao não conseguir se livrar de uma "blitz" de três marcadores.
Ninguém, ontem, jogou mais do que Thiago a quem proclamo, do lado do Palmeiras e  sem qualquer hesitação, o craque do jogo. NOTA 7. 

Técnico: Roger Machado
Considerando-o hesitante e fraco já concluí e sou de opinião definitiva que o Palmeiras deveria contratar alguém dotado de maior visão, experiência, de personalidade mais marcante e que encarnasse uma forte liderança. 
Mudar desnecessariamente a escalação do time só para agradar alguns jogadores, sob a alegação de que poupava os titulares para o importantíssimo confronto contra o Flamengo, foi um erro de enormes proporções e consequências. Róger nem deve ter se dado conta de que o empate do Verdão com o Ceará e a vitória do Fla sobre o Paranazinho, desgastou muitíssimo a importância do Palmeiras x Fla da semana que vem.
Após a estupenda performance palmeirense contra o Grêmio, se RM desejava poupar Antonio Carlos ( um erro monumental) , por que não manteve a dupla Luan e Thiago Martins que "arrebentou" naquele jogo?
Se desejava atuar ofensivamente e agredir o adversário mais fraco do campeonato, por que entrou em campo com uma dupla de volantes de contenção? Por que deixou o time sem o menor poder de armação de jogadas em razão da fase oscilante e, às vezes, nula de Lucas Lima ?
Por que o time reabriu a Avenida Róger Guedes e voltou a apresentar o defeito tático contumaz decorrente da falta de alguém que combata o apoio do lateral esquerdo adversário assim que ultrapassa a linha do meio de campo? 
Por que não teve (tantas e seguidas vezes) o homem do primeiro combate (teoricamente Yohan, William, Lucas Lima, ou até Thiago Santos, tanto e quanto não teve o zagueiro central para a cobertura, haja vista a distância que Dracena sempre manteve em relação a Marcos Rocha? Será que Machado não percebe que além de queimar Marcos Rocha, perde a ação ofensiva de um dos melhores laterais apoiadores do país?

Róger Machado, em suma, foi um técnico que escalou mal, orientou mal, subestimou o rival e substituiu mal. Em razão não pode ser poupado de nossas críticas. NOTA 3.

FIQUE CLARO
Enquanto estiver à frente do elenco palmeirense Róger Machado terá todo o nosso apoio, mas, a julgarmos por tudo o que temos visto e pressentido, com ele no comando sou convicto de que o Palmeiras não chegará a nenhum lugar ou a lugar algum.  Com muita sorte e coloque sorte nisso, no máximo um torneio mata-mata caso consiga repetir as atuações contra o Boca e contra o Grêmio nas partidas decisivas! Será que repete? (AD)

COMENTE COMENTE COMENTE

PALMEIRAS NÃO PODE SER DOMINADO NOVAMENTE PELO COMPLEXO DE ROBIN HOOD!



O Ceará, lanterninha absoluto deste Brasileiro, ainda não venceu neste campeonato e os quatro pontos que ganhou  foram decorrentes, exclusivamente, de empates.

O meu receio referente ao jogo, mesmo considerando a diferença técnica abissal que o Palmeiras impõe ao adversário, reside em alguns aspectos que, queira ou não, Róger tem de prevenir. Melhor prevenir que remediar!

O primeiro é que o Palmeiras de Roger Machado ainda se encontra no estádio de um time irregular e, apesar das magníficas exibições no 2º tempo contra os Bambis e 4ª feira passada na Arena Gremista, pode, perfeitamente, voltar à partitura antiga de uma hora para outra.

O segundo é o fato de o "Vovô", que vai jogar com a casa cheia e apoiado por sua galera, a maior daquele estado, com técnico novo e motivado pelo empate no Rio contra o Bota, vai dar tudo de si por uma vitória reabilitadora que tem o poder de melhorar a péssima situação do Ceará Sporting na tabela do Brasileiro.

O terceiro (vou parar nele) é o que mais me preocupa, isto é, o fato de o Palmeiras, historicamente, ser tendente a contrair o chamado "complexo de Robin Hood", isto é, de tirar (pontos) dos grandes e de entregá-los aos pequenos.

Fique claro que não estou desacreditando no potencial do time e, menos ainda, sendo ave de mau- agouro em relação ao resultado.

Eu que trabalhei mais de dez anos em Fortaleza, conheço bem o arraso que o Fortaleza e, principalmente, o Ceará Sporting podem fazer contra qualquer time quando se motivam e com o Castelão lotado partem com fé e motivação para cima dos adversários.

Pode não ser motivo para alarme, mas é motivo suficiente sim, para que o time de Róger Machado se acautele, coloque os pés no chão e jogue com muita seriedade, considerando-se a incorrigível vocação palmeirense de perder para adversários menos qualificados.  (AD)

COMENTE COMENTE COMENTE