Observatório Alviverde

25/01/2013

NEM BELLUZZO NEM MUSTAFÁ! ESPERAMOS UM NOVO PRESIDENTE!


   












Democraticamente, respeito todas as opiniões, embora me conceda o direito de divergir de todas elas.

Exatamente, assim:
"questiono as opiniões alheias, mas não me ofendo e nem sou infenso a que questionem as minhas".

O nariz-de-cera é proposital pois vou emitir conceitos que colidem, frontalmente, com o pensamento de parte ponderável de nossa torcida, mesmo a parte esclarecida, favorável à contratação de Riquelme.

Com a desistência de trazer o vetusto craque argentino, Paulo Nobre antecipa uma faceta importante de sua admnistração, a responsabilidade.

Não, não me chamem de incoerente pelo comentário que fiz há tempos, dizendo, entre outras coisas, que a matéria-prima do futebol é a emoção, que os clubes, estatutariamente, não possuem finalidades lucrativas e, por isso deveriam investir.

Fui mais além ao afirmar que, em razão disso, o Palmeiras poderia e deveria investir no futebol ou ficaria relegado a uma situação de inferioridade em relação aos concorrentes, fenômeno que vem se intensificando e corporificando, ano a ano, temporada a temporada.

Ao dizer que o Palmeiras tem de investir, não significa, necessariamente, que o clube tenha de sair por aí atirando para todos os lados, apostando em nomes que, não se tem certeza, de que serão viáveis ou frutificarão, sobretudo em contratações vultosas, ao preço "top" do mercado.

Antes de qualquer coisa, entendo que o Palmeiras precisa estabelecer as metas que deseja atingir e de que forma  alcançá-las ao menor  custo possível.

Pensem todos na imperiosa necessidade de manter a saúde e a estabilidade financeira da agremiação e garantir o fluxo de caixa. A isto se chama planejamento!

Quando Paulo Nobre, em início de mandato, prioriza o futebol sobre uma contratação "espetaculosa", e contraria a torcida contratando Brunoro em vez de Riquelme, apresenta as suas credenciais de responsabilidade, madureza e conhecimento administrativo.

Como se pode deduzir, ele, do ponto de vista administrativo, não inverte prioridades e nem queima etapas.

Nobre começa, como exigem a lógica e a razão, a reconstrução do clube a partir de uma reforma completa nos alicerces.

Pensem nisto: de que adianta ter um elenco repleto de estrelas se o clube não tem equilíbrio financeiro e nem consegue manter os salários e direitos de imagem em dia? 

Agora muitos vão ficar ainda mais aborrecidos comigo e nem irão acreditar no que vou dizer, mas o sistema administrativo de Mustafá, em termos de clube, em termos de clube, é perfeito.

O clube não vai para o vermelho, não fica sem fluxo de caixa e nem contrai dívidas e obrigações difíceis de ser quitadas, levando uma vida comercial-empresarial absolutamente regular e legal. 

O grande mal do "modo mustafá de governar" sempre foi o seu desprezo ou, vá lá, a sua indiferença pelo futebol profissional.

Sem a menor noção da grandeza de nossas tradições e de nossa torcida, Contoursi insistia em tratar o futebol de forma amadora, como se o grande clube que é o Palmeiras fosse o departamento de bocha, de natação ou de patinação artística.

O ideário de Mustafá deve ter sido copiado do C.A. Juventus, o maior clube social do país por muitos anos, que mantinha um time de futebol de salário mínimo.

O CAJ teve representatividade até meados da década de 90, quando faleceu o seu mantenedor José Ferreira Pinto, o conhecido Zé da Farmácia, dirigente sagáz e líder da comunidade dos pequenos clubes da primeira divisão paulista.

Como se percebe, Mustafá se daria bem como presidente do Juventus que prioriza lucros e a parte social. 

Sugestão: por que ele não se transfere para lá e tenta a presidência do CAJ

Ninguém espera ou deseja, também, que o clube invista tanto e tão desordenamente quanto ocorreu no tempo de Beluzzo-Cipullo.

Não pelos investimentos em sí, mas pela falta de qualidade dos produtos adquiridos e pela contratatação e valorização de jogadores medíocres e ultrapassados, que jamais deveriam ter vestido a nossa camisa.

O dinheiro rolou solto concentrado em jogadores caros, alguns superados, a maioria balzaquianos, na idade atual de Riquelme.

Porém, como se viu, veteranos acima da média, muitos deles ex-craques, não conseguiram resolver o nosso problema. Esse tipo de contratação, em meu ponto de vista, é lotérico.

Os outros contratados de Belluzzo-Cipullo foram jogadores levemente acima da linha mediana como Kléber Judas e Wagner Love, em política ruim em razão dos preços pagos, porém menos mal do que arriscar em veteranos. 

Meus amigos, investir não é isso. Tem de existir por trás dos investimentos muito planejamento, com metas a ser atingidas para que não se desperdice tanta grana.

Nem Mustafá, nem Belluzzo, o Palmeiras está carente de um presidente híbrido que seja prudente e econômico como Mustafá, mas ousado e intimorato como Belluzzo.

Espero que Paulo Nobre aproveite somente as experiências positivas de seus dois antecessores mais antigos e saiba, como diz meu velho Tio Valdomiro lá em Pederneiras que "no meio é que está a virtude".

