Observatório Alviverde

24/09/2015

O MAL DE MARCELO, ONTEM EM PORTO ALEGRE, FOI A FALTA DE OUSADIA!


Oliveira precisa ler e aprender isto!
Resultado de imagem para FALTA DE OUSADIA
Retrata sua atuação, ontem, no Inter x Palmeiras!
==================

Se Marcelo Oliveira estabeleceu qualquer prioridade entre Copa do Brasil e Brasileirão, errou!

Não há como emitir juízo de valor a respeito da maior ou menor importância  de cada competição em face de serem, ambas, determinantes para Palmeiras.

Em qualquer situação, forçoso é admitir que o Palmeiras há que se apresentar para os jogos, sempre, representado pelo que tem de melhor, só poupando ou abrindo mão de qualquer jogador, em situação extrema.

Neste momento, Copa do Brasil e Brasileirão são como dois portais abertos ao final de duas trilhas bem distintas, para que o Palmeiras tente consolidar a sua vaga na Libertadores em 2016.

Diante da possibilidade remota de título no Brasileiro, ganhar a Copa ou estar entre os quatro melhores do Brasileiro são, exclusivamente, os objetivos do Palmeiras e revogam-se as disposições em contrário.

A diferença entre as duas competições é que a trilha da Copa do Brasil, além de retificar o caminho do campeão em direção à Liberta, outorga um título importante, a pouco mais de três meses do encerramento da temporada.

Em razão de tudo isso e pelos antecedentes palmeirenses, quero iniciar esta postagem com uma crítica (pertinente) a Marcelo Oliveira.

Ontem ele não teve força moral e nem personalidade para delinear seu time o mais próximo possível da onzena que venceu, convenceu e arrasou no jogo anterior, derrotando o Grêmio por 3 x 2.

Com o retorno inevitável do titularíssimo Dudu, ele optou pela manutenção do esquema de hábito, colocando, equivocadamente, essa alternativa como a mais importante, acima da escalação de seus melhores jogadores.

Imaginaram, no jogo de ontem, Dudu jogando ainda mais livre e solto, respaldado pela presença de Rafael Marques, que, t-a-t-i-c-a-m-e-n-t-e,  (faz tempo), é o melhor jogador do Palmeiras?

Oliveira sabia, perfeitamente, que se entrasse (preferentemente) com Rafael Marques ou, até, com Allione no lugar de Thiago Santos, -ausência compulsória no jogo de ontem-, teria de alterar drasticamente a maneira de atuar de seu time, que, automaticamente, seria mais ofensivo.  

Entretanto, verdade seja dita, ele foi conservador e recusou-se a agir assim pois teve medo de fazê-lo. 

Optou pelo esquema habitual, mais defensivo, mais cauteloso e, em razão disso, o time, ontem, não teve nos pés a mesma força ofensiva demolidora de outros jogos, como, por exemplo, mais recentemente, contra o Grêmio.

Taticamente, nada a reclamar em relação à primeira linha de quatro, salientando-se que a entrada de Egídio no lugar de Zé Roberto já era esperada e tida como a melhor alternativa possível, até "aprimorante' para o time.

Aliás, eu disse, outro dia que a tendência natural no Palmeiras é Egídio se tornar o dono absoluto da lateral esquerda, o que ainda não ocorreu, em face da queda de produção desse jogador neste segundo semestre, inexplicável.

O que ninguém poderia imaginar, ontem, em Porto Alegre era a repetição da escalação de Amaral, um volante de contenção extremamente lento (faz tempo) que vinha sendo uma figura decorativa no time palmeirense. 

Sua presença  no lugar de Thiago Santos, engessando a equipe, sem a menor noção de verticalização de jogo, atrapalhando a saída de bola e colocando o time em uma camisa-de-força, não era aconselhável, a não ser em caráter emergencial. Não era o caso de ontem!

Surpreendentemente, Amaral não esteve tão mal e até realizou um bom jogo, com empenho, garra e disposição, mostrando que é um jogador que está crescendo. Muito devagar, mas está crescendo.

Interessante é que no caso do gol do Inter (arremate fortíssimo, o tal chute cruzado no ângulo) há uma unanimidade nas críticas a Amaral por ter concedido um generoso espaço a Alex.

Mas a culpa maior no lance, por justiça, teria de ser debitada na conta de Lucas que bem mais próximo de Alex e com medo de tomar uma bolada, saiu da linha de chute em vez de tentar o bloqueio, virando as costas para o jogador do Inter. Confiram na reprise do gol da ESPN!

Um time que almeja ser campeão ou que postula uma vaga entre os quatro melhores do Brasileiro, não pode ficar esperando infinitamente que um jogador se recupere e se torne compatível com as necessidades técnicas da equipe. O Palmeiras espera por Amaral há quase um ano!

