Observatório Alviverde

30/12/2014

A TORCIDA DO PALMEIRAS PRECISA ABRIR OS OLHOS!



 

O Cu-ríntia foi buscar no Sampaio Correia, um volante de nome Jonas, 23 anos.

Fla, Flu e Cruzeiro também o queriam, e enquanto o Curica o negociava e contratava, a mídia paulistana, exageradamente, subservientemente, publicava que Jonas era "o volante mais desejado do Brasil". HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA. 

Como são tolos, como são néscios, como adoram e cultivam fazer média com a curicada e com os bambis, imaginando que esses clubes, lhes proporcionam mais audiência, prestígio e promoção profissional! 

No caso em pauta, o incrível é que bem poucos da mídia sabiam que Jonas existia, mas estas mesmas teclas, caras e bocas já o colocam nos píncaros da fama

Mesmo sem tê-lo jogar visto uma única vez, sem conhecer-lhe o real potencial e sem considerar que o atleta ingressará em um segmento de mercado de muito maior exigência, a imprensa (com raríssimas exceções) já aprovou, de ouvido, a contratação.

Aliás, não apenas aprovou mas, endossou,  referendou, justificou e recomendou o que, na realidade, não passa de um escancarado "bom e barato", (expressão que jamais usam em relação a Curicas ou bambis), com a agravante de que é, também, uma aposta. 

Imaginaram o escândalo que fariam, a saia que levantariam, o sapateio que aprontariam, as gozações que soltariam e as expressões com que nos brindariam, fosse o Palmeiras que houvesse contratado Jonas?


Jonas tem um dos currículos mais pobres entre todos os jogadores que já entraram em um grande clube do futebol de São Paulo em todos os tempos,  tendo defendido, apenas, o Piauí, o Comercial do Piauí e o próprio Sampaio Correia. 

Como não dava para falar em currículo, a mídia usou outra artimanha de valorização, publicando, com estardalhaço e otimismo, aspectos paralelos da carreira de Jonas. Ria, para não chorar:

4,3 desarmes certos por partida, aproveitamento nos passes de 92,9% com uma média de 2,7 por jogo e dos 509 passes que deu até agora, acertou 473. 

Mas a mídia não dirá, nunca, que são números verificados na fraquíssima segunda divisão, incapazes de revelar a capacidade de nenhum atleta! Não obstante, já o colocam ao nível dos melhores jogadores do país. 

Isso é "brincanagem", isto é, brincadeira com sacanagem! A crônica esportiva paulistana sempre foi, é, e será, sempre, uma piada pronta quando o assunto envolve curicas e bambis! Como puxam, desbragadamente, por essas equipes...

As "Jovem-Panetes" escandalosas do meio dia que o digam! 

Como cultivam ser tendenciosas, clubísticas e medíocres, ressalvada uma ou outra inteligência isolada que, de vez em quando, paira no ar e consegue se manifestar com lógica em meio àquela mixórdia de homens mal educados. 

Reparem que, com a mesma desfaçatez com que desvalorizam e rebaixam as contratações do Palmeiras, superestimam as contratações mais medíocres de nossos adversários, em flagrante incoerência de proceder.

Mas como acreditar em uma equipe esportiva cujo mentor intelectual é o limitado Flávio Prado, o maior entre todos os bambis? 

Como acreditar em uma emissora que tem como homem de opinião um santista fanático  de nome Fábio Sormani,  aquele que sustenta que Ademir da Guia nunca foi craque? 

Como é que alguém que tem a cara-de-pau de proferir um insulto dessa monta à nossa inteligência e o topete de contrariar o Brasil e o mundo, emitindo uma opinião desse jaez,  pode estar sob contrato na qualidade de comentarista, em uma das maiores emissoras do país? Não dá pra acreditar!

Aliás, a que ponto chegou o futebol da antiga Rádio Panamericana "a emissora dos esportes", aquela que cobria TODOS os eventos do futebol brasileiro!