Que Paulo Nobre, no trato com o futebol não seja, repito,  tão econômico, tão mão-de-vaca, tão avarento e tão omisso como Mustafá e, ao mesmo tempo, nem tão visionário e perdulário como Belluzzo, cujo mal foi o de ouvir e prestigiar um diretor de futebol que não sabe nada da matéria e que, com certeza, não é do ramo!

Conheço pessoalmente Brunoro, um dos líderes da geração prata do volei brasileiro, cuja carreira como técnico de volei pode ser resumida assim:

(SIC)

O time da Pirelli foi oito vezes campeão paulista (de 1981 a 1988 ganhou todos os campeonatos), quatro vezes campeão brasileiro (1981, 1982, 1983 e 1988), duas vezes campeão sul-americano (1981 e 1983), duas vezes vencedor na Copa do Brasil (1985 e 1987) e nos 13 anos à frente da equipe, Brunoro ganhou quase todos os jogos regionais de 78 a 91, perdendo apenas o torneio de 82.





Com a Seleção Feminina Juvenil, foi campeão Intercontinental na Itália, campeão Mundial de Clubes no Brasil e campeão Sul-Americano no Rio de Janeiro. 



Já com a Seleção Brasileira Masculina, atuando na função de auxiliar técnico, Brunoro ganhou a Copa do Mundo no Japão, em 1981, foi vice-campeão no Mundial de 82, na Argentina, medalha de prata olímpica em 84, em Los Angeles (EUA) e campeão do Pan-Americano de 83, na Venezuela. 



Como técnico principal, foi quarto lugar na Copa do Mundo do Japão, campeão Sul-Americano de 1985, na Venezuela e quarto lugar no Mundial da França em 1987. 



1978-1979: Seleção Juvenil Feminina

1978-1991: Pirelli (Masculino)

1980-1984: Seleção Brasileira Masculina de Voleibol (Assistente Técnico)

1985-1987: Seleção Brasileira Masculina de Voleibol

1989: Pirelli (Masculino)
No futebol 



Em 1992, foi convidado pela Parmalat para ser diretor de esportes da América Latina. No mesmo ano, a multinacional iniciou seu trabalho junto ao Palmeiras. Brunoro participou ativamente da implementação e consolidação do novo conceito esportivo no clube, implantando o sistema de co-gestão no patrocínio esportivo (consórcio Palmeiras-Parmalat). 



No ano seguinte, os resultados do trabalho começaram a render frutos. O Palmeiras vence o Campeonato Paulista e o Brasileiro, torneios estes, que a equipe não era campeã desde 1976 e 1973, respectivamente. O Palmeiras ainda iria sagrar-se vencedor do campeonato paulista de 1994 e 1996, do Brasileirão de 1994, da Copa do Brasil de 1996 e da Taça Rio-São Paulo de 1993. 



Com essa proposta, alem do clube da capital paulista, tornou clubes como Boca Juniors, Peñarol, Juventude, entre outros, como referências vencedoras nos anos 90. 



No ano de 2003, tornou-se Diretor Executivo do Audax SP e RJ (times de futebol do Grupo Pão de Açúcar). Um projeto Social-Esportivo, idealizado com Abilio Diniz e Fernando Solleiro. 



FONTE WWW.BRUNORO,COM.BR

Entrevistei Brunoro três ou quatro vezes, mas uma, apenas, a partir de quando ele trocou o esporte da rede e das quadras pelo futebol.

Trata-se de pessoa correta, íntegra, retilínea, inteligente, hábil, excelente nível cultural, de total confiança de Paulo Nobre, com quem trabalhará diretamente, sendo o presidente o único dirigente a quem se deve reportar em termos de futebol do Palmeiras.

Por ter um plano adredemente preparado, e por simples questão de coerência, Brunoro não quer Riquelme como Kleina, também, não quer. Seus planos, certamente, envolvem praticidade e renovação com investimento mínimo.

Pensem nisto!

Já imaginaram o descontentanmento que causaria ao elenco um jogador que, além de ganhar mais do que todos, iria atuar quando quisesse?

Por muito menos do que isso, a contratação de Vagner Love implodiu o Palmeiras no tempo de Belluzo.

Sei que muitos esperavam que Riquelme chegasse e detonasse. A esses eu aconselho ler alguns blogs argentinos a partir do momento em que ele deixou o Boca.

Leiam, principalmente, o que dizem os bloguistas-comentaristas e façam uma média das opiniões.

A mais engraçada delas, que retrata jocosamente a verdade acerca da atual da carreira de Riquelme dizia que "Riquelmente, hoje em dia, não consegue correr nem para ir ao banheiro."

Riquelme não seria o salvador da pátria, Brunoro não é o salvador da pátria, mas apesar de dizer o contrário, Paulo Nobre sabe que hoje, mais do que nunca, ele tem de salvar a pátria palmeirense.

COMENTE COMENTE COMENTE





HOJE, POR FALTA DE TEMPO, NÃO VOU FALAR NADA DA GLOBO, MAS UMA IMAGEM PERFEITA VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS!

PALMEIRENSE, NÃO COMPRE O PACOTE SÉRIE B 2013 DO PAY-PER-VIEW!