Na escalação de um jogador que até então havia provado ser incompatível é que se encaixam as maiores críticas a Marcelo Oliveira.

Outra vez ele, simplesmente, confirma a opinião de seus detratores, segundo as quais ele não sabe jogar em outro esquema que não seja o 4-2-3-1. Ontem não foi diferente! 

Em meu entendimento MO se enquadra, perfeitamente, à condição comum dos preparadores de time (sabe montar e preparar boas equipes) mas está bem longe de ser um ousado estrategista.

Tivesse ele um grama que fosse de ousadia e o Palmeiras teria quebrado o tabu e imposto um revés por larga margem de gols ao colorado portoalegrense em pleno Beira-Rio.

Com todas as limitações de criatividade decorrentes do time defensivo que MO escalou, o Palmeiras, pela melhor qualidade de seu elenco, deteve por muito mais tempo a posse de bola, esteve mais perto de vencer (perdeu até um pênalti pessimamente cobrado por Barrios).

O importante é que o time volta a São Paulo respaldado por um empate com gol, o que irá lhe proporcionar a leve vantagem de se classificar mediante um "OXO", isto é, um empate sem gols.

Prass falhou no gol que sofreu, apesar dos méritos indiscutíveis de Alex, por estar mal colocado.

Apesar da falha por medo e omissão (vejam o vídeo da ESPN) Lucas esteve ótimo no apoio e o gol de Rafa Marques só aconteceu porque ele cruzou espetacularmente,  na medida.

Como este blog diz há tanto tempo, só temos um zagueiro consolidado, Vitor Hugo. Jackson tem melhorado, mas ainda prefiro Vitor Ramos.

Já disse que com Egídio em forma, ZR vira, simplesmente, alternativa. Está sendo assim.

Arouca esteve ótimo na destruição e, dos dois volantes, foi o único que saiu para o apoio e correu o campo todo. 

Foi substituído por quem não deveria ter sido sacado do time, Rafael Marques, que acabou marcando o gol da igualdade palmeirense, mas que deveria ter iniciado o jogo no lugar de Amaral.

Já falei sobre Amaral, ontem, surpreendentemente, bem, dentro de suas conhecidas limitações!

Robinho teve muita mobilidade, correu o campo todo, bateu todas as faltas e escanteios, mas não teve o brilho de outras jornadas.

Dudu, hostilizado pela torcida colorada e flagrantemente caçado pelo time do Inter em face de seus antecedentes gremistas, foi, simplesmente, a expressão superlativa do jogo, o melhor entre todos em campo.

Gabriel Jesus anda "enfeitando demais" e querendo ditar cátedra em campo, sinal evidente de que Marcelo Oliveira não o tem tolhido em sua melhor criatividade. 

É preciso, porém que, com jeito, MO lhe diga para simplificar mais as jogadas e usar os seus recursos técnicos mais sofisticados quando necessário. 

Barrios não fez o jogo que se esperava de um centroavante do Palmeiras. Com baixo rendimento, esteve bem aquém dos companheiros.

 Perdeu o gol mais feito do jogo e desperdiçou um pênalti cuja conversão teria encaminhado uma vitória. Foi tardiamente substituído por Cristaldo que não chegou a aparecer tanto e quanto o seu conterrâneo Allione que substituiu Gabriel Jesus.

Finalmente um jogo apitado por Sandro Meira Ricci em que o Palmeiras (quase) não foi prejudicado.

Assinalou o pênalti visível de Ernando sobre Dudu, mas não marcou o outro, do goleiro Alisson sobre Gabriel Jesus, mas, de um modo geral, o trio catarinense não espoliou o Palmeiras, como de hábito.

QUE VENHAM, AGORA, OS BAMBIS!

COMENTE COMENTE COMENTE

NA TV

Assisti ao jogo pela ESPN com Paulo Andrade, tecnicamente inferior a Milton Leite.
A vantagem de Andrade (prefiro ele) é que narra qualquer jogo com vibração e não engole a voz quando transmite os jogos do Palmeiras.
Além disso, não fica repetindo as piadas desgastadas do início da carreira, aborda menos as estatísticas e não fica tentando interferir ou monitorar a opinião dos comentaristas.
Muito boa a transmissão da ESPN, apesar dos ridículos matadores do português, os "comentaristas" Iarlei e Djalminha, respectivamente ex-jogadores do Inter e do Palmeiras.
Esse, infelizmente, (a inclusão de alienígenas) o maior legado de Luciano do Valle à profissão!
Os jornalistas continuam com o rabo entre as pernas e aceitando, passivamente, o ocaso da profissão. 
Está insuportável!
Cada dia pior!
Ontem foi muito bom (saudável, mesmo) poder fugir da ditadura Global! (AD)