Aquela que tinha profissionais de alto estofo e competência como Pedro Luís, Mário Morais, Raul Tabajara, Hélio Ansaldo, Otávio Muniz, Antonio Euclides, Sálem Júnior, José de Alencar, Narciso Vernizzi, Leonidas da Silva, Álvaro Duarte, Aloani Neto, Orlando Duarte, Joseval Peixoto (narrando futebol) Cláudio Carsughi (plantão internacional), Geraldo José de Almeida e outros, cujos nomes o tempo apagou de minhas lembranças? É decepcionante! É de doer!

Haveria termos de comparação entre esses profissionais maduros, educados, discretos, retos, alfabetizados, sérios, (a maioria), imparciais, compenetrados, que tratavam o futebol como coisa séria, com essa equipe de arlequins e galhofeiros que combina discussões e debates imaginando que seus ordinários e elementares duelos verbais puxem audiência?

AGORA, PARA A REFLEXÃO DA EXIGENTE TORCIDA DO PALMEIRAS!

Sabem como o desconhecido Jonas será recebido no Cu-ríntia? Se, não, com flores, o será com fogos, pompa, aplausos, palmas, festa, sirene tocando, farra, alegria e tudo o mais que imaginam...

Fosse no Palmeiras, o único clube do planeta cuja torcida mede a qualidade do jogador que chega pelo preço pago, Jonas chegaria sem palmas, sem fogos, sem festa, e sem nada, sob um clima cruel de desconfiança e suspeita.

O torcedor do Palmeiras precisa parar de se deixar levar por aquilo que diz a mídia sobre o "bom e barato". Esta, creiam,  é a única forma inteligente de se obter grandes craques. 

Investir em jogador de nome e fama é investir em limites. Há quantos anos, noves fora Valdívia, não temos craques em nossos elencos?

É óbvio que quando dizemos isso, não significa que não se possa investir em três ou quatro jogadores de maior nome, mais experientes para a formação de uma espinha dorsal. É, até, uma obrigação, para que se forme grandes times.

Mas a essência da formação de um time reside, quer queira ou não a nossa orgulhosa e exigente torcida,  no "bom e barato" e nas apostas, praticados incessantemente pelos nossos adversários com o apoio da mídia, a mesma mídia que combateria essa política, se adotada pelo Palmeiras.

Há anos que o Palmeiras é tratado como o patinho feio do futebol paulista, e o torcedor paulistano do Palmeiras não consegue discernir que ele próprio está sendo tangido pelos espertalhões da imprensa que, em ampla maioria, querem ver a caveira do clube.

Por que os jornalistas não dizem, francamente, abertamente, que essa contratação cu-rintiana se encaixa, perfeitamente, na filosofia da aposta no bom e barato?

Sentiram toda a armação realizada em torno do negócio Jonas, visando a valorizar um jogador desconhecido?  Quando foi que a mídia agiu assim em relação a uma única contratação do Verdão?

O Palmeiras, conquanto a diretoria insista em contratar volantes e defensores, sem privilegiar aquilo que, de fato, necessitamos, isto é atacantes, contratou mais e melhor, até agora, do que todos os adversários.  

Cadê os nossos créditos? Cadê o reconhecimento da imprensa? Viram como tem dente de coelho nessa história?

A situação chega a tal ponto que se o Palmeiras trouxer Arouca, o melhor volante do Brasil na atualidade, a mídia dará a entender que o novato Jonas, que nem estreou, é muito melhor que ele.

Meus amigos, olhem ao redor de nós e verifiquem que todos os clubes, fora um ou outro investimento de ocasião, praticam, exclusivamente, "o bom e barato" e as apostas. 

A diferença reside no respaldo que lhes dá a mídia, na inversa proporção da crítica, da ironia e do desprezo com que tratam os jogadores contratados pelo Palmeiras.

Lá, mesmo, no Sampaio Correia, tem um atacante "mignon" velocíssimo, artilheiro, de grande capacidade de improviso, desses capazes de demolir uma defesa com sequência de dribles, chamado Pimentinha.

Se o Palmeiras contratasse Pimentinha, a mídia receberia a contratação com respeito, ou partiria para a gozação?

E a nossa torcida, o receberia da mesma forma como a torcida do Curica recebeu Ferrugem, Petros, meia dúzia de gringos baratos e agora, certamente, receberá Jonas?

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